Por Malu Araújo, adestradora e consultora comportamental da equipe Cão Cidadão.
A perda de outro cão ou gatinho pode, sim, deixar um cachorro também tem luto, mas isso varia conforme o animal.
Alguns cães podem ter o apetite diminuído ou ficar com um comportamento diferente, mais quietos. Esse luto é mais curto do que o das pessoas e, normalmente, ele melhora sozinho, com o passar do tempo.
Existem alguns cachorros que não mudam nada, continuam com as mesmas atividades e comportamento, e isso também é natural, tudo depende da personalidade de cada um.
Para a família ajudá-lo a superar essa fase, o ideal é realizar a rotina de passeios e brincadeiras, fazer as atividades que o deixam mais ativo e feliz. Não ficar lembrando e falando o nome ou coisas que o remeta ao outro pet.
Trazer outro animalzinho para casa não é uma solução. Às vezes, a interação entre cães de diferentes temperamentos pode ser mais estressante do que ajudar. Cães idosos, por exemplo, podem não ter paciência com um filhote.
Caso o cão tenha algum outro sintoma, procure um médico veterinário para auxiliar na melhora dessa situação.
Por Cássia dos Santos, adestradora da equipe Cão Cidadão.
Histórias sobre brigas entre cães, residentes na mesma casa ou não, são relativamente comuns. Apesar de muitas situações não gerarem consequências mais graves, o resultado pode ser desastroso.
Assim, quando se trata deste assunto, vale a máxima “a prevenção é o melhor remédio”. Sempre será muito mais difícil apartar uma briga entre cães do que evitar que ela ocorra.
Portanto, antes de mais nada, tratemos da questão sob o prisma de dois cães que não se conhecem. Muitos ignoram a importância de uma boa apresentação de um cão a outro, especialmente se a situação importar na introdução de um novo peludo numa casa que já tinha outro cão como morador “mais antigo”.
Se o primeiro contato de ambos gerar reações agressivas ou mesmo uma briga, a relação destes cães pode ficar muito comprometida, gerando até situações de perigo constante.
Assim, mesmo que o novo morador seja um filhote, é preciso cuidado no primeiro contato, para que o mais velho não estranhe a chegada do pequeno. Além disso, há maior probabilidade de problemas caso o encontro ocorra no ambiente onde o cão mais antigo morava. Finalmente, cães do mesmo sexo tendem a se “estranhar” mais do que um macho e uma fêmea quando se conhecem.
Portanto, a primeira dica é providenciar para que o primeiro contato se dê em um local neutro. Pode ser na rua, num parque ou praça, de preferência sem muito barulho ao redor. Outro ponto importante é providenciar para que os dois cães estejam contidos em suas respectivas guias, cada um sendo conduzido por uma pessoa.
A aproximação deve ocorrer aos poucos, iniciando-se com uma boa distância ente os cães. Cada condutor deve estar bem atento às reações do peludo que está ao seu lado. Sinais como: encarar o outro cão fixamente, pelos do pescoço eriçados, cauda ereta e imóvel, significam perigo de ataque e devem ser imediatamente coibidas!
Deve-se, por outro lado, valorizar e recompensar os comportamentos desejados e esperados para esta situação: se o cão, mesmo já tendo visto o outro, mantiver-se numa posição relaxada, deve ser elogiado e bastante recompensado com petiscos gostosos.
Quando se tiver certeza que ambos estão tranquilos, pode-se permitir que se cheirem, pois é neste momento que a relação entre os cães realmente se iniciará.
Voltando a tratar das expressões corporais caninas, conforme mencionado acima, algumas delas são claramente um sinal de alerta. Cães que viram o rosto, afastam-se do outro cachorro, lambem os lábios, estão dando claros sinais de que não querem uma aproximação maior. Se o outro cão não souber interpretar esses sinais, uma briga pode se iniciar. Daí a importância dos humanos também terem a sensibilidade de perceber quando um cachorro não deseja a aproximação do outro.
Por outro lado, vale destacar que brinquedos, ossos e objetos podem ser deflagradores de uma disputa dentro de um grupo de cães. Assim, é preciso cuidado e supervisão quando se está diante de uma situação onde vários cães, por exemplo, estão brincando com bolinhas. É preciso ter certeza de que, dentro do grupo, não há cão(es) possessivo(s), pois daí pode se iniciar uma disputa.
Finalmente, é sempre importante ressaltar que em casos graves, com histórico de brigas anteriores, é indicado buscar a ajuda de um profissional especializado em comportamento canino para auxiliar os proprietários na melhor conduta a ser adotada.
Por Carlos Antoniolli, adestrador da equipe Cão Cidadão.
O mais importante, quando pensamos em introduzir um novo membro à família, é ter controle sobre o cãozinho já existente, no que se refere à obediência, educação e liderança. Muitos proprietários se enganam ao achar que alguns problemas comportamentais (destruição de móveis, roupas, sapatos) irá se resolver adquirindo outro cãozinho. Se não forem identificadas as causas e resolverem esses comportamentos, correrá o risco de tê-los em dobro.
O mais seguro é formar casais. Com isso, a possibilidade de brigas é bem menor. Caso queira manter o mesmo sexo, é importante se atentar quanto aos cães com porte e temperamentos mais submissos. Caso já tenha um cão de grande porte, introduza um de médio porte e que seja de temperamento submisso. Importante também é não extrapolar as diferenças, ou seja, introduzir um Dog Alemão ou Rottweiler, cães que ultrapassam os 50 kg, em uma matilha composta por Yorkshire ou Maltês, pois uma pequena brincadeira poderá causar danos terríveis.
Os primeiros contatos devem ser feitos com total segurança, tanto para os cães, quanto para as pessoas envolvidas. Procure sempre um ambiente neutro e, de preferência, muito agradável para ambos. Por exemplo, uma praça. Faça aproximações gradativas e crie associações positivas, ou seja, estimule as brincadeiras, ofereça um petisco especial quando estiverem próximos ou se observando, e repreenda qualquer atitude de dominância ou agressividade.
Se tiverem controle sobre o cãozinho que já vive na casa, não terá problema em repreendê-lo, pois, normalmente, serão eles que tentarão se impor. Continue as associações positivas na casa, só ofereça agrados quando estiverem juntos – nunca deixe de dar carinho para um deles por razão do outro. É muito natural os cães sentirem ciúmes e cabe a nós interagirmos de forma a não estimularmos esse sentimento.
Por Tarsis Ramão, adestradora da equipe Cão Cidadão.
Você pega a coleira e fala a palavrinha mágica? Passear, e seu peludo vem todo feliz para dar uma voltinha. Não? Bom, realmente esse não é o comportamento mais comum. A maioria dos cães simplesmente ama passear e, muitas vezes, as saídas são até conturbadas. Mas, o que fazer quando o cachorro não gosta de passeio?
Ensinando o passeio aos filhotes
Muitos donos ficam frustrados quando, finalmente depois de tomar todas as vacinas e ser liberado pelo veterinário, o cachorro não gosta de passeio. Agora, tenta se colocar no lugar do melhor amigo: colocam uma corda no pescoço dele e já saem puxando para um lugar cheio de barulho, coisas e pessoas estranhas. Não parece muito agradável, não é?
Por isso que o passeio deve começar muito antes de o pet poder ir para rua. Ajude-o a se acostumar com o que vem pela frente. Comece colocando a coleira de forma bem tranquila e agradável, associando a muito carinho e a um petisco bem gostoso. Repita isso várias vezes.
Simule também alguns passeios dentro de casa mesmo. Conduza sutilmente seu cãozinho, sem puxá-lo bruscamente, e o deixe andar espontaneamente para se acostumar com a coleira, mais uma vez associando a muitas coisas positivas.
Para os pequenos, também é muito importante apresentar o mundo o quanto antes. Mesmo antes de acabarem as vacinas, leve-o para passear no colo. Os primeiros meses dos cães são fundamentais para sociabilizá-los. Com o cérebro em formação, essa é a hora apresentarmos a eles o máximo de informação possível. Assim, quando puder dar as primeiras voltinhas, o pet já estará mais habituado a buzinas, estranhos e a outros cães, por exemplo, e não vai ?empacar? na porta de casa.
E os adultos?
Se você não preparou seu pet desde pequeno e agora mais velho o cachorro não gosta de passeio, calma! É possível ensinar, mesmo aos cães adultos, o prazer das caminhadas. Talvez dê um pouco mais de trabalho e exija mais paciência, mas as primeiras dicas usadas com filhotes também valem. Acostume-o aos poucos à coleira, passeie em casa e o atraia à rua com uma guloseima que ele adora.
Como já foi dito, seja paciente. Estimule-o a te seguir, mas sem forçá-lo. Deixe que ele se sinta à vontade para ir explorando o território. Ande alguns passos na sua rua, um quarteirão, e aumente o caminho e o tempo conforme você perceber que ele está confortável. Respeite sempre os limites do seu cão.
Se possível, convide um amigo que também tem um peludo para ajudar no treino. Muitas vezes, a presença de outro cãozinho estimula o mais tímido. Com muito carinho e dedicação, é possível tornar o passeio divertido e agradável para você e seu melhor amigo.
Por Tarsis Ramão, adestradora da equipe Cão Cidadão.
Quando está com aquele ossinho gostoso, um brinquedo novo, comendo a ração ou perto de você e alguém se aproxima, seu cãozinho parece uma fera? Alguns cães realmente podem ficar bravos, rosnar, ameaçar ou até mesmo atacar quando sentem que podem ser “roubados”.
Essa possessividade pode ter origem nos ancestrais do seu melhor amigo, que precisavam defender o alimento e território para sobreviver. Muitas vezes, ainda nas primeiras semanas de vida, observamos esse comportamento de alguns cãezinhos com seus irmãos e até com o dono.
Essa atitude pode se tornar cada vez mais frequente quando, diante do seu mau comportamento, ele é recompensado. Toda vez que ele rosna ou ameaça, e alguém se afasta, o peludo entende que sua estratégia está dando certo.
Como agir com cães possessivos
O ideal é tentar prevenir essa mania. Ao se aproximar do seu cachorro quando ele está com um osso ou brinquedo, por exemplo, jogue um pedaço de petisco bem gostoso, sem demonstrar qualquer interesse no que está com ele, antes que ele comece a esbravejar.
Isso, feito repetidas vezes, mostra ao seu amigo que sua aproximação é vantajosa, que ele ganha ao invés de perder, e que você não está tentando enganá-lo. Essa técnica também serve para cães adultos que têm o mesmo hábito. Pode ser mais demorado, mas o importante é que você nunca se aproveite do momento em que ele se distrai com o petisco, para tirar o que ele estava protegendo. Evite tirar à força objetos do seu cão, além de deixá-lo ainda mais desconfiado, piorando o problema, pode ser arriscado e acabar em uma mordida.
Quando o alvo de posse é o dono, também podemos fazer o mesmo exercício, associando a aproximação das outras pessoas com coisas bem gostosas. Sempre de forma gradativa, respeitando o limite em que o peludo começa a ficar irritado. Porque, se ele já estiver rosnando e ameaçando quem se aproxima, tentando te proteger e você ainda enche ele de comida e carinho, seu cãozinho vai entender que o mau humor pode ser um ótimo negócio.
Mas, importante: todos os casos que envolvem agressividade devem ser treinados com muito cuidado e segurança, para que ninguém se machuque. Se necessário, peça ajuda a um especialista em comportamento animal.
Por Malu Araújo, adestradora e consultora comportamental da equipe Cão Cidadão.
É muito comum o dono comprar uma caminha ou uma casinha nova, e o cachorro não usar. Mas, mesmo que ele não tenha ainda o costume, é possível adaptar o cão à caminha dele e fazer com que ele goste de ter um cantinho dele!
Assim como nós, os cães gostam de estar confortáveis quando vão descansar, por isso, o sofá e a cama são tão convidativos. Na hora de escolher uma caminha, prefira uma macia e com um tecido agradável, ou coloque um cobertor ou paninho bem gostoso na casinha. Ela também deve ficar em um ambiente adequado, onde não tenha umidade, e que seja protegido do excesso de sol e chuva.
Quando a caminha é muito nova, ela tem um cheiro desconhecido e alguns cães podem não usá-la por esse motivo. Então, colocar uma camiseta velha do dono ou algum paninho que o cachorro já esteja acostumado a usar pode ser um incentivo para essa adaptação.
No começo, também é possível estimular o cão para que ele vá até a caminha, jogando um pedacinho de petisco. Quando o cachorro estiver nela, elogie e faça carinho. Com isso, ele terá uma associação positiva com esse espaço.
Mas, se o cachorro dorme com você na cama, e agora você quer estimulá-lo a ficar na própria caminha, não faça esse treino à noite, antes de dormir. Deixe a cama na sala por alguns dias e incentive que o cachorro fique lá. Depois, você a leva para o quarto e, quando ele subir na cama, o coloque novamente na caminha. Com algumas repetições, ele entenderá que deve permanecer lá e o processo será mais rápido, porque ele já estará acostumado a usá-la.
Lembre-se de elogiar e dar atenção quando o cãozinho estiver na caminha: comportamentos que são estimulados se repetem e sempre são mais agradáveis.
Por Malu Araújo, adestradora e consultora comportamental da equipe Cão Cidadão
Os cães estão aprendendo a todo momento, e a melhor idade para começar o adestramento é assim que a família decide ter um cão em casa! Isso mesmo, na verdade, em um cenário ideal, uma consulta com um adestrador deveria começar antes mesmo de o cachorro chegar a casa, para evitar alguns erros comuns, principalmente para os donos de primeira viagem.
Os filhotes podem começar a ser adestrados com 50 dias de vida! Iniciando o adestramento assim que o cachorro chega na casa é possível ensiná-lo, da forma correta, a como se comportar quando for ficar sozinho, a como usar o banheiro corretamente sem receber broncas pelo xixi errado, a como evitar que ele saia puxando no passeio, e tentar evitar que o cachorro tenha receio de situações como o banho, o passeio de carro, entre outras situações.
Muitas pessoas pensam que o adestramento é para ensinar só comandos ou que cães adestrados não são espontâneos e que se comportam como um robô. Mas, ensinar os comandos, além de ser um estímulo mental para eles, é uma forma de treinar a obediência e a como se comportar em situações sociais. Por exemplo, ensinar ao cão a se sentar é a maneira de mostrar para ele como se comportar quando chega uma visita.
Os filhotes aprendem, sim, com mais facilidade, mas cães de qualquer idade podem melhorar e mudar alguns comportamentos com aulas de adestramento. O principal é sempre ter a companhia dos donos e familiares junto com o adestrador, para que todos coloquem em prática os ensinamentos da forma correta!
Por Cássia Rabelo Cardoso dos Santos, adestradora e consultora comportamental da Cão Cidadão.
Assim como ocorre com o ser humano, os pets podem apresentar determinados comportamentos deflagrados por ciúmes. Em geral, o ciúme surge quando o cão ou gato sente que perde recursos que considera valiosos – como atenção, comida e brincadeiras – na presença de outro pet ou mesmo de membros da família. As reações deflagradas por ciúmes podem, inclusive, ser agressivas, já que o pet pretende proteger para si esses recursos, aos quais dá muito valor.
O problema é mais observado em cães, especialmente quando há outro cachorro na casa, ou ainda, quando a ligação com o dono é muito forte e até a presença do cônjuge, por exemplo, deflagra reações ciumentas.
Para lidar com pets ciumentos, é necessário pensar como o cão, e não interpretar o comportamento com visão puramente humana. Um erro comum é punir o cão que apresenta reações ciumentas, quando o outro cão ou pessoa da casa se aproxima. Na verdade, quando se age dessa forma, o que o cão ciumento aprende é que, realmente, a aproximação daquele “concorrente” é prejudicial, pois ele acaba perdendo a atenção do dono e, ainda, leva uma bronca!
O ideal, nessa situação, é agir justamente de forma contrária: quando o cão ou ser humano se aproximar, elogiar e recompensar bastante o cão ciumento (desde que ele não tenha, nesse momento, apresentado reações agressivas, pois se corre o risco de recompensar esse comportamento indesejado). Assim, ele passará a associar a presença do outro, com total atenção do dono e recompensas! Ou seja, não perderá nada que é valioso, muito pelo contrário, ganhará ainda mais!
Outro erro comum, especialmente em casas com mais de um cão, é brincar bastante com um e, de repente, passar para o outro pensando “agora é a vez deste aqui”. Na verdade, o ideal é que ambos recebam atenção e interação de forma igualitária e, se possível, ao mesmo tempo. Assim, evita-se a sensação, justamente, da perda dos itens importantes na presença do outro cão.
Essas medidas podem auxiliar bastante no caso de cães que já apresentam reações ciumentas, mas também devem ser adotadas para prevenir que se iniciem. São atitudes fáceis e que proporcionam uma convivência mais harmoniosa entre pets e a família!
Por Cássia Rabelo Cardoso dos Santos, adestradora e consultora comportamental da Cão Cidadão.
A ansiedade de separação é um problema muito comum atualmente, especialmente para os companheiros caninos que vivem com seus donos nas cidades grandes e passam grande parte dos dias sozinhos.
O instinto do cão diz que deve viver em grupo, e isso garantirá sua sobrevivência, já que se trata de um animal social por natureza – assim como o ser humano. Quando seu grupo de “humanos” sai e o deixa sozinho, a sensação que o bichinho tem, instintivamente, é que sua sobrevivência está ameaçada. A situação se agrava ainda mais quando o cachorro é muito agarrado ao dono, daqueles que parecem uma verdadeira “sombra”.
Sem querer, muitas vezes as pessoas acabam piorando o problema, ao demonstrar o tempo todo que sentem dó do companheiro e se despedem dele efusivamente ao sair de casa. Evidentemente que o cão passará a perceber os mínimos sinais toda vez que o dono for sair e os sintomas de ansiedade serão notados a partir deste momento.
Esses sintomas incluem uivar/latir muito e sem parar quando deixados sozinhos, arranhar portas e batentes, destruir móveis e objetos dos donos, babar (hipersalivação), ficar apático, sem brincar ou comer, fazer necessidades em locais inadequados, e às vezes pela casa toda. Alguns chegam a se mutilar, lambendo as patas até que acabam se machucando, ou se batendo contra as portas de casa.
E o que se deve fazer para evitar este sofrimento ao amigo peludo? Bom, em primeiro lugar, o ideal é que o cão não fique sozinho por períodos muito longos, superiores a três/quatro horas, pois, lembrando novamente, cachorros são animais sociais e precisam de contato constante com sua “matilha”.
Também deve-se ignorar o cão pouco antes de sair de casa, sem tristes despedidas. A “festa” ao chegar em casa também deve ser evitada, especialmente cumprimentos muito efusivos, pois a memória destes momentos também leva o cão a começar a ficar ansioso e a agir de forma diferente horas antes do dono retornar ao lar. Cumprimentá-lo apenas alguns minutos depois de chegar e somente quando ele estiver calmo certamente ajudarão o cão a entender este momento como algo natural.
O chamado enriquecimento ambiental (deixar o local onde o cão fica repleto de atividades para que ele possa se distrair sozinho) também ajuda o pet a se entreter durante a ausência das pessoas queridas. Deixar roupas ou panos com o cheiro do dono, brinquedos que distrairão o cachorro por horas (como ossinhos digeríveis, brinquedos para roer – desde que ele não tenha o hábito de destruir e engolir pedaços), esconder ração ou petiscos que o cão goste pelos cantos da casa, para que ele possa farejá-los, também ajudam a manter o peludo ocupado durante a ausência dos donos.
Outra medida que auxilia muito é praticar atividades físicas com o cão antes do período em que se sabe que terá que ser deixado sozinho. Um cachorro cansado tende a dormir após as atividades. Longos passeios, idas ao parque e jogar bolinha ajudam neste quesito.
Se este problema comportamental já foi diagnosticado, o ideal é procurar fazer com que o cão fique mais habituado a estar sozinho sem que se sinta tão mal com isso. Para tanto, além das dicas já mencionadas acima, ensinar o comando FICA e começar a treiná-lo em vários cômodos da casa permitirá que ele perceba que não é tão ruim assim ficar longe do dono, já que, em pouco tempo, será recompensado por ter esperado.
Outra dica é dar os sinais de que uma saída está próxima sem que ela ocorra! Como fazer isso? Pegar bolsa, chaves do carro, colocar o sapato e… não sair! Voltar e guardar tudo, agindo naturalmente, como se nada tivesse acontecido! A repetição deste treino tende a fazer com que o cão não associe mais tão claramente os sinais de saída com o dono indo embora.
Se o grau de ansiedade de separação for muito alto, recomenda-se consultar um especialista em comportamento canino, pois trata-se de uma condição grave, onde o nível de estresse do cãozinho alcança picos muito altos, devendo, portanto, ser devidamente tratada.
Por Malu Araújo, adestradora e consultora comportamental da equipe Cão Cidadão.
Existem várias vantagens em acostumar seu cachorro a receber uma boa massagem. Esse contato, por exemplo, ativa a circulação de serotonina, que reforça as defesas do organismo. Em cães mais idosos, a massagem pode ajudar a manter o tônus muscular e a melhorar a circulação sanguínea, enquanto nos filhotes, ajuda a acalmá-lo. Independentemente da idade, a massagem vai ajudá-lo a conhecer melhor e a investigar o corpo do seu cachorro, além de criar uma maior relação de afeto entre vocês.
Se tivermos o hábito de fazer a massagem, podemos descobrir possíveis problemas, identificando alterações, como um caroço, uma dor em determinada região, sensibilidade, e, assim, prevenir que o problema se agrave. É importante reforçar que a massagem jamais deve substituir uma visita ao veterinário! O cão que está acostumado com esse manuseio, provavelmente se comportará melhor enquanto é examinado pelo médico veterinário.
Como começar essa massagem?
O carinho que o seu cachorro já está acostumado e que ele tanto gosta deve virar uma massagem investigativa. Aos poucos, apalpe as patas, orelhas, cabeça, rabinho, sinta a pele, ossos e verifique os dentes. Com a frequência, você vai aprender a identificar os pontos que o seu cachorro gosta de receber massagem e se em algum local ele está mais sensível ou possui alguma alteração na pele.
Faça a massagem em um lugar calmo, em um horário que você não esteja com pressa. Associe os toques mais intensos a um petisco. Aos poucos, o cachorro ficará cada vez mais relaxado e a massagem será uma ótima recompensa!
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