#Especial de Natal: exemplos de lealdade

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Quando chega esta época do ano, todos nós começamos a pensar sobre os momentos que passaram e tudo o que aconteceu ao longo dos meses. Momentos bons e ruins, mas que ficaram marcados para sempre. Quem tem um cãozinho em casa sabe bem que, além de companheiros, eles rendem boas risadas e momentos muito especiais. São exemplos de lealdade.

É claro que, às vezes, eles podem fazer aquela arte, mas, com carinho, paciência e reforço positivo é possível mostrar ao amigo o que ele pode ou não fazer e, assim, se relacionar de forma mais equilibrada e feliz com ele. Nós, da Cão Cidadão, acreditamos muito nisso. Ao longo de 2015, ajudamos donos e animais a conviverem de forma mais saudável, para que juntos pudessem ter muitos histórias de companheirismo para contar. Como essas abaixo, confira!

Owney, o cachorro do Correio

A relação entre os carteiros e os cães é polêmica há séculos, porém, esse longo relacionamento teve uma reviravolta. Em 1888, na agência de correios de Albany, Nova York (EUA), era comum ver um pequeno cachorro rodeando o local. Atraído pelo cheiro e texturas das bolsas dos carteiros, mesmo depois de ter sido deixado por seu dono, o animal continuou voltando à agência e acabou sendo adotado como mascote não-oficial da Railway Post Office.

Com o passar dos anos, Owney começou a acompanhar os trens de entrega e os carteiros, ganhando medalhas para cada grande jornada feita por ele. Em 1895, o cachorro fez uma volta ao mundo, viajando com as bolsas pelos trens e navios com destinos como a Ásia e Europa, antes de retornar a Albany. O animal era considerado um amuleto da sorte, pois, em uma época em que os trens sofriam diversos acidentes, nas jornadas que Owney realizou, os acidentes jamais aconteceram.

Fido

Fido foi adotado por um italiano durante a II Guerra Mundial. Ele esperava pelo dono no ponto de ônibus, todos os dias. Durante um bombardeio, o dono de Fido foi morto, mas isso não o impediu de continuar indo até o ponto de ônibus para esperá-lo voltar para casa, todos os dias, durante 14 anos.

Essas histórias são surpreendentes, não é mesmo? São momentos como esses que reforçam como os animais são leais e companheiros.

Cães que têm repulsa a gatos

flickr.com/sabianmaggy
flickr.com/sabianmaggy

“Tenho 3 cachorros e há cerca de um mês adotei uma gatinha de 2 meses que se chama Chloe, o poodle Nicky até que está adaptando-se bem à gata, mas o problema é a dachshund (XuXa ) e a Lady (SRD), pois acho que odeiam gatos. A XuXa fica muito ansiosa, farejando muito, talvez nem vá morder a gatinha mas os movimentos bruscos em direção a ela nos deixa em alerta e com medo de que possa machucar a gatinha. Todos aqui em casa estão apaixonados pela gatinha, gostaríamos de poder ficar com ela. Beijos, sou sua fã!” – Silvana Cozer Ramos, dona da XuXa, de onze anos.

“Recentemente adotei um lindo vira-latinha que trouxe muita felicidade para casa. Comprei seu livro “Adestramento Inteligente” e ele me ajudou muito! Porém, o Thor tem um problema comportamental que não sei como resolver. Além dele, eu tenho três gatinhos: 2 fêmeas e 1 macho. Com as fêmeas, o Thor não tem tantos problemas, pois elas colocam limite. Já com o macho, ele brinca porém de um jeito bastante “grosso”. Seriam brincadeiras normais se fossem com outro cachorro, porém com um gato não dá certo. O pior é que o gato não reage, não tenta sair, ou então parar, e fico muito preocupada em acabar machucando. Por favor, o que posso fazer? Já tentei com o esguicho de água, bronca, deixar sem atenção mas nada disso funcionou!” – Marina Bianchi, dona do Thor, de três meses.

“Olá Alexandre, boa tarde. Bom, tenho 2 cachorras adultas (10 anos e 7 anos) e 2 gatas adultas (9 e 10 anos) e agora adotei mais uma fêmea, a Humi, agora com 7 meses. Ocorre que ela não dá paz para as gatas, pula em cima, dá mordidinhas e, às vezes, até avança. Minhas gatas não querem mais ir para o quintal por isso. Com as outras cachorras o convívio é tranquilo, até se gostam. Percebi que a Humi é muito territorialista (tudo é dela) e também ciumenta (avança se as outras chegarem perto de mim). Sei que isso é normal pois ela ainda é bebê, mas gostaria de corrigir a tempo, para que as gatas tenham paz e o convívio seja tranquilo. Olha a foto da danada aí. Obrigada e um abraço!” – Renata Afonso, dona da Humi, de sete meses.

Por Tiago Mesquita, adestrador da equipe Cão Cidadão.

Que legal!! Quantos pets em casa!! Bem, sabemos que a socialização de cães e gatos deve ser feita com bastante cuidado, pois os gatos têm movimentos rápidos e bruscos, e isso ativa o instinto de caça dos cães, fazendo com que eles corram atrás dos gatos.
Para que eles possam se conhecer com segurança, eu indicaria o uso de uma caixa de transporte, para que seus gatos possam se sentir seguros e seus cães possam farejá-los sem riscos, fazendo treinos de aproximação positiva. Assim, quando os cães avançarem ou fizerem movimentos bruscos, você poderá impor limites com mais facilidade (repita o treino por várias vezes).
Em relação às broncas, talvez você não tenha conseguido resultados positivos porque estava aplicando-as com a intensidade e/ou tempo errado. É importante saber que temos sempre que respeitar a sensibilidade de cada animal.
Outra coisa legal seria adaptar a casa para os gatinhos, porque eles gostam de ficar em lugares mais altos. Tais locais também serviriam de refúgio quando houver algum desentendimento com os cães. Dessa forma, prateleiras com túneis, arranhadores e brinquedos específicos para gatos são sempre bem-vindos. Além disso, enriquecimento ambiental, comandos e passeios também podem tornar os cães mais calmos e tranquilos.
Caso esteja passando por dificuldades para manter a boa convivência entre o cão e o gato, não hesite em procurar a ajuda de um profissional da equipe Cão Cidadão. Bons treinos e, se precisarem, contem sempre com a gente.

Fonte: Portal do Dog

O que pode desencadear ciúme nos pets?

Photo credit: sonstroem / Foter.com / CC BY
Photo credit: sonstroem / Foter.com / CC BY

O ciúme canino pode ser gerado por diversos motivos e, infelizmente, pode ter consequências sérias, por isso, não se pode ignorar esse problema e esperar que passe com o tempo. Isso pode agravar ainda mais a situação!

A simples presença de outro cão ou de outra pessoa na casa, por exemplo, pode desencadear esse comportamento. Isso geralmente acontece quando o cão sente que seu espaço ou recursos que considera muito valiosos – comida, água, brinquedos ou atenção do dono – estão sendo ameaçados e ele corre o risco de perdê-los.

Ciúme entre cães

Esse caso é muito comum quando se tem mais de um cachorro em casa e, muitas vezes, os donos contribuem para essa reação ciumenta do amigo. Sabia disso? Digamos, por exemplo, que você esteja brincando e dando carinho a um deles, quando o outro chega. Imediatamente, você deixa de dar atenção a um dos peludos, pois pensa – “já brinquei bastante com esse, agora é a vez do outro”. É aí que mora o perigo!

Ao fazer isso, você faz com que o cão associe a aproximação do outro animal a perda de atenção e do carinho gostoso que ele estava recebendo, o que faz com que ele se torne agressivo.

Guarde os petiscos mais gostosos, a brincadeira mais divertida e o melhor carinho para quando ambos estiverem juntos. Assim, o pet que é mais ciumento relacionará a presença do amiguinho a coisas boas e que ele adora, fazendo com que o ciúme diminua. O ideal, nessa situação, é dar a mesma atenção e interação tanto para um, quanto para outro e, se possível, ao mesmo tempo.

É muito importante não recompensar o animal quando ele apresentar agressividade. Se ele começar a rosnar, latir ou mostrar os dentes quando o outro pet se aproximar, não dê bronca e nem dê carinho. Isso faz com que o ciumento associe a bronca e a falta de atenção com a chegada do outro, o que piora a situação. Nesse caso, ignore os dois.

Ciúmes de outras pessoas

O mesmo ciúme que explicamos em relação a outro animal, o cão pode manifestar com outra pessoa. Nesses casos, se o pet percebe que a outra pessoa se afasta quando ele demonstra agressividade, ele começará a usar dessa artimanha para controlar quem pode ou não chegar próximo de quem ele protege ou tem ciúme. Você não deve permitir isso!

Quando o marido, filho, esposa ou outras pessoas da casa chegarem, não deixe de dar atenção ao animal. Juntos, brinquem com ele, elogiem, façam uma festa, para que ele entenda que não perderá a atenção e os agrados, mas que vai ganhar tudo em dobro. A chave para lidar com o ciúme é a paciência, fazer com que o cão entenda que não há nada a perder com a aproximação da pessoa, ao contrário.

Dicas

• Se necessária, a bronca deve vir diretamente de quem o cachorro está tentando “proteger”. Se a pessoa que ele não gosta repreendê-lo, isso fará com que ele associe o sentimento ruim a ele, piorando a situação.

• Não deixe de dar atenção ao cão ciumento quando o outro pet se aproximar. Dê carinho de forma igual para ambos.

• Recompense o cão quando ele apresentar o comportamento desejado e não ameaçar o outro animalzinho. Isso fará com que ele entenda que pode esperar somente coisas boas da presença de outros animais ou pessoas.

 

Acompanhe os eventos da semana da Cão Cidadão

noticias_interna_eventosProcurando opções de programa para o fim de semana, que possam te ajudar a manter um bom relacionamento com o bichinho de estimação? Temos algumas sugestões de palestras gratuitas, confira!

São Paulo

No sábado, dia 28 de novembro, a equipe da Cão Cidadão estará na Petz Morumbi, em São Paulo, para uma palestra gratuita.

O tema do encontro será “Problemas Alimentares” e nossos especialistas darão várias dicas para melhorar a qualidade de vida dos pets.

A entrada é gratuita e o evento começa às 17h.

Belo Horizonte

Ainda no dia 28, mas, dessa vez, em Minas Gerais, a equipe Cão Cidadão participará da inauguração da Petz, unidade Center Minas. Faremos uma palestra às 13h sobre “como educar o seu pet”. A entrada para o evento é gratuita. Basta comparecer ao local no horário marcado.

Para mais informações e outros eventos, confira a nossa Agenda.

Esperamos por você!

Como agir com pets que rejeitam a ração

https://www.flickr.com/photos/sanjoy/3253247315/
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“Alexandre Rossi, tudo bem? Somos fãs de vocês e está de parabéns pelo seu trabalho que tanto ajuda os animais! Uma cachorrinha que morava na rua, teve os seus filhotinhos no lote de uma vizinha e nós ficamos um deles. É a Nina, nossa alegria. Espoleta tipo a Estopinha. rsrsr Adora dar jump rsrsr O problema que ela não fica querendo comer ração e, às vezes, quando come algo diferente, o pelo fica feio e começa cair. O que pode ser feito para ela acostumar somente com a ração? Muito obrigada e um beijão a todos!” – Alexandra.

“Olá doutor Alexandre, tudo bem? Ótimo. Doutor, tenho uma cadelinha da raça poodle, ela tem uma grande dificuldade para comer, principalmente ração (olha que compro ração boa, pedigree) pois bem, ela é muito ruim para comer a ração desde recém-nascida, quando eu a comprei, gosta muito de frango e carne bovina e outros, há um tempo eu a levei para o veterinário, foi feito alguns exames, não deu nada de mais, ele recomendou que eu desse pra ela, um estimulante de apetite (apevitin), remédio para humano, criança, então, ela toma esse remédio duas vezes por dia, assim, depois de alguns minutos, ela acaba comendo um pouco da ração, muito pouco, e além disso, ela dorme muito durante o dia, mais ama passear, brincar correr, ela não gorda, bem magrinha o pelo deixa ela bem cheia, em casa sem fazer nada só dorme, a região que moramos é muito quente, não sei se tem algo a ver com isso, doutor o que você me diria, como faço para mudar essa situação, fazer com que ela tenha mais interesse na ração dela. desde já muito grato.” – Emanuel Campos, dono da Mel, de 1 ano e 3 meses.

“Liz é uma mini maltês de 3 quilos, saudável, elétrica e brincalhona. muito brava. Chega a me morder quando sou eu quem da banho nela. No pet, ela se comporta melhor. Ultimamente, não come ração de jeito nenhum, mesmo que eu a deixe por dias sem outro alimento. Só come presunto, patezinho de carne (que tenho que dar na boca dela) e carne assada. Quando sai pra passear, late muito e corre, o que faz com que não aproveite o passeio calmamente. Tenho que usar duas coleira porque da peitoral ela escapa. Fico preocupada por essa alimentação errada dela. Sei que a culpa é minha, mas confesso que não lembro como essa situação se desenrolou pra chegar nesse grau. Estou muito aflita. Por favor me ajudem a corrigir os erros e a educá-la.” – Regiani, dona da Liz, de 2 anos e 8 meses.

Por Oliver So, adestrador da equipe Cão Cidadão

Olá, Alexandra, Emanuel e Regiani! Quando um cão não está se alimentando direito ou a sua saúde está sendo prejudicada pela alimentação incorreta, a primeira coisa que devemos fazer é consultar o médico veterinário. Ele avaliará a necessidade de se fazer exames para investigar o que pode estar estragando o apetite do animal. Somente depois que ele descartar ou tratar eventuais problemas na saúde do seu cão é que devemos considerar a parte comportamental.

Um erro muito comum é deixar a ração sempre à disposição. Além de o alimento perder a qualidade, a ração não será um recurso tão valorizado pelo cão, afinal, ele a tem sempre que quiser. Dessa forma, também fica mais difícil saber qual é a quantidade exata ele está comendo por refeição e essa informação é muito importante para controlar o peso dele e, consequentemente, sua qualidade de vida. Por isso, defina com o médico veterinário a quantidade correta, a frequência e o tipo de ração, para criar uma rotina de alimentação correta.

Outro erro frequente é oferecer ao animal outros alimentos além da ração. Se, ao receber a ração, ele recusar e acabar ganhando, entre as refeições, alimentos nossos ou petiscos para cães, ele poderá ficar seletivo, pois sabe que não passará fome e, ao recusar a ração, mais tarde receberá alimentos mais interessantes.

O nosso comportamento durante as refeições dele também pode influenciar na aceitação da ração. Se ficarmos muito insistentes, ele pode se sentir desconfortável. Ou, se ficarmos dando muita atenção quando ele não come, o cão pode acabar sendo reforçado a não comer, por gostar de receber carinho. Deixe-o à vontade para comer, e dê atenção e elogios sempre após o término da refeição.

Algumas considerações finais:
> Mantenha o seu cão ativo no dia a dia: brincadeiras, brinquedos interativos para pegar comida e passeios são exemplos de atividades para estimular o apetite do seu bichinho.
> Você pode acrescentar algo à ração para aumentar o interesse do seu animal. Mas, lembre-se de que isso deve ser temporário, e você deve ir diminuindo a quantidade desse estimulante gradativamente, até ficar apenas a ração para ele comer.
> Além das rações, a alimentação natural é outra opção para alimentar o seu cão. Se tiver interesse, consulte o médico veterinário de sua confiança ou um nutrólogo veterinário, para oferecer uma dieta balanceada para o seu amiguinho peludo.
> Em regiões ou épocas mais quentes, é natural que o cão coma um pouco menos. É uma resposta do corpo para não prejudicar a digestão e ajudar a controlar a temperatura corporal.

Fonte: Portal do Dog

Agressividade por território

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Quando se fala de agressividade em cães, é preciso ter muita atenção. O número de acidentes provocados por esse problema é assustador, pois existem várias raças que podem machucar um ser humano com muita facilidade, por isso, é necessário tratar esse aspecto do animal com extremo cuidado.

A agressividade é transmitida, em parte, pela genética e, por isso, deve-se prestar muita atenção às características do animal antes de adotá-lo. Existem raças mais ou menos agressivas e dentro de cada raça existem cães mais agressivos que outros.

Além disso, alguns outros fatores também podem influenciar esse comportamento, como a criação e o meio ambiente em que o pet vive. Mesmo os filhotes pertencentes a raças que são consideradas agressivas, se tratados e treinados da maneira correta, podem se tornar ótimos cães, que jamais colocarão alguém em risco.

Agressividade por território ou dominância?

A agressividade por territorialismo pode, muitas vezes, ser confundida com a agressividade por dominância, pois ambas manifestam-se da mesma maneira. As duas são causadas por motivos muito parecidos, porém, existem algumas diferenças importantes sobre o comportamento do animal.

No caso da agressividade por dominância, o cachorro sente que não existe um líder dentro da casa, por isso, ele próprio assume essa função. O animal acaba se tornando um pet sem limites, que não suporta ser contrariado e que usa o ataque como forma de defender seu posto. Já os cães territorialistas querem defender um determinado local que consideram deles.

No caso da agressividade por territorialismo, o comportamento se deve a espécie. Os cães são animais naturalmente protetores e defensivos, principalmente de seus territórios e filhotes. Esse tipo de comportamento acontece quando o cachorro sente que o local em que ele acredita ser seu está sendo ameaçado. Nesses casos, o pet pode aceitar, em um momento, a presença de outro cão em seu território, e, logo em seguida, sentir que o outro animal está tentando tomar o seu local, o que pode levar a uma briga entre eles.

Como lidar com a agressividade

• Antes de qualquer coisa, é preciso identificar o tipo de agressividade para só então tratá-la. A ajuda de um profissional, nesses casos, é fundamental, pois ele poderá encontrar a solução correta para a situação.

• Se o seu pet apresentar comportamento agressivo, jamais recompense-o por isso. Cada vez que seu cão utilizar esse tipo de comportamento contra você ou alguém da sua família, faça com que ele seja frustrado.

• Evite qualquer tipo de disputa física ou brincadeiras que deixem o cão muito agitado e estressado.

• Não bata em seu cão e não ameace-o fisicamente, em nenhuma circunstância.

• Seja um bom líder. Conquiste o respeito do animal e jamais use violência para corrigi-lo. Tenha autoridade, mas não abuse dela.

Cão Cidadão e Alexandre Rossi no seminário internacional The Family Dog Project

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cao_cidadao_seminario_internacional No dia 7 de novembro, foi realizado o seminário internacional The Family Dog Project, promovido pelo Dr. Adam Miklósi, especialista em comportamento animal, e sua equipe da Eötvös Loránd University, de Budapeste (Hungria).

O encontro contou com 12 palestras que abordaram diversos temas relacionados ao comportamento animal, como “Mecanismos do comportamento social” e o “Relacionamento entre humano e animal”.

O seminário foi transmitido pela internet, para todo mundo e, o melhor, gratuitamente. A Cão Cidadão promoveu a divulgação do evento no Brasil e a aceitação do público foi tão positiva que o maior número de acessos ao livestream foi feito por brasileiros, o que tornou a experiência um sucesso ainda maior.

No final do seminário, a Cão Cidadão e o especialista, Alexandre Rossi, tiveram destaque e o Dr. Adam Miklósi agradeceu pelo apoio não só em seus estudos e pesquisas, mas também por ajudar a levar a informação sobre o comportamento animal ao maior número de pessoas possível e por buscar sempre melhorar o relacionamento entre donos e pets.

O time da Cão Cidadão está muito orgulhoso pelo reconhecimento internacional e agradece o carinho do Dr. Ádam Miklósi e sua equipe.

Parceiros

A Cão Cidadão e o especialista em comportamento animal, Alexandre Rossi, mantêm uma parceria com o Dr. Ádam Miklósi em um estudo que pretende verificar se alterações no gene FOXP2, relacionado à vocalização em outros animais, têm influência no comportamento de cães que latem em excesso.

Em maio deste ano, um grupo de voluntários se mobilizou para a coleta de dados no Parque do Ibirapuera, em São Paulo (SP). Vídeos com testes de vocalização e coleta de amostras de saliva de cães foram obtidos e, além disso, os donos também preencheram um questionário para fornecer informações sobre o animal.

Você pode saber mais sobre o estudo neste vídeo:

Como ensinar o pet a comunicar suas vontades

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Quando se trata da comunicação com os pets, muitas vezes, gostaríamos de ter a capacidade de conversar com eles, não é mesmo? Principalmente, nos momentos nos quais o animal acaba tendo um comportamento inadequado e, nestes casos, seria muito mais fácil explicar verbalmente para ele que não pode fazer aquilo, do que dar uma “bronca” e esperar que não aconteça novamente.

Além disso, existem as situações em que o animal está pedindo por algo e nós não fazemos ideia do que seja. Será que ele quer passear? Quer um petisco? Está pedindo carinho?

Não existe situação mais frustrante do que não compreender as vontades dos peludos. Mas, felizmente, é possível, sim, ensinar o animal a se comunicar melhor conosco, facilitando a compreensão para ambas as partes.

“Os pets estão sempre aprendendo sinais e tentando se comunicar com as pessoas e seus donos, mas, muitas vezes, não conseguimos parar para observá-los. A melhor maneira de estreitar essa comunicação seria pensar como eles”, explica o adestrador da Cão Cidadão, Tiago Mesquita.

Algumas pessoas acham que o pet pode compreender o que nós esperamos deles sem realizar qualquer tipo de treinamento prévio. No entanto, quando elas não recebem a reação que esperam, ficam frustradas. Para que essa comunicação aconteça sem qualquer problema, é preciso dedicação. “Estudar o comportamento dos pets e fazer exercícios de adestramento ajuda a aprofundar o entrosamento entre o dono e o animal”, comenta Thiago.

Para alcançar esses objetivos, não é necessário que você seja um profissional. Qualquer tutor que demonstre interesse, habilidade e dedicação, consegue treinar seu cachorro de forma a tornar a comunicação o mais fácil possível.

“Naturalmente, os animais nos dão pistas todos os dias de que estão com vontade de fazer alguma coisa. Há aqueles cães que pulam atrás da porta para alcançar sua guia de passeio, também tem aqueles que ficam sentados olhando para um pote de petisco tentando convencer o seu tutor a dar um para ele”, explica o adestrador.

No entanto, esses comportamentos precisam ser capturados pelo tutor. Se o cão começa a latir para o saco de ração toda vez que estiver com fome e o dono prontamente atendê-lo, essa atitude acaba estabelecendo uma comunicação entre os dois. Quando os donos atendem a essas vontades, associando com comandos verbais ou gestuais, os pets tendem a aumentar a frequência do comportamento.

Ensinar e treinar comandos como o senta, deita, fica, junto, não, entre outros, também é uma boa forma de colocar em prática essa comunicação, além de estreitar a relação entre o dono e o pet.

Em alguns casos, é necessário o auxílio de adestradores profissionais. Porém, realizar esses exercícios em casa, ajuda o dono a entender com mais clareza as características do seu bichinho e a encontrar maneiras de chamar a sua atenção, tornando o aprendizado muito mais tranquilo e divertido.

Como em todo treinamento, é importante ter paciência, pois essa comunicação não se torna perfeita da noite para o dia. Exige tempo e muita dedicação, mas no final tudo vale a pena para tornar a convivência com o seu amigão ainda melhor!

O exercício ideal para fazer com o seu cão

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Por Malu Araújo, adestradora e consultora comportamental da Cão Cidadão.

Um levantamento do Kenel Clube de São Paulo — grupo que registra aproximadamente 40 mil cachorros por ano, encomendado pela VEJA SP, apontou as 15 raças de cães mais populares de donos paulistas. Para animar o seu projeto Verão 2016 e, de quebra, fazer companhia para o seu mascote no treino, listamos as melhores atividades físicas para praticar com cada raça. É importante ficar atento aos horários das práticas, pois, com o aumento de temperatura o ideal é treinar até às 10 horas ou depois das 16 horas.

Yorkshire Terrier
“O york tem um temperamento ótimo e consegue, com facilidade, acompanhar a dona em uma aula de Balé, por exemplo”, sugere Malu Araújo, adestradora e consultora comportamental da equipe Cão Cidadão.

Buldogue francês
Originário da França, a raça gosta de contato humano, é bem companheira e ativa. Porém, é preciso tomar cuidado com a intensidade dos exercícios, os buldogues franceses têm focinho achatado, o que dificulta a respiração e troca de calor. “Eles são ótimos para uma partida leve de futebol”, recomenda Malu.

Spitz Alemão anão
Também conhecido como Lulu da Pomerânia, é protetor (às vezes invocado), mas consegue acompanhar o dono na prática de Stand Up Paddle (SUP).

Shih-tzu
De porte pequeno e menos agitado, se dá bem com crianças, adultos e idosos. O Shih-tzu pode ser uma ótima companhia de treino para sedentários que querem começar de maneira leve uma caminhada. “Os cães dessa raça podem apresentar uma evolução gradativa em uma caminhada leve com idosos ou sedentários”, indica a adestradora.

Schnauzer miniatura
É uma raça animada e extrovertida. “São ótimos para um passeio de patins ao ar livre”, diz Malu.

Rottweiler
Valente e fiel, os cachorros dessa raça são ótimos cães de guarda e respondem bem a uma corrida de alta intensidade, se tiver condicionamento físico adequado.

Pug
Por conta do focinho achatado, assim como outros cães de porte pequeno, não aguenta exercícios físicos intensos. Mas isso não é desculpa para o sedentarismo. “Eles são bem agitados. O melhor é fazer uma caminhada, mas preste atenção com relação ao horário e a temperatura”, aconselha a consultora comportamental da equipe Cão Cidadão.

Maltês
Carente, esses cães não gostam de passar muitas horas sozinho. “Também são ótimos companheiros para praticantes de SUP”, diz Malu.

Lhasa Apso
É companheiro e independente, ótimo para quem pratica ioga em casa.

Labrador Retriever
É dócil e muito agitado. “Os labradores adoram água, então, são ótimas companhias para uma natação, por exemplo”, fala a especialista.

Golden Retriever
Tem o temperamento simpático e obediente e podem ser ótimos para um passeio de bicicleta. “Porém, é preciso tomar cuidado. Usar um adaptador de coleira para a prática vai prenevir acidentes”, aconselha Malu.

Fila Brasileiro
De porte grande, temperamento forte e fiel à família, esses cães podem acompanhar o dono em uma corrida intensa, se tiver condicionamento físico.

Cavalier King Charles Spaniel
São dóceis, tolerantes e pacientes. Primos da raça cocker (caçadores de patos), se dão muito bem em atividades que exijam resistência e agilidade. “Eles adoram água e podem ser uma companhia em uma aula hidroginástica”, diz a profissional.

Buldogue Inglês
“Esses cãezinhos cansam rápido, mas ainda assim são bagunceiros. Mas aguentam uma caminhada leve de 30 minutos, no horário da manhã, por exemplo”, fala Malu.

Border Collie
É um cão de pastoreio, inteligente e que necessita de atividade física frequente. “Com certeza essa raça pode jogar tênis, pois são malucos por bolinha e trabalhos repetitivos”, conclui a consultora comportamental de animais.

Vira-lata
A verdade é que todo cãozinho pode ser o seu melhor amigo! E com os vira-latas não poderia ser diferente, eles são ótimos parceiros. “Por serem uma mistura de raças, é preciso se atentar às características físicas e temperamento dos vira-latas. Os de porte pequeno e focinho curto podem praticar um alongamento. Enquanto os mais agitados podem sair com os tutores para uma trilha ou participar, de alguma forma, de exercícios de circo”, conclui a adestradora.

Fonte: M de Mulher.

Liderança: a importância do respeito e dos bons exemplos

dicas_interna_liderancaQuando se fala sobre treinamento, um dos aspectos mais importante é a questão da liderança. Conquistá-la não é difícil, porém, ser um ótimo líder demanda dedicação, conhecimento e atenção. Quanto maior o laço entre você e o seu cão, maior o respeito e carinho ele sentirá por você e mais fácil será o adestramento.

Seja um bom líder!

Um líder perfeito só passa bons exemplos aos seus subordinados e não exige respeito – o ganha! Para isso, é preciso evitar brincadeiras que incentivem a agressividade, ou criem disputas entre você e o seu cão. Muitas dessas brincadeiras podem deixar o cão ansioso, agitado e receoso, o que pode resultar em disputas de força – se o pet achar que tem condições, pode até partir para o ataque em uma situação em que ele se sinta acuado ou ameaçado.

Para evitar esses conflitos, respeite os limites do seu cão, para que ele possa respeitar os seus e obedecer as regras que você criar. Um bom líder é coerente em suas regras e não precisa usar da violência ou entrar em disputas físicas para conseguir respeito.

Aplicando a liderança no dia a dia

Na hora da diversão, assuma o controle da situação do início ao fim. Use sinais que mostrem ao seu pet que aquilo é uma brincadeira, como, por exemplo, um gesto para convidá-lo a ter aquele momento com você. O objetivo é transformar essas atividades empolgantes em uma forma de exercitar o animal e gastar um pouco da energia acumulada.

As opções são diversas, basta escolher algo que o seu cão goste e que seja interessante para vocês fazerem juntos. Jogar a bolinha e brincar de cabo de guerra são algumas delas, mas preste atenção nas reações do pet: se ele começar a ficar agressivo, rosnar ou a mostrar os dentes e ficar agitado demais, termine a brincadeira na hora.

Por último, se o cão respeitar os limites estabelecidos por você e se comportar, elogie-o. Assim, além de mostrar liderança, dará a ele a recompensa de receber sua atenção, que é o que ele mais gosta!

Fonte: Livro Adestramento Inteligente, de Alexandre Rossi.

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