Treinamento para animais com deficiência

Photo credit: jimnista / Foter / CC BY
Photo credit: jimnista / Foter / CC BY

Por Katia de Martino, adestradora da equipe Cão Cidadão.

Primeiramente, precisamos saber qual é o tipo de deficiência que seu cão tem, para nos adequarmos a ele. Isso é, os cães, como todos os outros animais, têm vários tipos de sentido, como audição, visão, olfato, tato, etc. E, se ele tem deficiência em algum sentido, usamos outro para poder nos comunicar.

Se seu cão for cego, por exemplo, use o sentido da audição e tato. Como fazer isso? Bom, vamos pensar que você tem uma piscina em casa e tem medo de que ele caia nela: podemos colocar algum tipo de piso ao redor da piscina (emborrachado, com alguma textura diferente), por o animal em uma guia longa, brincar e falar com ele em qualquer lugar que não seja nesse piso.

Na hora em que ele pisar nesse local, o corrigimos falando um “NÃO” e seguramos a guia. Com o tempo e muito treinamento, toda vez que seu cão pisar lá, entenderá que não pode ir além.

E se for um cão surdo?Usamos o sentido da visão. Criamos gestos, com os quais ele entenderá como “sim” ou “não”. Algo como “polegar para cima: positivo; polegar para baixo: negativo”.

Agora, se seu companheiro, ao invés de ter quatro patas, tiver três, não se preocupe. A adaptação dele será excelente e viverá como se tivesse quatro patas.

Fonte: Pet Center Marginal.

Cuidados na hora de adotar um animal

Você sabe quais são os cuidados que devem ser tomados na hora de adotar um pet?

A chegada de um novo amiguinho em casa é sempre um momento feliz, porém, para que tudo aconteça de forma correta, é preciso levar em consideração alguns pontos. Confira alguns deles:

– Características: avaliar o comportamento/temperamento, o tamanho e a raça do pet escolhido, para evitar problemas futuros.

– Planejamento: o novo membro precisará de alguns cuidados, como vacinas, alimentação, caminha e etc. É preciso prever esse custo.

Lembre-se de que adotar por impulso pode não ser uma boa ideia!

Problemas alimentares: como agir?

problemas-alimentares
É só chegar a hora das refeições que o cãozinho começa a dar um trabalhão?

Enquanto alguns pets parecem ter fome o tempo todo, outros não têm nenhum interesse na ração, ou ainda fazem manha para comer. Isso, às vezes, pode ser comum e muito trabalhoso e é chamado de problemas alimentares.

Antes de mais nada, é preciso levar em conta que a fome é a necessidade física do pet de se alimentar e repor os seus nutrientes.

Já o apetite, é o desejo e a vontade de ingerir comida. Na maioria das vezes, o cão saudável terá apetite mesmo se já estiver com a fome saciada. Por isso, é preciso resistir à carinha de pidão do pet se ele continuar pedindo comida.

Falta de apetite, o que fazer?

Você sabia que muitos cães perdem o interesse na comida por ela ficar disponível o dia todo? Isso mesmo. Por isso, uma dica importante é oferecer a quantidade certa de ração para o cão. Caso sobre, retire o pote e guarde, depois coloque novamente. Também, para aumentar o interesse dele, diminua um pouco a quantidade oferecida em cada refeição.

Importante: evite incrementar a ração do cão com frango, carne, molhos, etc. Isso pode piorar o paladar do cão, pois ele pode aprender a recusar a ração simples para ganhar a ração incrementada! Agora, se o cão já está acostumado a só se alimentar com outros alimentos juntos à ração, não retire de uma vez: tente fazer isso aos poucos, para acostumar o paladar do cão à ração. Muitos animais, ao notarem a falta do complemento, podem ficar sem comer nada, o que pode causar problemas de saúde.

Outra dica interessante para cães que recusam comida ou só comem se o dono alimentá-lo com a mão é utilizar brinquedos que soltam ração, ou mesmo uma garrafa pet furada como comedouro.

Como lidar com o pet ciumento?

caes-ciumentos

O seu cãozinho é daquele tipo que, quando alguém chega perto de você, ele fica agressivo? Não pode ver você com outro bichinho que começa a chorar para chamar a sua atenção?

Assim como ocorre com os humanos, os pets podem apresentar determinados comportamentos deflagrados por ciúmes. Em geral, eles surgem quando o cãozinho sente que perde recursos que considera valiosos, como atenção, comida e brincadeiras, na presença de outro pet ou mesmo de membros da família.

O que fazer?

Muitas vezes, ao punir o cão, você estará incentivando o problema. Ex: quando o cão apresenta reações ciumentas na presença de outro pet e você o corrigir, ele entenderá é que, realmente, a aproximação daquele “concorrente” é prejudicial, pois ele acaba perdendo a atenção do dono e, ainda, leva uma bronca.

O ideal, nessa situação, é agir justamente de forma contrária: quando o pet ou alguém se aproximar, elogiar e recompensar bastante o cão ciumento. Assim, ele passará a associar a presença do outro, com total atenção do dono e recompensas! Ou seja, não perderá nada que é valioso, muito pelo contrário, ganhará ainda mais.

Ensinando o ‘senta’ para o pet

senta
Que tal ensinar alguns comandos para o pet?

Muito mais do que simples “truques”, os comandos podem ajudar os donos a melhorarem a comunicação com o bichinho.

Vamos começar pelo “senta”?

Esse comando, por exemplo, é um dos mais simples e muito útil no dia a dia. Ensinar o cachorro de forma positiva, utilizando um petisco para induzi-lo ao movimento, é uma dica bastante importante. Assim, a obediência acabará se tornando prazerosa!

Segure um petisco próximo ao focinho dele e faça um movimento levando a mão para a parte traseira do cachorro. Ele tentará acompanhá-la e se sentará, para ficar em uma posição melhor.

Assim que ele se sentar, entregue a recompensa e repita o movimento algumas vezes. Quando o cachorro estiver sentando mais rapidamente e parecer já ter assimilado o comando, diga, juntamente com o movimento, a palavra “senta”. Dessa forma, ele aprenderá o comando gestual e verbal.

Aproveite as dicas e treine o pet! 

Feriado de Páscoa: como lidar com a ansiedade de separação?

especial-ansiedade-separacao

O feriado prolongado está chegando e muitos donos vão aproveitar para viajar ou mesmo marcar passeios com amigos ou familiares. Mas, nem sempre é possível levar o bichinho junto. Alguns pets são tão apegados ao dono que, quando ficam sozinhos, se desesperam.

De acordo com o especialista em comportamento animal, Alexandre Rossi, a ansiedade de separação é um comportamento considerado normal nos cachorros, mas, até certo ponto. Trata-se de um indício de que o cão tem a necessidade de ter alguém da matilha sempre por perto. Na natureza, sem o grupo, os cães não conseguem sobreviver, pois precisam do outro para caçar, procriar, se alimentar e se defender de outros animais.

O que fazer?

Uma das formas de melhorar a ansiedade de separação é tornar as chegadas em casa mais discretas. O dono deve conseguir ignorar o cachorro até que ele se acalme. Assim que notar que ele já está tranquilo, pode fazer carinho. As saídas também devem ser bem sutis!

É importante, nesse treino, fazer a dessensibilização de certos comportamentos que acontecem quando o dono sai de casa: pegar as chaves, pendurar a bolsa, colocar os sapatos, abrir a porta etc. Você pode simular essas atitudes mesmo quando não for sair de casa. Assim, o cachorro vai se habituando a essas ações sem demonstrar tanta ansiedade, já que nem sempre a saída acontece.

Se possível, não deixe o cão te seguir por todo o lugar da casa. Estimule-o a ser mais independente na sua ausência.

Cães medrosos: como ajudá-los?

caes-medrosos

O seu cãozinho é daqueles que tem medo de tudo? Basta ouvir fogos de artifício que tenta se esconder ou late sem parar? Sabia que, com alguns treinos de dessensibilização, é possível ajudar e acabar aos poucos com o medo dele?

Primeiro, é importante esclarecer que, quando apresentamos o filhote a diversos sons, barulhos, objetos e pessoas, as chances de que ele desenvolva medo são bem menores. É o que chamamos de sociabilização: acostumar os cães, dos dois aos quatro meses de vida, com coisas diferentes, com as quais eles vão conviver para o resto da vida, sempre fazendo associações positivas com petiscos, brincadeiras ou carinhos.

Como fazer a sociabilização?

Antes de tudo, é preciso iniciar o treino definindo quais sons assustam o pet – bombas, fogos, trovões, secador etc. Após essa definição, controle esse estímulo. Grave o som que o assusta, para que você comece o treino de dessensibilização com o pet. Escolha os petiscos e brinquedos favoritos do cão e, enquanto pede comandos, recompense-o com os petiscos e brinque com ele, colocando o som no mínimo para tocar.

Nesse estágio, o cão mal deve ouvir o barulho e ficar concentrado em você. Quando perceber que o pet está bem tranquilo, aumente um ponto na regulagem do som. Faça tudo bem gradual, pois um susto nessa etapa pode retroceder o treino todo. Continue, até que possa colocar o som audível e o cão ainda esteja brincando e se divertindo.

Diversão com o pet: ensine comandos!

dicas-de-comandoQue tal aproveitar o fim de semana para ensinar alguns comandos ao pet? Você verá que não é tão difícil quanto parece. É preciso apenas paciência e persistência! É importante dizer que, com o adestramento, é possível estabelecer um canal de comunicação eficaz com o pet. Ele começa a entender o que queremos e esperamos dele.

Para iniciar os treinos, o ideal é induzir o movimento esperado e recompensar exatamente no instante em que ele ocorrer.

Você pode utilizar um petisco, um brinquedo que o pet gosta muito ou mesmo um clicker – um aparelhinho que emite um som metálico ao ser pressionado, que é usado para marcar o exato momento em que o comportamento esperado foi realizado.

Tudo pronto? Então, vamos começar!

SENTA

Basta manter um petisco pequeno entre os dedos e bem perto do focinho do animal, e ir direcionando a cabeça do cão para trás. A tendência é que ele naturalmente se sente e, nesse momento, deve ser recompensado!

VEM

O segredo desse comando é associar o chamado sempre a algo muito positivo, ou seja, quando o cão ouvir o dono chamando, qualquer que seja o local, certamente virá imediatamente ao saber que ganhará algo que goste bastante!

BUSCA e SOLTA

Fazer o cão perseguir a bola é fácil, pois eles costumam ter enorme prazer nessa atitude. Mas, nem sempre é tão fácil fazê-lo trazer de volta e soltar. O grande segredo é ter duas bolas ou brinquedos iguais, de que ele goste muito.

Quando se joga um, começa-se a brincar com o outro. A tendência natural, ao ver outro objeto sendo mais valorizado pelo dono, é que o cão solte aquele que estiver em sua boca. Nesse momento, deve-se recompensar, e jogar o outro imediatamente.

O treino se torna, rapidamente, uma brincadeira muito divertida!

Seu cachorro tem plaquinha de identificação?

placa-identificacao (1)Vai viajar com o pet para curtir o feriadão de Carnaval? O amigão já possui uma plaquinha de identificação?

Para muitos cãezinhos, o período de festas pode ser bastante estressante, pois eles têm que conviver com barulhos e fogos, os quais muitos não suportam. Alguns cachorros têm tanto medo que, na tentativa de encontrar um local para se esconder e se abrigar do barulho, acabam fugindo de casa.

Por isso, é muito importante manter a atenção no bichinho. Além disso, é fundamental que ele tenha e esteja sempre com a plaquinha de identificação – que deve ter o nome e o telefone dos responsáveis.

Assim, caso o animal eventualmente fuja ou se perca, você conseguirá localizá-lo mais facilmente.

Apresentando um cão ao outro

mais-de-um-pet

Já tem um cãozinho em casa e resolveu ter um outro? Para que não ocorram brigas, é preciso apresentá-los de forma amigável antes, já que o primeiro pode sentir ciúmes do novo amiguinho e querer defender o território que inicialmente era apenas dele.

Antes de tudo, os cães devem ser apresentados fora de seus territórios e é preciso mostrar que você é o líder, para que tudo dê certo e não saia nenhuma briga.

O que fazer?

Escolha o local
Faça a apresentação dos pets aos poucos e em um local neutro, não muito familiar a eles. Pode ser na rua, por exemplo. Cada cão fica em uma calçada, controlado pela guia por um condutor, em uma distância suficiente para um não provocar o outro.

Mostre o comando
Seja firme na apresentação dos pets. Cada um pode dar olhadas rápidas para o outro, mas sem ficar encarando fixamente ou puxar o condutor. Se o cão fizer o que não deve, dê um puxão rápido na guia, para causar um desconforto e um pequeno susto. Se ele insistir em ficar encarando, procure distraí-lo com brinquedos.

Reduza a distância
Aos poucos, vá reduzindo a distância entre os cães, caminhando lado a lado, em uma única direção, evitando que ambos se encarem. Se surgir qualquer sinal de hostilidade, a caminhada deverá ser interrompida e o treino recomeçará da primeira fase. O procedimento termina quando a aproximação dos cães durante a caminhada for tal que eles fiquem encostados um no outro e se mantenham pacíficos.

Brigas entre os cães
O risco de ocorrer alguma briga é pequeno, mas, vale a pena ser prudente e estar preparado para interromper um eventual incidente.

NÃO VÁ AINDA!!

Agende agora mesmo uma primeira avaliação gratuita com orientações (on-line ou presencial) com um dos nossos adestradores!!