Quando se trata da comunicação com os pets, muitas vezes, gostaríamos de ter a capacidade de conversar com eles, não é mesmo? Principalmente, nos momentos nos quais o animal acaba tendo um comportamento inadequado e, nestes casos, seria muito mais fácil explicar verbalmente para ele que não pode fazer aquilo, do que dar uma “bronca” e esperar que não aconteça novamente.
Além disso, existem as situações em que o animal está pedindo por algo e nós não fazemos ideia do que seja. Será que ele quer passear? Quer um petisco? Está pedindo carinho?
Não existe situação mais frustrante do que não compreender as vontades dos peludos. Mas, felizmente, é possível, sim, ensinar o animal a se comunicar melhor conosco, facilitando a compreensão para ambas as partes.
“Os pets estão sempre aprendendo sinais e tentando se comunicar com as pessoas e seus donos, mas, muitas vezes, não conseguimos parar para observá-los. A melhor maneira de estreitar essa comunicação seria pensar como eles”, explica o adestrador da Cão Cidadão, Tiago Mesquita.
Algumas pessoas acham que o pet pode compreender o que nós esperamos deles sem realizar qualquer tipo de treinamento prévio. No entanto, quando elas não recebem a reação que esperam, ficam frustradas. Para que essa comunicação aconteça sem qualquer problema, é preciso dedicação. “Estudar o comportamento dos pets e fazer exercícios de adestramento ajuda a aprofundar o entrosamento entre o dono e o animal”, comenta Thiago.
Para alcançar esses objetivos, não é necessário que você seja um profissional. Qualquer tutor que demonstre interesse, habilidade e dedicação, consegue treinar seu cachorro de forma a tornar a comunicação o mais fácil possível.
“Naturalmente, os animais nos dão pistas todos os dias de que estão com vontade de fazer alguma coisa. Há aqueles cães que pulam atrás da porta para alcançar sua guia de passeio, também tem aqueles que ficam sentados olhando para um pote de petisco tentando convencer o seu tutor a dar um para ele”, explica o adestrador.
No entanto, esses comportamentos precisam ser capturados pelo tutor. Se o cão começa a latir para o saco de ração toda vez que estiver com fome e o dono prontamente atendê-lo, essa atitude acaba estabelecendo uma comunicação entre os dois. Quando os donos atendem a essas vontades, associando com comandos verbais ou gestuais, os pets tendem a aumentar a frequência do comportamento.
Ensinar e treinar comandos como o senta, deita, fica, junto, não, entre outros, também é uma boa forma de colocar em prática essa comunicação, além de estreitar a relação entre o dono e o pet.
Em alguns casos, é necessário o auxílio de adestradores profissionais. Porém, realizar esses exercícios em casa, ajuda o dono a entender com mais clareza as características do seu bichinho e a encontrar maneiras de chamar a sua atenção, tornando o aprendizado muito mais tranquilo e divertido.
Como em todo treinamento, é importante ter paciência, pois essa comunicação não se torna perfeita da noite para o dia. Exige tempo e muita dedicação, mas no final tudo vale a pena para tornar a convivência com o seu amigão ainda melhor!
Por Malu Araújo, adestradora e consultora comportamental da Cão Cidadão.
Um levantamento do Kenel Clube de São Paulo — grupo que registra aproximadamente 40 mil cachorros por ano, encomendado pela VEJA SP, apontou as 15 raças de cães mais populares de donos paulistas. Para animar o seu projeto Verão 2016 e, de quebra, fazer companhia para o seu mascote no treino, listamos as melhores atividades físicas para praticar com cada raça. É importante ficar atento aos horários das práticas, pois, com o aumento de temperatura o ideal é treinar até às 10 horas ou depois das 16 horas.
Yorkshire Terrier
“O york tem um temperamento ótimo e consegue, com facilidade, acompanhar a dona em uma aula de Balé, por exemplo”, sugere Malu Araújo, adestradora e consultora comportamental da equipe Cão Cidadão.
Buldogue francês
Originário da França, a raça gosta de contato humano, é bem companheira e ativa. Porém, é preciso tomar cuidado com a intensidade dos exercícios, os buldogues franceses têm focinho achatado, o que dificulta a respiração e troca de calor. “Eles são ótimos para uma partida leve de futebol”, recomenda Malu.
Spitz Alemão anão
Também conhecido como Lulu da Pomerânia, é protetor (às vezes invocado), mas consegue acompanhar o dono na prática de Stand Up Paddle (SUP).
Shih-tzu
De porte pequeno e menos agitado, se dá bem com crianças, adultos e idosos. O Shih-tzu pode ser uma ótima companhia de treino para sedentários que querem começar de maneira leve uma caminhada. “Os cães dessa raça podem apresentar uma evolução gradativa em uma caminhada leve com idosos ou sedentários”, indica a adestradora.
Schnauzer miniatura
É uma raça animada e extrovertida. “São ótimos para um passeio de patins ao ar livre”, diz Malu.
Rottweiler
Valente e fiel, os cachorros dessa raça são ótimos cães de guarda e respondem bem a uma corrida de alta intensidade, se tiver condicionamento físico adequado.
Pug
Por conta do focinho achatado, assim como outros cães de porte pequeno, não aguenta exercícios físicos intensos. Mas isso não é desculpa para o sedentarismo. “Eles são bem agitados. O melhor é fazer uma caminhada, mas preste atenção com relação ao horário e a temperatura”, aconselha a consultora comportamental da equipe Cão Cidadão.
Maltês
Carente, esses cães não gostam de passar muitas horas sozinho. “Também são ótimos companheiros para praticantes de SUP”, diz Malu.
Lhasa Apso
É companheiro e independente, ótimo para quem pratica ioga em casa.
Labrador Retriever
É dócil e muito agitado. “Os labradores adoram água, então, são ótimas companhias para uma natação, por exemplo”, fala a especialista.
Golden Retriever
Tem o temperamento simpático e obediente e podem ser ótimos para um passeio de bicicleta. “Porém, é preciso tomar cuidado. Usar um adaptador de coleira para a prática vai prenevir acidentes”, aconselha Malu.
Fila Brasileiro
De porte grande, temperamento forte e fiel à família, esses cães podem acompanhar o dono em uma corrida intensa, se tiver condicionamento físico.
Cavalier King Charles Spaniel
São dóceis, tolerantes e pacientes. Primos da raça cocker (caçadores de patos), se dão muito bem em atividades que exijam resistência e agilidade. “Eles adoram água e podem ser uma companhia em uma aula hidroginástica”, diz a profissional.
Buldogue Inglês
“Esses cãezinhos cansam rápido, mas ainda assim são bagunceiros. Mas aguentam uma caminhada leve de 30 minutos, no horário da manhã, por exemplo”, fala Malu.
Border Collie
É um cão de pastoreio, inteligente e que necessita de atividade física frequente. “Com certeza essa raça pode jogar tênis, pois são malucos por bolinha e trabalhos repetitivos”, conclui a consultora comportamental de animais.
Vira-lata
A verdade é que todo cãozinho pode ser o seu melhor amigo! E com os vira-latas não poderia ser diferente, eles são ótimos parceiros. “Por serem uma mistura de raças, é preciso se atentar às características físicas e temperamento dos vira-latas. Os de porte pequeno e focinho curto podem praticar um alongamento. Enquanto os mais agitados podem sair com os tutores para uma trilha ou participar, de alguma forma, de exercícios de circo”, conclui a adestradora.
Quando se fala sobre treinamento, um dos aspectos mais importante é a questão da liderança. Conquistá-la não é difícil, porém, ser um ótimo líder demanda dedicação, conhecimento e atenção. Quanto maior o laço entre você e o seu cão, maior o respeito e carinho ele sentirá por você e mais fácil será o adestramento.
Seja um bom líder!
Um líder perfeito só passa bons exemplos aos seus subordinados e não exige respeito – o ganha! Para isso, é preciso evitar brincadeiras que incentivem a agressividade, ou criem disputas entre você e o seu cão. Muitas dessas brincadeiras podem deixar o cão ansioso, agitado e receoso, o que pode resultar em disputas de força – se o pet achar que tem condições, pode até partir para o ataque em uma situação em que ele se sinta acuado ou ameaçado.
Para evitar esses conflitos, respeite os limites do seu cão, para que ele possa respeitar os seus e obedecer as regras que você criar. Um bom líder é coerente em suas regras e não precisa usar da violência ou entrar em disputas físicas para conseguir respeito.
Aplicando a liderança no dia a dia
Na hora da diversão, assuma o controle da situação do início ao fim. Use sinais que mostrem ao seu pet que aquilo é uma brincadeira, como, por exemplo, um gesto para convidá-lo a ter aquele momento com você. O objetivo é transformar essas atividades empolgantes em uma forma de exercitar o animal e gastar um pouco da energia acumulada.
As opções são diversas, basta escolher algo que o seu cão goste e que seja interessante para vocês fazerem juntos. Jogar a bolinha e brincar de cabo de guerra são algumas delas, mas preste atenção nas reações do pet: se ele começar a ficar agressivo, rosnar ou a mostrar os dentes e ficar agitado demais, termine a brincadeira na hora.
Por último, se o cão respeitar os limites estabelecidos por você e se comportar, elogie-o. Assim, além de mostrar liderança, dará a ele a recompensa de receber sua atenção, que é o que ele mais gosta!
Fonte: Livro Adestramento Inteligente, de Alexandre Rossi.
Procurando algo para fazer neste sábado? Então, não perca o evento da Cão Cidadão!
No dia 14 de novembro, a nossa equipe de especialistas estará na unidade Petz Morumbi, em São Paulo, para realizar uma aula gratuita sobre o comandos básicos.
Nela, os adestradores vão explicar por que é importante que o pet aprenda alguns comandos e como eles podem ser úteis no dia a dia do animal. Eles também vão dar dicas de como ensinar para o amigo o “senta”, “deita”, “fica” e muito mais.
Muitas pessoas acreditam que seu cachorro obedecerá a elas e mudará seu comportamento em troca de um simples afago ou de uma palavra carinhosa. Pelo fato de serem muito afetivos, esse agrado é suficiente para alguns cães, levando em conta sua índole e o grande valor que dão para os donos, mas isso não se aplica em todos os casos ou a todas as situações. Por isso, usamos a técnica da troca!
O que é a troca?
A troca é muito importante na hora do treinamento, pois incentiva o animal a mudar o comportamento, simplesmente pelo fato de querer muito que está sendo oferecido a ele. Muitas vezes, o que parece uma troca incrível para você, pode não ser tão interessante para o seu cão e, por isso, é indispensável que você preste muita atenção em tudo o que ele mais gosta: o brinquedo favorito, o petisco que ele mais adora e etc. Na hora do treinamento, essas trocas devem valer a pena para o seu pet, justificando a mudança de atitude pelo prêmio ou recompensa oferecido. Ah, e elas devem ser positivas do ponto de vista do animal, e não do dono!
Como aplicar no treino
Antes de qualquer coisa, é preciso saber que os cachorros estão sempre aprendendo, por isso, não obrigue o animal a obedecer em troca de qualquer coisa. Isso diminui o valor da troca e retarda o treinamento. Quando se der conta de que aquela troca não vale a pena para o seu cão, não insista. Procure outras estratégias e objetos que tenham um valor maior para ele.
Imagine que o seu cão está brincando com outros, a diversão é grande e, de repente, você o chama. Ele responde ao seu chamado imediatamente e, quando chega junto de você, ganha apenas um biscoitinho que ele não vê a mínima graça. Quando isso acontece, o cachorro entende que cometeu um erro, que não deveria ter atendido ao chamado, pois perdeu o tempo de brincar em troca de um petisco sem graça. Isso prejudica o treinamento e diminui as chances de seu cachorro responder aos comandos rapidamente.
Recompensas
Existem inúmeros objetos e atividades que podem ser utilizados, mas as trocas mais eficazes se dão com as coisas que o cão já demonstra grande interesse, como petiscos, passeios, brinquedos ou um passeio de carro.
Petiscos e ração podem ser utilizados como recompensa, principalmente em casos de treinamentos mais intensivos. Algumas pessoas se preocupam em desequilibrar a dieta do cão, mas isso pode ser facilmente evitado se separarmos a ração na quantidade que ele deve comer em cada refeição e usarmos essa porção durante o treino.
Objetos como bolas, kongs, bichinhos e ossinhos costumam deixar o cão muito animado, muito mais do que quando oferecemos um petisco, e devemos tirar vantagem disso para melhorar o desempenho e a rapidez com que ele executa um comando. Lembre-se: a melhor recompensa é sempre o que o seu cão mais deseja naquele momento.
Fonte: livro Adestramento Inteligente, de Alexandre Rossi.
Quer aprender mais sobre comportamento animal? Receber dicas e orientações sobre a melhor maneira de cuidar do seu bichinho? Então, não perca os eventos de novembro da Cão Cidadão.
Aula gratuita
Dia 14 de novembro, às 17h, a equipe da Cão Cidadão estará na unidade Petz Morumbi, em São Paulo, para uma aula gratuita.
O tema do encontro será “Comandos Básicos” – muito importantes para melhorar o relacionamento entre o dono e o animal! Para mais detalhes, clique aqui.
Palestra gratuita
Já no dia 28 de novembro, nossos especialistas estarão novamente na Petz Morumbi, para uma palestra sobre problemas alimentares. Os adestradores darão dicas e orientações sobre como lidar com esses problemas, para evitar doenças e melhorar a saúde dos bichinhos.
O encontro começa às 17h e a entrada é gratuita. Basta comparecer ao local, no horário programado.
Se você gosta de comportamento animal e quer aprofundar os seus conhecimentos na área, uma boa dica é participar do seminário internacional gratuitoThe Family Dog Project, que está sendo organizado pelo Dr. Ádam Miklósi, especialista em comportamento animal, e sua equipe da Eötvös Loránd University, de Budapeste (Hungria).
O evento será realizado neste sábado, 7 de novembro, às 12h15 (horário de Brasília), e terá transmissão pela internet. Ao todo, serão 12 palestras sobre comportamento animal, com temas variados, como, por exemplo, “Os mecanismos do comportamento social”, “O relacionamento entre humano e animal” etc. Todas terão tradução para o inglês, e são baseadas em estudos e artigos publicados durante este ano.
Ficou interessado, basta clicar aqui para entrar no site em que o livestream será realizado. Saiba mais sobre o seminário aqui.
Parceria com a Cão Cidadão
A Cão Cidadão e o especialista em comportamento animal, Alexandre Rossi, mantêm uma parceria com o Dr. Ádam Miklósi em um estudo que pretende verificar se alterações no gene FOXP2, relacionado à vocalização em outros animais, têm influência no comportamento de cães que latem em excesso.
Em maio, um grupo de voluntários se mobilizou para a coleta de dados no Parque do Ibirapuera, em São Paulo (SP). Foram obtidas amostras de saliva de cães, e alguns vídeos, com testes de vocalização, foram feitos. Os donos também preencheram um questionário para fornecer informações sobre o animal. Entenda melhor assistindo ao vídeo abaixo:
Este fim de semana está cheio de atividades para quem gosta de animais e quer aprofundar o seu conhecimento sobre eles. Se você está procurando um programa para os dias de descanso, confira abaixo os eventos Cão Cidadão!
Alexandre Rossi
No sábado, 7 de novembro, o especialista em comportamento animal, Alexandre Rossi, estará em Porto Alegre (RS) para o evento “Ação Animal Total”. O encontro acontecerá no Shopping Total e contemplará várias atividades, entre elas, a palestra do Alexandre às 11h. Para participar, basta entregar uma doação no local, que será entregue a instituições de proteção aos animais. Para saber mais, clique aqui.
Cão Cidadão
Também no sábado, dia 7, a equipe da Cão Cidadão estará na Petz Morumbi, em São Paulo, para realizar pela primeira fez uma palestra sobre gatos. O evento será gratuito e começará às 17h.
Participe e esclareça as suas dúvidas! Descubra se todo o gato é arisco, se eles precisam ou não de atividades físicas, se podem se tornar amigos dos cães, e muito mais! Para mais detalhes, clique aqui.
Por Malu Araújo, adestradora e consultora comportamental da Cão Cidadão.
O cachorro não entende o que é todo aquele barulho produzido pelas máquinas e secadores do petshop, o porquê de tanto manuseio do banhista, que o vira para lá e para cá, a razão de ficar molhado e com cheiro diferente. Por isso, é comum alguns deles terem medo dessa situação! Mas, quem é que não gosta de ter o seu pet cheirosinho? Então, não se preocupe, pois é possível lidar com esse dia sem tanto estresse!
Em casa, onde o pet está mais tranquilo e relaxado, é o melhor local para acostumá-lo com as coisas que envolvem o banho. Faça uma massagem no cão, simulando a parte em que ele é ensaboado e ofereça para ele um petisco bem gostoso. Depois, você pode acostumá-lo ao toque da toalha, fazendo carinho nele e, posteriormente, imitando o movimento de secar.
O secador de cabelo também é importante no processo, então, não deixe para acostumar o pet apenas no dia do banho, quando ele estiver todo molhado. Você pode mantê-lo sempre por perto e, quando for secar o seu cabelo, apontar o jato alguns segundinhos para ele e à distância. Vá se aproximando devagar e aumentando o tempo também. Enquanto você faz isso, dar um petisco para o animal tornará tudo mais fácil e agradável.
A escovação também é muito importante, e não apenas no petshop. A maioria dos cães precisa ser escovada de tempos em tempos, dependendo do tipo de pelo. Da mesma forma que o secador, não deixe para escová-lo inteiro em um único momento. Pegue um pedacinho de petisco, uma fruta ou algo que ele goste bastante e, com uma mão, ofereça para ele, com a outra, você passa a escova devagar. Caso tenha algum nó, não puxe para desembaraçar. Passe a escova com calma até desfazer o nó.
Você não deve tosar seu pet ou cortar as unhas se não tiver conhecimento sobre isso, mas pode usar alguma ferramenta parecida, para acostumá-lo com o som e a aparência dos equipamentos. Faça carinho nele, mexa nas patas, imitando o que o tosador faria para que ele perca o medo e se acostume com a situação.
Tudo que é previsível e faz parte da rotina do cão ou do gato vai deixar o pet mais tranquilo e habituado, melhorando a situação para todos: você, seu bichinho e o tosador!
“Bom dia, eu queria saber como faço para ensinar minha cachorra BABI a dar a patinha?” – Antonia, dona da Babi, de cinco meses.
“Olá tenho a seguinte dificuldade com a Fiora, ela tem problemas com limites, tanto para não sair para fora do portão, quanto para não entrar em casa. quando abrimos o portão para entrar com o carro, ela sai e as vezes correndo, quase foi atropelada algumas duas vezes. Agradeceria por dica de como impor limite de espaço. Obrigado.” – Luan Henrique, dono da Fiora, de quatro meses.
“Nosso Jack é um cãozinho muito amoroso e lindo, quando o adotamos tinha três meses e estava um pouco debilitado com bastante carrapatos e vermes, veio de uma ninhada de cinco filhotes, ele era o mais franzino e fraco, todos diziam que ele iria morrer, o levamos à veterinária e tratamos de tudo, vacinamos e o enchemos de carinho, no período das vacinas ele teve um problema na pele que estourou todo seu corpo, (dermatite) ficou muito feio, mas com um tratamento muito sério ficou logo tudo bem. Por causa desse problema demos muito dengo para ele e o deixamos muito à vontade, cometendo alguns “erros”, como por exemplo, subir na cama, no sofá, comer comidas caseiras, quando não queria a ração, hoje estamos tentando corrigir esses erros, pois ele não come ração sem que esteja misturada com arroz e frango ou arroz e carne, não obedece quando pedimos para ele não subir ou descer das camas e do sofá, e olhe que ele tem sua própria caminha, pois não sabemos como lidar com essa situação. Gostaríamos de sua ajuda no sentido de fazer com que nosso cãozinho não suba mais nas camas, no sofá e coma ração, pois esta difícil fazermos isso sozinhos. Sim não posse deixar de relatar que ele é ciumento, mas muito dócil. Agradecemos sua atenção, com todo carinho, família Silva. Ah, não poderia deixar de fazer elogios a linda cadelinha Estopinha, abraços!!!” – Suzanete Nascimento Cunha Silva, dona do Jack, de 1 ano e 10 meses.
Por Laraue Motta, adestradora da equipe Cão Cidadão.
Olá Antônia, Luan e Suzanete! Obrigada por acompanharem o nosso trabalho e por enviarem as dúvidas de vocês! Vamos tentar ajudá-los!
Quando falamos em adestramento, muita gente ainda pensa naquele cão robotizado ou apenas em cães de guarda, que são bastante treinados. A verdade é que o adestramento de animais pode ter vários focos e o mais importante deles para os pets é a educação, para que sejam animais agradáveis e mais fáceis de conviver. O estímulo mental que o treinamento proporciona pode até ajudar a evitar alguns problemas de comportamento causados por tédio, falta de atividade ou de interação com os donos.
Ensinar comandos para o cão é uma atividade divertida, tanto para o animal quanto para o dono. Além disso, quando você propõe um novo aprendizado, o animal se depara com um problema a ser resolvido, em troca de uma recompensa – e essa troca requer atenção, foco e concentração, resultando em um gasto de energia surpreendente. Por isso, ensinar e treinar comandos pode ajudar a deixar um cão mais tranquilo ou até substituir o gasto energético de um passeio, quando for um dia chuvoso e não der para ir pra rua, por exemplo. Lembrando que passeios são importantes e necessários e não devem deixar de acontecer!
Alguns comandos são fáceis de serem ensinados e podem ser muito úteis no dia a dia. Para fazer o cãozinho aprender a dar a pata, por exemplo, o dono deve pegar um petisco na mão, pedir para que ele se sente e, de frente para o cão, fazer com que ele siga, com o focinho, o cheiro do petisco que está na mão, inclinando-a para o lado.
Se você quiser que ele dê a pata direita, estando de frente com ele, incline a mão para a sua direita, o que fará o cão querer pegar o petisco e, ao se inclinar, sairá do eixo de equilíbrio, apoiando a pata na sua mão. No momento em que ele puser a pata em você, recompense-o com o petisco e repita algumas vezes, até que ele já dê a pata quando você oferecer a mão, mesmo sem petisco. Quando isso acontecer, comece a dizer PATA e oferecer a mão em seguida. Esse comando parece muito simples, mas ajudará o cãozinho a desenvolver melhor a sua parte motora e ele passará a usar a patinha com mais facilidade em outras situações.
Que os cãezinhos sabem exatamente o que fazer para manipular seus donos, todo mundo já sabe, não é mesmo? Eles fazem carinha de dó, vão aos pouquinhos dando um jeitinho e quando nos damos conta, já estão fazendo exatamente o que a gente queria que eles não fizessem. Por esse motivo, quando o cão tem certa liberdade que o dono quer cortar, é muito mais difícil que o proprietário seja firme em sua decisão do que o cão aprender a nova regra.
Eles aprendem, mas vão tentar fazer o que antes era permitido, e o dono deve se policiar para que o cão não o vença pelo cansaço. Essa situação é muito comum quando o cão podia subir na cama e no sofá, mas agora não pode mais. Para ajudá-lo a lidar melhor com isso, você pode ensiná-lo os comandos de SOBE e DESCE, para conseguir tirá-lo quando necessário, sem que ele se sinta prejudicado na história. É fácil: com um petisco, você pode induzi-lo a subir na cama jogando um pedacinho em cima e falando SOBE, o cão será recompensado com o petisco que foi jogado na cama.
O mesmo deve ser feito com o DESCE, jogando o petisco no chão e falando DESCE, e o deixando pegar o que foi jogado. Com as repetições, passe apenas a apontar para cama ou chão, e dar o comando. Só após o cão executar, você entrega a recompensa. Com isso, já será mais fácil para que ele entenda alguns limites. Se o cãozinho não puder subir, é interessante ensiná-lo o NÃO e, quando ele já tiver entendido bem o NÃO, ao demonstrar interesse em subir, o dono diz NÃO (de forma firme, não brava) e ele já saberá que não deve fazer. Funcionará melhor ainda se o cãozinho for recompensado pela desistência de subir quando o dono não autorizar.
Para ensinar o NÃO, você pode pegar um petisco, colocar no chão e avisar que não pode pegar. Com a mão, impeça que ele pegue e, quando desistir, recompense-o. Se for um cão muito teimoso, uma borrifadinha de água no focinho pode ajudá-lo a entender que não deve pegar o petisco do chão. Na desistência, recompense-o! Outra dica para que o cão não queira ficar no sofá ou na cama, é ele ter a própria caminha dele bem gostosa! Uma cama em um tamanho correto, macia, atrativa e próxima ao local de convívio com o dono ajudará muito. Deite com o cão na caminha dele, deixe uma camiseta velha com o seu cheiro, incentive-o a brincar e a roer ossinhos nela e a posicione próxima ao sofá ou da sua cama. Uma caminha muito querida pode fazê-lo pensar duas vezes antes de não querer usá-la.
Fugir pelo portão é um problema seríssimo, pois, coloca diretamente em risco a integridade do cão, de pessoas e de outros animais, podendo causar graves acidentes. Em casas onde o cão fica na garagem, é extremamente importante que ele aprenda a sair apenas com autorização e que, independentemente de o portão estar aberto, ele não deve sair sozinho. Para ensiná-lo a não sair, o dono pode treinar com o cão o comando FICA da seguinte forma: com o portão ainda fechado, o cão deve aprender a ficar sentadinho, lá no fundo da garagem, o mais longe do portão possível por algum tempo. O início do treino deve durar poucos segundos.
Coloque o cão sentado, abra a mão como em gesto de “pare” e diga FICA. Recompense-o após um ou dois segundos e, aos poucos, vá aumentando o tempo de permanência. Quando o cão já conseguir esperar um tempinho, vá testando se distanciar aos poucos, e quando se reaproximar, recompense-o, liberando do FICA. Depois de muito treino, os estímulos devem ir aumentando sempre gradativamente e o comando sempre recompensado. Você pode treinar a abrir e fechar o portão, depois deixar um pouco aberto enquanto o cão espera, e depois começar a tirar o carro da garagem e colocar de volta.
É importante treinar situações como alguém correndo na rua, motos passando, outro cão, enfim, o que for estimulante para o cachorro. E sempre, sempre recompensar bastante por ele ter ficado. Esse treino com o portão aberto deve ser feito com o cão em uma guia presa em um ponto fixo, de forma que, se ele tentar sair, não possa escapar. No caso dos cães mais teimosos, o uso de uma bronca ao passar (fugido) pelo portão pode salvar a vida do cão. Nesse caso, não há um comando, mas um treino onde o cão fica preso em um ponto fixo, mas com distância suficiente para passar pelo limite do portão e, no momento exato em que estiver passando para fora, chacoalhar uma lata com barulho ou estourar biribinhas no chão fará o cão levar um susto e ele ficará receoso em passar por ali novamente.
É fundamental mostrar ao cão que, passar pelo portão quando estiver na guia, ao lado do dono, não tem problema, mas, sozinho, ele não deve passar nunca. Outro treino interessante nessa situação é criar um comando que o cão entenda que deve se afastar na direção oposta sempre que o portão se abre. Quando for abrir o portão, use algum comando como PARA TRÁS e jogue um petisco na direção oposta, abra e feche o portão quando o cão estiver longe e, ao fechar, chame-o para próximo do portão. Ele deve entender que, se o portão estiver abrindo, deve se afastar e, quando estiver fechado, pode estar mais perto. Todos os treinos em que o cão tiver acesso direto à rua devem ser feitos com a segurança de uma guia presa em um ponto fixo!
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