Cães de abrigo: a importância de um olhar mais profundo sobre seu comportamento

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Por Tatiana Moreno, adestradora e membro do Grupo de Estudos Científicos da Cão Cidadão.

Sabemos que um dos principais desafios dos abrigos é conseguir um lar para cães considerados agressivos. Muitas vezes, a falta de manejo adequado para a adaptação do cão no abrigo ou até mesmo um certo preconceito em torno desse tema acabam fazendo com que o processo de adoção seja mais difícil. Avaliando alguns estudos, percebemos que é preciso analisar caso a caso, considerando cada cão como um indivíduo, e procurar compreender melhor o comportamento de cada um.

Uma vez agressivo, sempre agressivo?

A chegada ao abrigo é um momento crucial. Algumas vezes, logo após serem resgatados, os cães apresentam um comportamento reativo e, por conta dessa primeira impressão, são isolados e rotulados como agressivos. Entretanto, isolar o animal sem antes procurar identificar o gatilho dessa agressão acaba piorando um quadro que talvez não seja tão grave, dificultando a adoção. É preciso lembrar que um cão que apresentou um único comportamento agressivo não necessariamente será sempre um agressor. A agressividade por posse, uma das mais comuns em ambientes de abrigos por conta da grande quantidade de cães, nada mais é do que o medo de perder alguma coisa – a comida, um brinquedo –, ou seja, a agressividade é a consequência e não de fato o problema comportamental.

Um estudo publicado na renomada revista Applied Animal Behavior Science (e que também foi citado no site da National Canine Research Council), analisou cães com agressividade por posse e a evolução desse comportamento após a adoção.

A pesquisa foi realizada no abrigo Center of Shelter Dogs, no ano de 2013, em Londres. A equipe entrevistou 97 tutores que haviam adotado seus cães há pelo menos 3 meses, para saber se os animais que apresentavam esse tipo de agressividade no abrigo continuavam com esse comportamento em casa. Além disso, os cientistas verificaram também se os cães que nunca haviam apresentado agressividade no abrigo tornaram-se mais hostis após a adoção.

O resultado

Constatou-se que 50% dos cães que apresentavam agressividade por posse no abrigo não continuaram com essa atitude em casa, simplesmente por terem mudado de ambiente, ou seja, por terem saído de um local com vários cães para viverem em uma casa. Imaginem, então, como seria se todos esses animais tivessem passado por treinos específicos! Dos cães que nunca haviam manifestado um comportamento agressivo no abrigo, 78% mantiveram esse padrão na casa nova, sendo que os outros 22% passaram a manifestar a agressividade por posse após a adoção.

Apesar de estarmos falando apenas de uma amostra, essa pesquisa nos ajuda a pensar na importância da conscientização das pessoas que estão adotando um cão e sobre como as formas adequadas de manejo e a simples mudança de ambiente podem contribuir para uma melhora no comportamento do animal, já que, em casa, o cão estará em um ambiente mais controlado, se sentirá mais seguro e criará laços com seus tutores.

Outro estudo – Interação desde os primeiros dias no abrigo

Considerando tudo isso, o GEC acredita ser relevante citar outro estudo que analisou se o contato com humanos pode reduzir o estresse em cães logo após chegarem ao abrigo. O experimento foi realizado em 2005, na cidade de Colorado, EUA. Os pesquisadores avaliaram 55 cães adultos recém-chegados e, no primeiro dia, mediram seus níveis de cortisol, conhecido como o hormônio do estresse.

Depois, os cientistas separaram os animais em dois grupos: um com os cães que passariam a interagir com humanos diariamente, durante um período de 9 dias, e outro com os cães que não teriam a mesma interação. Durante a pesquisa, cada cachorro do primeiro grupo interagia com uma pessoa por volta de 45 minutos, as atividades consistiam em brincadeiras, carinhos e pequenos treinos e os níveis de cortisol foram medidos novamente nos dias 2, 3, 4 e 9.

A partir do terceiro dia, os resultados mostraram uma queda significativa nos níveis de cortisol dos cães que estavam interagindo com humanos. Isso quer dizer que, além de auxiliar na adaptação e socialização dos cães, a equipe percebeu que essa rotina contribuiu para traçar um perfil mais completo de cada animal, definindo suas personalidades e tornando possível uma avaliação de compatibilidade no momento da adoção.

Então, mãos à obra!

Apesar da rotina apertada e difícil dos nossos abrigos, podemos pensar juntos em formas de contribuir para a adoção de todos os animais. Não é muito comum os abrigos promoverem interações planejadas e positivas com os humanos, como as citadas no último estudo, ou terem acesso a protocolos mais completos sobre o manejo mais cuidadoso de alguns cães, mas a conscientização pode começar justamente com as pessoas que trabalham nesses locais e nós adestradores podemos ajudar, e muito! Nesse sentido, vale aquele pensamento de que difundir o conhecimento é a melhor forma de promover mudanças significativas e contribuir para a educação.

Revisão por Juliana Sant’Ana, adestradora e membro do Grupo de Estudos Científicos da Cão Cidadão.

Animais como mascotes Olímpicos

Faltam poucos dias para que os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro tenham início. Muitos estão animados e ansiosos para conferir as várias modalidades, acompanhar o desempenho dos atletas e torcer pelo Brasil.

Além de emocionantes, os Jogos Olímpicos são cercados de muitas curiosidades. Como os mascotes, por exemplo. Você sabia que os animais têm destaque nas Olimpíadas há muito tempo?

Foi em 1972, nos Jogos Olímpicos de Verão em Munique, na Alemanha, que os países acataram oficialmente a ideia de ter mascote. Cada local que sediava os jogos passou a escolher um bicho para representar a sua cultura.

Populares

A primeira mascote olímpica da história foi Waldi, um cãozinho multicolorido, inspirado na raça Dachshund, muito popular na Alemanha. A ideia surgiu de forma bem inusitada para a época: durante a festa de Natal do Comitê Olímpico dos Jogos de Verão de Munique, em 1972, os participantes receberam giz de cera e massa de modelar para dar sugestões para o mascote. Assim nasceu Waldi, que oficializou essa tradição.

Um dos mais famosos e queridos do público foi o urso Misha, dos Jogos Olímpicos de Verão de 1980, que ocorreu em Moscou, na Rússia. O bichinho foi peça-chave tanto na abertura e no encerramento do evento, quanto na divulgação e merchandising. O sucesso foi tanto que virou até desenho animado.

Ao longo dos anos, diversos animais ganharam destaques: a águia Sam, dos Jogos de Los Angeles em 1984, nos EUA, o tigre Hodori, dos Jogos em Seul, na Coreia do Sul, entre outros que marcaram a trajetória das Olimpíadas e se tornaram símbolos da cultura dos países que sediaram as competições.

Rio 2016: Jogos Olímpicos de Verão no Brasil

As mascotes dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos deste ano são Vinícius e Tom (nomeadas em homenagem ao poeta Vinicius de Moraes e ao maestro Tom Jobim).

Vinícius, o representante oficial das Olimpíadas 2016, é uma mistura de todos os bichos brasileiros. Já Tom, o representante das Paralimpíadas, é uma mistura de toda a flora do Brasil.

Olimpíadas: pets também podem praticar esportes

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Por Ingred Rose, adestradora da equipe Cão Cidadão.

Aproveitando que faltam poucos dias para as Olimpíadas, vamos falar sobre os esportes que os cães podem praticar. Quando adotamos ou compramos um pet, nós assumimos a responsabilidade de cuidar do seu bem-estar, da sua qualidade de vida e saúde.

Além de uma boa alimentação, fazer exercícios físicos é muito importante para mantê-lo saudável e prolongar a sua expectativa de vida. Caso contrário, ele poderá ficar sedentário e desenvolver problemas cardíacos e circulatórios.

Confira alguns exemplos de esportes para pets:

Agility
O cão percorre uma pista com diversos obstáculos e desvia deles. Ajuda no desenvolvimento do sistema motor do animal, deixando-o ágil e com reflexos rápidos. Qualquer cão pode praticá-lo, desde que esteja saudável e tenha pique. Este esporte se divide em categorias, de acordo com o tamanho: mini, midi e standard.

Canicross
O tutor corre junto com o seu cão. A ligação é feita por um peitoral no animal, por meio de uma guia amortecida até a cintura do dono. Além de ajudar no gasto de energia, melhora o relacionamento entre ambos, exercitando os treinos de comando e de respeito mútuo.

Canine Freestyle
O pet e seu donor apresentam distintas coreografias e truques ao som de algum ritmo musical. Além de diversão garantida, é um esporte que está sempre inovando com coreografias e ritmos.

Dog Frisbee
Aproveitando a alegria que alguns cães têm de procurar objetos, este esporte se baseia na busca de um disco que é lançado no ar, após algumas acrobacias.

Natação
É uma atividade de baixo impacto, mas muito benéfica para animais que têm tendência a desenvolver displasia coxo femural ou problemas de coluna, que causam bastante dificuldade na movimentação, dor e desconforto. Com este esporte, o dono pode deixar seu pet gastar energia sem medo que ele se machuque.

Todos os esportes citados exigem um treinamento anterior, não somente do pet, como do dono também. Existem ainda algumas práticas que são consideradas esportes, mas que, por muitas vezes, agem de forma exploratória com o animal.

Por isso, é importante que o tutor se certifique de que os exercícios não estejam sobrecarregando o pet e que tenham somente o intuito de entretê-lo e de educá-lo de forma prazerosa.

Praticar esporte com o animal pode mudar a vida do dono para melhor e reforçar os laços entre bicho de estimação e seu tutor.

Gostou desta dica? Se quiser saber mais sobre como adestrar o seu cão, ou contratar um de nossos profissionais, entre em contato com a Central de Atendimento da Cão Cidadão, pelos telefones:11 3571.8138 (São Paulo) e 11 4003.1410 (demais localidades).

Peripécias de um cão

https://www.flickr.com/photos/matthewreid/6189114389/
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Os cães são seres incríveis, que despertam em nós os melhores sentimentos que podemos ter: ternura, compaixão e amor. Mas, que esses cães gostam de se meter em boas encrencas, isso eles gostam!

Cão artilheiro

Recentemente, um cão brincalhão resolveu jogar uma partidinha de futebol no meio da Libertadores da América (campeonato de futebol). Isso mesmo! O Desportivo Táchira (Venezuela) e o Pumas (México) tiveram de parar o jogo para que o zagueiro Geraldo Alcoba pegasse o cão no colo, brincasse e só então pudesse retirá-lo do campo. É brincadeira? Veja a matéria na íntegra, clicando aqui.

Motorista desgovernado

E não para por aí, não. Um cão provocou um pequeno acidente ao “dirigir” um caminhão em Mankato, no estado americano de Minnesota.

Assim que o caminhão bateu em um carro e em uma árvore, os clientes do posto de gasolina em que ocorreu o acidente confirmaram que um Golden Retriever estava sentado no banco do motorista olhando tranquilamente o movimento, enquanto todos se perguntavam como isso tinha acontecido.

Segundo a polícia, o caminhão estava parado, mas com o motor ligado. Ao se mexer, o cão conseguiu engatar a marcha e aí já viu, né? Para ver esse fofo, clique aqui.

Cão X a máquina

Com o avanço constante da tecnologia, alguém aí já pensou como seria se os robôs se voltassem contra os humanos? Quem iria nos defender? Sim, o melhor amigo do homem, o cão.

Fido, o cão de um dos fundadores do Android, recentemente comprado pelo Google, confrontou Spot, o cão-robô da Boston Dynamics, subsidiária da Alphabet, também do Google. Sem medo do tamanho da máquina, Fido só parou de latir quando o robô parou de se mexer. Veja aqui a matéria na íntegra.

Sem dúvida o cão é o melhor amigo dos humanos. Por nós, eles fazem de tudo e é por isso que amamos esse universo pet!

Dicas de adestramento animal para profissionais do mundo pet

https://www.flickr.com/photos/31403417@N00/6632147219/in/photostream/
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Com o objetivo de apresentar técnicas, dinâmicas e ideias sobre como tratar cães e gatos nos estabelecimentos e clínicas voltadas ao universo animal, o veterinário e sócio-diretor da Cão Cidadão, Daniel Svevo, palestrou no Workshop de Gestão para Pet Shop e Clínica Veterinária do Sebrae, em abril, sobre o tema “Como o profissional de adestramento e comportamento pode ajudar o veterinário?”, para conhecimento dos profissionais da área que estavam presentes no escritório regional da entidade em Santo Amaro.

A principal questão abordada por ele durante a apresentação foi a sociabilização de filhotes e de cães medrosos. Para aprimorar o trabalho desses profissionais, métodos para minimizar medos e inseguranças foram trabalhados de forma simples e dinâmica:

– Sempre fazer associações positivas para o animal durante consultas. Ou seja, oferecer um petisco bem gostoso, brinquedos e paciência, para que ele lembre do veterinário com carinho e não com medo.

– Explorar o ambiente. Um animal sem medo tendem a se soltar mais e deixar o profissional fazer seu trabalho. Deixe que o seu animal cheire tudo, espalhe petiscos formando um caminho pela clínica, para que ele passeie por ela e se familiarize.

– Dessensibilização do toque nada mais é do que tirar a má impressão que o animal tem de algo ou de alguém e fazer boas associações, para que ele “mude de ideia” sobre aquela pessoa ou procedimento e aceite a aproximação de bom grado.

O profissional da Cão Cidadão finalizou a palestra lembrando que todo esse processo requer muito amor e paciência. Com isso em mente, todo o esforço será recompensado!

Inteligência dos animais

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Por Cassia Rabelo, adestradora e consultora comportamental da Cão Cidadão.

Há não muito tempo atrás, era corriqueiro ouvir que os únicos seres racionais no planeta seriam os humanos. Essa, obviamente, era uma afirmação que partia dos… seres humanos!

Ocorre que, com o aumento do número de estudos envolvendo a capacidade cognitiva e emocional dos animais, foi possível constatar que várias espécies possuem capacidades até então totalmente desconhecidas e também, surpreendentes!

Já se sabe que cetáceos (baleias e golfinhos), possuem uma complexa capacidade de comunicação social, que vem sendo amplamente estudada pelos cientistas. Elefantes são animais que mostram sinais de luto quando um membro do grupo falece. Primatas já se mostraram capazes de aprender uma linguagem de sinais em um painel e se comunicar com os humanos através dela. E agora, passando para as aves, muitos estudiosos têm voltado seus olhos para os corvos, animais capazes de modificar objetos para lhes serem mais úteis, como por exemplo, entortar um pedaço de ferro para facilitar a pesca.

No caso dos animais de estimação, qualquer um que conviva com um cão ou gato, por exemplo, geralmente é capaz de elencar inúmeros exemplos que comprovam a inteligência de seus peludos.
E a ciência também já se voltou para esse lado, cada vez mais buscando entender como funciona a mente dos cães e gatos que vivem tão próximo das famílias nos dias atuais.

Quando se fala em inteligência, algumas capacidades são sempre lembradas: a de sentir emoções e a relacionada com resolução de problemas são algumas delas. E cachorros e gatos já se mostraram plenamente capazes de tanto.
Sabe-se que gatos domésticos se comunicam muito mais com os humanos com que convivem através de miados do que com membros da mesma espécie. E que essa se trata de uma linguagem aprendida, pois cada gato é capaz de desenvolver miados específicos de acordo com sua convivência cotidiana com os donos. Ou seja, consegue identificar qual tipo de miado funciona melhor para esta ou aquela situação, aprimorando, assim, a forma como se comunicam com os tutores.

Cães também são animais de estimação extremamente hábeis na arte de observar o mundo ao seu redor, especialmente os humanos da família. No dia a dia, todos que têm um cachorro a seu lado sabem de sua habilidade em saber com qual membro da família um pedido de comida vai funcionar mais!
Estas capacidades podem ser muito bem exploradas com treinos de adestramento baseados em reforço positivo, onde o aprendizado ocorre de forma prazerosa e divertida, estimulando ainda mais a capacidade cognitiva dos queridos pets.

Portanto, considerando que o número de animais de estimação é cada vez maior nos lares brasileiros, é muito importante ter em mente que, além das inúmeras delícias cotidianas que temos ao conviver com um, devemos procurar entender seus comportamentos levando em conta que são animais inteligentes e plenamente capazes de novos aprendizados.

Cinco curiosidades sobre o comportamento canino

https://www.flickr.com/photos/dave_see/8523607444/
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Apesar de sabermos muitas coisas sobre como funciona a cabeça dos cães, ainda existem diversos mistérios sobre o comportamento canino a serem desvendados. Muitas vezes, acreditamos que certas atitudes dos peludos significam algo em específico, porém, estamos muito enganados!

Nossos especialistas separaram algumas curiosidades sobre o comportamento canino para te ajudar no dia a dia com o seu amigão.

1. Toca

Para a maioria dos cães, os passeios de carro são incríveis. Os peludos amam estar dentro do automóvel e, por isso, ficam tão agitados todas as vezes que percebem que um passeio acontecerá.

Mas, por que será que eles gostam tanto? A resposta é simples: o carro é como uma toca do grupo, onde toda a família dele está sempre reunida. Andar de carro faz com que o seu cãozinho se sinta protegido e parte integrante do grupo. A voltinha de carro acaba se tornando um bônus!

Apesar disso, existe uma pequena parcela de cães que não gostam dessa experiência, simplesmente por associarem os automóveis a coisas ruins, como medo ou enjoo, por causa do movimento do carro.

2. Assento nobre

Ainda falando sobre os automóveis, os cães normalmente escolhem um “assento nobre” dentro do veículo. Geralmente, quando deixados sozinhos dentro do carro, os animais se dirigem ao assento do motorista, pois percebem que aquele é o lugar mais disputado do carro.

Esse assento também está impregnado com o cheiro das pessoas que ele mais gosta, odor que ajuda o pet a relaxar enquanto fica sozinho.

3. Lambidas de amor

Os cães têm mania de lamber o rosto das pessoas e, muitas delas, ainda pensam que essa é uma forma de demonstrar afeto. Mas, estão muito enganadas!

Ao contrário do mito, os peludos costumam dar lambidinhas no rosto dos seus tutores para descobrir o que eles comeram naquele dia.

Além disso, muitos outros comportamentos comuns dos cães são interpretados como forma de demonstração de afeto e não é bem assim. Na verdade, a conexão entre cães e os seus tutores se dá através do olhar. Nossos especialistas falaram mais sobre o assunto neste artigo.

4. Cães adivinhos

O senso comum entre os donos de animais é que os seus bichinhos são capazes de perceber quando eles estão tristes ou se sentindo mal. De acordo com um estudo publicado pelo jornal científico Biology Letters, isso pode ser verdade.

Falamos mais sobre o assunto neste artigo.

5. Cães que encaram

Você está em casa, fazendo alguma coisa e, de repente, o seu cachorro começa a te encarar, como se estivesse pronto para dizer alguma coisa. Isso já aconteceu com você?

Os peludos fazem isso como uma forma de demonstrar que esperam algo, seja uma função, comida, carinho, atenção ou brincadeira.

A observação é muito importante, pois é difícil perceber o que é exatamente que o seu pet quer de você. Alguns usam a tática de seguiremos  seus donos por todos os cantos, pois são controladores e querem ter certeza de que você estará por perto. Mas nem sempre é o caso das encaradas.

Por essas e outras, é muito fundamental prestar atenção aos sinais que o seu companheiro canino está passando, para que você saiba como lidar com as necessidades dele.

Cães são capazes de demonstrar afeto pelos donos?

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Os donos de animais de estimação tendem a identificar certas atitudes de seus bichinhos, como uma forma de demonstração de afeto e carinho. Mas, será que realmente os animais são capazes de tal conexão?

A adestradora e consultora comportamental da equipe Cão Cidadão, Cassia Santos, explica que o convívio cotidiano com um cachorro é a principal forma de descobrir os diversos sinais de afeto que ele demonstra por seu dono.

“Eu não sou adepta a uma ‘linguagem universal do afeto canino’, mas, acredito, sim, em comportamentos e posturas que vão se desenvolvendo ao longo da convivência, e que acabam sendo sinais específicos da relação afetiva entre aquele cão e aquele humano”, diz.

Uma pesquisa conduzida pelo cientista americano Gregory Berns, que analisou as reações cerebrais dos cães a comandos dados pelos humanos, só reforça o que Cássia disse. Com exames de ressonância magnética, Berns estudou as atividades ocorridas no cérebro dos peludos, e obteve resultados que renderam o livro How Dogs Love Us.

Desde então, outras pesquisas foram realizadas e ainda estão sendo conduzidas sobre esse tema. Ainda há muito a se descobrir sobre as respostas cognitivas dos cães em relação ao vínculo com seus tutores. Já descobriu-se, por outro lado, que a conexão entre pets e os seus responsáveis possui similaridade com o elo entre uma mãe e um filho bebê.

Este estudo, citado pela revista Veja, explica que o simples fato de o pet olhar para o dono libera ocitocina no cérebro de ambos. Esse hormônio é responsável pela empatia, por isso foi apelidado de “hormônio do amor”. É o mesmo liberado no organismo das mães que amamentam seus bebês. Sendo assim, o cão olha para o seu tutor e o faz liberar a ocitocina. Imediatamente, o tutor é incentivado pelo hormônio a acariciar seu bichinho, fazendo com que surja nele essa mesma sensação de afeto e carinho.

Isso, então, se torna um ciclo vicioso de hormônio, o que aumenta a intensidade do vínculo que existe, sim, entre os animais e seus responsáveis.

Mesmo assim, a profissional da Cão Cidadão alerta. “É preciso muito cuidado ao antropomorfizar o comportamento dos cãezinhos. Ou seja, não se deve interpretá-los com a lógica de um humano. Um cachorro pode não ser muito fã de carinho e colo, mas, mesmo assim, demostra de outras maneiras o quanto gosta do seu dono, seguindo-o pela casa e estando sempre por perto, por exemplo”, afirma.

Para saber mais sobre esse curioso afeto, leia a matéria na íntegra.

DIY – brinquedos para cães

https://www.flickr.com/photos/ashtynrenee/5653940144/
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Investir no enriquecimento ambiental do pet é estimulá-lo física e mentalmente. Ao propor atividades que o incentivam a explorar os seus instintos, além de mantê-lo ativo, você contribui para evitar problemas comportamentais, como a destruição de objetos e até a compulsividade. Ao mesmo tempo em que ele se diverte com atividades elaboradas de acordo com a personalidade dele, ele também se exercita

Ao contrário do que muitos podem pensar, o enriquecimento ambiental não exige o investimento em brinquedos de alto custo para conquistar a atenção do animal. Atividades simples, que podem ser feitas com coisas que você tem na sua casa, são ótimos estímulos para o seu pet e não pesam no bolso.

Abaixo, separamos algumas sugestões de brinquedos e atividades. Confira!

Garrafa pet

Esse brinquedo é um dos mais simples, mas faz sucesso com os pets! Você vai precisar de uma garrafa pet, tesoura e um punhado da ração ou petisco favorito do cão.

Depois de retirar o rótulo, faça pequenos furos espalhados por toda a garrafa. Eles não podem ser muito pequenos (senão evitarão a saída do petisco), nem tão grandes (a ponto da brincadeira acabar logo). Lembre-se de que o objetivo é entreter o peludo por um tempo considerável.

Após a primeira etapa concluída, encha a garrafa com a ração, coloque a tampinha e deixe o pet se divertir! Pode levar um tempo até que ele entenda o objetivo do brinquedo. Por isso, incentive-o e demonstre como se brinca, repetindo o gesto até que ele entenda.

Assista a este vídeo e veja como fazer esse brinquedo.

Atenção: supervisione a brincadeira, para ter certeza de que o pet está se divertindo e não tentando arrancar a tampinha da garrafa.

Meia e bolinhas de tênis

Esse brinquedo tem quase a mesma função da garrafa pet, porém, é um pouco mais complicado de manusear, o que vai entreter o bichinho por algumas horas. Você vai precisar de uma meia velha, bolinhas de tênis e petiscos.

Coloque as bolinhas dentro da meia, junto aos petiscos, e dê um nó na ponta. Esse brinquedo é para aqueles cãezinhos que adoram destruir os móveis da casa. Ele terá que rasgar a meia, para ter acesso às guloseimas e às bolinhas que estão dentro dela.  O que será muito divertido!

Osso de couro + caixa de papelão

Esse passatempo é excelente para cães mais agitados, pois fará com que eles coloquem os instintos em ação. Você vai precisar de osso de couro, petiscos e uma caixa de papelão.

Enriqueça os nós do osso de couro com petiscos e o coloque dentro de uma caixa de papelão fechada. O seu amigão precisará usar o faro e as patas para destruir a caixa até chegar ao osso cheio de guloseimas.

É diversão na certa!

As atividades devem ser supervisionadas, pelo menos nas primeiras vezes, para que você se certifique de que o pet não está engolindo pedaços de papelão ou plástico. Fique de olho, também, se o animal não apresentou nenhuma reação estranha à atividade proposta.

É muito importante lembrar que, em qualquer idade, os animais precisam de estímulos mentais e físicos para terem uma vida ativa e saudável. O enriquecimento ambiental é uma atividade diária, principalmente para aqueles bichinhos que precisam passar horas sozinhos devido à carga de trabalho dos tutores.

Agora, é só escolher o melhor brinquedo para o seu companheiro e colocar a mão na massa!

#Especial de Natal: filmes de Natal com pets

filmes

Filmes, filmes e mais filmes. Todo mundo gosta de assistir a uma bela produção, certo? Principalmente, aquelas em que as histórias são fofas, engraçadas e prendem a atenção dos espectadores. Em época de festas, principalmente no Natal, começamos a ver mais filmes relacionados à data, que transmitem amor, paz e carinho.

E para ficar ainda mais legal, alguns desses filmes são estrelados pelos peludos, os cãezinhos que amamos e que, na maioria das vezes, roubam a cena. Em algumas produções, eles aparecem como mascotes dos atores principais ou, às vezes, eles são os protagonistas. Separamos alguns filmes para vocês conferirem e curtirem a magia do Natal ao lado do seu pet!

Todos os cães do Natal

O filme conta a história da jovem Emma O’Conner, de 12 anos, que vai passar um tempo com sua tia que mora na cidade de Doverville. Chegando lá, ela descobre que a cidade possui uma lei que proíbe qualquer tipo de cachorro nas ruas. Essa lei foi criada pelo atual prefeito, que também é o responsável por fiscalizar as ruas e levar os bichinhos embora.

Logo de cara, a garota não se dá bem com o prefeito, porque ela adora cãezinhos. Por isso, para deixar o Natal mais feliz e motivar a população a acabar com essa lei que proíbe cachorros, Emma resolve promover um concurso de beleza diferente e reúne amigos da escola, vizinhos e todos os animais da região para participarem.

Um Natal bom pra cachorro

Bobby mora na Califórnia com seu cachorro Chilly e seu pai, Patrick, que é detetive da polícia. Ao decidir ir trabalhar em Nova York, o pai de Bobby decide que Chilly não pode ir junto, por ser uma cidade grande. Porém, para provar para o pai que é possível o cão morar em apartamento, o garoto resolve treinar o cachorro para levá-lo junto.

Beethoven: a aventura de Natal

Nesse filme, o Beethoven, o São Bernardo mais famoso de todos, tem que resgatar um elfo que cai com o trenó do Papai Noel. O cãozinho também tem que recuperar o saco de brinquedos mágicos de vigaristas e devolver o trenó em tempo, para salvar o Natal. Será que o cãozinho vai conseguir?

O melhor amigo do Papai Noel

Quando Papai Noel e Cão Noel descobrem que os meninos e meninas de todo o mundo perderam o espírito natalino, eles fazem uma viagem para a cidade de Nova York, para tentar reviver a magia de Natal.

Mas, ao sofrer um acidente, o Papai Noel perde sua memória e cabe ao seu melhor amigo ajudá-lo a cumprir sua missão e mostrar ao mundo o que é o verdadeiro Natal. Para isso, ele terá ajuda da esperançosa órfã chamada Quinn.

Gostaram das histórias? Boa diversão!