Por Cibele Tolaini, adestradora e franqueada da Cão Cidadão
Na hora de viajar, muitas vezes surge a grande questão de escolher onde deixar o cãozinho. Pois bem, essa realmente não é uma tarefa fácil, mas hoje em dia existem hotéis maravilhosos que proporcionam uma experiência incrível para o cão, mas devemos tomar alguns cuidados antes de decidir qual hotel deixá-lo.
É sempre importante buscar por referências, de preferência de pessoas conhecidas que indiquem o local, depois fazer uma visita, conhecer as regras, a rotina e a segurança do local.
Após a decisão ser tomada, entra um novo passo importante, familiarizar o cão com o local. É muito importante o cão conhecer o lugar antes de ser deixado lá definitivamente. Alguns hotéis oferecem um serviço de Day Care, ou seja, o cão pode passar o dia todo brincando e conhecendo tudo, e ao final do dia voltar para casa.
Essa opção é ótima para avaliarmos a sensibilidade do cão a esses momentos longe dos donos e do ambiente familiar.
Outros pontos importantes são as regras com relação a brinquedos. Podemos deixar alguns de casa lá? É legal avaliar, pois o cão já está habituado com eles. Também é superimportante deixar uma peça de roupa usada por nós, para que ele sinta nosso cheiro na hora de dormir, isso pode deixá-lo mais tranqüilo.
Outra dica é verificar a ração que o hotel costuma fornecer, se for diferente da oferecida em casa, deve levar a dele para o local para evitar uma dor de barriga, afinal, o cãozinho já esta sofrendo o “estresse” de mudança de ambiente, mudar a alimentação assim bruscamente nunca é indicado.
Sempre leve o cão com todas as vacinas, vermífugo e antipulgas em dia, isso costuma ser uma regra dos hotéis.
Por Sheila Leme, adestradora e franqueada da Cão Cidadão
Você quer que seu amigo faça as necessidades só na rua? Será que isso é bom para ele? Será que vai ser bom para você?
Bom, se seu amiguinho só faz as necessidades na rua, isso é ótimo, pois você só tem que recolher as fezes e jogar em um lixo próximo. A urina, a chuva lava e sua casa continua limpinha (ebaaa!).
Mas e quando São Pedro resolve lavar a rua que seu amigo faz xixi? Ele vai ficar segurando as necessidades até você sair com ele? E se a chuva demorar?
O primeiro ponto a ser analisado é você pensar o que é rápido e o que é demorado. Pode levar uma hora (isso é rápido) ou podem levar seis horas (isso é demorado). Veja quais devem ser os seus questionamentos nesse momento:
1. Quantas horas meu amigo esta me esperando para fazer as necessidades? E se eu chegar em casa e estiver chovendo, ainda vou ter que esperar mais uma, duas, seis horas para levar ele passear? E se a chuva não passar?
2. Não parou de chover! Será que terei que levar ele na chuva mesmo? E se ele se molhar, depois terei que secá-lo? E se eu estiver muito cansado para sair?
Você deve estar imaginando agora: “nossa, quanta pergunta”. Mas é justamente nessa hora que temos que pensar que quando ensinamos nosso amigo a só fazer as necessidades na rua, e nunca em casa, isso pode gerar um grande problema, inclusive de saúde.
Ensinar seu amigo a segurar por muitas horas as necessidades pode causar problemas de saúde para ele, como infecção de urina. O melhor é ensiná-lo a fazer xixi e cocô na rua e em casa, assim, você poderá ficar tranquilo quando algo acontecer e te impedir de sair, e a saúde do seu amigo ficará segura também.
Acredite, tem amigos que seguram as necessidades por dias e isso é péssimo para ele, causa desconforto, dor e depois aparecem as doenças.
Você já segurou muito tempo para ir no banheiro? Não é horrível?
Então, vamos pensar no bem-estar dos nossos amigos! Fazer as necessidades na rua pode ser bom, mas se nós assegurarmos o bem-estar deles, ensinando-os a se aliviarem em casa também, será melhor ainda.
Além do mais, o passeio vai ser mais agradável para o pet, pois ele deixará de sair desesperado à procura da primeira arvore, poste, cone etc.
O bem-estar dos nossos amigos é o nosso também, já que eles fazem parte da nossa família.
Por Tiago Cardoso, adestrador franqueado da Cão Cidadão.
Um problema bem comum, quando trazemos um cãozinho para morar na nossa casa, são as necessidades no lugar errado. Para resolver esse problema é necessário tomarmos alguns cuidados e ajudar o animalzinho a acertar.
Por onde começar?
A primeira coisa que devemos ter em mente é que o bichinho não sabe onde deve fazer as suas necessidades e cabe a nós ensiná-lo, com muio amor e paciência.
Escolha um ambiente tranquilo, sem trânsito de pessoas e que seja afastado de onde ele dorme e come. Cães preferem fazer suas necessidades em superfícies absorventes, portanto, até que o peludo aprenda a fazer no local correto, é legal não deixar o cãozinho ter acesso aos tapetes da casa. Por outro lado, devemos proporcionar locais com essas características como, por exemplo, tapetes higiênicos, jornal e graminhas.
Cães costumam fazer suas necessidades quando acordam, depois que comem e após as brincadeiras. Sabendo disso, devemos aproveitar esses horários para levar o amigão ao banheirinho e treiná-lo. Nada de deixar comida à vontade, o cãozinho deve ter horários para se alimentar, pois isso vai auxiliar no treinamento.
Quando não estiver em casa, não deixe o cão com acesso a todos os cômodos. Deixe-o confinado em um espaço onde de um lado esteja a caminha, água e o pote de comida e do outro o banheirinho. Assim evitamos que o peludo faça as necessidades em locais impróprios.
Sempre que o cachorrinho acertar, recompense-o elogiando, fazendo uma festinha e oferecendo um petisco ou algo que ele goste muito. Se ele errar, ignore e não dê bronca. A bronca atrapalhará o treino, pois o cão pode entender que fazer xixi ou cocô é errado. Além de não fazer mais as necessidades na sua frente, ele pode passar a fazer escondido.
Cães tem o faro muito aguçado e se deixarmos o cheiro de urina ou fezes no local que ele fez errado, ele poderá voltar a esse mesmo lugar. Sendo assim, depois de limpar, podemos aplicar um produto enzimático, a fim de retirar totalmente o cheiro.
Mesmo com treinamento, é natural que o cachorrinho erre muitas vezes até aprender. Tenha paciência e persista. Com tempo, os erros diminuirão.
Por Thalita Galizia, adestradora franqueada da Cão Cidadão
Seu cãozinho tem medo de barulhos, como, por exemplo, fogos, trovões, secador de cabelo e aspirador de pó? Ou, então, medo de algumas situações, como ir ao pet shop tomar banho, se consultar com o veterinário ou andar de carro?
É possível ensinar a ele que não precisa ter medo. Com a dessensibilização conseguimos contornar a situação e deixarmos nossos peludos mais calmos.
Vamos começar com barulhos altos: podemos pegar na internet sons de trovões e fogos de artifícios, gravar e iniciar o treinamento.
A apresentação desses sons deve ser feita de forma gradativa para evitar sustos ao cão, portanto, comece com o som bem baixinho. Quando o mesmo começar a tocar, vá recompensando o pet na mesma hora e lembre-se que a recompensa é algo que vá deixar seu animal bem focado. Pode ser petiscos ou um brinquedo, assim ficará mais fácil associar uma coisa gostosa a um som que incomoda.
Aos poucos vá aumentando o som, porém, se você ver que o pet está incomodado, retroceda o treino, abaixe o volume e vá aumentando novamente a medida que ele se sentir confortável.
Esse treino vale também para o aspirador de pó e secador. Comece ligando os aparelhos em outro cômodo, de forma que o som fique um pouco abafado. Neste momento, recompense o cão e aproxime ele, aos poucos, ao som até que ele perca totalmente o medo.
No caso de situações como medo de carros, podemos levar o cão até o carro, se ele se sentir confortável perto do veículo, vá recompensando-o, mas se notar um desconforto, se afaste e vá gradualmente se aproximando até que seu cão fique confortável com a situação novamente. Depois, abra a porta do carro e deixe seu cão entrar e sair no tempo dele, lembrando sempre de recompensá-lo quando perceber que o animal está confortável com o veículo. Após, ligue o carro e deixe que o amigo se acostume com o barulho e movimento que o automóvel faz.
Comece a dar voltas pequenas no quarteirão e, aos poucos, vá aumentando o trajeto e mudando os percursos, sempre recompensando o animal.
Outra observação muito importante: verifique se o seu melhor amigo está seguro no carro, seja com um cinto de segurança próprio para cães ou em uma caixa de transporte bem presa ao banco.
Os medos de veterinário e pet shop também podem ser contornados com o treino de dessensibilização.
Se o cão tem apenas um desconforto em relação ao local, podemos levá-lo repetidas vezes lá e sempre associar essas visitas com uma recompensa gostosa. Com a repetição, aos poucos ele acostumará e não terá mais problemas.
Se o caso for mais grave, o treino deverá ser feito com mais cautela e com muita paciência.
Comece a fazer atividades que o cão goste perto do local onde fica o pet shop, mas, lembre-se: o treino precisa ser gradativo, fique a uma distância que o cão não fique apreensivo e nem inseguro e comece a recompensá-lo. À medida que seu cão se mostrar relaxado, comece a se aproximar do local até que você consiga ficar dentro do pet shop com seu amigo calmo e tranquilo.
Infelizmente, muitos cães são vítimas de atropelamentos pelo país. Em alguns casos, basta uma frestinha no portão para eles correrem para a rua e um acidente acontecer.
Para o cão, a calçada geralmente é bastante atrativa. Afinal, lá ele encontra cheiros diferentes e há muito que se explorar. Então, é natural que ele tenha essa atração, mas ele precisa saber que não pode sair sem autorização, muito menos atravessar a rua.
O que muitos donos podem não saber é que ensinar o pet a não sair de casa quando o portão estiver aberto ou a não atravessar a rua não é tão complexo quanto parece.
Treino
Você pode começar o aprendizado usando a guia. Aproxime-se da calçada, brinque com o cão e vá para a rua. Ele naturalmente o seguirá e aí, com o auxílio da guia, impeça-o de pisar na rua e diga “Não!”, em um tom sério. É crucial que você não permita que ele pise na rua. Assim que ele tentar, impeça-o imediatamente.
Esse exercício deve ser repetido algumas vezes, até que o cão se recuse a ir para a rua. Assim que isso acontecer, elogie-o e dê um petisco como recompensa.
Mas, atenção: é importante que você não chame o cachorro para a rua, para então corrigi-lo. Você não pode repreender o cão por obedecê-lo, por isso, apenas o induza a ir para onde você quer. Não o chame.
Assim que o seu pet entender que não deve sair, jogue um brinquedo que ele goste muito na rua e aguarde. Claro, mantenha o controle do pet na guia, para evitar acidentes.
Caso ele tente buscá-lo, frustre o cão com a guia. Com a repetição, ele perceberá que não deve ir buscar o brinquedinho, e você deve recompensá-lo e elogiá-lo por ter feito o que você pediu.
Esse mesmo treinamento pode ser feito para mostrar ao animalzinho que ele não pode sair quando o portão estiver aberto.
Dica
– Faça o exercício em locais diferentes, para que o pet compreenda perfeitamente o que você espera dele.
– É importante que todo o dono ensine isso ao seu pet, pois pode evitar muitos perigos, entre eles, atropelamentos e fugas.
– Durante as aulas, controle o pet pela guia, para evitar acidentes. Caso precise, solicite o acompanhamento de um profissional especializado.
Educar o cachorro a fazer as necessidades no local correto exige muita paciência e persistência, mas não é algo tão difícil como parece.
Para começar, é fundamental escolher a área que será usada como banheirinho. Lembre-se de que a região deve ser mantida sempre limpa e ficar afastada da comida, do bebedouro e de lugares com grande movimentação de pessoas.
O ideal é ensinar o pet a usar o jornal ou o tapete higiênico quando ele ainda é filhote. Mas, caso isso não tenha sido feito, é possível, sim, mostrar para o adulto o local correto do banheirinho.
Uma dica é ficar atento aos sinais do pet. Quando perceber que ele está apertado, leve-o ao banheirinho e aguarde, se possível, até ele se aliviar. Caso isso aconteça, recompense-o com muito carinho, elogios e com algo que ele goste bastante, como petiscos. Seja persistente nessa etapa, mas sem forçá-lo a nada!
Com o tempo e as repetições, ele vai entender que aquele é o local do banheirinho e passará a fazer as necessidades ali. Mas, tenha em mente que acidentes podem acontecer, ou seja, ele pode fazer fora do local correto.
Se isso ocorrer, evite as broncas porque o cachorro pode associá-las ao ato de fazer as necessidades e, por essa razão, terá medo de fazê-las para não levar bronca. Isso se transformará em um problemão!
Com carinho e estímulos, logo o pet estará se aliviando somente no banheirinho!
A fuga de cães é, sem dúvida, um dos momentos mais tristes da vida dos tutores. Infelizmente, ninguém está imune a esse problema, pois, prever quando o pet vai escapar pela frestinha do portão ou pular o muro de casa é praticamente impossível.
Apesar disso, como diz o ditado, a prevenção é o melhor remédio. Para evitar que esse problema ocorra, é fundamental que alguns cuidados sejam tomados. Abaixo, você confere algumas dicas.
1. Adestramento
O adestramento é uma ferramenta importantíssima para o bom relacionamento entre o pet e o seu dono, pois, além de facilitar a comunicação, fará com que o cão saiba o que pode ou não fazer. Quando o pet obedece aos comandos (SENTA, FICA, VEM), é muito mais fácil impedir que ele corra em direção a um portão aberto ou saia sozinho na rua.
2. Limites
Ensinar ao seu cãozinho que não deve sair pelo portão sem a sua autorização é um limite que pode salvá-lo de acidentes, que podem custar a vida dele. Para isso, é necessário paciência e muita dedicação, porém, o resultado final valerá a pena.
Comece a treiná-lo com a guia. Aproxime-se do portão, brinque com o seu cãozinho e saia para a rua. O pet naturalmente o seguirá, porém, com a guia, você deve impedi-lo de sair e, ao mesmo tempo, dizer “não”.
Esse exercício deve ser repetido até que o cão compreenda que ele não deve ultrapassar o portão e se recuse a ir para a rua. Quando ele te obedecer, elogie-o, faça muita festa e ofereça um petisco gostoso, pois isso fará com que ele associe coisas, que ele gosta, à obediência, facilitando o aprendizado.
É importante ressaltar que não se deve permitir que o cão saia para rua, para, só então, repreendê-lo. A correção deve acontecer sem que ele saia de casa. Mantenha os itens de segurança, como a coleira e a guia durante o treinamento, para evitar qualquer problema ou mesmo acidentes.
3. Plaquinha de identificação
A plaquinha de identificação é indispensável para a segurança do pet e todos os animais de estimação devem ter uma que contenha um telefone para contato. Caso o cão fuja e seja encontrado por alguém, será mais fácil devolver o pet para a sua família.
Infelizmente, mesmo com todas as precauções, fugas ainda acontecem. Caso tenha alguma informação sobre os cães abaixo, entre em contato com a ONG Cachorros Perdidos, parceira da Cão Cidadão.
Gostou desta dica? Se quiser contratar os profissionais em comportamento animal para realizar o adestramento, fale com a Central de Atendimento da Cão Cidadão, pelos telefones: 11 3571-8138 (São Paulo) e 11 4003-1410 (demais localidades).
A hora do passeio é um dos momentos mais divertidos e estimulantes da vida do cachorro. É o instante do dia em que ele pode conhecer outros animais, é exposto a diversos cheiros e, ainda por cima, passa um tempinho ao lado do tutor.
Porém, nem todos os amigos de quatro patas curtem passear. Alguns cães acabam “empacando” durante as voltinhas e, apesar de ser uma cena bastante comum, no geral, os donos não sabem como lidar com esse problema. “Existem vários motivos que podem fazer seu cão parar durante o passeio. Pode ser, por exemplo, por medo de algum estímulo diferente, algum barulho muito alto ou por perceber que o passeio está no fim”, explica Amanda Ornellas, adestradora da Cão Cidadão.
Como lidar
Nesse momento, é importante que o dono tenha sensibilidade e, acima de tudo, respeito pelos limites do animal. “Lembre-se de não arrastar o cão. A atitude pode machucá-lo ou traumatizá-lo, principalmente se o motivo da parada for medo. É importante que o cão se sinta seguro e confortável ao seu lado”, recomenda Amanda.
O ideal é que o tutor sempre carregue no passeio uma porção de petisco ou um brinquedo que o pet goste muito. A ideia aqui é estimular, de forma positiva, a vinda espontânea do bicho até você no trajeto. Quando ele obedecer, recompense-o com petiscos, carinhos ou brincadeiras. Aos poucos, ele perceberá que sempre que você o chama e ele te obedece, ele sai ganhando.
Dicas
• Faça caminhadas menos longas e em horários em que o clima esteja ameno. Aumente a permanência do passeio de forma gradual, até entender qual é o tempo ideal para que a caminhada como pet seja uma atividade física consistente, agradável e positiva, sem deixar o animal exausto.
• Preze pela saúde e pela segurança de seu cão: fazer um passeio longo sob o sol do meio-dia não será benéfico. Inclusive, a probabilidade de que seu cachorro sofra danos como queimaduras nas patas e exaustão pelo calor, pode fazer com que ele empaque pelo caminho.
• É essencial proporcionar situações seguras e que facilitem que animal obtenha sucesso. Dessa forma, ele fará associações positivas com esses momentos.
O adestramento é essencial, pois ajuda o tutor a identificar esses limites e também a entender por qual razão o cão empaca, pois cada caso é um caso. Além disso, o adestramento auxiliará o tutor a desenvolver uma comunicação mais clara e efetiva com o animal, aumentando o grau de confiança entre ambos, tornando o relacionamento ainda melhor e, consequentemente, fazendo com que o passeio seja mais tranquilo e prazeroso.
Gostou da dica? Se quiser contratar os profissionais para realizar o adestramento, fale com a Central de Atendimento da Cão Cidadão, pelos telefones: (11) 3571-8138 (São Paulo) e (11) 4003-1410 (demais localidades).
Levar o pet para um passeio é divertido para o dono e para o animal. Saiba como aproveitar ao máximo o momento e evitar qualquer problema
O momento de passear com cachorro é extremamente importante: ele se exercita, faz as necessidades, cheira e se socializa com outros animais da mesma espécie e também com seres humanos.
Para o tutor, também há benefícios ao passear com cachorro: além de ser uma oportunidade de se movimentar, passear com o cão é uma ótima chance para conhecer pessoas novas. Estudos já demonstraram que os passeios com os cães funcionam como verdadeiros facilitadores sociais para os humanos.
Por outro lado, a experiência pode levar a situações difíceis, com o condutor sendo praticamente derrubado no chão quando o cão vê algo mais interessante à frente. Essa é uma situação comum, que pode acontecer tanto com cachorros grandes, quanto com os pequenos. Mas é possível solucionar o problema e, com treinamento, tornar o passeio agradável para todos.
O que fazer?
Antes de sair com o cão, é muito importante que tudo seja feito de forma calma e até “sem graça”, especialmente se estamos falando de um cão que fica ansioso só de ver a guia e a coleira.
Se o grau de ansiedade for muito alto, é indicado ir primeiro a locais não tão estimulantes, como a garagem do prédio, e dar voltas por ali mesmo até que ele se acalme. Essa providência serve para evitar que o cachorro saia direto de casa para a rua muito agitado, comportamento que tende a durar ao longo do passeio.
No início, esse treino pode parecer impossível, mas, com paciência e consistência, a saída passará a ser um evento não tão excitante e o cão tende a sair mais calmo.
E se ele puxar muito?
Já na rua, para evitar um passeio com puxões o tempo todo, algumas coleiras de treinamento são indicadas. A chamada “cabresto” é colocada no focinho do cão e fechada atrás das orelhas. É muito útil, pois permite um controle da cabeça, sendo recomendado, antes de começar a ser usada, fazer alguns treinos de associações positivas, pois o cachorro pode não se adaptar tão rápido a um objeto em seu focinho.
A coleira de treinamento com clipe frontal se assemelha a uma peitoral comum, mas a guia é acoplada em um clipe localizado no peito do cão. Assim, de forma mecânica, é possível controlar o cachorro quando ele faz pressão para frente.
É muito importante recompensar o cão toda a vez que ele se portar de forma tranquila ou focar sua atenção no tutor. Vale levar um petisco ou o brinquedo preferido dele para, depois de elogiar um momento de atenção, sem puxões, ele seja logo recompensado. Uma dica bacana: recompensar o cão andando, deixando-o chegar aonde quer. Com o tempo, eles passam a perceber que não precisam arrastar as pessoas para ir cheirar um arbusto, por exemplo.
Finalmente, vale lembrar um detalhe fundamental: em qualquer situação de passeio, é importante que o cão esteja identificado, para o caso de ele se perder acidentalmente. E a condução deve ser sempre com a utilização de guia, para evitar acidentes.
Se a situação estiver muito difícil, vale consultar um adestrador para facilitar a hora de passear com cachorro e para que os treinos possam ser planejados de forma adequada à realidade de cada cão e tutor.
Gostou da dica? Se quiser contratar os profissionais para realizar o adestramento, fale com a Central de Atendimento da Cão Cidadão, pelos telefones: (11) 3571-8138 (São Paulo) e (11) 4003-1410 (demais localidades).
O medo que alguns cachorros desenvolvem de alguns lugares específicos pode influenciar negativamente no bem-estar deles
Hoje vim falar um pouquinho sobre os cães que tem medo de ir ao veterinário ou ao pet shop tomar um banho, por exemplo.
Algumas reações de medo ao entrar nestes lugares são situações comuns do dia a dia, principalmente dos profissionais que ali estão, mas também dos donos. Tentar tornar estes momentos menos estressantes é uma medida voltada para o bem-estar do animal de estimação, até porque as atividades fazem parte da vida dele.
Comportamentos relacionados ao medo
Alguns sinais são indicativos de que o cão não está confortável ou seguro em determinadas situações ou lugares, como é o caso das clínicas veterinárias e pet shops. Dentre eles, podemos citar: ficar estático; apresentar comportamento de fuga (pode ser muito perigoso, pois pode ser atropelado na rua caso consiga escapar); salivação excessiva ou respiração ofegante (ou ambos); tremedeira, taquicardia; agressividade; pupilas dilatadas; não demonstrar interesse por petiscos que normalmente adora.
O que fazer?
Em casos mais leves, onde o cachorro apresenta apenas um certo desconforto em clínicas veterinárias ou pet shops, a exposição repetida e associada a coisas positivas pode fazer o cão se acostumar gradualmente.
Mas em casos considerados moderados ou graves, a orientação é para que seja feito um treinamento que terá por objetivo proporcionar experiências positivas para o cão próximo a esses locais e situações, para que não sejam mais tão apavorantes para ele e evoluir aos poucos.
O treino consiste em fazer com o cão atividades que ele goste próximo ao local que gera reações de medo, como, por exemplo, na rua onde fica o pet shop. É importante assegurar de que a distância do local, no início do treinamento, não gere qualquer reação de medo no cão, pois o objetivo é que a aproximação ocorra de forma gradual e que ele esteja tranquilo para que sejam realmente eficazes as associações positivas que serão feitas.
Assim, utilizando recompensas bem valorizadas pelo cão (petiscos saborosos, brinquedos que ele adora), fazemos uma série de brincadeiras e o cão deve ser muito recompensado e manter-se calmo e relaxado.
O ideal é que sejam feitas sessões frequentemente, e a aproximação do local que deflagra o medo só deve ser feita quando o cão estiver demonstrando tranquilidade. Este ponto é importante: nunca evoluir no treino em caso de qualquer sinal de medo. O treinamento pode se iniciar numa casa próxima a clínica, depois no estacionamento, depois na sala de espera, depois na sala do médico veterinário ou na banheira do pet shop.
O objetivo do treino é fazer o cachorro relacionar os treinos de adestramento com recompensas que ele valoriza bastante com a aproximação do local que antes lhe causava medo excessivo.
Quando já está sendo possível ir com o cão até o estabelecimento sem que ele demonstre insegurança, é importante que seja uma experiência bacana e divertida ou seja, sem injeções, banho, tosa. Assim, ele tende a começar a associar a clínica veterinária e o pet shop com coisas legais, e não somente a sensações ruins.
Prevenção
Para evitar que este comportamento de medo excessivo de locais determinados seja uma constante na vida do cão, é importante expô-lo desde cedo a esse tipo de estabelecimento, nos primeiros meses de vida, sempre fazendo muita associação positiva. A isso damos o nome de sociabilização. Ou seja, vale um passeio com o filhote até a clínica veterinária ou pet shop mesmo que não seja dia de consulta ou banho.
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