Seleção genética e propagação de problemas físicos

Photo credit: angela n. / Foter / CC BY
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Por Alexandre Rossi, especialista em comportamento animal.

Nenhuma espécie animal tem tantas formas, tamanhos e comportamentos como os cães. Seus portes variam desde os minúsculos Chihuahua, Pinscher, Poodle Toy e Yorkshire até os enormes Dogue Alemão, São Bernardo e Terra Nova. O temperamento pode ir do muito dócil ao bastante agressivo. Uns adoram nadar, outros preferem não se molhar. E assim por diante.

Tanta diferença resulta em grande parte dos acasalamentos selecionados – aqueles feitos a partir de critérios humanos, bem diferentes dos que acontecem na Natureza. Por esse motivo, a seleção usada para fazê-los é considerada artificial.

Seleção natural x artificial
Na natureza, comente os mais aptos se reproduzem e se multiplicam, sobrepujando, assim, os indivíduos que nascem com problemas. Por esse motivo, a maioria dos animais selvagens são bastante saudáveis fisicamente e psicologicamente. Já na seleção artificial, o critério é acasalar cães a partir de suas características morfológicas (das formas físicas), fisiológicas (das funções orgânicas) e/ou psíquicas (da atividade mental, inclusive das aptidões para aprender comportamentos e tarefas). É o que aconteceu, por exemplo, na formação das raças pequenas. A preferência foi por acasalar os cães de menor porte, independentemente da capacidade para sobreviver por conta própria, em ambiente competitivo.

Existem raças caninas criadas em laboratório?
Por causa da variedade de formas físicas e de comportamentos, houve o boato da existência de raças caninas criadas em laboratório. Nenhum cão conhecido foi desenvolvido em tubo de ensaio. Mas não é impossível que, com o avanço da engenharia genética, isso venha a ocorrer.

Formas físicas diferentes e sofrimento animal
Ao tomar para si a seleção de cruzamentos, o ser humano se torna responsável pelo vem-estar dos animais da sua criação. No anseio de produzir cães diferentes, foram desenvolvidas características extremadas, que chegam a atrapalhar os cães. Buldogues têm focinho tão achatado que ficam com a função respiratória comprometida. Shar Peis, com tanta pele “sobrando”, desenvolvem micoses e infecções nas dobras. Basset Hounds podem tropeçar em suas próprias orelhas. Com coluna alongada, os Teckels freqüentemente desenvolvem males ósseos. A hiperatividade do Border Collie o deixa compulsivo demais, entre outros exemplos.

Seleção artificial e doenças herdadas
Juntamente com os genes das características visíveis, são repassados genes “invisíveis” – aqueles que, apesar de presentes, não se manifestaram no indivíduo, mas que, provavelmente, afetarão descendentes. Alguns acarretam propensão para males como displasia coxofemoral, surdez, miopia, diversas doenças de pele e problemas psicológicos.

Cães hiperativos, medrosos e compulsivos
A seleção de comportamentos visando a aptidão para determinadas tarefas que alguns cães já nasçam com predisposição para ser guardada, outros para pastorear ou caçar, etc. O problema é que a maioria dessas raças é usada, hoje em dia, para companhia. Assim, um cão com muita energia, necessária para longas jornadas de trabalho nos campos, ficará hiperativo e compulsivo se levar vida sedentária, e estará sujeito a problemas de comportamento.

Pensar no bem-estar
Precisamos evitar a seleção proposital de características que prejudiquem os cães. Devemos, por exemplo, preferir a seleção de Buldogues que não tenham focinho tão achatado ou que não desenvolvam problemas respiratórios. Convém optar por Shar Peis não tão enrugados ou que sejam mais resistentes a problemas de pele. É recomendável preferir os Border Collies menos compulsivos e menos hiperativos.

Também não devemos reproduzir cães com problemas psicológicos ou que partem genes de doenças, mesmo que sejam campeões de beleza.

Como ensinar seu cachorro a expressar desejos

Photo credit: Canfield3 / Foter / CC BY-ND
Photo credit: Canfield3 / Foter / CC BY-ND

Por Alexandre Rossi, especialista em comportamento animal. 

Há milhares de anos, homem e cão vivem uma relação estreita. Os cães mais eficientes nas atividades em parceria, como caça, companhia e guarda, eram os que se comunicavam melhor e foram os selecionados para procriar. Isso pode ter aumentado a inteligência da espécie e desenvolvido a sua comunicação com os seres humanos.

Como o cão se comunica com o homem
São muitas as possibilidades de os cães se comunicarem com os humanos. Desde por sinais típicos da espécie, como latir, chorar, rosnar, mostrar os dentes e abanar a cauda, até por sinais aprendidos durante a relação com o proprietário. É o que podemos notar no seguinte depoimento, dado por um dono cão: “Se ele quiser ossinhos que ficam num armário da cozinha e eu estiver na sala, me cutuca com a pata e tenta me levar para a cozinha. Quando chego lá, ele bate com a pata no armário para deixar claro o que quer. Quando mostro que entendi, fica todo feliz e, em geral, senta para esperar que eu dê o que pediu”.

Para entender melhor como acontece a comunicação entre cão e pessoas da casa, colhemos mais de quatro mil relatos relacionados ao assunto. Embora possam não exprimir exatamente a realidade, mostram pontos importantes sobre o comportamento canino e sobre como o ser humano o interpreta.

Como evolui a comunicação
A maioria dos proprietários acaba criando sem querer, um sistema de sinais que permite ao cão expressar desejos e pedir objetos e atividades. Mas como isso ocorre? Quando um proprietário vê o cão lambendo as últimas gotas de água do bebedouro, coloca mais água no pote. Com o tempo, o cachorro percebe que pode pedir água simplesmente lambendo o porte. Não é difícil imaginar que, por meio do mesmo processo, o cão aprenda a pedir comida, brinquedo, etc.

Dicas para ensinar o cão a pedir o que deseja
Ao compreender o processo que permite ao cão se comunicar, podemos criar situações propícias para que a comunicação se desenvolva. Primeiro, procure evitar que os sinais produzidos pelo cão sejam muito parecidos, dificultando a interpretação. Para saber se ele sta com sede ou fome ao encostar o focinho no pote vazio, use potes diferentes para dar água e comida. Pelo mesmo motivo, deixe a guia para passear em local diferente do dos biscoitos, já que o cão se aproximará da guia para pedir passeio e dos petiscos quando estiver interessado neles.

Crie situações em que o cão possa “pedir” o que deseja. Por exemplo, coloque menos comida no prato dele. E quando ele estiver lambendo os farelinhos das sobras, ponha mais. Aos poucos, o cão lamberá o prato para fazer um pedido. Outro treino é perguntar ao cão que chega perto da guia se quer passear e, em seguida, levá-lo para dar uma volta. Assim, ele perceberá que pode influenciar com atitudes o comportamento do dono

Cuidado para não ser totalmente manipulado pelo cão
Ensinar um cão a se comunicar não significa se tornar escravo dele. Ou seja, não é porque o cão pediu determinada coisa que você precisa servi-lo. Com o tempo, ele percebe o que pode pedir e quando. Minha cadela Sofia, por exemplo, sabe que existe chance de sairmos para passear quando estou me vestindo.

Sempre que começo a me calçar, Sofia corre para o painel eletrônico e aperta um dos oito compartimentos do painel (veja foto), aquele que corresponde a “PASSEAR” (nesse momento, uma gravação diz a palavra “Passear”). Mas na maioria das vezes eu não posso levá-lo comigo e tenho de dizer “Passear, não!”. Há ocasiões em que ela insiste, mas em geral desiste e vai deitar-se no sofá predileto.

A comunicação mais eficiente com nosso animal é muito gostosa. Por isso, recomendo a todos os proprietários de cães que ponham em prática um programa nesse sentido.

Resumo

– O cão tem predisposição genética para se comunicar com o ser humano.
– Você pode criar sinais para permitir ao seu cão que peça objetos e atividades a você.
– Durante o treino, quando o cão se aproximar do prato de comida, coloque mais alguns grãos de ração. Quando ele lamber as últimas gotas de água do pote, ponha mais água. Quando ele manifestar interesse em pegar a coleira, leve-o para passear.
– Se você não quiser fazer a atividade relacionada ao sinal produzido pelo cão, diga simplesmente “não”.

Disputas pelo amor do cachorro

Photo credit: nathanmac87 / Foter / CC BY
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Por Alexandre Rossi, especialista em comportamento animal. 

É de mim que ele mais gosta! Querer ser especial e amado faz parte da natureza humana.  Você já desejou que o seu cão gostasse mais de você do que de alguma outra pessoa?  Se sim, não se acanhe. Disputas pelo amor do bicho de estimação  são comuns, principalmente no caso de cães, por suas demonstrações explícitas de carinho e apego. O ser humano também tem as necessidades dele, e uma é se sentir especial e querido.

Dar comida ao cão sob a mesa; permitir que ele suba na cama enquanto quem não gosta disso está ausente; evitar dar broncas no cão para não magoá-lo – essas são algumas das formas que assumem as disputas não declaradas na guerra pelo amor do animal. Neste artigo, você entenderá os motivos que levam o cão a gostar mais ou gostar menos de uma pessoa e saberá como ganhar o amor dele, sem prejudicá-lo.

Seja amado sem ser egoísta
O animal de estimação depende enormemente de nós. Por isso, temos a responsabilidade de proporcionar a ele uma vida agradável e um tratamento adequado às suas necessidades. Deixar o cão preso num canil durante o dia , em vez de solto com a empregada, para não se apegar a ela, é um gesto de egoísmo praticado por algumas pessoas. Cuidado para não prejudicar seu bicho por ciúmes. Não faça nada que reduza o bem-estar do cão para ele gostar mais de você. Não é justo nos preocuparmos somente conosco!

Predisposição ao apego
Por que os cães se apegam? Essa predisposição é herdada. Para os ancestrais dos cães – os lobos – pertencer a um grupo é essencial para caçar e sobreviver. Apegar-se é a estratégia que mantém juntos os membros de uma alcatéia.

O apego mais vantajoso é aquele que liga o lobo ao exemplar mais dominante do grupo. Afinal, é o líder quem dita as regras, defende os “protegidos” e até permite que se alimentem junto com ele. Não é à toa que os lobos fazem festa para o exemplar dominante, lambendo-o e querendo estar junto dele, mesmo quando tais comportamentos parecem ser ignorados ou desprezados. Exigir que os cães tenham determinados comportamentos e se sujeitem a limites não vai diminuir a predisposição natural deles de gostar de quem lhes dá ordens. Pelo contrário, se o humano tiver características de líder, a atração dos cães por ele pode ser maior. Portanto, a maneira como agirmos com relação aos demais membros da casa e o modo como damos ordens ao cão podem influir no quanto ele gosta de nós.

Cuidado com contra-ordens
Se alguém ordenar ao cão para descer do sofá e se outra pessoa, ao contrário, disser para continuar onde está, ele tenderá a permanecer no sofá e perceberá aquilo como um conflito hierárquico. Se as contra-ordens forem freqüentes, o cão poderá agredir a pessoa cujas atitudes o contrariem, tomando partido de quem defende os interesses dele. É fundamental que o cão tenha a situação hierárquica bem definida, para que se sinta tranqüilo.

Como aumentar o apego do seu bicho por você
O cão relaciona pessoas a acontecimentos causados por elas. O seu cão pode ter você em ótimo conceito se o associar a petiscos deliciosos, a brinquedos novos, a passeios ou a carinhos. Uma única dessas associações já pode fazer efeito estrondoso. Basta ver como há cães que adoram quando o passeador chega para irem passear, mesmo que o profissional não interaja com eles, não brinque e nem demonstre afetividade.

Construa com amor
Para tornar a vida do seu cão mais agradável e deixá-lo psicologicamente mais saudável, faça-o sentir que o líder é você. Essa situação vem da imposição de limites e da exigência de comportamentos específicos. O adestramento por meio de reforços positivos e os esportes, como o agility, são excelentes meios de atingir esse fim. E, se você participar pessoalmente dos treinos, terá a vantagem de a sua presença ser associada pelo cão ao acontecimento agradável de ganhar uma recompensa a cada comportamento correto.

Resumo
– Não prejudique o bem-estar do cão só para ele se apegar mais a você
– Alguns cães se apegam mais facilmente a pessoas que demonstram liderança em suas atitudes
– Evite que pessoas desautorizem você; o grupo deve ser unido
– Petiscos, carinhos e passeios podem aumentar o apego do seu cão por você
– Adestramento por reforços positivos e esportes são maneiras ótimas e saudáveis para ganhar o carinho do cão

Entenda atitudes do cachorro que aparentemente não fazem sentido

Photo credit: Son of Groucho / Foter / CC BY
Photo credit: Son of Groucho / Foter / CC BY

Por Alexandre Rossi, especialista em comportamento animal.

O que dizer do cão que insiste em enterrar ossos entre almofadas, mesmo estando num lugar onde jamais seria roubado? Na verdade, ele age assim porque ancestrais que escondiam comida lhe passaram esse instinto, geração após geração. Enquanto outros exemplares menos precavidos eram mais atingidos pela fome, os mais bem nutridos puderam se defender e se reproduzir melhor. Com isso, deixaram mais descendentes e propagaram mais as próprias características genéticas.

Foi a partir desse processo que o naturalista Charles Darwin formulou a teoria da evolução das espécies. Um exemplo clássico é o das girafas, com seu longo pescoço que evoluiu para alcançar as folhas do topo das árvores, alimento não disponível para a maioria das espécies. O lobo macho que briga para cruzar transmite melhor os seus genes. Se o dócil por um lado evita confrontos, por outro deixa de se acasalar. Isso explica por que cães machos costumam brigar entre si – eles são herdeiros dos genes de ancestrais briguentos.

Por que a cadela tem gravidez psicológica?
Algumas cadelas, geralmente após o cio, produzem leite sem ter tido filhotes. É a chamada falsa gravidez. Na vida em alcatéia, somente as lobas dominantes se reproduzem. Para cuidar dos filhotes, elas contam com a ajuda das demais fêmeas. Produzir leite mesmo sem ter engravidado permite à loba não dominante amamentar a ninhada e liberar a dominante para exercer outros papéis, como o de ajudar a defender o grupo e o de trazer alimentos, aumentando a capacidade de sobrevivência de toda a alcatéia.

O que faz o cão rosnar quando chegamos perto da comida dele?
Ao afastar o espertinho pronto a abocanhar um naco adicional de comida, defendendo com agressividade um pedaço de carne da caça recém-abatida, o lobo garante o direito de consumir o alimento em seu poder. Quando alguém se aproxima do prato do cão, ele age por instinto e segue o princípio de seus antepassados – não dar moleza é a melhor estratégia!

Alguns cães não permitem que outros do mesmo grupo brinquem. Por quê?
Uma das habilidades do lobo dominante é impedir que lobos do grupo se unam. Isso evita a possibilidade de ser derrubado do poder por alguns indivíduos que se juntam. Ir até uma dupla que interage mais que o necessário e tentar obrigá-la a parar de brincar, de trocar carinhos ou de lutar, é uma forma de dividir para governar e, assim, garantir a prioridade nos acasalamentos e transmitir os genes responsáveis por esse comportamento.

Por que, quando o dono intervém para separar o cão de uma briga, ele pode atacar ainda mais? 
Ao brigar, o lobo avalia se outros indivíduos no grupo estão a seu lado. Caso se sinta “garantido” por um ou mais companheiros, fica mais corajoso, valente e agressivo. Quando um cão briga, ocorre o mesmo. Ao ver o dono berrar e correr na direção dele, imagina que conseguiu um aliado e passa a atacar o adversário com maior empenho.

Por que o cão precisa tanto de companhia?
O que leva o cão a ser tão dependente de companhia? Os lobos precisam um dos outros para sobreviver. O exemplar solitário não consegue caçar animais muito grandes e enfrenta maiores dificuldades para se proteger do que o enturmado. Portanto, estar sozinho pode significar a morte. Por isso, predominam na reprodução os exemplares mais dependentes de companhia.

Os comportamentos herdados são fixos?
Alguns comportamentos são difíceis de alterar, outros são facílimos. Quando o comportamento instintivo causa problemas, é importante procurar mudar a maneira pré-programada de o cão entender as coisas. E, se ele tiver alguma atitude extremamente perigosa, torna-se fundamental inibi-la, aplicando técnicas comportamentais. Como exemplo podemos citar o ataque canino a uma criança que é confundida com uma presa de caçada. Nesse caso, não devemos ficar nos justificando. É preciso pedir auxilio a um profissional capacitado.

Treinamento para animais com deficiência

Photo credit: jimnista / Foter / CC BY
Photo credit: jimnista / Foter / CC BY

Por Katia de Martino, adestradora da equipe Cão Cidadão.

Primeiramente, precisamos saber qual é o tipo de deficiência que seu cão tem, para nos adequarmos a ele. Isso é, os cães, como todos os outros animais, têm vários tipos de sentido, como audição, visão, olfato, tato, etc. E, se ele tem deficiência em algum sentido, usamos outro para poder nos comunicar.

Se seu cão for cego, por exemplo, use o sentido da audição e tato. Como fazer isso? Bom, vamos pensar que você tem uma piscina em casa e tem medo de que ele caia nela: podemos colocar algum tipo de piso ao redor da piscina (emborrachado, com alguma textura diferente), por o animal em uma guia longa, brincar e falar com ele em qualquer lugar que não seja nesse piso.

Na hora em que ele pisar nesse local, o corrigimos falando um “NÃO” e seguramos a guia. Com o tempo e muito treinamento, toda vez que seu cão pisar lá, entenderá que não pode ir além.

E se for um cão surdo?Usamos o sentido da visão. Criamos gestos, com os quais ele entenderá como “sim” ou “não”. Algo como “polegar para cima: positivo; polegar para baixo: negativo”.

Agora, se seu companheiro, ao invés de ter quatro patas, tiver três, não se preocupe. A adaptação dele será excelente e viverá como se tivesse quatro patas.

Fonte: Pet Center Marginal.

Cães com medo de água

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Levou o pet para o sítio e quer curtir, ao lado dele, a piscina? Apesar de muitos acharem que todos os cães adoram água, nem todos realmente gostam de nadar, brincar na chuva ou tomar banho. Mas, o que eu faço para minimizar esse medo?

Antes de mais nada, é preciso bastante paciência para mostrar ao pet que o contato com a água pode ser positivo e se tornar uma brincadeira diária para ele. É preciso acostumá-lo, aos poucos, para que esse contato não se torne traumático e agrave ainda mais o medo do pet.

Com algumas dicas, a relação do cãozinho com a água pode ir melhorando:

• Comece sempre com pouca água. Molhe um pouco o chão do seu quintal (ou área) e brinque com o animal por perto. Mesmo que inicialmente ele não pise no molhado, faça de tudo para ser agradável, como se fosse uma brincadeira. Jogue bolinhas e dê petiscos.

• Assim que essa etapa estiver cumprida, você pode começar a estimular o cão a chegar cada vez mais perto da água. Pode ser que ele comece a pisar até “sem querer”, durante a própria brincadeira.

• Uma piscina de plástico pode ser enchida – coloque apenas um pouquinho de água -, para o cão receber muitas recompensas quando estiver dentro dela.

• Aproveite e comece a molhar algumas partes do corpo do cão, fazendo carinho e massagem, para que ele se sinta bem confortável. Ele pode ganhar recompensas também!

Com o tempo, você pode ir acrescentando outros itens, como mangueira, bem gradativamente. Respeite o limite do pet, seja calmo e paciente durante esse processo.

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