Participe da aula gratuita da Cão Cidadão, na Petz Morumbi!

noticias_interna_aulagratuitapetz Procurando algo para fazer neste sábado? Então, não perca o evento da Cão Cidadão!

No dia 14 de novembro, a nossa equipe de especialistas estará na unidade Petz Morumbi, em São Paulo, para realizar uma aula gratuita sobre o comandos básicos.

Nela, os adestradores vão explicar por que é importante que o pet aprenda alguns comandos e como eles podem ser úteis no dia a dia do animal. Eles também vão dar dicas de como ensinar para o amigo o “senta”, “deita”, “fica” e muito mais.

O evento começa às 17h. Leve seu bichinho!

Para mais detalhes, clique aqui.

Valor da troca

Foto: Bob Haarmans
Foto: Bob Haarmans

Muitas pessoas acreditam que seu cachorro obedecerá a elas e mudará seu comportamento em troca de um simples afago ou de uma palavra carinhosa. Pelo fato de serem muito afetivos, esse agrado é suficiente para alguns cães, levando em conta sua índole e o grande valor que dão para os donos, mas isso não se aplica em todos os casos ou a todas as situações. Por isso, usamos a técnica da troca!

O que é a troca?

A troca é muito importante na hora do treinamento, pois incentiva o animal a mudar o comportamento, simplesmente pelo fato de querer muito que está sendo oferecido a ele. Muitas vezes, o que parece uma troca incrível para você, pode não ser tão interessante para o seu cão e, por isso, é indispensável que você preste muita atenção em tudo o que ele mais gosta: o brinquedo favorito, o petisco que ele mais adora e etc. Na hora do treinamento, essas trocas devem valer a pena para o seu pet, justificando a mudança de atitude pelo prêmio ou recompensa oferecido. Ah, e elas devem ser positivas do ponto de vista do animal, e não do dono!

Como aplicar no treino

Antes de qualquer coisa, é preciso saber que os cachorros estão sempre aprendendo, por isso, não obrigue o animal a obedecer em troca de qualquer coisa. Isso diminui o valor da troca e retarda o treinamento. Quando se der conta de que aquela troca não vale a pena para o seu cão, não insista. Procure outras estratégias e objetos que tenham um valor maior para ele.

Imagine que o seu cão está brincando com outros, a diversão é grande e, de repente, você o chama. Ele responde ao seu chamado imediatamente e, quando chega junto de você, ganha apenas um biscoitinho que ele não vê a mínima graça. Quando isso acontece, o cachorro entende que cometeu um erro, que não deveria ter atendido ao chamado, pois perdeu o tempo de brincar em troca de um petisco sem graça. Isso prejudica o treinamento e diminui as chances de seu cachorro responder aos comandos rapidamente.

Recompensas

Existem inúmeros objetos e atividades que podem ser utilizados, mas as trocas mais eficazes se dão com as coisas que o cão já demonstra grande interesse, como petiscos, passeios, brinquedos ou um passeio de carro.

Petiscos e ração podem ser utilizados como recompensa, principalmente em casos de treinamentos mais intensivos. Algumas pessoas se preocupam em desequilibrar a dieta do cão, mas isso pode ser facilmente evitado se separarmos a ração na quantidade que ele deve comer em cada refeição e usarmos essa porção durante o treino.

Objetos como bolas, kongs, bichinhos e ossinhos costumam deixar o cão muito animado, muito mais do que quando oferecemos um petisco, e devemos tirar vantagem disso para melhorar o desempenho e a rapidez com que ele executa um comando. Lembre-se: a melhor recompensa é sempre o que o seu cão mais deseja naquele momento.

Fonte: livro Adestramento Inteligente, de Alexandre Rossi.

Agenda de eventos da Cão Cidadão de novembro!

noticias_interna_agendadomes Quer aprender mais sobre comportamento animal? Receber dicas e orientações sobre a melhor maneira de cuidar do seu bichinho? Então, não perca os eventos de novembro da Cão Cidadão.

Aula gratuita

Dia 14 de novembro, às 17h, a equipe da Cão Cidadão estará na unidade Petz Morumbi, em São Paulo, para uma aula gratuita.

O tema do encontro será “Comandos Básicos” – muito importantes para melhorar o relacionamento entre o dono e o animal! Para mais detalhes, clique aqui.

Palestra gratuita

Já no dia 28 de novembro, nossos especialistas estarão novamente na Petz Morumbi, para uma palestra sobre problemas alimentares. Os adestradores darão dicas e orientações sobre como lidar com esses problemas, para evitar doenças e melhorar a saúde dos bichinhos.

O encontro começa às 17h e a entrada é gratuita. Basta comparecer ao local, no horário programado.

Para mais detalhes e eventos, clique aqui.

Seminário internacional gratuito de comportamento animal

comportamento_animal_seminario_internacional_cao_cidadao

comportamento_animal_seminario_internacional_cao_cidadaoSe você gosta de comportamento animal e quer aprofundar os seus conhecimentos na área, uma boa dica é participar do seminário internacional gratuito The Family Dog Project, que está sendo organizado pelo Dr. Ádam Miklósi, especialista em comportamento animal, e sua equipe da Eötvös Loránd University, de Budapeste (Hungria).

O evento será realizado neste sábado, 7 de novembro, às 12h15 (horário de Brasília), e terá transmissão pela internet. Ao todo, serão 12 palestras sobre comportamento animal, com temas variados, como, por exemplo, “Os mecanismos do comportamento social”, “O relacionamento entre humano e animal” etc. Todas terão tradução para o inglês, e são baseadas em estudos e artigos publicados durante este ano.

Ficou interessado, basta clicar aqui para entrar no site em que o livestream será realizado. Saiba mais sobre o seminário aqui.

Parceria com a Cão Cidadão

A Cão Cidadão e o especialista em comportamento animal, Alexandre Rossi, mantêm  uma parceria com o Dr. Ádam Miklósi em um estudo que pretende verificar se alterações no gene FOXP2, relacionado à vocalização em outros animais, têm influência no comportamento de cães que latem em excesso.

Em maio, um grupo de voluntários se mobilizou para a coleta de dados no Parque do Ibirapuera, em São Paulo (SP). Foram obtidas amostras de saliva de cães, e alguns vídeos, com testes de vocalização, foram feitos. Os donos também preencheram um questionário para fornecer informações sobre o animal. Entenda melhor assistindo ao vídeo abaixo:

Eventos Cão Cidadão para o fim de semana

noticias_interna_eventosfimdesemana Este fim de semana está cheio de atividades para quem gosta de animais e quer aprofundar o seu conhecimento sobre eles. Se você está procurando um programa para os dias de descanso, confira abaixo os eventos Cão Cidadão!

Alexandre Rossi

No sábado, 7 de novembro, o especialista em comportamento animal, Alexandre Rossi, estará em Porto Alegre (RS) para o evento “Ação Animal Total”. O encontro acontecerá no Shopping Total e contemplará várias atividades, entre elas, a palestra do Alexandre às 11h. Para participar, basta entregar uma doação no local, que será entregue a instituições de proteção aos animais. Para saber mais, clique aqui.

Cão Cidadão

Também no sábado, dia 7, a equipe da Cão Cidadão estará na Petz Morumbi, em São Paulo, para realizar pela primeira fez uma palestra sobre gatos. O evento será gratuito e começará às 17h.

Participe e esclareça as suas dúvidas! Descubra se todo o gato é arisco, se eles precisam ou não de atividades físicas, se podem se tornar amigos dos cães, e muito mais! Para mais detalhes, clique aqui.

Esperamos por você!

Como ajudar o pet a superar o medo de tosa?

Photo credit: latteda / Foter.com / CC BY
Photo credit: latteda / Foter.com / CC BY

Por Malu Araújo, adestradora e consultora comportamental da Cão Cidadão.

O cachorro não entende o que é todo aquele barulho produzido pelas máquinas e secadores do petshop, o porquê de tanto manuseio do banhista, que o vira para lá e para cá, a razão de ficar molhado e com cheiro diferente. Por isso, é comum alguns deles terem medo dessa situação! Mas, quem é que não gosta de ter o seu pet cheirosinho? Então, não se preocupe, pois é possível lidar com esse dia sem tanto estresse!

Em casa, onde o pet está mais tranquilo e relaxado, é o melhor local para acostumá-lo com as coisas que envolvem o banho. Faça uma massagem no cão, simulando a parte em que ele é ensaboado e ofereça para ele um petisco bem gostoso. Depois, você pode acostumá-lo ao toque da toalha, fazendo carinho nele e, posteriormente, imitando o movimento de secar.

O secador de cabelo também é importante no processo, então, não deixe para acostumar o pet apenas no dia do banho, quando ele estiver todo molhado. Você pode mantê-lo sempre por perto e, quando for secar o seu cabelo, apontar o jato alguns segundinhos para ele e à distância. Vá se aproximando devagar e aumentando o tempo também. Enquanto você faz isso, dar um petisco para o animal tornará tudo mais fácil e agradável.

A escovação também é muito importante, e não apenas no petshop. A maioria dos cães precisa ser escovada de tempos em tempos, dependendo do tipo de pelo. Da mesma forma que o secador, não deixe para escová-lo inteiro em um único momento. Pegue um pedacinho de petisco, uma fruta ou algo que ele goste bastante e, com uma mão, ofereça para ele, com a outra, você passa a escova devagar. Caso tenha algum nó, não puxe para desembaraçar. Passe a escova com calma até desfazer o nó.

Você não deve tosar seu pet ou cortar as unhas se não tiver conhecimento sobre isso, mas pode usar alguma ferramenta parecida, para acostumá-lo com o som e a aparência dos equipamentos. Faça carinho nele, mexa nas patas, imitando o que o tosador faria para que ele perca o medo e se acostume com a situação.

Tudo que é previsível e faz parte da rotina do cão ou do gato vai deixar o pet mais tranquilo e habituado, melhorando a situação para todos: você, seu bichinho e o tosador!

Fonte: Mercearia do Animal

Dúvida: comandos são importantes no dia a dia com o pet?

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“Bom dia, eu queria saber como faço para ensinar minha cachorra BABI a dar a patinha?” – Antonia, dona da Babi, de cinco meses.

“Olá tenho a seguinte dificuldade com a Fiora, ela tem problemas com limites, tanto para não sair para fora do portão, quanto para não entrar em casa. quando abrimos o portão para entrar com o carro, ela sai e as vezes correndo, quase foi atropelada algumas duas vezes. Agradeceria por dica de como impor limite de espaço. Obrigado.” – Luan Henrique, dono da Fiora, de quatro meses.

“Nosso Jack é um cãozinho muito amoroso e lindo, quando o adotamos tinha três meses e estava um pouco debilitado com bastante carrapatos e vermes, veio de uma ninhada de cinco filhotes, ele era o mais franzino e fraco, todos diziam que ele iria morrer, o levamos à veterinária e tratamos de tudo, vacinamos e o enchemos de carinho, no período das vacinas ele teve um problema na pele que estourou todo seu corpo, (dermatite) ficou muito feio, mas com um tratamento muito sério ficou logo tudo bem. Por causa desse problema demos muito dengo para ele e o deixamos muito à vontade, cometendo alguns “erros”, como por exemplo, subir na cama, no sofá, comer comidas caseiras, quando não queria a ração, hoje estamos tentando corrigir esses erros, pois ele não come ração sem que esteja misturada com arroz e frango ou arroz e carne, não obedece quando pedimos para ele não subir ou descer das camas e do sofá, e olhe que ele tem sua própria caminha, pois não sabemos como lidar com essa situação. Gostaríamos de sua ajuda no sentido de fazer com que nosso cãozinho não suba mais nas camas, no sofá e coma ração, pois esta difícil fazermos isso sozinhos. Sim não posse deixar de relatar que ele é ciumento, mas muito dócil. Agradecemos sua atenção, com todo carinho, família Silva. Ah, não poderia deixar de fazer elogios a linda cadelinha Estopinha, abraços!!!” – Suzanete Nascimento Cunha Silva, dona do Jack, de 1 ano e 10 meses.

Por Laraue Motta, adestradora da equipe Cão Cidadão.

Olá Antônia, Luan e Suzanete! Obrigada por acompanharem o nosso trabalho e por enviarem as dúvidas de vocês! Vamos tentar ajudá-los!
Quando falamos em adestramento, muita gente ainda pensa naquele cão robotizado ou apenas em cães de guarda, que são bastante treinados. A verdade é que o adestramento de animais pode ter vários focos e o mais importante deles para os pets é a educação, para que sejam animais agradáveis e mais fáceis de conviver. O estímulo mental que o treinamento proporciona pode até ajudar a evitar alguns problemas de comportamento causados por tédio, falta de atividade ou de interação com os donos.
Ensinar comandos para o cão é uma atividade divertida, tanto para o animal quanto para o dono. Além disso, quando você propõe um novo aprendizado, o animal se depara com um problema a ser resolvido, em troca de uma recompensa – e essa troca requer atenção, foco e concentração, resultando em um gasto de energia surpreendente. Por isso, ensinar e treinar comandos pode ajudar a deixar um cão mais tranquilo ou até substituir o gasto energético de um passeio, quando for um dia chuvoso e não der para ir pra rua, por exemplo. Lembrando que passeios são importantes e necessários e não devem deixar de acontecer!

Alguns comandos são fáceis de serem ensinados e podem ser muito úteis no dia a dia. Para fazer o cãozinho aprender a dar a pata, por exemplo, o dono deve pegar um petisco na mão, pedir para que ele se sente e, de frente para o cão, fazer com que ele siga, com o focinho, o cheiro do petisco que está na mão, inclinando-a para o lado.

Se você quiser que ele dê a pata direita, estando de frente com ele, incline a mão para a sua direita, o que fará o cão querer pegar o petisco e, ao se inclinar, sairá do eixo de equilíbrio, apoiando a pata na sua mão. No momento em que ele puser a pata em você, recompense-o com o petisco e repita algumas vezes, até que ele já dê a pata quando você oferecer a mão, mesmo sem petisco. Quando isso acontecer, comece a dizer PATA e oferecer a mão em seguida. Esse comando parece muito simples, mas ajudará o cãozinho a desenvolver melhor a sua parte motora e ele passará a usar a patinha com mais facilidade em outras situações.

Que os cãezinhos sabem exatamente o que fazer para manipular seus donos, todo mundo já sabe, não é mesmo? Eles fazem carinha de dó, vão aos pouquinhos dando um jeitinho e quando nos damos conta, já estão fazendo exatamente o que a gente queria que eles não fizessem. Por esse motivo, quando o cão tem certa liberdade que o dono quer cortar, é muito mais difícil que o proprietário seja firme em sua decisão do que o cão aprender a nova regra.

Eles aprendem, mas vão tentar fazer o que antes era permitido, e o dono deve se policiar para que o cão não o vença pelo cansaço. Essa situação é muito comum quando o cão podia subir na cama e no sofá, mas agora não pode mais. Para ajudá-lo a lidar melhor com isso, você pode ensiná-lo os comandos de SOBE e DESCE, para conseguir tirá-lo quando necessário, sem que ele se sinta prejudicado na história. É fácil: com um petisco, você pode induzi-lo a subir na cama jogando um pedacinho em cima e falando SOBE, o cão será recompensado com o petisco que foi jogado na cama.

O mesmo deve ser feito com o DESCE, jogando o petisco no chão e falando DESCE, e o deixando pegar o que foi jogado. Com as repetições, passe apenas a apontar para cama ou chão, e dar o comando. Só após o cão executar, você entrega a recompensa. Com isso, já será mais fácil para que ele entenda alguns limites. Se o cãozinho não puder subir, é interessante ensiná-lo o NÃO e, quando ele já tiver entendido bem o NÃO, ao demonstrar interesse em subir, o dono diz NÃO (de forma firme, não brava) e ele já saberá que não deve fazer. Funcionará melhor ainda se o cãozinho for recompensado pela desistência de subir quando o dono não autorizar.

Para ensinar o NÃO, você pode pegar um petisco, colocar no chão e avisar que não pode pegar. Com a mão, impeça que ele pegue e, quando desistir, recompense-o. Se for um cão muito teimoso, uma borrifadinha de água no focinho pode ajudá-lo a entender que não deve pegar o petisco do chão. Na desistência, recompense-o! Outra dica para que o cão não queira ficar no sofá ou na cama, é ele ter a própria caminha dele bem gostosa! Uma cama em um tamanho correto, macia, atrativa e próxima ao local de convívio com o dono ajudará muito. Deite com o cão na caminha dele, deixe uma camiseta velha com o seu cheiro, incentive-o a brincar e a roer ossinhos nela e a posicione próxima ao sofá ou da sua cama. Uma caminha muito querida pode fazê-lo pensar duas vezes antes de não querer usá-la.

Fugir pelo portão é um problema seríssimo, pois, coloca diretamente em risco a integridade do cão, de pessoas e de outros animais, podendo causar graves acidentes. Em casas onde o cão fica na garagem, é extremamente importante que ele aprenda a sair apenas com autorização e que, independentemente de o portão estar aberto, ele não deve sair sozinho. Para ensiná-lo a não sair, o dono pode treinar com o cão o comando FICA da seguinte forma: com o portão ainda fechado, o cão deve aprender a ficar sentadinho, lá no fundo da garagem, o mais longe do portão possível por algum tempo. O início do treino deve durar poucos segundos.

Coloque o cão sentado, abra a mão como em gesto de “pare” e diga FICA. Recompense-o após um ou dois segundos e, aos poucos, vá aumentando o tempo de permanência. Quando o cão já conseguir esperar um tempinho, vá testando se distanciar aos poucos, e quando se reaproximar, recompense-o, liberando do FICA. Depois de muito treino, os estímulos devem ir aumentando sempre gradativamente e o comando sempre recompensado. Você pode treinar a abrir e fechar o portão, depois deixar um pouco aberto enquanto o cão espera, e depois começar a tirar o carro da garagem e colocar de volta.

É importante treinar situações como alguém correndo na rua, motos passando, outro cão, enfim, o que for estimulante para o cachorro. E sempre, sempre recompensar bastante por ele ter ficado. Esse treino com o portão aberto deve ser feito com o cão em uma guia presa em um ponto fixo, de forma que, se ele tentar sair, não possa escapar. No caso dos cães mais teimosos, o uso de uma bronca ao passar (fugido) pelo portão pode salvar a vida do cão. Nesse caso, não há um comando, mas um treino onde o cão fica preso em um ponto fixo, mas com distância suficiente para passar pelo limite do portão e, no momento exato em que estiver passando para fora, chacoalhar uma lata com barulho ou estourar biribinhas no chão fará o cão levar um susto e ele ficará receoso em passar por ali novamente.

É fundamental mostrar ao cão que, passar pelo portão quando estiver na guia, ao lado do dono, não tem problema, mas, sozinho, ele não deve passar nunca. Outro treino interessante nessa situação é criar um comando que o cão entenda que deve se afastar na direção oposta sempre que o portão se abre. Quando for abrir o portão, use algum comando como PARA TRÁS e jogue um petisco na direção oposta, abra e feche o portão quando o cão estiver longe e, ao fechar, chame-o para próximo do portão. Ele deve entender que, se o portão estiver abrindo, deve se afastar e, quando estiver fechado, pode estar mais perto. Todos os treinos em que o cão tiver acesso direto à rua devem ser feitos com a segurança de uma guia presa em um ponto fixo!

Fonte: Portal do Dog.

Guia de viagem de avião com o pet

Photo credit: Dallas Krentzel / Foter / CC BY
Photo credit: Dallas Krentzel / Foter / CC BY

O ano está chegando ao fim, mas alguns feriados ainda estão por vir. Alguns donos planejam viagens para a toda a família, o que inclui, muitas vezes, o animalzinho de estimação.

Muitas dúvidas surgem quando o meio utilizado é o avião. O que preciso providenciar? A viagem será tranquila para o pet? Planejar tudo isso pode ser um tanto estressante, então, para ajudá-lo, separamos algumas dicas da adestradora e consultora comportamental da equipe Cão Cidadão, Malu Araújo.

1º passo

Depois de decidir o destino da viagem, o indicado é procurar um médico veterinário. O profissional poderá te informar sobre toda a documentação necessária, que varia de acordo com cada destino, mas que consiste basicamente em carteira de vacinação, atestado de saúde, entre outros.

“O ideal é fazer a visita ao veterinário pelo menos 10 dias antes da viagem, para ter certeza de que o seu animal não tem nenhum problema de saúde”, explica a adestradora.

Ao escolher a companhia aérea, atente-se às regras com relação ao transporte de animais que a empresa apresenta. Esse tipo de informação pode ser encontrado facilmente nos sites das empresas.

2º passo

Escolher a caixa de transporte! “Nesse momento, é preciso levar em consideração o tamanho do animal, pois a caixa de transporte deve ser grande o suficiente para que ele possa ficar de pé e dar uma volta ao redor de si mesmo”, orienta Malu. “Tenha certeza de que a portinha é segura e que as travas funcionam e, por precaução, adicione uma trava extra”, completa. Não se esqueça de colocar um bebedouro acoplado à portinha da caixa, para que o seu bichinho tenha como matar a sede durante o passeio de avião.

Depois dessa etapa, cabe ao dono acostumar o animal a ficar dentro da caixinha. “Incentive o pet a entrar na caixa, porém, mantenha a porta aberta, para que ele possa sair quando quiser. Utilize brinquedos e petiscos para que ele associe estar dentro desse local com coisas boas”, explica a adestradora. “Só quando ele começar a entrar e ficar lá dentro por vontade própria, comece a fechar a portinha”, acrescenta.

Se a viagem for muito longa, procure acostumar o seu mascote a dormir dentro da caixa. Lembre-se sempre de que o máximo de tempo que um pet pode ficar dentro na caixa de transporte é de oito horas. “É importante que você faça com que ele se familiarize com a caixa, por isso, esse treino deve começar com algum tempo de antecedência à viagem para que, quando chegar o dia, o animal já esteja completamente à vontade com o espaço e com o fato de ficar ali dentro por algum tempo”, esclarece a adestradora.

3º passo

Antes do dia da viagem, procure acostumar o animal às circunstâncias as quais ele será submetido, como, por exemplo, o barulho da área de embarque, a movimentação etc. “Faça uma simulação antes do dia da viagem. O carrinho que transporta a caixa de transporte dele chacoalha, por isso, quando ele estiver dentro da caixinha dele, dê uma chacoalhada suave para que ele se acostume ao movimento”, orienta Malu. “Levar o animal em um centro comercial, para acostumá-lo aos movimentos e barulhos, por exemplo, é um ótimo treino. Usar o secador para simular o barulho da turbina do avião também é uma boa maneira de fazer o seu mascote se acostumar ao barulho” (é importante se lembrar de apontar o jato de ar quente para longe do animal).

O que não pode faltar na mala do pet?

• A ração que o seu pet está acostumado a comer, em quantidade suficiente para os dias da viagem.

• Algum objeto que faça o cachorro lembrar da própria casa, para que ele fique tranquilo.

• Potinhos de ração e água.

• Carteirinha de vacinação e atestado do médico veterinário.

• Coleira com plaquinha de identificação e número do dono.

• Coloque um adesivo com seu nome, número e endereço na caixinha de transporte do seu bichinho para que, caso algo aconteça, você possa ser contatado facilmente.

Novo filhote em casa, o que o cão mais velho está sentindo?

Photo credit: sⓘndy° / Foter / CC BY-SA
Photo credit: sⓘndy° / Foter / CC BY-SA

Muitas pessoas ignoram a importância de uma boa apresentação de um cão a outro, especialmente quando um filhotinho chega numa casa onde já reside outro peludo. Se o primeiro contato de ambos gerar reações agressivas ou mesmo uma briga e investida do mais velho (o que representa perigo para o filhote), a relação entre os cães pode ser comprometida ao longo de suas vidas, gerando até situações de perigo constante.

A primeira dica para uma aproximação adequada é providenciar para que o primeiro contato se dê em um local neutro. Pode ser na rua, em um parque ou praça, de preferência sem muito barulho ao redor. Lembrando que o filhote em fase de vacinação não deve ter acesso ao chão, mas pode estar no colo de um dos membros da família, enquanto outra pessoa caminha com o mais velho na guia, fazendo um passeio divertido e estimulante!

Depois que todos entrarem juntos em casa, a aproximação deve ocorrer aos poucos, iniciando-se com uma boa distância entre os cães. Importante lembrar que um cão mais velho pode não tolerar as brincadeiras efusivas de um filhote, especialmente dentro do seu ambiente. Por isso, é muito importante controlar o filhote, não permitindo que ele chegue abruptamente perto do mais velho, nem que pule e morda o novo amigo.

É preciso estar bem atento às reações dos peludos, especialmente o mais velho. Sinais como encarar o outro fixamente, pelos do pescoço eriçados, cauda ereta e imóvel podem significar desconforto, e a distância entre eles deve ser aumentada.

Deve-se, por outro lado, valorizar os comportamentos desejados e esperados para essa situação: se o cão, mesmo já tendo visto o outro, se mantiver em uma posição relaxada, ele deve ser elogiado e bastante recompensado, de preferência com algo que ele aprecie muito!

O objetivo é que a aproximação ocorra aos poucos, sempre observando as reações de ambos os cães, que devem ser tranquilas e despreocupadas para que se saiba em que ponto avançar. Isso pode levar alguns minutos ou até dias, e é muito importante ter paciência e manter a supervisão: isso garantirá anos de tranquilidade aos peludos e, possivelmente, até uma verdadeira amizade!

Mesmo com uma aproximação cuidadosa, o cão mais velho pode dar sinais de que a presença do filhote está sendo desagradável. Isso é relativamente comum e pode levar algum tempo para que ele se acostume ao novo membro da família. O que o mais velho pode estar sentindo? Possivelmente, pode estar inseguro e até estressado pela mudança na rotina, em razão da chegada do filhote. Podem ocorrer, inclusive, comportamentos parecidos com ciúmes, especialmente quando o filhote estiver por perto.

Nesse sentido, é importante dar muita atenção ao cão mais velho quando o filhote está presente no mesmo ambiente. Assim, ele associará a presença do pequeno a algo importante a ele: atenção do tutor. Infelizmente, muitas pessoas costumam brigar com o mais velho, não entendendo o motivo dele ainda não querer “fazer amizade com um filhote tão lindo”. Mas essa é uma interpretação humana, não aplicável ao início de relacionamento entre dois cães.

No início, o cão mais antigo da casa pode dar sinais de que não gosta do filhote, evitando-o a todo momento, escondendo-se em locais inacessíveis ao pequeno. Mas essa situação tende a mudar, especialmente se forem feitas associações positivas entre os dois sempre que estiverem juntos, por meio de brincadeiras, recompensas e atenção.

De qualquer forma, é importante observar se os comportamentos habituais do cão mais velho mudaram muito e estão perdurando, como, por exemplo, perder o apetite, não brincar mais, estar sempre escondido. Ele pode estar estressado a ponto de não valorizar mais atividades que antes faziam parte de sua rotina e pode até desenvolver problemas de saúde. Nesse caso, os treinos de associações positivas devem ser intensificados e as interações devem ser sempre controladas, especialmente com o filhote, garantindo que tudo que é importante e valioso para o mais velho seja mantido.

Se o mais velho sempre associar a presença do filhote a mais atenção, interação, brincadeiras e recompensas, e não à perda de recursos que eram importantes a ele, provavelmente logo vai interagir de forma tranquila com o novo companheiro.

Aliás, quando os dois começarem a interagir efetivamente, podem começar aquelas brincadeiras mais barulhentas, com alguns rosnados e latidos, batendo as patinhas no chão. E como saber se estão brincando ou brigando? As posturas corporais de uma brincadeira são mais relaxadas, geralmente eles rolam no chão, batem a pata um no outro, nenhum dos dois tenta escapar. Já em uma briga, nota-se facilmente que a interação não está agradável: o corpo se mantém rígido, o animal não baixa a guarda nunca e tenta fugir.

Sendo brincadeira ou briga, é preciso tomar muito cuidado, pois, se houver diferença de força e tamanho entre eles, podem ocorrer acidentes que geram machucados. Por isso, a supervisão e o controle dessas interações é muito importante, especialmente no início.

Lembre-se que é preciso sempre respeitar o tempo deles. Não é possível precisar quanto tempo seria preciso insistir nas associações positivas e no controle. Cada cão é um indivíduo com um temperamento característico, criado de forma diferente e todos esses fatores influenciam no tempo que a adaptação pode demorar. É justamente aí que surge aquela dúvida: será que é melhor devolver o filhote? Esta questão é extremamente difícil de ser respondida, pois, em alguns casos, a adaptação é muito rápida, mas, em outros, pode até parecer impossível. Assim, o mais importante é verificar se ao menos pequenos progressos estão ocorrendo, se no dia a dia o bem-estar de ambos está sendo garantido, para verificar a perspectiva de sucesso e alegrias nesse relacionamento.

Por Cassia Rabelo Cardoso dos Santos, adestradora e consultora comportamental da equipe Cão Cidadão.

Fonte: BitCão.

Dúvida: como agir com cães medrosos?

Photo credit: iadk / Foter / CC BY-SA
Photo credit: iadk / Foter / CC BY-SA

Por Carol Fraga, adestradora da equipe Cão Cidadão.

“Nossa cadela Karina é uma Border Colie muito querida. Nossa preocupação com ela é que tem pavor a fogos, trovoadas e início de temporal. Fica tão estressada querendo invadir a casa. Sabemos que ela está sofrendo. Quando compramos ela, com 45 dias, parecia normal, e nunca passou por medo aqui em casa. Tem alguma coisa que poderíamos fazer sobre esse sintoma? Aguardo ansiosa sua resposta. Um brande abraço.” – Simeão Sanches, dono da Karina, de 7 anos e 7 meses.

“Ele, quando passa carros, motos e até pessoas, late muito. Cachorros ou cadelas, nunca mordeu ninguém, mas tem esse comportamento, que não consegui ainda ver uma forma de repreender. Adotei uma cachorra de 5 anos, para ver se ele melhora, convivendo bem com ela, a Lillica, pode até ver no meu facebook. Ele só falta falar sabe, tudo ensinei. Sempre digo “não faz isso”, “sem auauau” e ele até para, e me olha. Mas está difícil. Será que, com a idade dele, tenho como adestrar esse problema?” – Berenice Vieira Dettmer, dono do Toky, de 11 anos.

“O Marley, meu filhote de nove meses, não gosta de tomar banho… ele pula, dá cambalhota e quer morder! Levamos ao petshop para ele tomar banho e a veterinária teve que dar remédio para ele se acalmar, e só assim, conseguiu dar banho nele! O que posso fazer?” – Márcia Chiara da Silva Costa, dona da Marley, de 9 meses.

Olá Simeão, Berenice e Márcia, tudo bem? O tema que vamos abordar hoje é, com certeza, um dos mais delicados e abrangentes do comportamento animal: o medo. O medo aparece, às vezes, de maneira muito sutil, quando o cão tenta simplesmente evitar uma situação, da maneira mais comum, quando o cão se encolhe em algum canto da casa, com o rabo entre as pernas, ou da maneira mais extrema, que é rosnando ou até mesmo mordendo pessoas, os próprios donos ou outros cães.

Ao contrário do que muita gente pensa, o medo não precisa estar obrigatoriamente relacionado a um evento ruim. Para ter medo de cães, por exemplo, um cão não precisa ter sido atacado, ou se ele tem medo de vassoura, não quer dizer que ele tenha apanhado com uma. É claro que, se de fato algo ruim acontece, pode sim gerar um trauma, mas, esse não é o único motivo para um cão ter medo de alguma coisa.

Na maioria das vezes, a causa do medo é o desconhecido. Isso mesmo, medo do desconhecido. Até para nós, humanos, nem sempre é fácil lidar com o desconhecido, não é verdade? Por isso, é bastante comum que os cães mais sensíveis tenham medo de fogos, de trovões, de motos, de caminhões, de ônibus e de barulhos em geral. Os peludos não entendem qual a origem desses sons e os interpretam como ameaça. E nessa situação, instintivamente, eles recorrerão a duas alternativas: fuga ou ataque. Ou seja, ao ser exposto a esse determinado estímulo, alguns tentarão fugir, outros poderão empacar durante o passeio, outros latirão muito ou até tentarão morder o ‘objeto’ do medo.

O mesmo acontece com os cães que têm medo de pessoas desconhecidas, visitas, outros cães, de tomar banho, visitar o veterinário, andar de carro etc. Tanto a fuga como o ataque são reações normais, nas quais os cães estão demonstrando que estão inseguros e não sabem como reagir nesses momentos!

A razão para tudo isso é que, provavelmente, esses cães não tiveram um bom período de socialização, que é quando o animal tem de dois a três meses e meio de idade, e deve ser exposto, de maneira gradual e positiva, aos estímulos aos quais os mascotes serão expostos durante a vida. Mas nem tudo está perdido! Agora que você já sabe porque seu melhor amigo tem esse tipo de reação, comece já a treiná-lo!

A socialização tardia é, sim, mais difícil, pois o cão, depois desse período, já se preocupa bem mais com a sua sobrevivência, mas não quer dizer que essa situação não possa ser revertida. Você vai precisar de sensibilidade e dedicação, mas, ao final, valerá a pena. Depois de identificar o que deixa seu cão desconfortável, a ideia é diminuir esse estímulo, apresentar aquilo que o incomoda de forma gradual, fazendo uma associação positiva.
É importante encontrar o ponto que demonstre que ele ainda não está no limite. Por exemplo, verifique a qual distância ele ainda não reage a outros cães, ou no caso dos sons, tente reproduzir de maneira abafada, em um cômodo distante da casa. Se ele reagir bem, recompense-o, fazendo bastante festa, elogie, ofereça um petisco ou seu brinquedo favorito. Pare enquanto ele ainda estiver bem e curtindo o momento, para que ele sempre mantenha o interesse.

Vá aumentando a dificuldade aos poucos, sempre recompensando, mostrando que está tudo bem, mas, ao mesmo tempo, respeitando o tempo do seu cão. Caso, em algum ponto, ele não reagir bem, é porque você adiantou demais o treino. É importante nunca recompensar o cão quando ele agir de maneira inapropriada, para que o mau comportamento não aumente, certo?

Se isso parecer um pouco complexo e você quiser ajuda profissional, não hesite em chamar um profissional da Cão Cidadão para te ajudar. Boa sorte!

Fonte: Portal do Dog.

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