De acordo com o zootecnista Alexandre Rossi, cada animal está programado para ouvir em uma determinada freqüência. Muitos deles, inclusive, são capazes de distinguir ultra e infra-sons, imperceptíveis para os humanos. Os elefantes, por exemplo, escutam os gravíssimos infra-sons, presentes em tremores de terra, em alguns ruídos que emitem pela tromba, etc.
Os gatos e cachorros, por sua vez, ouvem ultra-sons, agudos demais para as pessoas, e, assim, são capazes de escutar até os ruídos que os ratos fazem entre si. “Para animais que vivem da caça, esta capacidade é primordial, pois o ultra-som possibilita que detectem com precisão a localização da presa”, afirma Rossi.
Ele também chama a atenção para o tubarão: “mais do que simplesmente ouvir, este animal sente estímulos elétricos, que denunciam até um coração batendo a alguns metros de distância”. Rossi lembra que algumas espécies chegam a se orientar especialmente por intermédio do som: morcegos e golfinhos utilizam um sistema de emissão e recepção de ultra-sons para “desenhar” o espaço onde estão e se deslocarem com facilidade.
O zootecnista também cita os pássaros que, algumas vezes, são capazes de ouvir larvas dentro da madeira ou minhocas cobertas por dez centímetros de terra.
Por Alexandre Rossi, especialista em comportamento animal.
Bom, agora que acabamos de trabalhar, fazer coisas sérias e produtivas, podemos finalmente brincar! É assim que a maioria das pessoas encara a brincadeira: algo que deve ser feito apenas ao término das “coisas importantes” – quando elas terminam. Ou, então, simplesmente como uma recompensa para estimular as atividades “mais úteis”.
Nós menosprezamos a importância da brincadeira para a saúde mental e física das pessoas e dos animais. Brincar prepara a pessoa ou o animal para enfrentar o mundo real, ajuda a estabelecer vínculos, a aceitar papéis, regras sociais e morais.
E como simples brincadeiras podem nos ensinar tudo isso? A saúde física é estimulada pelos exercícios, quase sempre presentes nas atividades em espaços abertos, e também pelos movimentos que estimulam e treinam a coordenação motora. As atividades físicas durante esses momentos são feitas com prazer, o que colabora muito para um aprendizado motor mais duradouro e sem frustrações.
A saúde mental também é beneficiada. Aprender a respeitar regras, estabelecer um contato íntimo com um outro organismo, integrar-se socialmente, aprender a se colocar no lugar do outro etc., são algumas das lições que essas atividades de lazer são capazes de ensinar.
Troca de lugares
A ciência está descobrindo, cada vez mais, o quanto é importante a relação homem/animal. As atividades com animais trazem inúmeros benefícios para o ser humano e para o animal de estimação. Brincando com nossos pets, aprendemos a nos colocar no lugar dele e tentamos perceber o mundo da maneira que eles percebem.
Ao conseguirmos prever atitudes e estratégias do animal, como o escape da “perseguição”, conseguimos entender o processo de tomada de decisão do animal, ou seja, nos colocamos no lugar dele. Muitos pets são capazes de, também, interpretar nossas reações e prever comportamentos, tornando um jogo cada vez mais interessante para ambas as partes e permitindo um conhecimento sobre o outro cada vez maior. Esse processo gera um sistema de comunicação novo, estimulado por novas percepções, colaborando para a criatividade e a adaptabilidade da pessoa e do animal.
Os pets também ensinam o ser humano a entender e a lidar com as emoções. Durante as brincadeiras com eles, as emoções são vivenciadas de uma maneira mais pura, simples e direta, pois os animais não sofrem de personalidade dividida pela tentativa de se adaptar aos padrões da sociedade. Ao lidarmos com emoções puras, aprendemos suas verdadeiras características, e ganhamos com ferramentas essenciais para enfrentarmos um mundo cheio de emoções e vontades camufladas por restrições da nossa complicada civilização. Correr com seu animal, fazer carinhos, jogar com brinquedos ou mesmo criar brinquedinhos são pequenas coisas que podem trazer grandes mudanças – para você e para ele.
Antes de adotar um animal de estimação, é preciso ficar atento a alguns detalhes, como, por exemplo, ao temperamento do pet.
Se você já avaliou os prós e contras, e está determinado a procurar um amigo, algumas ONGs e instituições, apoiadas pela Cão Cidadão, ajudam a integrar novamente os animais na sociedade.
Escolhendo o seu pet
Ao procurar seu novo bichinho, não se deixe levar apenas pela idade dele, afinal, cães adultos podem se tornar também grandes amigos. Considere o comportamento do animal e veja se ele vai se adaptar à rotina e ao perfil de sua família.
Primeiros dias
Ao mudar de ambiente, o seu novo amigo precisará de um tempo para se adaptar. Como a mudança de local é repentina, é preciso reduzir, ao máximo, o nível de estresse dele, fazendo companhia e cuidando bem de sua alimentação.
Já parou para pensar como é calculada a idade do seu cãozinho? Claro que já, não é? Todo mundo uma vez na vida já ficou com essa dúvida.
São muitos os mitos e verdades relacionados ao tema, por isso, separamos abaixo alguns deles, que podem te ajudar a entender mais sobre a idade dos cães. Confira:
Cada ano canino deve ser multiplicado por sete para termos sua idade humana.
MITO! De acordo com a adestradora e consultora comportamental da equipe Cão Cidadão, Malu Araújo, esse cálculo varia de acordo com o porte do animal. Inclusive, outra informação que deve ser levada em consideração é que os cães envelhecem mais nos dois primeiros anos de vida, então, para a maioria das raças, um cachorro de um ano de vida, na idade humana, terá mais ou menos 15 anos, aos dois anos terá em torno de 23 ou 24 anos. A partir dos três anos esse cálculo muda e aí cada um envelhece de acordo com o seu porte e tamanho.
Quanto maior o porte do cão, mais rápido ele envelhece.
VERDADE! Para cães de pequeno porte, devemos multiplicar sua idade por cinco. Cachorros de porte médio por seis, enquanto os grandes em torno de 7 ou 8 vezes. Assim, chegaremos a um cálculo mais preciso.
O seu cãozinho possui alguma mania compulsiva? É preciso ficar atento a esse comportamento.
Primeiro, a compulsão pode ser diagnosticada em qualquer bicho de estimação, não só nos cães, e isso acontece por diversos fatores. O mais provável pode ser pelo fato de o animal estar entediado.
Principais sintomas
A compulsão é um distúrbio que leva o animal a repetir determinado comportamento diversas vezes ao longo do dia, sem que haja algum motivo aparente. Isso pode ocorrer quando o pet está bastante ocioso.
Entre os sintomas, estão: perseguir a própria cauda, latir sem parar, arrancar parte da pelagem e morder as patinhas até machucar.
Como ajudar o pet?
Levar o pet para passear é uma ótima maneira de lidar com os comportamentos compulsivos. Crie condições e atividades com as quais ele gaste energia.
Se possível, não o deixe sozinho por muito tempo. Ofereça a ele, por exemplo, a refeição em brinquedos que estimulem alguma atividade. O incômodo de enfrentar mudanças será menor se o pet for habituado desde filhote a diversos ambientes, situações, pessoas e animais.
Essa sociabilização deve ser feita sempre de maneira gradativa, sem mudanças bruscas.
A agressividade é um comportamento que pode surgir por diversos fatores, por isso, é preciso entender o que pode estar motivando essa atitude no animal e aprender a como lidar com ela.
Confira abaixo os tipos de agressividade que o pet pode estar manifestando e por que isso pode ocorrer:
– Agressividade por dominância: pode ter início pelo fato de o cão ter muita liberdade e não ter limites. Também pode ocorrer porque o animal não vê ninguém da casa como líder da matilha: ele não aceita ser contrariado e, nas situações em que ele se sente ameaçado, responde com rosnados e mordidas.
– Agressividade por posse: é quando o cão “defende” brinquedos, comida, caminha ou algum ambiente da aproximação de pessoas. O cão que age dessa forma associou a chegada de pessoas com perda.
– Agressividade por medo: uma das agressividades mais perigosas, já que o cachorro ataca para se defender.
– Agressividade territorial: normalmente essa agressividade ocorre quando o cão deseja guardar ou proteger um determinado local.
A melhor maneira de evitar a agressividade é a prevenção, por isso, sociabilize seu cachorro!
Quem tem casa com jardim e um cachorro conhece bem o problema: alguns cães adoram cavar a terra e acabam destruindo tudo e deixando aqueles buracos no jardim, certo?
Cavar buracos é uma atividade natural e saudável para os cães, mas pode ser controlada. São diversos os motivos que levam os cães a cavarem o jardim, seja para esconder um brinquedo, restos de alimentos e ossos, ou escolher um lugarzinho para se deitar.
Confira algumas dicas que podem te ajudar a resolver esse problema:
1) Cantinhos: crie locais para que o cão possa se deitar e que sejam mais fresquinhos para ele.
2) Gastando energia: quanto mais energia o cão tiver, maiores serão as chances de ele cavar grandes buracos. Uma maneira de controlar o excesso de energia é levá-lo para passear diariamente ou exercitá-lo bastante com brincadeiras.
3) Combata o tédio! Cães também ficam entediados! Crie atividades para tornar a vida do cão mais interessante.
4) Reestruture seu jardim: procure adaptar o estilo do seu jardim à presença canina. Às vezes, algumas pequenas alterações podem evitar muita dor de cabeça e proporcionar menos estresse no convívio. Pedras colocadas nos lugares em que o cão cava, assim como cercas e telas podem, muitas vezes, ser boas dicas.
Julho já chegou, as crianças estão de férias e alguns papais também, mas, quem não está pode tirar o final de semana para curtir com os filhos. Que tal levar os pequenos para curtir uma viagem legal? Eles iriam adorar, não é? Ainda mais se o cãozinho for junto – aí sim a festa estará armada! Vai ser uma bagunça só e, claro, eles ficaram felizes da vida.
Viajar é bom e todo mundo gosta, mas também é preciso ficar atento com alguns procedimentos, pois, assim como as crianças, os pets também podem se machucar. Abaixo, separamos algumas dicas para que a viagem aconteça de forma positiva.
Como transportar o pet?
Durante a viagem, mantenha o pet sempre seguro. Coloque nele um cinto de segurança próprio para cães, ou confortavelmente instalado na caixa de transporte.
Prepare também uma malinha para o seu animal.
Além do básico como água, ração e caminha, você pode incluir brinquedos, a carteirinha de vacinação e sacolinhas para recolher as fezes.
Nunca deixe o seu pet solto dentro do carro!
A cada duas horas, faça paradas na estrada para que o animal fique confortável. Assim, ele também poderá se aliviar, esticar as patinhas um pouco e beber água. Se estiver muito quente, em cada parada, vale molhar uma toalha em água fria, para ir refrescando o cão dentro do carro.
Hoje, tem mais um jogo da seleção, mais um degrau para o hexa! Estão na torcida? Já imaginou a bagunça que vai ser se o Brasil ganhar? Vai ser aquela agitação estrondosa, não é? Sim! Por isso, é preciso ficar atento com o pet e ajudá-lo a superar mais esse momento com muita tranquilidade.
Durante a comemoração, quando começarem os fogos, entretenha o pet com algumas brincadeiras. Tente sempre deixá-lo bem relaxado. Pegue um brinquedo que ele goste e um petisco, e faça com que ele se sinta à vontade enquanto os fogos são soltos.
Uma boa dica, se possível, é colocar o petisco em um brinquedo para que o pet consiga brincar enquanto tenta comer, fazendo com que ele tenha um enriquecimento ambiental.
Para quem está à procura de dicas e orientações sobre comportamento animal, a Cão Cidadão também oferece um canal de vídeos em seu site e no YouTube.
Além de produções institucionais, entrevistas e aparições em programas de televisão, o internauta encontrará dicas para lidar melhor com alguns dos problemas comportamentais mais comuns entre os pets, como coprofagia, latido em excesso, passeios etc.
Alexandre Rossi ainda divide outro canal com a Estopinha no Youtube. Nele, além de vídeos das sapequices que a pequena faz, também são publicadas dicas sobre comportamento e os quadros do Desafio Pet, exibidos no Programa da Eliana (SBT).
Que tal conferir os canais de vídeo da Cão Cidadão e do Alexandre Rossi? Não perca!
Gerenciar Consentimento de Cookies
Para fornecer as melhores experiências, usamos tecnologias como cookies para armazenar e/ou acessar informações do dispositivo. O consentimento para essas tecnologias nos permitirá processar dados como comportamento de navegação ou IDs exclusivos neste site. Não consentir ou retirar o consentimento pode afetar negativamente certos recursos e funções.
Funcional
Sempre ativo
O armazenamento ou acesso técnico é estritamente necessário para a finalidade legítima de permitir a utilização de um serviço específico explicitamente solicitado pelo assinante ou utilizador, ou com a finalidade exclusiva de efetuar a transmissão de uma comunicação através de uma rede de comunicações eletrónicas.
Preferências
O armazenamento ou acesso técnico é necessário para o propósito legítimo de armazenar preferências que não são solicitadas pelo assinante ou usuário.
Estatísticas
O armazenamento ou acesso técnico que é usado exclusivamente para fins estatísticos.O armazenamento técnico ou acesso que é usado exclusivamente para fins estatísticos anônimos. Sem uma intimação, conformidade voluntária por parte de seu provedor de serviços de Internet ou registros adicionais de terceiros, as informações armazenadas ou recuperadas apenas para esse fim geralmente não podem ser usadas para identificá-lo.
Marketing
O armazenamento ou acesso técnico é necessário para criar perfis de usuário para enviar publicidade ou para rastrear o usuário em um site ou em vários sites para fins de marketing semelhantes.