Gatos também podem aprender comandos

Photo credit: taymtaym / Foter.com / CC BY
Photo credit: taymtaym / Foter.com / CC BY

Por Oliver So, adestrador da Cão Cidadão.

Todo mundo já abandonou aquela ideia de que os gatos são independentes e se satisfazem sozinhos, certo? Se não, é bom rever seus conceitos. Os gatos também precisam de interação com as pessoas da casa, entretenimento e estímulos para brincar, se exercitar e ter uma vida saudável. Entre as muitas atividades que podemos proporcionar ao nosso bichano, ensinar comandos é uma bastante interessante e desafiadora.

Os comandos são formas lúdicas de estimular física e mentalmente o seu gatinho, além de melhorar a relação entre você e ele. Dependendo do gato e da situação, alguns comandos podem também ser bastante úteis. Mas, antes de começar a tentar os comandos com ele, é preciso pensar em algumas coisas:

Descubra e separe um petisco que ele tenha muito interesse. Essa será a recompensa dele por ter feito o comando que você pretende que ele execute. Conforme o gatinho for aprendendo, você não vai mais precisar usar sempre esse mesmo petisco.
Tenha paciência e não tente forçar o gatinho a fazer o comando que você quer. Forçar vai tornar a atividade um incômodo, não uma interação prazerosa. Fazer sessões curtas de treino também é importante para que o gato não perca a motivação.
Todos os comandos precisam de repetição para serem bem assimilados pelo animal. Quanto mais ele treinar, melhor vai aprender – respeitando a questão da motivação citada acima.
Primeiro, ensine o comando e, depois que ele já souber fazer, comece a associar com um comando verbal. Começar já falando “Senta”, por exemplo, não vai fazer com que ele entenda.
Seu gato não pode se sentir com medo, ou incomodado pela sua aproximação ou toque. Se você tem um bichinho não sociável ou agressivo em casa, precisará treiná-lo antes de ensinar os comandos para evitar acidentes.
Tenha um marcador de acerto: um clicker, equipamento encontrado em pet shops que emite um estalo, ou faça um estalo com a boca. Se for fazer com a boca, prefira um som que você não faça normalmente no seu cotidiano. Esse estalo vai ter o mesmo significado que um elogio “Muito bem, você acertou!”, porém muito mais rápido e preciso.

Pronto, você já pode começar a treinar o seu gatinho. Vamos usar a indução para ensinar qual comportamento estamos querendo que ele faça. Tente esses comandos básicos:

SENTA

Segure o petisco com os dedos e o posicione um pouco acima do focinho. Devagar, vá levando a sua mão com o petisco para trás, de modo que ele tenha que levantar a cabeça para acompanhar. Essa será a indução para que ele se sente. Assim que ele sentar, faça o estalo com a boca ou clicker para indicar o acerto e libere o petisco como recompensa.

DAR A PATA

Como o gato usa as patas naturalmente para pegar coisas interessantes, vamos aproveitar. Deixe o petisco na palma da mão e a posicione na frente do gato. Se ele tentar pegar com a boca, afaste a mão. Se ele usar a pata para tentar pegar o petisco, faça o estalo assim que ele encostar na sua mão e libere o petisco para ele. Tenha cuidado com as unhas do gato para não se machucar, principalmente se ele estiver muito empolgado com o petisco.

DEITA

A indução é parecida com a do SENTA. Segure o petisco com os dedos e o posicione em frente ao focinho. Devagar, vá levando a sua mão com o petisco para baixo, até encostar no chão. Assim que ele se deitar, basta fazer o estalo e recompensar.

SOBE

Com o seu gato próximo a um móvel ou prateleira, segure o petisco com os dedos e leve a sua mão para cima do objeto que quer que o seu gato suba. Assim que ele subir, faça o estalo e recompense. Ensinar o DESCE é muito parecido, porém, induzindo a descer do objeto.

Entendendo a lógica desses comandos simples, você conseguirá desenvolver seus próprios treinos e comandos com seu bichano. Então, comece agora mesmo a treiná-lo e aproveitar essa atividade divertida e interativa com ele. Bons treinos!

Fonte: Petz

Como lidar com gatos possessivos

Photo credit: Katie@! / Foter / CC BY
Photo credit: Katie@! / Foter / CC BY

Malu Araújo é adestradora e consultora comportamental da equipe Cão Cidadão.

Os bichanos podem ter ciúmes de algum lugar ou pessoa, de objetos e brinquedos, e esse comportamento é conhecido como possessividade. Muitos gatos que têm essa conduta podem arranhar, miar em excesso e até mesmo fazer xixi em locais inadequados para demonstrar seu descontentamento quando contrariado.

Esses gatos não são adeptos à mudança, mas, sempre que ela for necessária, o ideal é que seja feita de forma gradual. Se você tiver um novo pet, seja cachorro, gato ou qualquer outro bichinho, apresente-o devagar. Faça treinos curtos, associe sempre a presença do outro com alguma coisa agradável, como brincadeiras, comida e carinho. Não os deixe convivendo juntos o tempo todo no início, principalmente quando estiverem sozinhos.

A chegada de uma pessoa também pode ser motivo de ciúmes, então, um novo namorado (a) ou um bebê na casa pode gerar comportamentos inadequados. No caso do bebê, faça com que antes da chegada, o gato se acostume com o cheiro da criança (use talco, fraldas e objetos do bebê para isso), grave o som de choro para acostumá-lo com esse som.

Quando tiver a presença de outra pessoa na casa, se o gato não estiver confortável com a situação e se esconder, não leve a visita até lá. Deixe que ele venha por vontade própria, e quando ele se aproximar, faça carinho, elogie e não o ignore. Respeite o tempo do gato. Mesmo que seja uma pessoa que frequentará a casa, deixe ele se habituar aos poucos.

Qualquer tentativa de aproximação forçada pode acabar em medo excessivo ou em arranhões e estresse. Agora, com felinos que têm possessividade com algum objeto ou lugar, o ideal é mostrar para ele que quem está entrando nesse ambiente não representa ameaça. Para isso, ofereça petisco ou uma ração úmida para que ele entenda que sempre que alguém entrar ali, ele terá uma vantagem. A presença de pessoas ou de outro pet vai ser muito mais gostosa.

Sempre converse com um veterinário e um especialista em comportamento animal, pois, em alguns casos, será necessária também a introdução de algum medicamento para ansiedade ou estresse. O uso de feromônio é muito útil.

Jamais agrida seu gatinho. Isso, com certeza, vai deixá-lo ainda mais ansioso, prejudicando muito a relação de vocês. Em vez de corrigir o comportamento, ele pode se agravar ainda mais.

Fonte: Petshop Magazine.

Como distrair os pets

Photo credit: vwynx / Foter / CC BY-ND
Photo credit: vwynx / Foter / CC BY-ND

Por Malu Araújo, adestradora e consultora comportamental da equipe Cão Cidadão.

Temos nosso tempo cada vez mais restrito. Saímos cedo e voltamos tarde para casa, e os pets ficam, na maior parte do tempo, sozinhos.

Muitos destroem móveis e objetos na procura de uma atividade e, em alguns casos, por conta dessa bagunça, ficam presos para evitar a destruição.

Mas, antes de dizer que o seu amigo é um bagunceiro, ou que ele faz isso como um protesto por você ter saído, coloque-se por um instante no lugar dele. É como deixar a nossa vida com pouco contato social, sem internet, telefone, TV, livros, trabalho ou qualquer coisa que nos distraia. Chato, né?

Então, é assim que muitos animais se sentem e, por conta disso, acabam criando as próprias brincadeiras, que podem terminar em destruir um sofá, rasgar as revistas, roubar roupas do cesto, entre outras traquinagens.

É possível proporcionar exercícios e entretenimento para eles, mesmo quando estão sozinhos. Uma caminhada, por exemplo, é muito importante. O passeio não é só uma atividade física para os pets. Além de gastar energia andando, o fato de cheirar tudo, ouvir sons e pisar em diferentes texturas, encontrar pessoas e outros cães faz com que eles se estimulem de diversas formas.

Para quem tem pouco tempo e não consegue caminhar, uma opção seria contar com um passeador, mas não deixe de proporcionar essa atividade aos cães. Alguns gatos também gostam de passear, mas sempre com segurança. Vale lembrar que, independentemente de qual pet você tenha, leve-o para passear sempre na guia.

Enriquecimento ambiental é mais uma forma de oferecer atividades para eles quando você não está em casa. Nos pet shops existem diversas opções de brinquedos que dispensam comida. Substituir o pote de ração por brinquedos inteligentes, além de ser muito mais divertido, entreter e gastar energia deles, também é um estímulo mental que contribui para a inteligência deles. Esses brinquedos também podem ser feitos com garrafas pet e caixas de papelão. É só colocar a ração dentro e fazer pequenos furinhos (do tamanho do grão da ração), para que caia aos poucos e ele brinque de caçar os grãos pela casa.

Para os gatos, fitas e brinquedos com penas podem ser pendurados em uma maçaneta, para que balancem, despertando o interesse do bichano.

Treinar comandos também é mais uma forma de proporcionar atividades aos nossos mascotes.

Fonte:  PetShop Magazine.

Ensinando pegar a bolinha

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Photo credit: phphoto2010 / Foter / CC BY-ND

Por Cassia Rabelo Cardoso dos Santos, adestradora e consultora comportamental da equipe Cão Cidadão.

Eis uma brincadeira muito divertida para ensinar aos bichanos: Ensinando pegar a bolinha! Parece algo impensável, até porque, no imaginário popular, somente cães seriam capazes de tamanha proeza.

Antes de mais nada, vale mencionar que muitos gatos já são naturalmente predispostos a buscar bolinhas, sem necessidade de qualquer treinamento. Esse comportamento está relacionado ao instinto caçador dos felinos, já que uma bolinha rolando ou “voando” é muito semelhante a qualquer presa que poderia ser caçada. A maioria dos que convivem com gatos já amassou uma folha de papel e jogou para o pequeno buscar: eles costumam adorar e se empolgar bastante com essa interação!

Mas é possível avançar ainda mais na diversão, treinando o gato para que, quando ele visualizar a bolinha sendo lançada, busque-a e a traga de volta! Mesmo gatos que não se interessam muito podem aprender. Basta seguir as dicas a seguir.

Para começar, a bolinha deve ser muito interessante, para que o gato fique motivado a “caçá-la”, toda vez que for jogada. Para tanto, basta colocar um petisco que o gato goste bastante em uma folha de papel embrulhada como bolinha, e jogar para ele. Se no início ele não se interessar tanto, deve-se deixar o petisco mais visível, fácil de ser comido. Vale testar se o gato se motiva mais com ela sendo jogada para o alto ou rente ao chão: gatos podem ser melhores caçadores de “coisas que voam” ou “rastejam”!

E, assim, começar a jogar a bolinha recheada várias vezes, para que o bichano sempre queira persegui-la e pegá-la com a boca, para comer o petisco que estará lá dentro. Assim que ele já estiver bem acostumado e interessado na brincadeira, a bolinha não precisará ser mais recheada, podendo ser somente jogada. Quando o gato estiver com ela na boca, deve-se rapidamente oferecer o petisco gostoso. Cuidado nessa fase, pois ele pode se desinteressar pela bolinha e querer somente o petisco. Para evitar que isso aconteça, o ideal é que ele fique escondido e só seja oferecido quando a bolinha estiver na boca do gato.

O próximo passo é somente recompensar quando o gato soltar a bolinha espontaneamente – provavelmente, já à espera da recompensa que foi usada tantas vezes nos treinos anteriores. Então, temos o comportamento completo: joga-se a bolinha, o gato busca e a traz correndo para o tutor, solta aos pés desse e recebe a recompensa! Pronto, mais um truque para divertir a todos!

Vale a pena investir algum tempo para ensinar o gato a buscar a bola, pois é uma forma divertida de incentivá-lo a exercitar seus instintos naturais de caçador, além de ser uma excelente atividade física e mental, que estreita o laço com o tutor. Tudo visando garantir o bem-estar do bichano!

Fonte: Tudo Gato.

Apresentando um cão ao gato: cuidados e dicas

Photo credit: West Zest / Foter / CC BY-SA
Photo credit: West Zest / Foter / CC BY-SA

Por Malu Araújo, adestradora e consultora comportamental da Cão Cidadão.

Em muitas casas, a convivência entre um cão e um gatinho é perfeitamente possível. Se você já tem um dos dois em casa e, agora, adotou o outro, alguns cuidados são necessários para manter um bom convívio entre eles.

Para apresentar um cachorro a um gato, coloque o cão na guia para evitar que ele pule ou faça algum movimento muito brusco, e com isso assuste o gato, que costuma reagir se sentir ameaçado. Mantenha uma distância no começo, para que ambos se sintam confortáveis e, se precisar, utilize a caixa de transporte para o gato – muitos se sentem mais seguros na caixa e isso também evita que ele saia correndo.

Recompense-os com muitos elogios, carinho e petisco, para que eles interpretem a presença do outro como algo muito agradável. O gato deve ter alguns locais à disposição nos quais o cachorro não consiga frequentar, como prateleiras, esconderijos e alguns limites de porta. Isso o deixará mais tranquilo para circular e se aproximar do cachorro só quando quiser.

Cães e gatos são diferentes: de uma forma geral, os cães têm mais energia do que os gatos e querem sempre brincar, o que pode incomodar o gatinho, que deve poder se afastar e ficar tranquilo caso não queira interagir. O ideal é que o início da convivência entre eles, quando ambos estiverem tranquilos, seja sempre supervisionado. Aos poucos, deixe-os passar cada vez mais tempo sozinhos. Aumente esse período gradativamente.

Fonte: Mercearia do animal.

Ensinando comandos para o gato

Photo credit: Alexandra Zakharova / Foter / CC BY
Photo credit: Alexandra Zakharova / Foter / CC BY

Por Cassia Rabelo Cardoso dos Santos, adestradora e consultora comportamental da equipe Cão Cidadão.

Como já foi mencionado no último post desta coluna, sabe-se que é perfeitamente possível e benéfico ensinar comandos a um gato. Assim, o assunto de hoje será o treino efetivo, ou seja, como começar? Antes de mais nada, é preciso ter em mente que paciência é o item mais importante. Não adianta tentar forçar uma sessão de treinamento se o bichano não estiver motivado: acabará se tornando frustrante.

Além disso, as sessões de treinamento devem ser curtas, para que o animal se mantenha motivado sempre. A utilização do que se denomina clicker auxilia bastante o treinamento. O clicker é um aparelhinho que emite um som metálico ao ser pressionado (lembrando que os gatos medrosos podem achar esse som muito alto, ou seja, é bom testar antes!).

Pode-se também utilizar um estalo com a boca como sinalizador também. Esse som marcará o exato momento em que o comportamento esperado ocorre, ficando ainda mais claro para o gato que é aquilo que se espera dele e que, logo em seguida, ele receberá a recompensa. Após algumas sessões de treinamento, o som do clicker significará “acertei, agora vou ganhar minha recompensa!”. Como fazer para recompensar os comportamentos desejados, já que o gato não entende, no início, o que são os comandos e o que se espera dele? O segredo é induzir o movimento esperado e recompensar exatamente no instante em que ele ocorrer.

Tomando como exemplo o comando SENTA. Para induzi-lo, basta manter um petisco pequeno entre os dedos e bem perto do focinho, direcionando a cabeça do gatinho para trás. A tendência é que ele naturalmente se sente e, nesse momento, ele deve ser imediatamente recompensado! Após algumas repetições, quando o movimento se tornar praticamente automático, introduz-se o comando verbal.

O comando DEITA se ensina da mesma forma: com a recompensa entre os dedos, abaixa-se as mãos até que o gato literalmente se “largue” no chão e, nesse momento, deve-se clicar e recompensar. Mas, aqui cabe uma observação importante: não se deve exigir que o gato acerte prontamente o comando que se deseja ensinar.

Pode ser muito difícil, ao ensinar o DEITA, que ele logo se deite no chão. Então, o segredo para não desanimar o bichano é ir clicando e recompensando sempre que ele se abaixar um pouco. Assim, ele vai percebendo o “caminho das pedras”, ou seja, começa a notar que o que gera a recompensa é esse movimento de se abaixar. Após algumas repetições, pode-se exigir um pouco mais e esperar que ele se deite mesmo. Essa regra vale para todos os truques ou comandos que se deseja ensinar, ou seja, valorizar e recompensar cada pequeno acerto, mesmo que ainda não esteja perfeito.

Outro comando fácil de ensinar é o DAR A PATA. Mas, cuidado: o início e, dependendo da motivação pelo petisco, o gatinho pode machucar as mãos da pessoa ao tentar pegar a recompensa! Para induzir, basta segurar o petisco na mão e, quando o gato tentar pegá-lo com a boca, afastar a mão, para que ele tente com a pata – esse é um comportamento natural deles, tentar pegar o que interessa com as patas. Quando a patinha tocar a mão do treinador, deve-se clicar e recompensar com a outra mão.

Com o tempo, nem será necessário deixar um petisco na mão, bastará pedir a pata e o bichano gentilmente a colocará na mão da pessoa. Treinar os bichanos para o aprendizado de comandos é divertido e prazeroso, e uma ótima maneira de melhorar a relação deles com as pessoas com as quais ele que convive, além de ser uma atividade que entretém esse animal incrível!

Fonte: Tudo Gato.

Importância do enriquecimento ambiental

Photo credit: dasu_ / Foter / CC BY-SA
Photo credit: dasu_ / Foter / CC BY-SA

Por Cassia Rabelo Cardoso dos Santos, adestradora e consultora comportamental da equipe Cão Cidadão.

Atualmente, muito se tem falado sobre a importância do enriquecimento ambiental para cães, ou seja, permitir que esses animais tenham atividades para se entreter sozinhos. Mas, com o aumento do número de pessoas que buscam a companhia de um felino doméstico, sabe-se que essa providência também é extremamente importante para eles!

É preciso proporcionar atividades que entretenham o bichano dentro de casa, proporcionando a ele uma vida física e mentalmente ativa. O enriquecimento ambiental deve ser pensado de acordo com as características comportamentais dos felinos, garantindo, assim, seu bem-estar.

Assim, seguem abaixo algumas dicas que certamente tornarão a vida do gatinho mais ativa:

• felinos adoram escalar lugares altos de modo a enxergar seu mundo com maior controle. Dessa forma, uma dica simples é colocar prateleiras dispostas de modo a formar verdadeiros “labirintos-escadas”, onde o gato possa subir e se locomover.

• providenciar que a casa ou apartamento tenha telas de proteção em janelas ou varandas. Assim, o gato poderá acompanhar o movimento exterior, sem o perigo de fuga ou queda. Certamente esses serão locais onde ele adorará passar algum tempo durante o dia, observando tudo o que acontece no exterior e tomando um bom banho de sol.

• a alimentação também pode ser oferecida de forma a estimular o olfato e o instinto de caça inerente aos bichanos. Para tanto, em vez de deixar a ração à disposição, em um único pote, é interessante separar a quantidade diária em vários potinhos, dispostos em locais que ele terá que escalar e procurar. Além disso, embrulhar parte da comida em guardanapos ou envelopes dificultará a “caça”, obrigando-o a abrir o “pacote” para poder chegar à comida, o que é ótimo para estimulá-lo a exercitar seu instinto de caça. Pode-se utilizar também brinquedos dispensadores de comida.

• gatos adoram arranhar, por isso providenciar um arranhador, que é vendido em lojas especializadas, ou fabricar um artesanalmente (pode-se usar cordas de sisal) é essencial para que o felino possa aparar as unhas e deixar sua marca visual e olfativa no território. Envolver o arranhador com catnip (a chamada “erva do gato”) tornará o objeto ainda mais atraente e contribuirá para afastar o gatinho da mobília da casa.

• bolinhas de pingue-pongue, bolinhas de papel e brinquedinhos próprios para gatos, que deslizam no chão, são ótimos atrativos para estimular o instinto de caçador desse pet, já que, ao tocar nos brinquedos, esses rolam e o gato corre atrás para “caçá-los”.

• pendurar fios com guizos na ponta, em maçanetas de portas, estimula o gato a saltar para agarrar o objeto que faz barulho (é importante ter cuidado com qualquer tipo de fio: gatos podem facilmente se enroscar e um acidente pode acontecer, por isso, é importante se certificar de que o fio esteja bem preso e supervisionar a brincadeira).

• as brincadeiras com ponteiras de laser costumam deixar os gatos malucos para caçar aquele pontinho vermelho na parede! Essa brincadeira divertida proporciona uma atividade física ótima para cansá-los! Vale terminar a sessão apontando o laser para um petisco gostoso, para que a caça realmente se consume.

Para que as dicas acima sejam seguidas, não é necessário gasto excessivo, já que, usando a imaginação e observando o que o gato da casa mais gosta de fazer, é possível criar brinquedos que deixarão a vida dele muito mais ativa e divertida! E a interação entre os membros da família e o gato será cada vez melhor!

Fonte: Tudo Gato.

Todo gato é arisco?

Photo credit: Sera Photography / Source / CC BY-ND
Photo credit: Sera Photography / Source / CC BY-ND

Por Katia de Martino, adestradora da equipe Cão Cidadão.

Não, nem todos os gatos são ariscos. No artigo “Cães e gatos podem ser amigos?”, falamos sobre o período de sociabilização das duas espécies.

Entre o segundo e terceiro mês de vida, nossos amigos (seja cão ou gato) precisam entrar em contato com vários estímulos de forma prazerosa, para que não fiquem com medo quando adultos. Durante essa fase, conhecer diversas pessoas, animais, objetos, cheiros e sons é fundamental para que seu gato seja sociável no futuro.

Claro que existem gatos ariscos, mas, muito provavelmente, esse comportamento se deve a uma deficiência de sociabilização na primeira fase da vida.

Tive um gato na minha adolescência, que convivia muito bem com pessoas, cães e até com o papagaio dos meus avós. Claro que o contato com esses animais, de diferentes espécies, foi sempre feito de uma forma prazerosa e amigável, desde muito cedo.

Portanto, lembre-se: é possível ter um gato dócil e sociável, mas isso depende do grau de socialização que você irá proporcionar a ele (a) durante sua infância.

Fonte: Petz.

S.O.S. Gatos Medrosos

Photo credit: dat' / Photo / CC BY-ND
Photo credit: dat’ / Photo / CC BY-ND

Por Katia de Martino, adestradora da equipe Cão Cidadão.

Seu bichano é daqueles que se esconde quando chega visita? Só retorna ao ambiente quando tem certeza de que não existe nenhuma voz diferente em casa?

Isso é muito comum nos gatos, que são independentes e não tão sociáveis quanto os cães. Mas isso também pode acontecer porque seu bichano está com medo e seu período de sociabilização foi comprometido.

Já comentei em vários artigos sobre o período de sociabilização. Entre o segundo e o terceiro mês de vida do gato, ele precisa conviver com vários estímulos, como objetos, sons, pessoas etc.

Agora, se seu gato, que já é adulto, tem esse problema, o que precisamos fazer é mostrar que a visita (ou outra coisa que ele tenha medo) não faz mal a ele. E, de que forma? De uma forma prazerosa.

Dê ao seu gato o petisco (ou comida, brinquedo etc.) que ele mais gosta quando a visita estiver por lá. É importante que ela siga algumas regras, como não olhar diretamente para o gato, evitar movimentos bruscos e não tentar pegá-lo. Mas, por que isso? Para que o bichano comece a se sentir mais confortável durante esse período. Ao longo do tempo, ele vai se sentir mais solto e terá certeza de que aquela pessoa não fará mal algum a ele.

É claro que, em se tratando de medo, cada um age e tem uma resposta diferente. Portanto, respeite o limite de seu gato. Se ele não estiver afim, deixe para uma próxima oportunidade.

Fonte: Petz.

Como introduzir corretamente um novo gato na família

Photo credit: Moyan_Brenn / Foter / CC BY
Photo credit: Moyan_Brenn / Foter / CC BY

Por Cassia Rabelo Cardoso dos Santos, adestradora e consultora comportamental da equipe Cão Cidadão.

O sucesso de uma convivência tranquila e equilibrada com um gato que será trazido para casa depende bastante de como será feita essa introdução. Isso porque os gatos são animais reservados, para os quais o controle do território importa bastante no seu bem-estar geral.

Dessa forma, é importante introduzi-lo adequadamente na casa nova, levando em conta todas as situações: se já há gatos ou cães no ambiente.

Apresentando o gato a um cão

A dica mais importante sobre a introdução de um gato em uma casa onde já resida um cão é tornar a experiência positiva para ambos. Um cão que nunca teve contato com felinos pode ter despertado seu instituto predatório ao se deparar com um bichano correndo a sua frente. E isso seria muito estressante para o gato!

Se for o caso de introduzir um cão em uma casa onde já tenha um gato, ou vice-versa, o ideal é fazer a aproximação de forma gradual, sem estresse excessivo para nenhum dos dois. É conveniente que o bichano seja mantido dentro de uma caixa de transporte (a qual já esteja acostumado), e o cão, contido na guia.

Utilizar petiscos que o cão e o gato gostem bastante vai ajudar nessa fase, para que sejam feitas associações positivas da presença do outro e, também, para que seja possível perceber se algum deles está ansioso demais – a falta de apetite pode indicar que o estímulo está muito alto e gerando desconforto, ou seja, a distância entre os dois deve ser aumentada.

A caixa de transporte só deve começar a ficar aberta quando ambos, cão e gato, demonstrarem já estarem habituados à presença do outro. Nessa fase, ainda é importante manter o cão na guia, para que seja mantida a segurança, ou seja, evitar perseguições ao gato. Ambos devem ser bastante recompensados quando estiverem calmos e demonstrando tranquilidade na presença do outro.

Esse treinamento pode demorar, ou não. Tudo depende das reações tanto do gato quanto do cão. O importante é sempre prezar pelo bem-estar de ambos e se certificar de que a situação não está estressante demais. Os dois só devem ser deixados livres para circular quando não houver sinais de estresse ou tentativas de ataques mútuos.

Trazendo um gato para uma casa que já tem gatos

Os gatos são capazes de uma ótima convivência com outros gatos, mas a introdução de um novo membro ao grupo pode ser estressante, caso os felinos se sintam desconfortáveis, podendo até ocorrer ataques.

Antes de apresentá-los, o ideal é deixar o novo gatinho em um cômodo da casa sem acesso aos demais, para que ele se habitue com os sons e objetos do novo ambiente. É importante disponibilizar água, comida e caixa de areia para todos.

Acostumar-se ao odor dos outros animais é um passo importante na habituação, já que os odores são muito importantes para eles. Assim, durante esse estágio, deve-se esfregar regularmente cada um dos gatos com uma flanela e deixar esses paninhos embaixo do pratinho de comida do outro gato, para que eles já associem o cheiro dos demais com algo prazeroso (a hora de comer). A utilização de feromônios sintetizados artificialmente pode ser muito eficaz no processo de habituação de um novo gato ao ambiente.

Quando perceber que o gato (ou gatos) que já morava na casa está apresentando seu comportamento normal e se mostrando curioso e confortável em relação aos sons do novo gato, é hora de aproximá-los. Antes disso, seria interessante trocá-los algumas vezes de cômodo: ainda sem se verem, deixar o gato mais antigo no quarto do novo habitante, para que ele explore todos os cheiros deixados, e fazer o mesmo com o novo gato, deixando-o livre para explorar os demais cômodos da casa.

A aproximação efetiva pode ser feita por uma fresta da porta ou mesmo através de um portão telado, para que eles se vejam, mas ainda sem conseguirem se tocar.

Outra opção é usar caixas de transporte, colocadas perto uma da outra, para que os gatos possam se ver. Deve-se sempre avaliar o nível de estresse e insegurança dos gatos: se constatado que o estímulo está alto demais e algum deles não está se sentindo confortável, deve-se recuar. Utilizar ração úmida para gatos é uma boa opção para uma associação positiva entre eles. Lembrando que, caso um dos gatos não aceite o petisco apetitoso, significa que ele não está ainda confortável com a situação.

Só se deve soltá-los no mesmo ambiente quando todas as etapas acima foram seguidas e tiver sido constatado que todos estão confortáveis. A utilização de coleiras peitorais, próprias para gatos (desde que já estejam habituados ao uso desse acessório), ajuda, e muito, no controle em caso de ataques.

Para que a convivência seja harmoniosa, é importante para os gatos que eles se sintam seguros e no controle das fontes de sobrevivência (caixas de areia, água e comida). Isso fará com que eles não tenham necessidade de manter o controle forçado sobre essas fontes, muitas vezes usando de agressividade.

Por isso, no que diz respeito às caixas de areia, o ideal é oferecer, no mínimo, uma caixa a mais do que o número de gatos da casa, e deixá-las à disposição em locais estratégicos e longe uma das outras, preferencialmente em lugares onde se perceba que cada um dos gatos prefere se aliviar. Além disso, vários potes de água fresca e/ou fontes de água, locais tranquilos para cada um se alimentar, prateleiras para que possam escalar e fugir, e esconderijos onde possam ficar quando assim desejarem.

Com todos esses cuidados, a tendência é que a introdução de um novo gatinho seja um sucesso, e animais e seres humanos possam viver em harmonia daí para frente!

Fonte: BitCão.

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