Lidando com o miado em excesso

É comum ouvirmos alguns donos se queixarem que os seus cães latem demais. Mas, você sabia que esse problema também pode acometer os proprietários de gatos? Sim, há bichanos que gostam de miar – e como gostam!

Mas, calma! Com algumas dicas, é possível minimizar os miados em excesso. Para que isso aconteça, no entanto, é preciso ficar atento, pois o miado pode acontecer por diversos fatores: fome, tédio e para chamar a atenção.
De acordo com o especialista em comportamento animal, Alexandre Rossi, o ideal é ter muitos brinquedos e estimular os felinos a brincarem e fazerem exercícios. “Sem querer, às vezes, a gente também os ensina a miar mais e cada vez mais alto. Por exemplo, na hora da alimentação, se eles miarem para comer e você der a comida, eles entendem que miando ganham o alimento”,explica.

Comandos para exercitar com o pet nas férias

Photo credit: MICOLO J Thanx 4 650k+ views / Foter / CC BY
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Por Cássia Rabelo Cardoso dos Santos, adestradora e consultora comportamental da equipe Cão Cidadão.

As férias chegaram e, com elas, muitas pessoas aproveitam para curtir momentos de descontração com seus pets. Uma boa dica é treinar alguns comandos com eles, para que possam se divertir ainda mais!

Com o adestramento, é possível estabelecer um canal de comunicação eficaz com o pet. Ele começa a entender o que queremos e esperamos dele. O adestramento baseado no reforço positivo, ou seja, utilizando recompensas que o pet aprecie bastante para premiar os acertos, é a forma mais eficaz de ensinar brincando! Para iniciar os treinos, o ideal é induzir o movimento esperado e recompensar exatamente no instante em que ele ocorrer.

A utilização de um marcador, chamado de clicker, auxilia bastante no treinamento. O clicker é um aparelhinho que emite um som metálico ao ser pressionado. Mas, pode-se também utilizar um estalo com a boca. Isto para que o exato momento em que o comportamento esperado seja marcado, ficando ainda mais claro para o peludo que é aquilo que se espera dele e que logo em seguida receberá a recompensa. Após algumas sessões de treinamento, o som do clicker significará “acertei, agora vou ganhar uma recompensa deliciosa!”.

Por exemplo, para ensinar o comando SENTA, basta manter um petisco pequeno entre os dedos e bem perto do focinho, direcionando a cabeça do cão para trás. A tendência é que ele naturalmente se sente e, nesse momento, deve ouvir o clicker e ser recompensado! Após algumas repetições, quando o movimento se tornar praticamente automático, introduz-se o comando verbal.

Outro comando interessante é o VEM, muito útil quando se está com o cão no parque, por exemplo. O segredo desse comando é associar o chamado sempre a algo muito positivo, ou seja, quando o cão ouvir o dono chamando, qualquer que seja o local, certamente virá imediatamente ao saber que ganhará algo que goste bastante!

Mas, é importante lembrar: não utilize o comando VEM para situações desagradáveis para o cão, como, por exemplo, tomar remédio ou ir embora do parque, pois, assim, ele passará a associar que o chamado do dono não significa algo tão legal assim.

Outro bastante divertido é o BUSCA e SOLTA, a ser utilizado para o cão buscar um brinquedo, trazê-lo e devolvê-lo. Bolinhas, em geral, são as preferidas e esses dois comandos acabam gerando momentos muito divertidos entre o cão e seu dono!

Fazer o cão perseguir a bola é fácil, pois eles costumam ter enorme prazer nessa atitude. Mas, nem sempre é tão fácil fazê-lo trazer de volta e soltar. O grande segredo é ter duas bolas ou brinquedos iguais, de que ele goste muito. Quando se joga um, começa-se a brincar com o outro. A tendência natural, ao ver outro objeto sendo mais valorizado pelo dono, é que o cão solte aquele que estiver em sua boca. Nesse momento, deve-se clicar e jogar o outro imediatamente. O treino torna-se, rapidamente, uma brincadeira muito divertida!

Com o reforço positivo, aplicado com base nas dicas acima, é possível ensinar um infinidade de comandos aos pets, tornando tudo uma brincadeira extremamente divertida, durante as férias ou em qualquer oportunidade!

Fonte: The Pet News.

Terapia felina com feromônio

Por Alexandre Rossi, zootecnista, mestre em psicologia (neurociência e comportamento).

Você já ouviu falar em feromônios? Trata-se de um novo tipo de terapia, que surgiu nos últimos anos e, apesar de ainda não ser tão difundida, tem apresentado bons resultados no tratamento de distúrbios comportamentais de felinos. Especialistas renomados em comportamento animal, como o britânico Daniel Mills, já comprovaram cientificamente a sua eficiência.

Para quem nunca tinha ouvido falar, feromônios são “odores” produzidos por animais que possuem a capacidade de alterar o comportamento de outros animais da mesma espécie a sua volta. Através de análises químicas dessas substâncias secretadas pelos gatos, pesquisadores conseguiram identificar 13 componentes químicos presentes em todos os felinos, e dois desses já estão sendo sintetizados artificialmente: a fórmula comercial que contém o feromônio F3 se chama Feliway, e a que possui o feromônio F4, tem o nome de Felifriend.

Por funcionar de maneira parecida com um hormônio, mas que atua fora do corpo e em outros organismos, o feromônio também é chamado de odor social ou de ectohormone (hormônio externo).

Um animal com medo, por exemplo, pode exalar um odor que deixe o resto do grupo mais atento e estressado. O feromônio pode servir também para sincronizar o cio das fêmeas de um grupo, facilitando, assim, diversos aspectos reprodutivos. Alguns estudos sugerem que até nós, humanos, somos influenciados por feromônios. Frequentemente, mulheres morando juntas passam a menstruar na mesma data, pois seriam capazes de captar o feromônio das outras.

Muitos estudos científicos foram feitos para se entender melhor o efeito desses componentes sobre os gatos. As pesquisas mostraram que os feromônios podem ser utilizados para o controle de diversos problemas comportamentais, com a vantagem de não provocarem os efeitos colaterais que alguns medicamentos apresentam. Até hoje não se encontrou nenhuma contraindicação para o seu uso.

Os odores podem ser utilizados isoladamente ou em conjunto com outras terapias comportamentais e medicamentosas. A substância precisa ser borrifada no ambiente diariamente ou pode ser espalhada por um difusor elétrico, que já costuma ser comercializado junto com a substância.

Benefícios

– Redução do estresse: parece ser o principal efeito desses feromônios e, como diversos problemas de comportamento estão associados ao estresse, pode ser utilizado em variadas situações. Um dos experimentos demonstrou que gatos hospitalizados, em contato com o feromônio, voltavam a se alimentar normalmente em menos tempo do que os que não recebiam a substância. Outro experimento demonstrou que gatos se adaptam mais rapidamente a locais em que o feromônio foi borrifado.

– Demarcação com urina: diversos gatos, principalmente os machos não castrados, demarcam objetos da casa com urina. Isso causa um enorme transtorno para as pessoas, pois objetos são destruídos e a casa fica com cheiro de urina. Vários experimentos científicos, conduzidos por diversos especialistas, mostraram que o feromônio reduz as demarcações com urina significativamente. Provavelmente, a demarcação de território pelo gato está ligada a um comportamento agressivo relacionado à proteção de território. A substância alivia o estresse e, consequentemente, o comportamento agressivo.

– Móveis arranhados: os gatos também arranham menos os móveis que foram borrifados com esses feromônios. Um dos cuidados é que a substância deverá ser borrifada diariamente sobre as superfícies proibidas até que o gato já esteja habituado a arranhar os lugares corretos (indica-se pelo menos um mês). Esses hormônios ajudam a criar um hábito no animal, mas o condicionamento para arranhar nos locais corretos, como arranhadores, e o de não arranhar a mobília pode ser feito em conjunto com a utilização da terapia hormonal.

Contato com visitas e outras pessoas estranhas: há também uma redução do medo demostrado por gatos na presença de visitas ou de pessoas estranhas a eles. Algumas horas antes de receber amigos, pode-se utilizar a substância para evitar que o gato fique estressado demais.

Brigas entre gatos: a agressividade entre animais que vivem juntos também diminui na presença da substância, mas não em todos os casos. É importante supervisionar as interações até que haja confiança suficiente para deixar os gatos juntos, sem que haja brigas perigosas. Gatos mais relaxados poderiam se aproximar mais de outros desconhecidos, podendo se colocar em risco de serem agredidos. Também por esse motivo é importante aproximar os gatos desconhecidos com cautela e segurança.

Onde encontrar

Apesar de já ser um sucesso de vendas nos EUA e Europa, era bastante complicado encontrá-lo no Brasil. Hoje já se encontra o Feliway com facilidade em diversos pet shops. A produção é feita na França pela CEVA, que possui a patente do produto.

Experiência pessoal e apoio

Eu já usava e recomendava essa terapia, mas, infelizmente, obter o produto era algo complicado, pois no Brasil quase ninguém conhecia e era difícil de encontrar. Ficamos muito contentes com o fato de a CEVA Brasil nos procurar para testar e divulgar o uso de feromônios.

O produto Feliway, produzido pela CEVA, foi testado por diversos cientistas renomados, dos quais conheço alguns pessoalmente, o que traz uma confiança e segurança necessária para podermos indicar tal produto.

É importante deixar claro que essa terapia não deve substituir os cuidados necessários para promover o bem-estar dos gatos, como enriquecimento ambiental, locais altos e tocas para se esconderem, fornecimento de água em mais de um local etc.

O comportamento dos bichanos

comportamento-gatosEstá cada vez maior o número de bichanos nos lares dos brasileiros. Em alguns países, como nos Estados Unidos, o número de gatos já supera o de cães, como animais de estimação.

O fascínio que esse pet exerce sobre aqueles que convivem com ele é grande. Por outro lado, o que dizer para uma pessoa que jamais conviveu com um gato, mas pensa em ter um como companheiro de quatro patas?

Primeiro, existem algumas características desse animal que devem ser destacadas. Além, é claro, do esclarecimento de alguns mitos que ainda perduram quando o assunto é o comportamento dos bichanos.

Independência

Diferentemente dos cães, sociáveis por natureza (em sua grande maioria), os gatos precisam ter absoluta certeza de que a pessoa ou animal não causará a ele qualquer sensação desagradável para, daí sim, passar a demonstrar afeto. Apesar de terem a fama de autossuficientes em vários aspectos, isso não significa que eles não precisem de atenção e interação com os moradores da casa. Qualquer dono de gato sabe o quanto eles são capazes de demonstrar carinho e desejo de estar perto daqueles em quem confiam.

Higiene

Os felinos são animais extremamente limpos. Eles se lambem o tempo todo e a saliva retira os pelos mortos, poeira e outros detritos. Sua língua áspera auxilia nesse processo.

Atividades

Escalador: controlar o mundo do alto é um dos maiores prazeres dos gatos. Assim, instalar prateleiras pelas paredes da casa, de forma a permitir que elas possam ser escaladas e servir de refúgio, será garantia de bem-estar ao gatinho.
Caçador: felinos são caçadores natos e esse instinto prevalece de forma bem acentuada nos gatos domésticos. Trata-se de um comportamento natural e cabe ao dono providenciar que seu gatinho possa exercitar essa sua habilidade

O seu gato sofre de compulsividade?

compulsao-em-gatosMiar sem parar, andar em círculos, comer tecidos e se automutilar. Essas são algumas manias que os bichanos podem desenvolver de forma compulsiva, por isso, é preciso ficar atento a esses comportamentos.

É normal, por exemplo, um gato lamber as patas para se limpar. Mas, ficar se lambendo mais do que o razoável já pode ser um indício de compulsão. Muitos comportamentos compulsivos nos dão a impressão de que o animal não se sacia: quanto mais faz, mais quer fazer.

Geralmente, a compulsão se intensifica quando o animal está ansioso ou passa por uma situação estressante, como mudança de casa, realização de faxina ou a presença de pessoa ou animal estranho.

Como evitar?

Tratar a compulsão é bastante trabalhoso. O melhor é prevenir, já que o estresse e a falta do que fazer são os principais causadores das compulsões. Duas medidas estratégicas para evitá-las são sociabilizar muito bem o gato e entretê-lo adequadamente.

A sociabilização do gato feita com animais, pessoas, barulhos, cheiros e ambientes o torna muito mais tranquilo e o prepara para as mudanças que poderão ocorrer durante a vida.

Já o enriquecimento ambiental faz com que o gato gaste a energia com atividades físicas e mentais, impedindo-o de se engajar em comportamentos repetitivos e sem função. Para isso, crie diversos estímulos: espalhe brinquedos e esconda petiscos pela casa, por exemplo.

Caixa de areia: como ensinar o gato a usá-la?

Você sabia que o tipo de caixa de areia que você oferece ao gato, onde a coloca e como ela é limpa são detalhes que podem fazer muita diferença para o bem-estar do bichano?

A regra é oferecer, no mínimo, uma caixa a mais do que o número de gatos. Por exemplo, se você têm dois gatos, o ambiente deverá ter três caixas, e assim por diante.

O local onde você as coloca também é importante. Evite colocar a caixa de areia perto de lugares onde o gato bebe água ou come. A proximidade pode levar o felino a evitar tanto as caixas, quanto a água, o que não é bom!

A atenção com a limpeza é fundamental. Alguns gatos chegam a segurar as necessidades até que alguém limpe a caixa. Como essa retenção não é saudável, procure fazer a limpeza diariamente.

Como lidar com gato medroso?

Seu bichinho é daqueles que quando chega uma visita em casa, corre e se esconde? Só retorna quando tem certeza de que não tem mais ninguém em casa, além da família?

Isso pode acontecer se ele estiver com medo e o período de sociabilização dele não ter sido feito da forma correta. Entre o segundo e o terceiro mês de vida do gato, ele precisa conviver com vários estímulos, como objetos, sons e pessoas.

Se o seu gato tem esse problema, é preciso ensiná-lo, associando o medo a coisas boas, com o auxílio de recompensas.

Ou seja, expor o bichano a diversos estímulos, associando-os com um alimento bem saboroso ou um carinho, ele aprenderá a se sentir mais confortável diante de situações novas.

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