Cães com deficiência física: como adestrá-los

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Por Alexandre Rossi, zootecnista e especialistas em comportamento animal.

Muitas pessoas pensam em adotar um animal deficiente, mas têm receio de que os cuidados sejam extremos ou que o relacionamento com o pet seja difícil. No entanto, um cão com surdez, cegueira ou com alguma deficiência locomotora poderá conviver muito bem com a família, se tiver amor e carinho dos seus donos. Certamente, ele se tornará o melhor amigo, com ou sem deficiências.

Além de uma vida normal, o pet especial também pode receber adestramento, para que aprenda a lidar mais rápido e melhor com o seu problema, assim como vencer desafios, caso tenha sofrido algum acidente. Mesmo que ele tenha nascido especial, o adestramento fará com que ele conviva melhor com a sua deficiência desde filhote. E, acredite: ele será capaz de se adaptar muito bem à rotina. Os cães são impressionantes também no quesito de adaptação a condições físicas diferentes!

Como lidar com cada deficiência?

Auditiva

Se o seu pet for surdo, você pode estimulá-lo com brincadeiras e treinos que incentivem o uso da visão e do olfato. Por exemplo, crie gestos com os quais ele rapidamente entenda o que é o “sim” e o “não”. O dedo polegar para cima pode indicar o afirmativo e, para baixo, o negativo.

A expressão facial do dono também mostrará a ele o que é certo e errado. É muito importante olhar nos olhos do animal e repassar a ele o que ele deve fazer.

Visão

Usaremos também o “sim” e “não”, porém, eles serão diferenciados pelo tom de voz utilizado. Outra medida é abusar dos outros sentidos dele, como a audição, o tato e o olfato.

Por exemplo, se você possui piscina em casa e tem medo que o pet caia dentro dela, você pode colocar um piso com textura diferente ao redor. O treinamento pode ser desenvolvido com uma guia longa no animal. Brinque com ele, já com a guia presa, em locais que não tenham esse piso diferenciado. Quando ele pisar nesse local, corrija-o falando “não” e segurando a guia firmemente. Com algum tempo, ele entenderá que toda vez que pisar lá será errado e tenderá a não ir além. De qualquer forma, se o pet for ficar totalmente sem supervisão neste ambiente, vale a pena investir num cercadinho ao redor da piscina.

Manter comida, água, tapete higiênico e móveis sempre nos mesmos locais é outra dica importante. Assim, o pet se acostumará com os objetos naqueles lugares e não esbarrará neles. Da mesma forma, sempre que quiser chegará até eles facilmente.

Existem alguns colares específicos para pets cegos. Eles se parecem com um colar elizabetano, e são indicados para que o animal possa se locomover sem esbarrar em móveis ou objetos próximos, já que a extremidade do colar é que encosta nesses locais primeiro.

Membros

Ao contrário do que se pode imaginar, normalmente, os animais que possuem ausência de membros (tanto os que nasceram assim quanto os que sofreram algum acidente), se adaptam muito bem a essa realidade e vivem como se não tivessem problema algum.

O adestramento, associado a sessões de fisioterapia, dão bons resultados também. Se você morar em locais com muitas escadas, vale providenciar uma rampa que facilite o acesso do animal aos locais da casa nos andares superiores.

Dicas para cuidar de cães deficientes

• A sociabilização continua sendo muito importante. Apresente-o a outros animais, sons, pessoas, entre outros estímulos. Ele aprenderá a lidar com novas situações adaptando sua condição física.

• Remova objetos que possam prejudicar a mobilidade do seu amigo, como tábuas soltas, galhos baixos, escadas ou rampas muito lisas.

• Evite mudanças frequentes e drásticas na rotina, nos móveis e objetos da casa. O animal poderá ficar perdido e desorientado e terá que se adaptar novamente.

Cães e gatos: de inimigos a companheiros

https://www.flickr.com/photos/yukariryu/121153772/
https://www.flickr.com/photos/yukariryu/121153772/

Já virou passado aquele pensamento de que cães e gatos são inimigos. Eles apenas são animais diferentes, mas que ao longo da vida aprenderam (em comum) a conviver com nós, humanos. Mas, como tornar essa rotina tranquila para todos os envolvidos, quando se tem um felino e um cão disputando o amor do dono?

Filhotes

Tudo é uma questão de sociabilização. O ideal é que o bichano e o cachorro sejam habituados a conviverem com diferentes espécies ainda filhotes. Contudo, essa é a época de vacinação. Então, procure apresentar para os seus pets animais que você conheça de fato.

Ter contato com crianças, idosos, objetos barulhentos (como o secador de cabelo e o aspirador de pó), cadeira de rodas, entre outros, ajudarão a acostumar os animais com o nosso mundo.

Também é muito importante não ter preferências. Cães precisam de passeios e muito afeto, gatos são mais independentes, mas também gostam de um chamego do dono. Busque brincar com os dois juntos, para que eles percebam que a presença do outro é agradável e não ameaçadora.

Adultos

Agora, se você já tem um cão e quer adotar um gatinho adulto, saiba que o sucesso dessa apresentação dependerá mais de você do que deles.

No primeiro encontro, mantenha o felino na caixa de transporte e o cão com a guia. Faça a aproximação gradativa dos dois, oferecendo petiscos a ambos. Caso repare qualquer alteração de humor de um dos lados, diminua essa proximidade.

Quando perceber que os pets estão relaxados e mais focados nos petiscos do que na presença do outro, permita que o gato saia da caixa. Esse é um treino diário que, se somado a interação com o dono, será muito mais rico e produtivo. Os resultados virão com o tempo.

Importante

Principalmente no início do relacionamento entre o cão e o gato, é importante que um adulto acompanhe a interação dos bichinhos.

Raios e trovões: 4 dicas para ajudar o pet a superar esse medo

https://www.flickr.com/photos/31682982@N03/21038202283/
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As temperaturas têm caído drasticamente nas últimas semanas e as chuvas se tornaram mais frequentes, assim como os raios e trovões.

Para os pets, essa época é um tanto estressante, pois muitos deles sentem medo dos trovões devido ao barulho alto e muito repentino. É comum que os bichinhos fiquem tensos e ansiosos, procurando algum lugar para se esconder da intensidade do barulho.

Todo esse estresse é muito prejudicial para a saúde do seu cãozinho, por isso, é importante que você, dono, encontre maneiras de ajudá-lo a superar esse obstáculo e a se sentir tranquilo e seguro durante os dias de tempestade.

Abaixo, selecionamos algumas dicas para tornar esses dias mais tranquilos para o seu cão. Confira!

1. Não tenha medo

Os animais captam com muita facilidade o estado de espírito dos seus donos. Essas atitudes podem se refletir no pet, que fica ainda mais medroso que você.

Se você está se sentindo inseguro durante as chuvas, o seu cão sentirá que você não tem a situação em controle e que não poderá protegê-lo, deixando-o ainda mais tenso.

Evite movimentos bruscos e não se debruce sobre o cão, pois ele poderá interpretar a sua atitude como um sinal de que o perigo se aproxima. É muito importante que você demonstre tranquilidade e naturalidade, para que o seu cão se sinta seguro na sua presença e saiba que você está no controle da situação.

2. Toca

Em momentos como esse, em que o cão se sente amedrontado, é natural que ele procure um local no qual se sinta seguro, como, por exemplo, a casinha, o vão debaixo da cama ou da escada, ou qualquer cantinho que seja aconchegante para ele.

Permita que ele fique no local que ele escolheu, ou então, crie um novo espaço, onde os sons dos raios e trovões possam ser abafados e ele possa permanecer tranquilo.

3. Crie distrações

Ofereça atividades interessantes, nas quais ele foque a sua energia e que deem vazão a sua ansiedade. Brinquedos divertidos, garrafas pet cheias de buracos e recheadas de ração, um brinquedo que ele possa morder e destruir. Todas essas atividades ajudam o pet a ficar mais relaxado. Escolha o que mais se encaixar ao perfil dele.

4. Procure ajuda

Nenhum animal (ou humano) gosta de sentir medo. O adestramento pode ser uma forma de ajudá-lo, pois um profissional de comportamento é capaz de identificar as causas do problema e, com o treino correto e muito amor e dedicação, diminuir e até eliminar esses medos recorrentes.

Inteligência dos animais

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Por Cassia Rabelo, adestradora e consultora comportamental da Cão Cidadão.

Há não muito tempo atrás, era corriqueiro ouvir que os únicos seres racionais no planeta seriam os humanos. Essa, obviamente, era uma afirmação que partia dos… seres humanos!

Ocorre que, com o aumento do número de estudos envolvendo a capacidade cognitiva e emocional dos animais, foi possível constatar que várias espécies possuem capacidades até então totalmente desconhecidas e também, surpreendentes!

Já se sabe que cetáceos (baleias e golfinhos), possuem uma complexa capacidade de comunicação social, que vem sendo amplamente estudada pelos cientistas. Elefantes são animais que mostram sinais de luto quando um membro do grupo falece. Primatas já se mostraram capazes de aprender uma linguagem de sinais em um painel e se comunicar com os humanos através dela. E agora, passando para as aves, muitos estudiosos têm voltado seus olhos para os corvos, animais capazes de modificar objetos para lhes serem mais úteis, como por exemplo, entortar um pedaço de ferro para facilitar a pesca.

No caso dos animais de estimação, qualquer um que conviva com um cão ou gato, por exemplo, geralmente é capaz de elencar inúmeros exemplos que comprovam a inteligência de seus peludos.
E a ciência também já se voltou para esse lado, cada vez mais buscando entender como funciona a mente dos cães e gatos que vivem tão próximo das famílias nos dias atuais.

Quando se fala em inteligência, algumas capacidades são sempre lembradas: a de sentir emoções e a relacionada com resolução de problemas são algumas delas. E cachorros e gatos já se mostraram plenamente capazes de tanto.
Sabe-se que gatos domésticos se comunicam muito mais com os humanos com que convivem através de miados do que com membros da mesma espécie. E que essa se trata de uma linguagem aprendida, pois cada gato é capaz de desenvolver miados específicos de acordo com sua convivência cotidiana com os donos. Ou seja, consegue identificar qual tipo de miado funciona melhor para esta ou aquela situação, aprimorando, assim, a forma como se comunicam com os tutores.

Cães também são animais de estimação extremamente hábeis na arte de observar o mundo ao seu redor, especialmente os humanos da família. No dia a dia, todos que têm um cachorro a seu lado sabem de sua habilidade em saber com qual membro da família um pedido de comida vai funcionar mais!
Estas capacidades podem ser muito bem exploradas com treinos de adestramento baseados em reforço positivo, onde o aprendizado ocorre de forma prazerosa e divertida, estimulando ainda mais a capacidade cognitiva dos queridos pets.

Portanto, considerando que o número de animais de estimação é cada vez maior nos lares brasileiros, é muito importante ter em mente que, além das inúmeras delícias cotidianas que temos ao conviver com um, devemos procurar entender seus comportamentos levando em conta que são animais inteligentes e plenamente capazes de novos aprendizados.

Como o adestramento pode ajudar o relacionamento da família

Photo credit: Amy Loves Yah / Foter / CC BY
Photo credit: Amy Loves Yah / Foter / CC BY

Por Katia de Martino, adestradora da equipe Cão Cidadão.

Há até algumas décadas, o cão era visto pela família como um animal responsável pela guarda da casa, que se alimentava com comida caseira, por muitas vezes, resto do almoço ou jantar, e ficava apenas no quintal. Ou seja, o vínculo humano-cão era bem restrito.

Hoje, em grandes metrópoles, as pessoas vivem em apartamentos ou casas menores, fazendo com que o contato com o cão seja muito mais próximo. Com isso, os problemas de comunicação começam a aparecer com maior frequência.

Os cães têm uma comunicação própria, nem sempre identificada e/ou compreendida pelo homem. É essa falta de entendimento que leva a problemas comportamentais.

O adestramento é a melhor ferramenta para ajudá-lo a lidar com isso. Sua principal função é melhorar o convívio entre cães e seus donos, proporcionando um melhor relacionamento. Mostrar para o homem os sinais que o cão está emitindo e apresentar para o cão o que seu dono quer, tornando a comunicação mais fluida.

Muitas vezes, se escuta sobre o adestramento frases como: “Não quero que meu cão seja de circo, eu só quero que ele me obedeça”; “Adestramento é para cachorros grandes, de guarda e o meu é bonzinho”; “Tenho medo de que meu cão não goste mais de mim”.

De fato, seu cachorro será treinado por meio de truques e recompensas, porém, isso estimula tanto física como mentalmente o seu cão. Essa é a melhor ferramenta para trabalhar com a comunicação de duas espécies completamente distintas, com uma convivência cada vez mais estreita.

Com treinos de comandos, passeios, socializações e brincadeiras, treinamos limites e autocontrole. Reforçamos o comportamento correto e alteramos o errado.

O adestrador pode te orientar sobre a melhor atividade para o seu cão, a como se exercitar tendo seu pet como companheiro, ou então, a como fazer para que ele aprenda a obedecer e a respeitar os limites.

Aos poucos, a sintonia entre vocês ficará cada vez melhor, proporcionando um bem-estar para vocês e todos a sua volta.

Sociabilização: tudo o que você precisa saber

https://pixabay.com/pt/c%C3%A3o-divers%C3%A3o-jogar-floresta-ver%C3%A3o-678073/
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Seu pet tem problemas para lidar com certas situações? Ele não aceita algumas pessoas e tem pavor de objetos específicos? Isso pode significar que a sociabilização dele não foi feita corretamente.

O sonho de todo tutor é ter um pet que seja tranquilo e sociável, que não tenha problemas com outros animais e que fique tranquilo quando pessoas diferentes aparecem em casa. Infelizmente, essa não é a realidade de todos os animais de estimação, porém, se a sociabilização for feita corretamente, tudo isso pode ser conquistado.

Além de contribuir com a convívio em família, uma boa sociabilização contribui para o bem-estar do seu cãozinho, pois ajuda a evitar problemas comportamentais, além de medos. O cão bem sociabilizado é mais feliz e saudável.

Como faço isso?

A fase mais importante da vida dos cães é entre o 2º e 3º meses de vida, pois é o momento em que eles estão descobrindo o mundo. É nessa fase que a sociabilização deve ser realizada, pois o peludo estará mais aberto a novidades, tornando o processo de apresentação ao mundo muito mais fácil e favorável.

Até os 50 dias de vida, é imprescindível que o animal fique com sua ninhada. Os primeiros meses da vida do cãozinho devem ser usados para que ele aprenda a “etiqueta canina” com a sua mãe e seus irmãos, ou seja, como comer, brincar, quando parar de brincar, morder sem machucar e assim por diante.

Esse processo é muito importante, pois é quando o filhote se acostuma com tudo o que ele terá que lidar durante a vida adulta: pessoas diferentes umas das outras, automóveis, outros animais.

Tudo o que for novo para o peludo deve ser associado a coisas boas, como petiscos, carinho e um brinquedo legal, para que o pet entenda que essas situações não apresentam perigo. Esses estímulos devem ser feitos gradualmente, para que ele possa se acostumar com calma, tudo no seu tempo.

É preciso lembrar que a sociabilização não garante que o animal não apresente problemas comportamentais no futuro. É fato que pets bem sociabilizados são menos propensos a desenvolver comportamentos agressivos, porém, a sociabilização não é uma garantia de que isso não vai acontecer.

Cães sociáveis têm uma qualidade de vida muito maior do que aqueles que não passaram por esse processo. Por isso, se planeja adotar um filhote, coloque a sociabilização como prioridade em sua lista de afazeres.

Procurar ajuda de um profissional de comportamento é fundamental para auxiliar nesse processo. Depois, é só curtir o seu peludinho! Boa sorte.

Escolha do método de adestramento

https://www.flickr.com/photos/ginnerobot/4469020090/
https://www.flickr.com/photos/ginnerobot/4469020090/

Por Andrei Kimura, adestrador da equipe Cão Cidadão.

A maior missão, em termos de adestramento, é a integração do cão ou outro animal na sociedade de forma a oferecer a eles qualidade de vida, bem como ao seu tutor. Às vezes, nos deparamos com críticos a uma metodologia mista, que se baseia no reforço positivo, mas também permite os métodos aversivos.

Antes, vamos estabelecer o conceito de reforço positivo. Tecnicamente, reforço positivo é dar ao animal alguma coisa, como petiscos, carinho ou atenção, que aumente a ocorrência de um comportamento desejado. Por exemplo, se ele sentar, ganha um petisco. Os métodos aversivos, por sua vez, como borrifador de água ou chacoalhar uma lata com moedas, têm um estigma muito forte por si só, pois geram um desconforto ao animal na intenção de diminuir a probabilidade de ocorrer determinado comportamento, como, por exemplo, borrifar água caso o animal tente subir no sofá.

Agora, imaginemos um cão que se tornou bravo e que, devido a essa característica, as pessoas o confinam e ele passa a viver preso em um local específico e que, pelo medo de um ataque, sequer é levado para passear. A melhor maneira de melhorar esse comportamento seria a de mostrar a esse animal que a aproximação de um humano ou outro cão traz benefícios, como alimento e vida social. Nessa situação, existe o risco de lesão física, tanto para a pessoa, outros animais ou para o próprio cão, e não podemos permitir que isso aconteça. Por esses motivos, é importante que esse problema seja resolvido o quanto antes.

Aí vem a pergunta: não se deve utilizar um método aversivo, esperando que a situação se resolva sem que os envolvidos corram riscos? Usar uma bronca pode ser o método mais rápido para atingir o objetivo, no entanto, deve-se sempre levar em consideração o motivo pelo qual o animal está se comportando agressivamente. Devemos procurar descobrir a razão por trás desse comportamento e eliminá-la ou diminuir o desconforto do cão com a situação, até que já não pareça mais uma ameaça.

Outro ponto a ser considerado é a índole do animal, para aplicar a correção que melhor se encaixa com as suas características. Por exemplo, se o pet é agressivo por ser medroso, aplicar uma metodologia aversiva pode traumatizá-lo ainda mais e piorar a situação. Também é muito importante lembrar que o uso de qualquer tipo de metodologia deve ser feito muito às claras, sempre com a permissão do proprietário.

Sendo assim, procurar uma metodologia que seja eficiente e que corresponda às características do animal é fundamental para o sucesso do adestramento.

Fonte: Petz

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