O Natal está chegando e muitas casas já estão decoradas para esse momento. Árvores, bolas, luzes, entre outros enfeites deixam o ambiente mais alegre e bonito. No entanto, quem tem um pet em casa, principalmente cães e gatos, precisa ficar atento para que eles não se machuquem, mastiguem algum enfeite ou até levem choque com os fios dos pisca-piscas. Evite os acidentes natalinos!
A adestradora da equipe Cão Cidadão, Thaís Oliveira, explica que é possível ter a casa enfeitada para o Natal e manter o pet em segurança. Mas, para isso, o dono precisa tomar alguns cuidados. Confira abaixo as orientações da especialista!
O ideal é montar a árvore em um local onde seu pet não consiga entrar. Mas, se isso não for possível, procure restringir o acesso do bichinho quando você não está por perto para supervisioná-lo.
Passe spray repelente nos locais onde ele não pode mexer, por exemplo, nos fios dos pisca-piscas.
Para evitar que o pet mexa nos enfeites e fios por tédio, ansiedade ou falta do que fazer, sempre deixe à disposição dele brinquedos e atividades como o enriquecimento ambiental. Além disso, realize passeios frequentes com o animal.
Ofereça petiscos e a alimentação do seu amigão dentro de brinquedos interativos, para que ele se distraia e gaste energia.
Seguindo essas dicas, você terá um Natal tranquilo e seguro ao lado do seu pet!
Por Malu Araújo, adestradora e consultora comportamental da equipe Cão Cidadão.
Se o seu gato está miando muito, para poder resolver isso é preciso primeiro descobrir a causa desse comportamento.
Gatos idosos podem miar quando estão desorientados, machos podem miar porque têm uma fêmea no cio nas proximidades, outros miam porque querem pedir alguma coisa, como água, comida, que você abra uma porta, enfim, para satisfazer alguma necessidade ou desejo deles.
Mantenha sempre a caixa de areia limpa, água fresca e limpa, e alimentação nos horários – não quando ele miar.
Estimule outros comportamentos! Quando ele mia e você olha, você o está ensinando a miar quando ele quiser chamar a sua atenção. Na verdade, seria bem melhor olhar para ele e fazer carinho quando ele estiver sentado ou brincando.
Os gatos também gostam de brincar, de carinho e de interação, por isso, procure fazer essas coisas quando ele não estiver miando. Estimule-o a brincar com caixas de papelão e brinquedos próprios para os bichanos. Ofereça locais para ele subir, como prateleiras, porque, às vezes, os miados também podem significar falta de atividade.
É possível ainda dar uma borrifada com um spray de água no focinho dele, como uma bronca, para que ele não use a vocalização como um recurso para chamar sua atenção.
Será que cachorros e gatos podem conviver em harmonia? Claro que sim! Apesar do mito de que os dois bichinhos são inimigos mortais, o cão e o gato podem se tornar bons amigos!
Mas, é preciso ficar atento, pois, para que isso dê certo, é necessário apresentá-los de forma correta e segura, evitando as brigas.
De acordo com o especialista em comportamento animal, Alexandre Rossi, é importante que, durante esse processo, o gato não fique assustado com o cachorro e que o cachorro não sinta ciúmes do bichano.
No vídeo abaixo, o especialista dá algumas orientações para garantir a segurança de todos. Confira:
Pensar na qualidade de vida dos nossos pets significa cuidar, suprir as necessidades, dar carinho, entreter e educar os bichinhos. E, para isso, é sempre bom saber que é possível contar com a ajuda de dois profissionais: o veterinário e o adestrador.
Encontrar profissionais em quem você confie é o primeiro passo. Pegue indicações, pesquise, conheça, entre em contato. Assim, você terá mais segurança de que estará bem assistido. É muito comum o pet ter uma predisposição ou algum problema, seja clínico ou comportamental, que só fica evidente para os donos quando já se agravou consideravelmente. Portanto, fazer consultas de tempos em tempos ao veterinário e iniciar o adestramento desde a chegada do animalzinho em casa são as melhores formas de prevenção.
Existem casos em que um problema clínico acaba gerando algum problema comportamental ou vice-versa. Os pets também podem ter alguma deficiência, precisando de cuidados especiais, como treinamentos e medicamentos, para ter uma vida melhor. Também existem as situações nas quais o animal precisa ser treinado para interagir melhor com o veterinário e ficar tranquilo enquanto é analisado e medicado, ou até mesmo para conseguir entrar em um consultório sem estresse excessivo.
A cooperação dos de adestradores e veterinários nessas situações é fundamental e os profissionais devem estar sempre alinhados com foco na qualidade de vida do bichinho. Seja qual for o seu caso, cuidar, dar carinho, entreter e muito mais, às vezes, pode parecer complicado. Mas, com a ajuda de veterinários e adestradores, você tem mais segurança para oferecer o melhor pelo bem-estar do seu pet.
Assim, seu bichinho também vai poder oferecer tudo isso de volta para você!
Por Malu Araújo, adestradora e consultora comportamental da equipe Cão Cidadão.
Quando temos uma criança em casa, é sempre necessário que a interação com os animais seja supervisionada. Crianças pequenas ainda não têm noção de força e de como interagir com o animalzinho, e podem puxar o pelo, a orelha, o rabo e alguns animais podem reagir com uma mordida ou um arranhão.
Mesmo que seja na hora da brincadeira, cães, gatos e crianças devem estar sempre acompanhados de um adulto. Não podemos esquecer que gatos e cachorros brincam usando a boca e as patas, e um arranhão pode machucar a pele delicada da criança.
Outro motivo para supervisionar a farra da turminha é que as crianças adoram agradar os pets oferecendo guloseimas, e como elas não têm ideia de que determinados alimentos ou substâncias são tóxicas, oferecer esses itens pode prejudicar muito a saúde do pet.
É muito saudável que as crianças convivam com os animais. Estudos já demonstram que ter um animal de estimação melhora o humor, reduz o estresse, auxilia no convívio social, aumenta o nível de atividade, entre outros fatores. Mas, também é responsabilidade em dobro! Mesmo que o intuito da família seja ter um bichinho para a criança, a responsabilidade é dos pais, a educação, saúde e bem-estar do animalzinho é de responsabilidade dos adultos.
Para bebês, crianças, adolescentes e adultos em qualquer fase da vida, a companhia de um pet sem dúvida é muito prazerosa.
Por Cassia Rabelo Cardoso dos Santos, adestradora e consultora comportamental da equipe da Cão Cidadão.
Dificilmente uma pessoa que tenha a companhia de um cão ou gato conseguirá mantê-lo longe de um carro. Ou seja, em algum momento, o pet terá que ser transportado em um automóvel e, considerando a vida nos grandes centros urbanos, essa necessidade será ainda maior. Assim, é preciso tomar alguns cuidados simples, mas que podem fazer toda a diferença para que uma simples ida à casa de um parente, não se torne um verdadeiro sufoco para o animal.
Cuidados no transporte de pets
Cães
As dicas abaixo podem fazer toda a diferença para que o passeio de carro seja algo tranquilo e até prazeroso para ele:
– É aconselhável mantê-lo seguro por um cinto de segurança próprio para cães, ou confortavelmente instalado na caixa de transporte – a qual ele deve ser acostumado, previamente, de forma positiva.
– Se o cachorro enjoa no carro, situação especialmente comum em filhotes, vale uma conversa com o veterinário, para a indicação de medicamentos que evitam esse desconforto, até que ele se habitue.
– Se o amigo peludo não está acostumado com carro, não é interessante percorrer longas distâncias com ele desde o início. Ele deve ser habituado antes a essa “casa que anda”, primeiramente em trajetos bem curtos, que vão aumentando em tempo e distância, à medida que o peludo se sentir confortável e relaxado.
– Cães, em nenhuma hipótese, devem ser deixados em carros quando está muito quente, nem mesmo com a janela parcialmente aberta: os efeitos da hipertermia ocorrem rapidamente e podem levar à morte! Algumas raças, chamadas braquicéfalas (com nariz achatado), como Pugs e Buldogues, não devem sequer viajar em carros que não disponham de ar condicionado, especialmente no verão, pois o risco de hipertermia é maior ainda.
– Em casos de viagens, é importante fazer paradas a cada duas horas, para que o cão fique confortável, pois poderá se aliviar, esticar as pernas e beber água. Se estiver muito quente, em cada parada, vale molhar uma toalha em água fria, para ir refrescando o cão dentro do carro.
Gatos
As dicas acima valem também para os felinos, mas com a ressalva de que gatos se estressam bastante com mudanças de ambientes.
– Assim, o bichano deve ser previamente acostumado à sua caixa de transporte, que deve ser transformada em seu local de descanso, uma ambiente onde ele se sinta seguro. Gatos só devem ser transportados em caixas de transporte, pois sua extrema agilidade e a facilidade com que se assustam podem gerar fugas. Dentro da caixa, a tendência é que ele se sinta mais tranquilo e protegido.
– Antes de percorrer qualquer distância com um gato no carro, vale acostumá-lo, primeiramente, ao automóvel parado, depois ligado, e somente depois em movimento. Assim, ele poderá se familiarizar aos poucos com esse local diferente.
– As dicas acima visam priorizar o bem-estar do amigo de quatro patas durante o transporte em carros, o que garantirá também tranquilidade para toda a família!
Por Alexandre Rossi, especialista em comportamento animal.
Conheça várias dicas de estímulos e atividades que evitam tédio no cão e suas conseqüências, como compulsão (lamber a pata até feri-la, por exemplo), ansiedade de separação e destrutividade
Objetivo: manter o cão ocupado Mente vazia, oficina do diabo, diz o provérbio… Você já pensou que o seu cão, enquanto faz coisas saudáveis e corretas, não incomoda pessoas nem destrói a casa ou se automutila? Ocupá-lo é também muito mais saudável do que simplesmente impedi-lo de fazer o que ele quer.
Como entreter Todo mundo sabe entreter o cão levando-o para passear, brincando de cabo-de-guerra com ele ou atirando bolinha. Mas poucos sabem como entretê-lo enquanto conversam com alguém, vêem televisão ou dão atenção a uma visita.
A dica é preparar diversão para esses momentos. Vale tudo que entretenha o cão e que nos deixe livres para fazer o que quisermos. Existem algumas técnicas que utilizo para proporcionar esse tipo de entretenimento.
Busca por alimento Esconda petiscos e estimule o cão a procurá-los. Com o tempo, ele passará a vasculhar cada pedacinho da casa, com a esperança de encontrar algo apetitoso. No início, procure facilitar a localização. Depois, pouco a pouco, torne a busca mais difícil. Crie novos esconderijos e dificulte o acesso cada vez mais. Para não estimular o cão a ir aonde você não deseja, evite colocar os petiscos nesses lugares.
Garrafa pet Esse é um dos meus instrumentos preferidos, mas pode tornar-se um pouco barulhento, dependendo da estratégia utilizada pelo cão. O procedimento consiste em fazer uns furos laterais numa garrafa pet vazia. Deseja-se que, ao ser utilizada pelo cão, caiam alguns pedaços de petisco ou grânulos de ração previamente colocados. Essa é uma ótima maneira de dar ração em vez de simplesmente servi-la no pratinho de comida. No início, faça buracos maiores na garrafa, já que muitos cães podem desistir nessa fase. Aos poucos, dificulte e exija cada vez mais. Assim poderá proporcionar entretenimento por horas, até o cão conseguir tirar o último pedacinho de alimento de dentro da garrafa.
Roer e destruir Ossos e brinquedos mastigáveis também são ótimas opções. Muitos cães gostam do desafio de destruir coisas, como arrancar pedaços de um bichinho de pelúcia, desde os olhos e o nariz até a espuma de dentro, despedaçar uma bola ou arrancar nacos de um osso de couro.
Conheço vários cães que adoram tirar o rótulo e a tampinha de garrafas pet! Muitos também apreciam destruir coco verde – a bagunça que fica com os fiapos restantes é fácil de limpar e o seu cão merece um bom passatempo!
Outra dica é embrulhar petiscos em pedaços de cartolina ou de papel e deixar o próprio cão rasgar a embalagem.
Embora destruição seja uma ótima terapia para o cão, preste atenção. Se ele for do tipo que engole tudo, só lhe dê objetos cujos pedaços sejam digeríveis e que não possam machucá-lo ou causar obstrução gástrica.
Criações do próprio cão É impressionante como os cães criam as próprias atividades. Infelizmente, muitas vezes não estimulamos essas iniciativas ou até mesmo as reprimimos. É comum o cão ansioso descobrir que ter uma bolinha na boca para ficar mastigando o ajuda muito nos momentos de maior ansiedade. Um exemplo é o do cão que, quando percebe que terá interação com o dono, corre e agarra uma bolinha. Para ele, é importante ter sempre uma bolinha à disposição e, no entanto, muitas vezes o dono se livra da bolinha porque se tornou vício. O contato com esse objeto permite ao cão extravasar a ansiedade e conseguir não morder a mão do dono nem destruir algum objeto da casa.
Mais uma atividade de diversos cães é correr de um lado para outro quando estão muito ansiosos, incluindo, às vezes, dar voltas em torno da mesa de jantar. Em vez de reprimir o cão por fazer bagunça, deve-se procurar ajustar a casa para essa atividade. Por exemplo, fixar os tapetes no chão e tirar objetos que possam ser derrubados durante o percurso. Essa é também uma maneira de respeitar o cão. Afinal, ele talvez preferisse, se pudesse, pular em você ou rasgar sua roupa.
Por Alexandre Rossi, especialista em comportamento animal.
Muitas vezes, uma dica basta para resolver o problema das escavações caninas. Mas, para saber qual é essa dica, é preciso saber antes o que leva o cão a cavoucar.
1. Crie cantinhos excepcionais
Por instinto, o cão dá uma cavadinha onde irá se deitar – costuma fazer isso até em sofás e pisos frios! Normalmente, após a cavadinha, dá umas rodadas e se deita. Muitos cães gostam de deitar-se em lugares frescos do jardim ou que permitam acompanhar o movimento da casa ou da rua. O problema é que, muitas vezes, há um canteiro de flores ou grama justamente nesses lugares. O truque é preparar cantinhos perfeitos para o cão, levando em consideração o que ele mais deseja. Às vezes, até sugiro uma pequena reforma paisagística.
2. Gaste o excesso de energia
Quanto mais energia o cão tiver, maiores as chances de ele cavar grandes buracos. Uma maneira de controlar o excesso de energia é levá-lo para passear diariamente e/ou exercitá-lo bastante, com brincadeiras.
3. Combata o tédio
Cães também ficam entediados! Gostam de passear, caçar, brincar, etc., e não de ficar isolados em um quintal. Crie atividades para tornar a vida do seu cão mais interessante. Nem que seja escondendo petiscos no jardim para ele encontrar. Ler artigos sobre enriquecimento ambiental e comportamental ajuda a ter idéias para entreter o cão.
4. Evite que enterre objetos
Enterrar ossos naturais e alimentos para consumir mais tarde também faz parte do instinto canino. Muitos cães enterram apenas alguns tipos de objetos. Se o seu fizer isso, não deixe de lhe dar os objetos daquele tipo. Mas, em vez de entregá-los, mantenha-os amarrados numa corda. Assim, ele não poderá levá-los para enterrar. Um jeito de evitar que o cão se enrosque na corda é pendurar o objeto de modo a não encostar no chão. Esse método é útil também para combater a possessividade canina por determinados objetos.
5. Prepare um cantinho para grávidas
Cadelas prestes a parir ou com gravidez psicológica procuram cavar um ninho para os filhotes. Nesses casos, devemos preparar cantinhos perfeitos para elas. E, quando a gravidez for psicológica, pode-se, ainda, tratar a fêmea com inibidores de hormônio (consulte seu veterinário).
6. Torne desagradável desenterrar
Se o cão cava lugares específicos, antes de tapar os buracos encha-os com os próprios cocôs dele. É praticamente certo que isso o fará desistir de cavar aquele local. Com o tempo, você irá minando todos os lugares mais cavados. Essa é a minha dica preferida!
7. Reestruture seu jardim
Procure adaptar o estilo do seu jardim à presença canina. Às vezes, algumas pequenas alterações podem evitar muita dor de cabeça e proporcionar menos estresse no convívio. Pedras nos lugares em que o cão cava, assim como cercas e telas, podem, muitas vezes, ser a melhor solução. Um dos meus clientes resolveu o problema com telas postas no solo dos canteiros que o cachorro cavava. Nessa alternativa, caso se queira ocultar a tela, basta jogar um pouco de terra por cima. Ou esperar que as plantas cresçam. Há, porém, o inconveniente de ser preciso retirar a tela ou cortá-la, para plantar nova muda. Em alguns casos, sugiro construir uma caixa de areia no jardim para o cão poder se divertir, cavando. Afinal, cavar é um comportamento normal e saudável.
8. Só dê bronca durante a ação errada
Nem pense em dar bronca no cão se não for no exato momento do comportamento inadequado. Está mais que comprovado: bronca fora do momento exato, além de não funcionar, pode deixar o cão confuso, o que aumenta as chances de surgirem problemas de comportamento. A melhor ocasião para repreender o cão é quando ele começa a cavar um lugar proibido. Nesse momento, procure fazê-lo sentir desconforto. Jogue um pouco de água nele ou faça um ruído que o assuste, por exemplo. Mas só faça isso se ele não for medroso nem inseguro. Algumas pessoas conversam com o cão quando ele erra. Tentam explicar que agiu incorretamente. Não faça isso. O cão pode gostar dessa atenção e começar a cavar na expectativa de receber mais!
Por Alexandre Rossi, especialista em comportamento animal.
Se o seu cão só faz as necessidades na rua, saiba como conseguir que ele passe a fazê-las dentro de casa.
Você planeja ensinar seu cão a só fazer xixi e cocô na rua? Reconsidere essa intenção. Muitos proprietários já passaram pela experiência e se arrependeram. Perceberam que a obrigação de levar o cão para urinar e defecar na rua resulta em perder a liberdade de chegar mais tarde em casa, de dormir um pouco mais e de ficar debaixo das cobertas curtindo um filminho enquanto chove lá fora. Ainda, alguns cães, acostumados a só fazer as necessidades na rua, ficam tão apertados por falta de alguém para acompanhá-los que chegam a chorar de dor e a desenvolver problemas fisiológicos.
É verdade que, até determinada idade, alguns filhotes de cães não conseguem relaxar o suficiente para se aliviarem diante da excitação e da insegurança causadas pela presença dos muitos estímulos da rua. Mas, com o tempo, a rua se torna o local preferido por grande parte dos cães para fazer xixi.
O problema é que, se essa preferência virar regra, o cão passa a depender de uma pessoa para poder se aliviar. Quem está nessa situação e quer garantir o bem-estar do animal, além de reconquistar a liberdade de chegar mais tarde em casa, pode seguir as dicas dadas a seguir.
Tentativas intuitivas
Normalmente, pessoas cujos cães estão habituados a só fazer as necessidades na rua me procuram depois de terem tentado implantar, sem sucesso, um banheiro canino na área de serviço. Em geral, essas pessoas começam o treino colocando um jornal no chão daquela área.
Depois, põem um cone sobre o jornal se o cão for macho, para ele poder levantar a perna. Em seguida, recolhem um pouco do xixi do cão e o colocam sobre o cone ou jornal. Feito isso, se a tentativa não funcionou, deixam de levar o cão para a rua para ele ficar apertado e, assim, se sentir mais motivado a usar o novo banheiro.
Segurar por muito tempo pode ser prejudicial
Esses procedimentos são todos válidos, mas muitas vezes insuficientes. Não devemos deixar o cão apertado por tempo demais. É muito desconfortável para ele e pode gerar dor e até problemas fisiológicos. Alguns cães chegam a segurar suas necessidades por mais de 24 horas quando, normalmente, um cão adulto saudável pode ficar cerca de oito horas sem acesso ao local no qual se alivia.
Resultado garantido
Quando as tentativas intuitivas não dão certo, sempre obtenho sucesso com o seguinte conjunto de técnicas para mudar o hábito de higiene do cão: • Ensino a fazer as necessidades sob comando; • Associo o jornal com o lugar permitido para o cão se aliviar; • Aproximo gradativamente o jornal do local escolhido para ser o banheiro do cão.
Necessidades sob comando
Ao levar o cão para a rua, não deixe que ele se aproxime imediatamente dos locais nos quais costuma se aliviar. Antes disso, diga “xixi”, por exemplo. Assim, sempre que você falar “xixi”, ele saberá que é permitido se aliviar. Quando o cão terminar de fazer as necessidades, recompense-o com carinho, petisco ou brinquedo. A maioria dos cães, depois de algumas semanas, passa a forçar o xixi ao receber o comando, só para ganhar recompensa! Não se preocupe com esse treinamento – o cão não deixará de fazer as necessidades por não receber comando.
Associação com jornal
Leve uma folha de jornal no bolso e abraa no local em que você permitirá ao cão se aliviar. Mesmo que ele não faça exatamente em cima do jornal, a folha de papel funcionará como um estímulo visual e olfativo. No início, coloque a folha nos locais onde o cão prefere fazer as necessidades, como perto de uma árvore ou na grama.
Chegando ao local escolhido
Aos poucos, varie os locais onde você põe o jornal e permite que o cão faça as necessidades. Nas etapas finais, procure colocar o jornal em locais como a garagem do prédio e o hall de serviço, estimulando o cão a fazer as necessidades lá.
Nessa fase, tome cuidado para não tomar multa do condomínio e não se esqueça de deixar tudo bem limpinho! A última etapa é levar o cão, no horário do passeio, para a área de serviço, colocar lá o jornal, dar o comando e torcer para que o cão se alivie. Não esqueça de recompensá-lo se ele fizer o que é esperado. Se não, continue o treinamento.
Manutenção
Procure estimular o cão a continuar usando o banheiro de casa. Uma maneira infalível de manter o novo hábito é levar o cão para passear somente depois de ele ter feito um xixizinho no banheiro dele dentro de casa.
Por Alexandre Rossi, especialista em comportamento animal.
Há milhares de anos, homem e cão vivem uma relação estreita. Os cães mais eficientes nas atividades em parceria, como caça, companhia e guarda, eram os que se comunicavam melhor e foram os selecionados para procriar. Isso pode ter aumentado a inteligência da espécie e desenvolvido a sua comunicação com os seres humanos.
Como o cão se comunica com o homem
São muitas as possibilidades de os cães se comunicarem com os humanos. Desde por sinais típicos da espécie, como latir, chorar, rosnar, mostrar os dentes e abanar a cauda, até por sinais aprendidos durante a relação com o proprietário. É o que podemos notar no seguinte depoimento, dado por um dono cão: “Se ele quiser ossinhos que ficam num armário da cozinha e eu estiver na sala, me cutuca com a pata e tenta me levar para a cozinha. Quando chego lá, ele bate com a pata no armário para deixar claro o que quer. Quando mostro que entendi, fica todo feliz e, em geral, senta para esperar que eu dê o que pediu”.
Para entender melhor como acontece a comunicação entre cão e pessoas da casa, colhemos mais de quatro mil relatos relacionados ao assunto. Embora possam não exprimir exatamente a realidade, mostram pontos importantes sobre o comportamento canino e sobre como o ser humano o interpreta.
Como evolui a comunicação
A maioria dos proprietários acaba criando sem querer, um sistema de sinais que permite ao cão expressar desejos e pedir objetos e atividades. Mas como isso ocorre? Quando um proprietário vê o cão lambendo as últimas gotas de água do bebedouro, coloca mais água no pote. Com o tempo, o cachorro percebe que pode pedir água simplesmente lambendo o porte. Não é difícil imaginar que, por meio do mesmo processo, o cão aprenda a pedir comida, brinquedo, etc.
Dicas para ensinar o cão a pedir o que deseja
Ao compreender o processo que permite ao cão se comunicar, podemos criar situações propícias para que a comunicação se desenvolva. Primeiro, procure evitar que os sinais produzidos pelo cão sejam muito parecidos, dificultando a interpretação. Para saber se ele sta com sede ou fome ao encostar o focinho no pote vazio, use potes diferentes para dar água e comida. Pelo mesmo motivo, deixe a guia para passear em local diferente do dos biscoitos, já que o cão se aproximará da guia para pedir passeio e dos petiscos quando estiver interessado neles.
Crie situações em que o cão possa “pedir” o que deseja. Por exemplo, coloque menos comida no prato dele. E quando ele estiver lambendo os farelinhos das sobras, ponha mais. Aos poucos, o cão lamberá o prato para fazer um pedido. Outro treino é perguntar ao cão que chega perto da guia se quer passear e, em seguida, levá-lo para dar uma volta. Assim, ele perceberá que pode influenciar com atitudes o comportamento do dono
Cuidado para não ser totalmente manipulado pelo cão
Ensinar um cão a se comunicar não significa se tornar escravo dele. Ou seja, não é porque o cão pediu determinada coisa que você precisa servi-lo. Com o tempo, ele percebe o que pode pedir e quando. Minha cadela Sofia, por exemplo, sabe que existe chance de sairmos para passear quando estou me vestindo.
Sempre que começo a me calçar, Sofia corre para o painel eletrônico e aperta um dos oito compartimentos do painel (veja foto), aquele que corresponde a “PASSEAR” (nesse momento, uma gravação diz a palavra “Passear”). Mas na maioria das vezes eu não posso levá-lo comigo e tenho de dizer “Passear, não!”. Há ocasiões em que ela insiste, mas em geral desiste e vai deitar-se no sofá predileto.
A comunicação mais eficiente com nosso animal é muito gostosa. Por isso, recomendo a todos os proprietários de cães que ponham em prática um programa nesse sentido.
Resumo
– O cão tem predisposição genética para se comunicar com o ser humano.
– Você pode criar sinais para permitir ao seu cão que peça objetos e atividades a você.
– Durante o treino, quando o cão se aproximar do prato de comida, coloque mais alguns grãos de ração. Quando ele lamber as últimas gotas de água do pote, ponha mais água. Quando ele manifestar interesse em pegar a coleira, leve-o para passear.
– Se você não quiser fazer a atividade relacionada ao sinal produzido pelo cão, diga simplesmente “não”.
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