Você gosta de brincar com seu gatinho e sempre procura novos entretenimentos para ele? Existem diversos brinquedos no mercado que podem alegrar seu bichinho e deixá-lo distraído por horas. Dessa forma, você pode ampliar o enriquecimento ambiental dele.
No último mês, aconteceu a Global Pet Expo 2015 – uma das principais feiras pet do mundo, realizada nos EUA -, que trouxe muitas novidades para todos os tipos de pets. E você que tem um gatinho pode ficar atento aos novos produtos.
Para estimular o lado natural dos bichanos, alguns expositores apresentaram sementes de plantas, como trigo e aveia, que já vêm disponíveis em uma embalagem pronta para o dono cultivar e regar em casa. Entre as inovações, na feira também havia substratos que não fazem poeira e são fáceis de limpar, além de caixinhas de areia autolimpantes e acessórios para ensinar os gatos a utilizarem o vaso sanitário.
Já imaginou poder controlar os horários de entrada e saída do gatinho? Então, já é possível. A Global Pet Expo reuniu portinhas que reconhecem o pet por meio de uma coleira especial e possuem uma programação para controlar a entrada e a saída dele. Assim, é possível fazer com que ele passe mais tempo com o dono.
Novidades tecnológicas
A cada ano, os produtos e acessórios estão cada vez mais tecnológicos também, e oferecem uma interação interessante entre o dono e o gatinho. A proposta é estimular a criatividade do bichano por horas e garantir muita diversão para donos e pets.
Na feira, os expositores apresentaram alimentadores que reconhecem o chip da coleira do gato e impedem que outros animais tenham acesso à comida.
Havia também brinquedos que fazem barulho de passarinho e que imitam ratinhos correndo dentro de tubos, além de outros acessórios em que você pode colocar petiscos e ração dentro para fazer o gatinho caçar a comida.
No vídeo abaixo, Alexandre Rossi apresenta todas as novidades que conferiu na feira. Veja:
O seu cachorro late demais? Além de você estar incomodado com esse comportamento, os vizinhos já começaram a reclamar?
É importante compreender que o latido é uma forma de comunicação comum e natural para os cães, e pode ser motivado por algumas razões: pode ser uma demonstração de agressividade ou ansiedade, um alerta sobre algum estímulo externo, entre outros.
É necessário ficar atento, no entanto, quando os latidos se tornam excessivos, pois eles podem ser prejudiciais, inclusive, para o animal.
Como agir?
Não quero ficar sozinho!
A ansiedade de separação apresenta alguns sintomas muito comuns, entre eles, o latido em excesso, além de desenvolver outros comportamentos compulsivos, que acabam dificultando a convivência entre pet e dono. É possível ajudar o animal a ficar mais tranquilo durante a sua ausência, por meio do adestramento.
O adestramento, nestes casos, será focado em treinos para modificação comportamental global, que envolve treinamento do cão com foco em estimular sua independência, manejo do ambiente (com enriquecimento ambiental, por exemplo) e manejo da rotina (com aumento de atividades físicas, dentre outras). Confira aqui o texto que preparamos sobre esse tema.
Ociosidade
Animais que latem por ócio ou falta de atividades adequadas normalmente têm excesso de energia acumulada. Que tal enriquecer o ambiente do bichinho, com brinquedos e brincadeiras? Você pode oferecer a ele ossos, bolas, cordas, caixas de papelão para serem destruídas, garrafas pet recheadas com ração, entre outros. Use a imaginação! Além de fazer bem para o físico, o enriquecimento ambientalcontribui para a saúde mental do pet.
Alvo
Quando os latidos excessivos são direcionados para algum estímulo – som, pessoas e objetos -, o treino deve ser feito para associar o estímulo a algo positivo e um comportamento calmo.
Os bichanos, assim como os cães, também precisam brincar! Existem hoje no mercado, à disposição dos donos, muitas opções de brinquedos para gatos, porém, é possível criar em casa algo bastante divertido para eles.
Os gatos adoram arranhar os móveis, objetos e tudo o que encontram pela frente, não é mesmo? Por isso, o arranhador divertido é ótimo para que ele afie as unhas. Veja aqui o passo a passo.
João-bobo para gatos
Com esse brinquedo, a diversão dele está garantida. Seu gato vai passar horas e horas tentando pegar o pompom e virando a vareta de um lado para o outro. Saiba como fazer esse brinquedinho.
Com esses brinquedos, você conseguirá entreter o seu gato por muito tempo, além de incentivar a criatividade e a curiosidade dele!
Por Alexandre Rossi, especialista em comportamento animal.
Conheça várias dicas de estímulos e atividades que evitam tédio no cão e suas conseqüências, como compulsão (lamber a pata até feri-la, por exemplo), ansiedade de separação e destrutividade
Objetivo: manter o cão ocupado Mente vazia, oficina do diabo, diz o provérbio… Você já pensou que o seu cão, enquanto faz coisas saudáveis e corretas, não incomoda pessoas nem destrói a casa ou se automutila? Ocupá-lo é também muito mais saudável do que simplesmente impedi-lo de fazer o que ele quer.
Como entreter Todo mundo sabe entreter o cão levando-o para passear, brincando de cabo-de-guerra com ele ou atirando bolinha. Mas poucos sabem como entretê-lo enquanto conversam com alguém, vêem televisão ou dão atenção a uma visita.
A dica é preparar diversão para esses momentos. Vale tudo que entretenha o cão e que nos deixe livres para fazer o que quisermos. Existem algumas técnicas que utilizo para proporcionar esse tipo de entretenimento.
Busca por alimento Esconda petiscos e estimule o cão a procurá-los. Com o tempo, ele passará a vasculhar cada pedacinho da casa, com a esperança de encontrar algo apetitoso. No início, procure facilitar a localização. Depois, pouco a pouco, torne a busca mais difícil. Crie novos esconderijos e dificulte o acesso cada vez mais. Para não estimular o cão a ir aonde você não deseja, evite colocar os petiscos nesses lugares.
Garrafa pet Esse é um dos meus instrumentos preferidos, mas pode tornar-se um pouco barulhento, dependendo da estratégia utilizada pelo cão. O procedimento consiste em fazer uns furos laterais numa garrafa pet vazia. Deseja-se que, ao ser utilizada pelo cão, caiam alguns pedaços de petisco ou grânulos de ração previamente colocados. Essa é uma ótima maneira de dar ração em vez de simplesmente servi-la no pratinho de comida. No início, faça buracos maiores na garrafa, já que muitos cães podem desistir nessa fase. Aos poucos, dificulte e exija cada vez mais. Assim poderá proporcionar entretenimento por horas, até o cão conseguir tirar o último pedacinho de alimento de dentro da garrafa.
Roer e destruir Ossos e brinquedos mastigáveis também são ótimas opções. Muitos cães gostam do desafio de destruir coisas, como arrancar pedaços de um bichinho de pelúcia, desde os olhos e o nariz até a espuma de dentro, despedaçar uma bola ou arrancar nacos de um osso de couro.
Conheço vários cães que adoram tirar o rótulo e a tampinha de garrafas pet! Muitos também apreciam destruir coco verde – a bagunça que fica com os fiapos restantes é fácil de limpar e o seu cão merece um bom passatempo!
Outra dica é embrulhar petiscos em pedaços de cartolina ou de papel e deixar o próprio cão rasgar a embalagem.
Embora destruição seja uma ótima terapia para o cão, preste atenção. Se ele for do tipo que engole tudo, só lhe dê objetos cujos pedaços sejam digeríveis e que não possam machucá-lo ou causar obstrução gástrica.
Criações do próprio cão É impressionante como os cães criam as próprias atividades. Infelizmente, muitas vezes não estimulamos essas iniciativas ou até mesmo as reprimimos. É comum o cão ansioso descobrir que ter uma bolinha na boca para ficar mastigando o ajuda muito nos momentos de maior ansiedade. Um exemplo é o do cão que, quando percebe que terá interação com o dono, corre e agarra uma bolinha. Para ele, é importante ter sempre uma bolinha à disposição e, no entanto, muitas vezes o dono se livra da bolinha porque se tornou vício. O contato com esse objeto permite ao cão extravasar a ansiedade e conseguir não morder a mão do dono nem destruir algum objeto da casa.
Mais uma atividade de diversos cães é correr de um lado para outro quando estão muito ansiosos, incluindo, às vezes, dar voltas em torno da mesa de jantar. Em vez de reprimir o cão por fazer bagunça, deve-se procurar ajustar a casa para essa atividade. Por exemplo, fixar os tapetes no chão e tirar objetos que possam ser derrubados durante o percurso. Essa é também uma maneira de respeitar o cão. Afinal, ele talvez preferisse, se pudesse, pular em você ou rasgar sua roupa.
Por Alexandre Rossi, especialista em comportamento animal.
Encontrar modos de detectar se o gato de estimação é criado em condições adequadas para seu bem-estar, com base em observações científicas, é um trabalho desenvolvido pela pesquisadora Irene Rochlitz, de Cambridge, na Inglaterra. Em breve ela publicará um artigo a respeito do assunto numa revista científica famosa.
Trabalhos como esses influenciam novas leis que determinam condições mínimas para ter animais de estimação. Na minha opinião, tais cuidados não devem ser avaliados como uma camisa-de-força, e sim como informações úteis para darmos vida mais digna aos animais que queremos ter a nosso lado.
Cada vez mais a sociedade, pressionada pela opinião pública e pelas associações de proteção aos animais, procura defender os direitos dos animais. Na maioria dos países, inclusive no Brasil, os maus- tratos constituem crime!
Alguns países se preocupam mais que outros com a proteção aos animais. Na Inglaterra, por exemplo, gatis, laboratórios e zoológicos precisam seguir à risca todos os cuidados impostos por lei e os estipulados por conselhos éticos e federações. Por isso, procuro estar sempre antenado com o que acontece por lá. Pode ser um possível norte para nós. É possível, ainda, aproveitarmos o que deu certo e rejeitarmos ou alterarmos o que não funcionou bem.
Maus-tratos
O que é considerado delito de maus- tratos? Espancar um animal e mantê-lo em local anti-higiênico são alguns dos crimes previstos em lei. À medida que o respeito pelos animais evolui, novas situações poderão ser consideradas como maus- tratos e incorporadas à legislação.
Cinco liberdades para o bem-estar
De maneira bem resumida, vou descrever os principais pontos considerados fundamentais para o bem-estar dos gatos, pela pesquisadora Irene Rochlitz. Ela utilizou a estrutura chamada “Cinco liberdades”, já adotada para animais de fazenda em países como Inglaterra, Canadá, Estados Unidos e Suécia. Essas liberdades são:
Liberdade 1: Estar livre de fome, de sede e de má nutrição;
Liberdade 2: Estar livre de desconforto;
Liberdade 3: Estar livre de machucados, de dor e de doença;
Liberdade 4: Estar livre para expressar comportamento normal da espécie;
Liberdade 5: Estar livre de medo e de estresse excessivo.
Pré-requisitos das liberdades
Estar livre de fome, de sede e de má nutrição:
É preciso oferecer ao gato, no mínimo, duas a três refeições por dia, balanceadas de acordo com a fase do desenvolvimento em que se encontra, em quantidade que não o deixe magro demais nem obeso. Se o gato não estiver obeso, não constitui maus-tratos manter comida permanentemente ao alcance dele. O acesso a água fresca e potável deve ser possível a qualquer momento.
Estar livre de desconforto:
Significa que o gato necessita de uma área adequada, com luminosidade apropriada (curiosidade: os gatos não enxergam no escuro total!), isenta de odores muito fortes, de temperaturas extremas e que permita abrigar-se do sol, do vento e da chuva. O nível de ruídos deve ser baixo. A área precisa ser mantida limpa.
Estar livre de machucados, de dor e de doença:
Os cuidados abrangem manter o gato sem parasitas internos e externos, com a vacinação em dia e, sempre que necessário, com acesso imediato a veterinário. É preciso, também, que o gato esteja identificado por meio de coleira ou microchip.
Estar livre para expressar o comportamento normal da espécie:
Brincar e se relacionar com outros gatos e humanos, além de caçar, são comportamentos cuja manifestação deve ser livre para o gato. A caça a presas reais tem causado polêmica. Os argumentos são que o animal caçado acaba não tendo seus direitos preservados e que a prática pode causar desequilíbrio ambiental, com impacto negativo para a ecologia. Pode-se substituir a caça por brinquedos e brincadeiras que a simulem.
Estar livre de medo e de estresse excessivo:
Não se deve submeter o gato a estímulos que possam provocar reações como pânico ou medo contínuo. A preocupação deve ser com relação à reação causada no gato e não com o estímulo em si. Por exemplo, a presença de visitas na casa pode ser agradável para um gato e ameaçadora para outro. Quem zela pela existência das cinco liberdades permite que o gato usufrua ótima qualidade de vida.
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