Necessidades no local errado!

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Por Amanda Ornelas, adestradora e franqueada da Cão Cidadão

O xixi fora do lugar é um dos problemas mais comuns relatados por tutores de animas. Mas por mais desagradável que seja, geralmente essa questão não se trata de um problema de difícil solução. O mais importante para ensinar seu bichinho a fazer xixi no local correto é paciência e dedicação.

A primeira providência é escolher um local apropriado. O banheiro deve ser limpo, amplo, seco, absorvente e distante de onde seu peludo come e dorme.

Após montar o banheiro chegou a hora de colocar a mão na massa e treinar seu amigo!

Fique atento aos sinais e rotina de seu peludo. Geralmente ao acordar e após as refeições e brincadeiras, o cão tende a querer fazer xixi. Neste momento, leve-o até o local determinado e espere até que ele se alivie. Assim que ele terminar recompense-o com muita festa, carinho e um petisco gostoso.

Com a repetição e o tempo, logo o seu cãozinho entenderá que ali é o local adequado para fazer suas necessidades.

Lembre-se que durante o período de aprendizagem erros podem acontecer, isso é normal. Evite dar broncas quando os erros ocorrerem, pois, neste caso, as broncas podem piorar a situação. Se seu cão ficar com medo de fazer xixi na sua frente será difícil recompensar os acertos e, além disso, ele pode passar a fazer em locais ainda mais inapropriados na tentativa de esconder de você.

Com carinho, paciência e persistência logo o seu amigo estará usando o banheiro de forma correta!

Fonte: Jornal Imprensa ABC

O que é ansiedade de separação?

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Por Joilva Duarte, adestradora e franqueada da Cão Cidadão

A ansiedade de separação é um problema comportamental que traz sérias consequências tanto para o tutor como para o seu cãozinho.

Por ser de uma espécie extremamente sociável, os cães têm uma forte ligação com o grupo ou com o indivíduo com o qual vivem. Em alguns casos, quando perdem o contato visual e olfativo com seus donos, a ansiedade pode resultar em alguns comportamentos indesejados, como vocalização excessiva, choros, uivos, latidos e destruição de objetos.

Alguns sinais como apatia, casos em que o cãozinho não bebe água e não come, como se sua vida desse uma pausa até seu tutor voltar, necessidades fora do lugar e várias outras situações, demonstram a aflição que o pet passa naquele período solitário.

Esse comportamento também pode ser desenvolvido quando há alteração na rotina do tutor, mudança de residência, estadia em hotéis, problemas médicos ou cognitivos e a chegada de um novo membro na família (um bebê ou outro bichinho de estimação).

Primeiramente, devemos entender que esses comportamentos de destruição não são vinganças do cãozinho por ficar sozinho, e sim uma forma que ele encontrou de extravasar a necessidade da presença do tutor, por isso, algumas vezes os objetos destruídos são sapatos, roupas, sofás, pois trata-se de objetos bastante manipulados por ele, ou seja, com seu cheiro.

Para resolver esse problema devemos trabalhar a independência do bichinho em relação ao tutor. Veja as dicas:

  1. Aumento da atividade física

Tente adequar a sua rotina com passeios com o amigão, principalmente antes de deixá-lo sozinho, assim, quando você sair, ele estará cansando e provavelmente vai tirar uma soneca.

  1. Brincadeiras

Se tiver um dia chuvoso ou o passeio não foi possível por qualquer outro motivo, brinque com ele com uma bolinha ou outro brinquedo que ele goste para cansá-lo.

  1. Sua saída tem que ser legal para ele

Quando for sair, espalhe petiscos pela casa para um caça ao tesouro. Deixe brinquedos interativos com ração e petisco para ele no período da sua ausência e, com isso, gastar tempo e energia. Nada de despedidas longas ou dramáticas.

  1. Treine essas saídas com antecedência

Se quando te vê de tênis seu bichinho já fica ansioso, comece a ficar com o calçado em casa por mais tempo, e não somente quando for sair.

Faça barulhos com as chaves, para tornar os sons comuns para ele. Faça pequenas separações dentro de casa mesmo, ou seja, dê um ossinho para seu bichinho e, enquanto ele estiver roendo, saia e volte várias vezes para que ele vá acostumando com a sua ausência.

  1. O retorno para casa tem que ser algo normal

Quando chegar em casa nada de fazer festa. Espere o animal se acalmar e somente depois dê atenção, para não alimentar essa a ansiedade na sua ausência.

Paciência! Esse é o melhor remédio para casos de ansiedade. Vai levar tempo para seu cãozinho aprender e se acostumar com essa nova rotina e, para isso, você terá que se dedicar e fazer sua parte.

Com o tempo, ele entenderá que ficar sozinho também pode ser muito legal. Se precisar de ajuda procure um profissional.

Fonte: Jornal SP Norte

Latidos em excesso na rua

dicas_interna-latido-excessoPor Marina Marinho, adestradora e franqueada da Cão Cidadão

“Adotei as duas: mãe e filha. A Belinha (Poodle), que é a mãe, foi resgata prenha. Ela estava nas ruas em situação bem precária. Quando eu a trouxe para casa, a Belinha era bem quieta e até desconfiávamos que ela tinha depressão. A Capitu (SRD), já com dois meses, era bem sapeca.

Saio com as duas todos os dias, pelo menos duas vezes ao dia, já que a mãezinha, Belinha, não faz as necessidades em casa, para a minha tristeza. No início, a Belinha andava quieta e desprendida do mundo ao seu redor durante os passeios. A Capitu já é bem elétrica e estabanada, como os filhotes são.

Aos poucos, os problemas começaram. Moro em um condomínio que os animais são proibidos de andarem no chão, então, nosso deslocamento é com o carrinho especifico para pets. Elas não podem ver uma pessoa perto, e às vezes mesmo longe do carrinho, que já começam a latir sem parar. Já fora do condomínio, quando as coloco no chão, a Capitu late mesmo que não tenha ninguém (ou outro animal) por perto, como se estivesse avisando ‘cheguei’. Aí o inferno começa: a Belinha, que era quieta, hoje puxa o coro dos latidos quando vê outro animal. Para pessoas em si a Belinha não late, mas a Capitu late para quase todas.

Comprei as coleiras Gentle Leader, para poder controlá-las melhor, porque a Belinha puxa muito durante os passeios e a Capitu pula nas pessoas e nos animais. Elas nunca morderam ninguém, até porque não as deixo próximas das pessoa ou de outros animais.

Algumas pessoas atravessam a rua quando veem a gente. Outros pegam seus animais no colo. Reações desse tipo são um termômetro de que as coisas não andam bem.

Encontro com as amigas passeando com seus pets e até andamos todos juntos. As minhas cheiram seus amigos e seus tutores e param de latir, e assim seguimos passeando tranquilamente.

Não sei se é certo dizer, mas parece que elas não gostam de certas pessoas, porque latem todos os dias para as mesmas pessoas, que por vezes tentam uma aproximação.

Resumo: a Belinha, de quieta, está terrível (mas menos que a Capitu). A Capitu põe medo em todo mundo. Dou petisco como premiação e elogio quando raramente não latem. A Capitu já chegou a pegar o petisco e se engasgar, porque latiu com o petisco na boca.  Os passeios estão muito estressantes.  Em casa, elas são muito calmas e quietas, nem parecem as mesmas da rua.

Ressalto que sou uma tutora que mima, trato como filhas, dormem comigo e são muito bem cuidadas. Estou desesperada!”

Oi, Katia!

O que acontece com você é algo bem comum! Quando se tira cãezinhos da rua, normalmente eles chegam cheios de traumas e com uma bagagem de bastante sofrimento, o que faz com que sejam mais tímidos ou quietos.

Conforme vão sentindo segurança com a nova rotina e com a nova família, tendem a se soltar e começam a apresentar alguns comportamentos que podem ser indesejados.

Geralmente damos amor e cuidados aos montes e esquecemos de lado os limites e as regras. É possível ter um cão com limites sem deixar outros mimos de lado! Quando a Capitu chegou na família, a Belinha pode ter entendido que agora tem uma matilha e cães aprendem demais por imitação, portanto, não é estranho que ela tenha aprendido os ‘maus modos’ com a Capitu!

Antes de tudo, o ideal é que você tenha voz de comando com elas, que elas se interessem em você quando estão na rua para poder tirar o foco dos outros estímulos. Para isso, restrinja a alimentação delas para que recebam a comida durante os passeios, na forma de treino.

Se tiverem comida disponível em casa, não vão se interessar pela oferecida na rua, por isso é importante usar o manejo da alimentação para corrigir estes problemas apontados.

Você já disse que dá petisco quando elas acertam, mas não é fácil controlar dois cães, então é preciso aumentar a chance de acertos delas. Por exemplo, se elas latem quando uma pessoa cruza com vocês na calçada, o ideal é que, antes de elas iniciarem os latidos e estarem no estado de euforia extremo, você já as recompense e chame a atenção delas para você (aí está a importância do controle da alimentação). Crie nas companheiras a expectativa de receberem a comida. Isso fará com que os outros estímulos passem para segundo plano.

Outra forma de abordagem que pode ser usada para complementar um treino na rua pode ser o uso de alguma ferramenta de inibição, para que elas tenham um pequeno desconforto no momento exato em que começam os latidos. Mas nunca se esqueça de recompensa-las, principalmente nas situações em que elas poderiam ter errado, mas conseguiram se controlar e acertaram o comportamento desejado!

Outro jeito de ajudá-las a acertar é trabalhar com a distância! Se for possível passear longe do fluxo de pessoas e outros animais, mas de forma que elas enxerguem a movimentação, provavelmente terão os estímulos reduzidos e, aos pouquinhos, você pode ir se aproximando à medida que elas estejam se controlando mais.

De qualquer forma, é interessante avaliar com cuidado se não existe nenhum componente de medo nessa situação! Às vezes, demoramos a perceber, pois achamos que um cão que late e vai pra cima dos outros é muito valentão, mas para alguns, vale a regra de que o ataque é a melhor defesa. Sendo assim, muitos cães apresentam uma reatividade decorrente do medo para se mostrarem mais ameaçadores do que os que estão à sua frente. Pura estratégia!

As coleiras que você disse que já providenciou são ótimas. Com um pouco de treino para o uso, os cães se acostumam muito bem e elas podem te ajudar bastante no controle dessa situação, mas sozinhas não fazem milagres!

Treinar um cão pode ser difícil, mas é muito motivador perceber quando estão melhorando os comportamentos que nos faz passar vergonha. Seja persistente e, se for possível, procure ajuda de um profissional para o treino. Boa sorte!

Fonte: Portal do Dog

Cães destruidores. O que fazer?

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Por Maria Fernanda Modaneze, adestradora e franqueada da Cão Cidadão

Oferecer brincadeiras, passeios e atividades pode ser a solução. Confira!

Você tem aquele cãozinho adorável em casa, que é carinhoso, companheiro e brincalhão. Tão brincalhão, que até os móveis se tornam brinquedos. Será que é possível ter um cão destruidor e ainda manter os objetos inteiros?

Antes de mais nada, entenda que cães destruidores são animais que têm um alto nível de energia, então, eles precisam de entretenimento certo e saudável para suprir toda essa energia. Acompanhe as sete dicas que a profissional dá para manter os móveis intactos e fazer o seu melhor amigo feliz.

Passeios diários. Uma rotina de passeio é essencial para qualquer cão, mas para esses pets, em especial, é obrigatória.

Creches e passeadores. Outra opção são as creches, onde o cãozinho passa o dia brincando e interagindo com outros, o que colabora ainda com o seu desenvolvimento social. Os passeadores também são boas alternativas.

Brinquedos estimulantes. Brinquedos de diferentes formatos, cores e materiais são recomendados, mas somente se o cão não tiver o hábito de engolir.

Brinquedos artesanais. Para os que engolem pedaços, o ideal é oferecer brinquedos de nylon, coco verde vazio e papelão.

Promover o interesse. Fazer rodízio de brinquedos também é importante, ou seja, troque-os a cada dois dias evitando que o amigo peludo perca o interesse.

Interativos. Alimentar o cão com brinquedos interativos também ajuda, assim ele é estimulado física e mentalmente. Há brinquedos específicos em pet shops, mas também é possível fazê-los com garrafas pet, mantendo-as espalhadas ou penduradas pela casa.

Caça ao tesouro. Esconder ração e petiscos pela casa também é divertido, pois, além de promover a brincadeira de caça e deixar o pet entretido, ainda estimula a sua natureza.

É possível também usar nos móveis um spray inibidor, com um gosto nada agradável ao cão.
E lembre-se: para cada “não” que você falar, precisa ter um “sim”. Então, ofereça sempre opções de brincadeiras para o melhor amigo. Dessa forma, ele e toda a família serão muito felizes!

Fonte: Jornal A Tribuna de Santos

Não dar atenção pode ser a solução

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Por Amagoya Garcia, adestradora e franqueada da Cão Cidadão

“Adotamos o Zack quando ele tinha dois meses. Ele é mestiço de Yorkshire e Pequinês. Morávamos em um apartamento e depois moramos por dois anos em uma casa com bastante espaço. Logo que mudamos para a casa, adotamos também uma gata, que teve filhotes. Acabamos ficando um mais ums gatinha da ninhada. Resumindo: hoje somos eu, minha esposa, o Zack e duas gatas.

Atualmente, moramos novamente em um apartamento. Os problemas que passamos com o cão são os seguintes: – Urinar em todo lugar: tanto a urina curta, de demarcação de território, quanto a normal. Isso acontece desde que era filhote e ainda o único animal da casa. Ele dorme no sofá ou na cama, junto com as gatas (sei que é errado, mas não conseguimos acostumá-los em uma caminha, ele urinava nelas e a casa toda ficava fedida).

Já tentamos usar jornal, jogar vinagre e/ou água sanitária onde ele urinou, mas não funciona. Queremos que ele urine na varanda do apartamento, que é onde fica a caixa de areia das gatas. A única coisa que eu não testei ainda foi o “Xixi pode” e o “Xixi não pode”, mas creio que não vá funcionar. – Agressividade: ele parece estar meio confuso. Rosna, late e às vezes avança quando ele está em cima do sofá ou da cama e alguém fica em pé virado para ele, principalmente eu. Parece se sentir ameaçado. Quando ele faz isso eu ignoro ou às vezes vou mexer com ele, fazer um carinho, aí ele brinca. Geralmente ele é extremamente carinhoso.

Ele tem um bichinho de pelúcia que gosta bastante, não larga para nada, chega a ser até doentio, ele deita e põe o queixo em cima do bichinho e fica chorando por horas se deixar, isso quando não dorme.  Muitas vezes, temos que esconder o tal bicho para ele lembrar da vida, lembrar de comer, de beber água. Quando tentamos tirar o bichinho, ele rosna muito e até avança, mas adora quando jogamos a pelúcia para ele pegar, mas, ao mesmo tempo, não aceita que tomemos dele. Muito confuso. Estamos há tempos tentando resolver isso, mas já não sei mais para quem mandar esse texto. Obrigado.”

É bem comum cães machos apresentarem comportamento de demarcação de território.

Temos vários pontos que podem justificar a situação: como é feita a limpeza do local, como vocês se comportam quando ele faz o xixi no local errado e como reagem quando ele faz no local certo.

É importante verificar também a localização do banheiro, assim como sua disposição.  Além disso, a castração pode melhorar esse quadro dentro da sua casa.

Dicas

A limpeza precisa ser feita com papel aderente e com produtos específicos e enzimáticos, que destroem a molécula do xixi e eliminam o cheiro por completo para o faro aguçado dos cães.

Produtos de limpeza comuns não eliminam estes odores e o animal continua marcando aquele local. Dependendo do produto (agua sanitária, por exemplo), o cão pode confundir o cheiro com o próprio xixi, além de poder causar alergias e intoxicação.

É recomendado também não fazer a limpeza na presença do pet, pois ele pode repetir o comportamento exclusivamente para chamar a sua atenção.

Verifique a disposição do banheiro: se a varandinha tem espaço suficiente para isso e se o local que vocês escolheram o deixa à vontade para se aliviar.

Identifique qual o tipo de banheiro que o Zack se sente mais confortável para fazer suas necessidades, se é o tapete higiênico, jornal, tabladinho, cone etc. Após a limpeza da forma correta, vamos aos acertos.

Precisamos mostrar ao Zach o local certo, então, podemos tentar uma previsibilidade dos momentos que ele faz xixi, por exemplo: ao acordar, depois de se alimentar ou quando brinca bastante. Nestas horas, procure deixar o animal o mais próximo do banheiro possível. Para isso, talvez seja necessário deixar mais de um local sendo seu banheiro em um primeiro momento, para aumentar as chances de acerto do amigo.

Assim que ele acertar o xixi temos que recompensá-lo com algo que ele goste muito, (normalmente petiscos), porém, quando ele fizer no local errado é preciso ignorá-lo completamente e limpar quando ele não estiver por perto. Dessa forma, ele começará a associar que quando faz xixi no local correto ganha recompensas, mas quando erra nada acontece.

É importante não dar broncas quando ele errar, pois essa também é uma forma de o animal ter a sua atenção e, consequentemente, continuar tendo a atitude indesejada.

Comportamentos de agressividade e de posse normalmente são reforçados por nós sem querer. No caso do sofá e da cama, sempre que for se aproximar, antes de ele mostrar agressividade, jogue um petisco e mostre que sempre que você se aproxima ele é recompensado. Quando conseguir sentar ao lado dele faça bastante carinho e brinque, mostrando o quanto é positiva sua presença ali.

Caso ele já esteja agressivo, ignorá-lo e sair do ambiente é uma opção de não reforçar o comportamento de disputa. Não parecerá tão legal ficar latindo e sendo agressivo sem um público para ver.

Com relação ao bichinho de pelúcia, se aproxime dele com um petisco e mostre ao cão que você não é uma ameaça e nem roubará seu brinquedo. Faça este treino várias vezes até o cão sentir a confiança de que você pode pegar o bichinho, mas irá devolve-lo. Faça uma troca justa: pegue a pelúcia e recompense o amigo com petiscos, pegando e devolvendo o bichinho a ele e mostrando como se torna divertida a brincadeira.

Se precisar de ajuda, conte com a nossa equipe de adestradores. Boa sorte!

Fonte: Portal do Dog

Como proteger o pet no verão

dicas_interna-pet-verao - cópiaPor Joilva Duarte, adestradora e franqueada da Cão Cidadão

Verão, sol, calor… O que para muitos é sinal de curtição, para os pets pode ser indício de sofrimento. Por isso, alguns cuidados são importantes para manter o bem-estar dos nossos amigos de quatro patas nesta época.

Os cães de focinho curto, ou braquicefálicos, tendem a sofrer mais com o calor devido a sua dificuldade natural para respirar, da mesma forma que os pets gordinhos, que costumam sentir mais calor que os magrinhos.

Nós, humanos, transpiramos pela pele. Já nossos pets transpiram pelo focinho, boca e pelas almofadinhas das patas, os coxins.

Quando for passear nos dias quentes vá em horários em que o sol esteja mais ameno, como no comecinho da manhã ou no fim da tarde e início da noite. Ao contrário do que muitos acreditam, os cães não têm proteção nas patas contra o calor. Então, se o asfalto estiver muito quente, ele pode acabar com as patinhas machucadas. Se tiver dúvida sobre a temperatura, coloque a palma da sua mão no chão. Essa será a mesma sensação que o seu pet terá ao colocar a pata no asfalto.

Leve água durante o passeio e a ofereça em pequena quantidade diversas vezes.  Por falar em água, hidratação é muito importante nos dias quentes. Deixe muita água fresca e limpa disponível, espalhada pela casa ou quintal e longe do sol.  Se possível, troque a água em alguns períodos do dia.

Não deixe seu pet em locais fechados e sem ventilação: a exposição ao calor excessivo pode causar um aumento da temperatura corporal que ultrapassa os limites fisiológicos do pet, fazendo com que alguns de seus órgãos e sistemas comecem a falhar podendo até causar a morte dele.

Devemos também ficar atentos a alguns sinais de doenças – os parasitas da pele – como pulgas, carrapatos, piolhos e sarnas, mais comuns no verão. Para evitá-las, aplique regularmente o antipulgas e, se necessário, procure um médico veterinário.

Em alguns casos, tosar seu bichinho pode ser recomendável. Mas, na dúvida, consulte o seu médico veterinário e peça orientação a respeito.

A tosa higiênica também é indicada na época, pois é uma das formas naturais que o pet tem para se refrescar (eles adoram encostar a barriga no chão geladinho).

Nos pets de pele clara é recomendado o uso de protetor solar em regiões como: focinho, orelhas e barriguinha. Existe, no mercado, marcas exclusivas para pets que não oferecem risco de intoxicação.

No verão, os pets podem e devem tomar banhos periódicos, que além de manterem a higiene, refrescam.

Lembre-se também de avaliar a temperatura da água, caso o banho do pet seja em casa. Utilize shampoos especiais para pets e seque-os bem (mas sempre atento ao calor do secador).

É normal que em dias quentes o bichinho perca o apetite e passe a comer menos. Escolha horários mais frescos para oferecer a ração a ele e fique atento se o mesmo está se alimentando regularmente. Se os sintomas forem recorrentes, consulte seu médico veterinário.

Com o verão, as chuvas também são constantes e com ela o risco de enchente, que por consequência pode aumentar a incidência de leptospirose, doença transmitida pela urina dos ratos. Para prevenir o amigo da doença, vacine-o regularmente.

Quando for viajar, mantenha as janelas do carro um pouco abertas ou o ar condicionado ligado, além de fazer paradas regulares para oferecer água fresca a seu amigão

Fonte: Jornal SP Norte

Importância do enriquecimento ambiental

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Por Amanda Ornelas, adestradora e franqueada da Cão Cidadão

Enriquecer o ambiente para os pets significa deixá-lo mais lúdico, desafiador e divertido!

Coloque-se no lugar de seu pet, se imagine o dia inteiro em casa sem nenhuma atividade para fazer, sem livros, televisão, internet e até mesmo sem sono. Muito entediante, não?

Pois é, nossos bichinhos também se sentem entediados e isso pode resultar em problemas bem desagradáveis, como destruição de objetos e móveis, ansiedade de separação, estresse e até comportamentos compulsivos.

Ter uma rotina de atividades para o seu melhor amigo certamente deixará os dias dele mais alegres e ainda ajudará a diminuir a probabilidade de problemas como os citados acima acontecerem.

Há várias maneiras de enriquecer o ambiente! No mercado existe uma infinidade de brinquedos feitos com esse propósito, como bolinhas que servem como dispensador de comida, quebra-cabeças, brinquedos em forma de “joão bobo” que soltam petisco, enfim, além das opções que se encontra facilmente nos pet shops, você também pode criar brinquedos em casa, utilizando garrafas pet, meias, papelões e coco verde. Deixe a imaginação fluir, só não se esqueça de supervisionar a brincadeira nas primeiras vezes que oferece o novo brinquedo ao peludo!

É extremamente importante garantir que o cão irá interagir de forma saudável com os objetos disponíveis, sem comer pedaços de plástico, papelão ou outros materiais que podem prejudicar sua saúde!

A ideia é que o peludo gaste energia física e mental para chegar na comida que está dentro dos brinquedos, e para isso ele pode fazer uma pequena bagunça, como picotar o rolo de papelão para chegar no prêmio! Mas não se incomode, essa diversão para ele é fácil de organizar depois e o estimulará de forma saudável.

Use a imaginação e faça testes para encontrar as brincadeiras preferidas do seu peludo!

Fonte: Imprensa ABC

Adotar um cachorro: tudo que você precisa saber antes de fazer

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Por Cintia Suzuki, adestradora e franqueada da Cão Cidadão

Adotar um cachorro é um ato de amor àqueles que estão à espera de serem escolhidos e acolhidos por uma família que possam lhes dar amor e carinho. Milhares de filhotes e adultos estão em abrigos temporários aguardando uma oportunidade.

Imagine um coração puro e cheio de amor somente esperando alguém para amar. Estes são os cães que estão à mercê da sorte apenas esperando por uma família responsável que lhe dará carinho e suprirá as suas necessidades.

A adoção é um ato lindo, mas você está preparado para assumir este compromisso de amor? Não é raro adotantes voltarem para devolver o pequeno após alguns dias por se arrependerem. Infelizmente esta é a realidade de muitos.

Antes de decidir pela adoção, muitas coisas precisam ser pensadas e discutidas com toda a família. Adotar, necessariamente, modificará a dinâmica e a rotina da casa.

Devemos oferecer cuidados de primeira necessidade, bem-estar e conforto, isso inclui disponibilidade de espaço físico, de tempo e compromisso para suprir as necessidades físicas, mentais e comportamentais do pet.

A família toda deverá estar de acordo com a chegada do novo membro, já que o compromisso e a responsabilidade por esta vida serão de todos e por muitos anos, pois a vida deles depende totalmente de vocês.

Cães não são para todos, apenas para aqueles que tem amor no coração

Cães são cães. São fofos, companheiros e leais. Nos alegram todos os dias e nos amam incondicionalmente. Aqueles que os têm assinam em baixo e afirmam como a convivência com estes peludos alegram a nossa vida e nos melhoram como pessoa.

Porém, cães têm necessidades como qualquer outro ser vivo. Eles precisam se alimentar, se exercitar, ser vacinados e vermifugados, fazer xixi e cocô, soltam pelos e envelhecem. Você está preparado para selar este compromisso?

Tempo

Os cães demandam tempo e atenção. Esteja ciente que com a chegada do novo

amigo você deverá reservar um tempo diário para alimentá-lo, levá-lo para passear, limpar as suas necessidades e bagunça, dar banho, além de tempo para brincar e dar carinho.

 

Se você não tem tempo, se o trabalho ou a família preenchem as horas do seu dia, não adote. Não adote para deixá-lo sozinho o dia todo a sua espera e desejar que no fim do dia ele fique tranquilo e apenas faça companhia. Este é o maior egoísmo que pode existir nesta relação. O seu amigo de quatro patas passou o dia todo sozinho a sua espera e anseia por sua chegada para passear e brincar contigo. Este é o momento mais aguardado para os pets da nossa atualidade corrida.

Necessidades e características naturais

Se você não pretende limpar xixis, cocôs e possíveis vômitos, ou se você se incomodará com pelos pela casa e na sua roupa, com marcas de pegadas no seu piso ou com o cheiro característico do animal, não adote um cachorro.

Estas são necessidades e características naturais de um cão, e caso você decida por dividir a sua vida e a sua casa com um peludo esteja ciente destes cuidados.

Desembolso financeiro

A alimentação do cão deve ser de qualidade, oferecendo rações equilibradas e que supram as suas necessidades nutricionais. A escolha por produtos de melhor qualidade garante uma boa saúde e bem-estar.

Além de uma boa alimentação, os cães devem estar em dia com exames de rotina, vacinas e vermifugação. O acompanhamento do veterinário também garantirá que os pets estejam protegidos de doenças e tenham uma melhor qualidade de vida.

O nosso amigo também envelhecerá e, como os humanos, pode demandar cuidados especiais. Todo este cuidado exigirá um investimento financeiro. Por isso, estude com cautela e verifique se ter um companheiro está dentro do seu orçamento.

Todos os requisitos até aqui estão ok? Então, vamos prosseguir.

Porte e temperamento do cão

Antes de adotar, procure conhecer o cão. Adote um com tamanho e temperamento compatíveis com a sua realidade. Verifique se ele se encaixará nas características da família.

Um cão de porte grande demanda espaço físico maior e mais gasto de energia. Devido ao seu tamanho, talvez se adapte melhor a famílias as quais não existam crianças pequenas e que sejam adeptas de atividades físicas regulares.

Famílias com crianças pequenas podem optar por cães de médio ou pequeno porte e que apresentem um temperamento mais tranquilo e tolerante. Este último também é desejado para famílias que tenham idosos.

Já cães mais agitados, que demandam gastar energia, podem ser o perfil ideal para famílias que curtam uma brincadeira ou caminhada ao ar livre. Seja qual for o perfil da sua, com certeza existe um cão que se encaixa perfeitamente a ele.

Filhote ou adulto

A maioria das famílias tem o desejo de adotar um cachorro filhote. Porém, é preciso ter consciência de que filhotes exigem maior dedicação e paciência. Os filhotes têm um alto nível de energia e necessitam ser sociabilizados. É nossa responsabilidade promover uma boa sociabilização, apresentando a eles os mais diversos estímulos de forma gradativa e positiva. A sociabilização é bastante importante pois determinará o temperamento do nosso cão.

Adotar um cachorro adulto é interessante por ser possível conhecer o porte e o temperamento do animal. A sua personalidade já está formada, sendo importante observar o seu nível de energia, se é agitado ou mais tranquilo e se apresenta algum tipo de reatividade ou medo.

De raça ou vira-lata

Se existe o desejo de adotar um cachorro de raça, procure conhecer as peculiaridades e características da mesma, como o temperamento, o nível de energia e as doenças que estes estão mais pré-dispostos a apresentar.

Quanto aos vira-latas, é mais difícil prever porte e temperamento, mas o amor e a alegria que estes têm a oferecer são os mesmos.

Com o passar dos anos, o passeio diário e a limpeza das necessidades podem se tornar menos divertidos. Por este motivo, tenha consciência de que quando se adota um cão a responsabilidade pelo seu bem-estar e saúde são para a vida toda.

Se ao ler este artigo você ficou apavorado com tantas responsabilidades e estas ofuscaram a alegria que este pequeno pode trazer, repense com calma antes de selar este compromisso com um cão que dependerá apenas de você.

Adotar um cachorro é assumir uma responsabilidade por anos. Você será o responsável pela sua alimentação, boa saúde, bem-estar, exercícios físicos regulares e as dificuldades da velhice. Gastos com alimentação, consultas veterinárias, vacinas, castração, medicamentos, vermifugação, creche, banho e tosa são alguns dos investimentos que devemos nos programar.

Adoção é para sempre! O amor que ele terá por você é sincero e eterno, por isso, o justo é dar-lhe o mesmo.

Fonte: Folha Z

Compulsões: como solucioná-las?

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Por Nathália Camillo, adestradora e franqueada da Cão Cidadão

Os comportamentos compulsivos podem ser muito nocivos, tanto para o animal como para o seu tutor, por isso é importante reconhecê-los para tratá-los. Esses comportamentos podem ser:

Motores: andar em círculos, perseguir a própria causa, pular incessantemente no mesmo lugar e perseguir luzes.

Orais: lamber as patas, o nariz ou outras partes do corpo até causar feridas, arranhar, roer ou lamber objetos, podendo chegar ao ponto de se machucar.

Agressivos: redirecionada ao próprio animal (rosnar e morder partes do próprio corpo).

Vocais: latir, miar ou uivar constantemente.

Alguns motivos recorrentes para esses tipos de comportamento são o tedio, o estresse e a frustação.

O estresse pode ocorrer com alguma mudança súbita no ambiente do animal, como a chegada de um bebê, o falecimento de algum membro da família ou uma mudança brusca na rotina da casa. Para resolver o problema devemos ajudar o animal a se adaptar às novas mudanças com atenção, exercícios físicos e mentais e disciplina com treinos de comandos.

O tédio também necessita de atenção parecida. Em ambos os casos o animal se beneficiará de brinquedos interativos (que colocamos ração ou petiscos dentro) para se distrair durante os períodos em que precisar ficar sozinho ou com menos atenção das pessoas da família.

Além dos brinquedos, da atenção e dos passeios, adestrar seu cão será uma ótima opção para vocês estabelecerem uma melhor comunicação e assim prezar pelo seu amigo, deixando-o menos frustrado ao tentar lhe dizer o que ele quer ou precisa para se sentir bem.

Alguns comportamentos podem ser mais complexos, como a lambedura excessiva devido à ansiedade de separação, então, nesses casos, a orientação de um profissional em comportamento poderá te ajudar a seguir o caminho certo.

Convivência entre cães agressivos e crianças

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Por Camila Mello, adestradora e franqueada da Cão Cidadão.

“Olá! Tenho um cachorro da raça Poodle. Ele é um pouco agressivo e já atacou e mordeu a minha mãe, minha irmã, eu, a minha tia e primas.

Ele é bastante ciumento e ataca a pessoa de repente, principalmente quando são desconhecidas e chegam em casa. Ele late muito e logo quer atacar a pessoa. Temos que prendê-lo. Ele também não gosta muito de crianças, pelo fato de não ter convivido com elas (acredito eu).

Eu estou grávida e logo terei o bebê, e tenho muito medo de como será a reação dele com a criança. O que devo fazer?”

Oi, Andreyssa. Tudo bem?

Seu relato não foge muito do usual, quando tratamos de comportamento animal. Os pets são parte da nossa família e por isso os tratamos como filhos.

Sendo parte agora da matilha humana, seu cão pode estar tendo comportamentos de líder desta matilha e agindo dessa forma para proteger a sua família, e também o seu território.

O Pompom pode, de fato, não ter passado pela fase de sociabilização corretamente, e isso pode causar a ele alguma estranheza ou receio em determinadas situações.

Sendo seu pet ainda um cão jovem, é importante iniciar o quanto antes treinos para modificar esses comportamentos que, às vezes, podem ter sido reforçados pelos donos sem que vocês tivessem percebido, ainda mais agora com a chegada do bebê.

Esse treino se caracteriza em tornar a presença de visitas, crianças e parentes prazerosa e positiva para o Pompom. Ele deverá entender que em vez de ser privado da presença de todos por ter tido um mau comportamento, poderá permanecer no ambiente se ficar calmo.

Ademais, é preciso que ele entenda que os líderes da matilha são os humanos da casa, e não ele. Para isso, ele precisará aprender exercícios de limite e também alguns comandos básicos, como o “Senta” e o “Deita”.

Esses treinos vão mostrar ao cão que ele não precisa tomar a frente das situações desconfortáveis ou assustadoras, simplesmente por entender que você tomará conta desta situação.

Fonte: Portal do Dog.

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