Cães que puxam durante o passeio

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Por Malu Araújo, adestradora e consultora comportamental da equipe Cão Cidadão.

Para alguns tutores, passear com o cão chega a ser um sacrifício, principalmente, para aqueles que têm cães que puxam durante o passeio. Neste caso, a atividade se torna cansativa e a solução encontrada por algumas pessoas é deixar de passear com o cão. Essa escolha deixa o peludo mais ansioso e, quando ele voltar a passear, puxará ainda mais, já que aquela atividade já não faz parte da rotina.

O passeio pode e deve ser um momento agradável para todos. E, sim, é possível mudar esse comportamento independentemente da idade do seu cão. Hoje, o mercado pet tem uma variedade de coleiras que podem ajudar nesse treino. Um desses modelos é o “peitoral de engate frontal” ou “peitoral de treinamento”, que tem o engate para a guia localizado na parte da frente da coleira, no peito do cão, e ele tem a função de frustrar a tentativa de ele de puxar.

Existe também a “coleira cabresto” ou “coleira de cabeça”, que controla a direção do cachorro – ela é, muitas vezes, confundida com uma focinheira, mas ela não tem esse intuito, a função dela é guiar o cão. Ambos os equipamentos auxiliam no treinamento, mas algumas ações também são necessárias, por exemplo, utilizar a técnica do zigue-zague, que é mudar de direção quando o seu cachorro puxa, e só continuar a caminhada quando ele estiver com a guia frouxa.

Induzir o cachorro utilizando um brinquedo ou um petisco, e fazer com que ele siga esse estímulo, também é uma opção para ele não puxar. Sempre que o seu peludo estiver ao lado, fale a palavra “junto”, mas lembre de falar o comando só quando ele estiver andando corretamente. Muitas pessoas ficam falando “junto” quando o cão está lá na frente, mas eles não entendem e acham que estão agindo da forma correta.

Utilizando essas técnicas e esses acessórios, é possível ter um passeio agradável com o seu amigão. Se você tiver dificuldade ou dúvida, não hesite em procurar auxílio de um profissional, e não deixe de oferecer essa importante atividade ao seu cachorro.

Fonte

Brinquedo é coisa séria!

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Photo credit: valentinastorti / Foter / CC BY

Morder, roer, rasgar, farejar, procurar, descobrir, arranhar, caçar e perseguir. Esses comportamentos são naturais em cães, gatos e outros animais que costumamos ter em casa. E, como todo comportamento natural, os bichinhos sentem necessidade de agir dessas formas. O papel de cada tutor é oferecer maneiras de suprir estas necessidades, sem que o animal machuque as pessoas ou a si próprio e sem estragar os objetos da casa.

É aí que entram os brinquedos. Eles podem oferecer muitos estímulos físicos e mentais para que os pets tenham seus comportamentos naturais, mas de forma direcionada para objetos que são específicos para essa finalidade.

Os brinquedos são tão importantes que muitos animais podem desenvolver problemas comportamentais pela falta deles. Então, nós devemos oferecer esses estímulos para animais de todas as idades!

Confira quais são os cuidados fundamentais antes de oferecer brinquedos ao seu pet:

– Identifique as características da espécie e raça, além das limitações e gostos individuais do seu bichinho.

– Um animal que não brinca precisa ser estimulado por nós. Ele passa a valorizar o brinquedo e essa forma de interação.

– Escolha brinquedos com características diferentes para ter uma variedade maior de estímulos.

– Pesquise sobre a marca, a qualidade e as opiniões de profissionais especializados em comportamento animal sobre o brinquedo.

– Existem formas mais econômicas de produzir um brinquedo. Você pode usar garrafas pet, caixas de papelão, cordas etc. Mas é preciso muito cuidado e supervisão para não oferecer algo que o animal possa engolir ou se machucar.

– Faça um rodízio de brinquedos. Tenha uma quantidade que você consiga deixar seu animal com alguns e outros fiquem guardados. Então, com o passar dos dias, vá substituindo para ter sempre novidade para o bichinho.

– Se você tem mais de um animal em casa, tome cuidado para não haver disputas pelos brinquedos. Você pode amarrar brinquedos em pontos fixos separados para que nenhum dos pets tome posse deles. Se o caso for complicado, conte com a ajuda de um profissional.

Estimule seu bichinho com brinquedos. Eles são essenciais e acabam se tornando excelentes ferramentas para educar, entreter, estimular a mente, gastar energia e manter seu bichinho saudável. Então, boa brincadeira!

Vai viajar? Confira o checklist para levar seu pet com tranquilidade!

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Photo credit: visual.dichotomy / Foter / CC BY

Começo de ano e muitas pessoas aproveitam o período para tirar férias e viajar. Revisar o carro e arrumar as malas são alguns dos procedimentos comuns antes da viagem. Para quem vai levar o pet junto, é importante verificar com antecedência os itens que o peludo precisará. Alguns objetos para a segurança e bem-estar dos pets não podem faltar. Que tal conferir se tudo está correto?

Checklist de viagem:       

  • Ração
  • Água
  • Coleira
  • Guia
  • Saquinho para recolher as fezes
  • Carteirinha de vacinação
  • Brinquedos do pet
  • Cinto de segurança para o carro ou caixa de transporte

Arrume a “malinha” de seu pet e tenha uma ótima viagem!

Ah, o verão! Dicas para curtir a estação ao lado do pet

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Photo credit: Gatorgoon / Foter / CC BY-ND

A estação mais alegre do ano chegou! O verão é sinônimo de muito sol, praia e calor. Aproveitar esse momento ao lado do pet é uma boa pedida, mas, para que o peludo curta a estação, os donos devem se atentar para alguns cuidados.

Passeios

Leve seu cão para passear somente nos períodos frescos do dia, como pela manhã ou ao anoitecer, tomando cuidado para que o animal não ande no asfalto quente, o que pode queimar as patinhas dele.

Jamais deixe seu pet preso dentro do carro, mesmo com a janela aberta! Um carro parado no sol pode ficar com uma temperatura muito alta rapidamente.

Lembre-se também de que eles não suam através da pele, como nós. A perda de calor ocorre pela boca e pelos coxins das patas, por isso, as raças braquicefálicas, que são as que possuem o focinho achatado, têm maior dificuldade em perder calor e requerem cuidado redobrado nos dias quentes.

Praia

Na praia é preciso ficar atento e tomar cuidado com o seu cão. Antes de sair de casa, verifique se ele está com a coleira ou, caso ele não esteja, não o deixe se afastar muito de você.

Também é importante sair em horários em que o sol não está tão quente, porque isso pode afetar o animal. O ideal é levá-lo para passear antes das 10h ou depois das 16h, porque nesse horário o sol ainda é mais forte.

Verifique se o chão e a areia da praia estão frescas para não queimar ou machucar as patinhas do seu cãozinho.

Dicas refrescantes

Em dias quentes, que tal oferecer algo para refrescar o bichinho? Coloque na água do pet algumas pedrinhas de gelo.

Dê também a ele alguns brinquedinhos congelados para minimizar o calor. Deixe água fresca à disposição do cãozinho o dia todo e em vários lugares diferentes da casa.Isso pode ajudá-lo!

Prevenção aos parasitas

Nessa época, também é muito comum aumentar a quantidade de parasitas, como pulgas e carrapatos, que podem transmitir doenças. Mantenha em dia o antipulgas do seu pet! Alguns cães se beneficiam muito com uma tosa mais baixa.

Nos animais que não podem ser tosados devido à raça ou tipo de pelo, pode-se fazer uma tosa higiênica e remover os pelos da barriga, o que ajudará na troca de calor quando eles estiverem deitados no chão.

Planejando uma viagem: 10 dicas para escolher e adaptar seu cão ao hotel

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Photo credit: Jon Olav / Foter / CC BY

Você está planejando a viagem de fim de ano, mas ainda não sabe onde deixar seu pet? Familiares e amigos são algumas das opções para cuidar de nossos peludos durante as férias, mas uma alternativa bastante comum são os hotelzinhos.

A adestradora e consultora comportamental da equipe Cão Cidadão, Cassia Rabelo Cardoso dos Santos, explica que, caso essa seja a sua decisão, é importante tomar alguns cuidados, para que o cãozinho tenha uma estadia agradável. Confira, abaixo, algumas orientações da especialista!

10 dicas que vão te ajudar a escolher e a adaptar seu cão ao hotel

1. Busque referências de outros donos, que já deixaram seus pets no hotel.
2. Realize uma visita pessoalmente ao local e observe a rotina dos hóspedes.
3. Aproveite a visita para verificar se os profissionais são qualificados para exercer a função de cuidadores.
4. Verifique se o cão ficará solto durante a maior parte do dia.
5. Fique atento às questões de segurança, como: o hotel solicita a carteirinha de vacinação de todos os animais? Há veterinários para atender aos pets, caso eles precisem?
6. Confirme com o hotel se você poderá levar a ração que seu cachorro está acostumado a comer.
7. Observe se o local é limpo e se possui áreas cobertas para os dias de chuva.
8. Leve o cão para conhecer o hotel e veja como ele interage com os colegas.
9. Se possível, leve o cachorro para passar um fim de semana no local, assim, ele se familiariza com o novo ambiente.
10. No dia da hospedagem de maior duração, leve brinquedos, roupas, caminha e cobertores do cão, bem como alguma peça de roupa sua. Isso certamente deixará o peludo mais confortável!

Com essas dicas, você e seu cão terão férias tranquilas e divertidas!

Cuidados ao viajar com o pet

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Photo credit: ilovemypit / Foter / CC BY

Feriadão chegando e quem é que não gosta de viajar em família, não é mesmo? E isso inclui também o bichinho de estimação, porque não? Mas, é preciso ter alguns cuidados ao viajar com o pet. Lembre-se de que o amigão também requer atenção durante todas as etapas da viagem – do transporte, passando pela alimentação, até chegar a uma convivência pacífica com as demais pessoas nos ambientes em que você visitará com ele.

Para ajudá-lo, separamos algumas dicas para que tudo aconteça de forma segura e positiva!

Durante a viagem

Mantenha sempre o seu pet seguro por um cinto de segurança, próprio para cães, durante a viagem. Caso você não tenha o acessório, mantenha-o confortavelmente instalado dentro da caixa de transporte. O ideal é sempre deixá-lo em segurança, assim, você evitará acidentes. Nunca o deixe solto no carro!

Hora do descanso 

A cada duas horas, ou antes, dependendo do percurso da viagem, faça paradas na estrada, para que o pet possa recompor as energias. Dessa forma, ele também poderá esticar as patinhas e passear um pouco, além de comer e beber um pouco de água. Se o tempo estiver muito quente ou abafado, em cada parada, molhe uma toalha com água fria e passe no animalzinho. Leve uma também para ir refrescando o cãozinho dentro do carro.

Malinha do pet

Separe alguns objetos e prepare uma malinha para o cãozinho. Além do básico, como água, ração e caminha, você pode incluir brinquedinhos, ursinhos, a carteirinha de vacinação e a sacolinha para recolher as fezes dele.

Caso não saiba ao certo tudo o que deve levar, o especialista em comportamento animal, Alexandre Rossi, dá algumas dicas do que não pode faltar para quem vai viajar com pet. Confira aqui o vídeo!

Importante: o pet deve estar sempre confortável e protegido quando for viajar, por isso, antes de sair de casa, confira tudo e se certifique de que o seu cãozinho fará uma boa viagem. Afinal, viajar tranquilamente é muito melhor, não é?

Boa viagem!

Importância da caixa de transporte para o cão

Photo credit: ozmafan / Foter / CC BY
Photo credit: ozmafan / Foter / CC BY

Por Katia de Martino, adestradora da equipe Cão Cidadão.

Muitas pessoas acham que é maldade colocar nosso amigo em uma caixa de transporte. O cão sofre, chora… Bom, se não o treinarmos corretamente, o pet, com certeza, vai ter esse tipo de comportamento. Agora, com o treino correto, você e seu cão ficarão felizes com o resultado.

Mas, por que a caixa de transporte é tão importante?

Bom, imaginemos que você terá que mudar de país e, claro, você não vai deixar para trás seu cão. Ele automaticamente vai precisar viajar (seja dentro ou fora da cabine) em uma caixinha de transporte! Seu amigo morre de medo de fogos ou trovões, por exemplo, a caixa pode ser (e com certeza será) o refúgio dele nas horas de maior medo. Ela pode ser, também, uma ótima opção para transportá-lo em viagens de carro!

Como fazer com que ele goste dela?

Primeiro: NUNCA a use como uma punição. Não se deve associar a caixinha com o castigo. Deixe-a sempre disponível e aberta, para que ele entre e saia toda vez que quiser. Procure alimentá-lo dentro dela. Aos poucos, seu cão a estará usando para tirar um cochilo. Quando ele estiver mais acostumado, procure fechá-lo por alguns minutos. Vá aumentando gradativamente o período de permanência.

Acaricie, recompense, ou seja, dê atenção a ele toda vez que estiver dentro dela! Com certeza, você não terá problemas futuramente quando precisar utilizá-la.

Fonte: Pet Center Marginal.

Melhores guias e coleiras para passeio

Photo credit: mrhayata / Foter / CC BY-SA
Photo credit: mrhayata / Foter / CC BY-SA

Por Cássia Rabelo Cardoso dos Santos, adestradora e consultora comportamental da equipe Cão Cidadão.

Antes de mais nada é fundamental que seu cão aprenda a passear – e a se comportar durante o passeio – desde pequenininho.

Mas, qual a coleira mais adequada?

A resposta correta vai depender do tamanho e comportamento do cão.

Comece pensando na segurança, evite produtos frágeis, feitos de plástico ou tecidos finos. Produtos que tenham argolas soldadas nas junções também podem se romper caso seu cão puxe com muita força, portanto, é melhor evitá-los.

Para cães de pequeno porte e para os que não puxam durante o passeio, pode ser usada a guia peitoral. Ela também deve ser usada em cães que praticam atividades físicas com seus donos, como correr ao lado da bicicleta ou do patins.

As coleiras de nylon ou de couro ajustáveis também são indicadas para cães que se comportam bem fora de casa.

Mas, se seu cão é do tipo que leva o dono para passear, opte por uma coleira com algum tipo de contenção como enforcadores, meio enforcador, coleira tipo cabresto ou até peitoral com contenção.

Muitas pessoas não usam enforcador por receio de estar maltratando o animal. Na verdade, se utilizado da maneira correta, o enforcador apenas ajuda o cão a entender que não deve puxar. Se seu cão estiver andando enforcado, você não está usando adequadamente a coleira. A guia deve estar frouxa durante todo o passeio, apenas quando precisar chamar a atenção é que devemos usar o enforcador dando uma leve tracionada.

Quanto às guias, prefira as achatadas, sem nenhum tipo de elasticidade ou mola para que não amorteça o impacto da “chamada” que você der em seu cão.

Cuidado com as guias retráteis pois elas são frágeis e podem arrebentar com facilidade, além de dificultarem o controle do animal por permitirem que ele se afaste muito de nós. Jamais use guia retrátil com contensores pois ela obriga seu cão a puxar, e, consequentemente, ele andará sempre enforcado.

Caso ainda esteja com dúvida sobre quais são as melhores guias e coleiras para o passeio com o seu pet, procure ajuda de um profissional que possa orientá-lo.

Fonte: The Pet News.

Cuidados no passeio de carro com o cachorro ou gato

Photo credit: Takashi(aes256) / Foter / CC BY-SA
Photo credit: Takashi(aes256) / Foter / CC BY-SA

Por Cassia Rabelo Cardoso dos Santos, adestradora e consultora comportamental da equipe da Cão Cidadão.

Dificilmente uma pessoa que tenha a companhia de um cão ou gato conseguirá mantê-lo longe de um carro. Ou seja, em algum momento, o pet terá que ser transportado em um automóvel e, considerando a vida nos grandes centros urbanos, essa necessidade será ainda maior. Assim, é preciso tomar alguns cuidados simples, mas que podem fazer toda a diferença para que uma simples ida à casa de um parente, não se torne um verdadeiro sufoco para o animal.

Cuidados no transporte de pets

Cães

As dicas abaixo podem fazer toda a diferença para que o passeio de carro seja algo tranquilo e até prazeroso para ele:

– É aconselhável mantê-lo seguro por um cinto de segurança próprio para cães, ou confortavelmente instalado na caixa de transporte – a qual ele deve ser acostumado, previamente, de forma positiva.

– Se o cachorro enjoa no carro, situação especialmente comum em filhotes, vale uma conversa com o veterinário, para a indicação de medicamentos que evitam esse desconforto, até que ele se habitue.

– Se o amigo peludo não está acostumado com carro, não é interessante percorrer longas distâncias com ele desde o início. Ele deve ser habituado antes a essa “casa que anda”, primeiramente em trajetos bem curtos, que vão aumentando em tempo e distância, à medida que o peludo se sentir confortável e relaxado.

– Cães, em nenhuma hipótese, devem ser deixados em carros quando está muito quente, nem mesmo com a janela parcialmente aberta: os efeitos da hipertermia ocorrem rapidamente e podem levar à morte! Algumas raças, chamadas braquicéfalas (com nariz achatado), como Pugs e Buldogues, não devem sequer viajar em carros que não disponham de ar condicionado, especialmente no verão, pois o risco de hipertermia é maior ainda.

– Em casos de viagens, é importante fazer paradas a cada duas horas, para que o cão fique confortável, pois poderá se aliviar, esticar as pernas e beber água. Se estiver muito quente, em cada parada, vale molhar uma toalha em água fria, para ir refrescando o cão dentro do carro.

Gatos

As dicas acima valem também para os felinos, mas com a ressalva de que gatos se estressam bastante com mudanças de ambientes.

– Assim, o bichano deve ser previamente acostumado à sua caixa de transporte, que deve ser transformada em seu local de descanso, uma ambiente onde ele se sinta seguro. Gatos só devem ser transportados em caixas de transporte, pois sua extrema agilidade e a facilidade com que se assustam podem gerar fugas. Dentro da caixa, a tendência é que ele se sinta mais tranquilo e protegido.

– Antes de percorrer qualquer distância com um gato no carro, vale acostumá-lo, primeiramente, ao automóvel parado, depois ligado, e somente depois em movimento. Assim, ele poderá se familiarizar aos poucos com esse local diferente.

– As dicas acima visam priorizar o bem-estar do amigo de quatro patas durante o transporte em carros, o que garantirá também tranquilidade para toda a família!

Fonte: The Pet News.

Ensine seu gato a passear na rua de coleira

Photo credit: juhansonin / Foter / CC BY
Photo credit: juhansonin / Foter / CC BY

Por mais estranho que pareça, é possível levar o gato para dar uma volta e ele tirar um bom proveito do passeio

Passear com o gato é bem diferente do que passear com o cão. Exige, portanto, procedimentos específicos. E o resultado pode ser um programa prazeroso e seguro para o felino.

Vantagens para o gato
Gatos são curiosos e precisam ser estimulados. A situação torna-se crítica quando ficam restritos a um espaço pequeno, quase sem atividade. Um experimento inglês constatou que gatos em liberdade chegam a andar mais de dois quilômetros por noite e caçam dezenas de pequenos animais, como insetos, répteis e ratos. Os passeios podem devolver aos gatos um pouco de liberdade, sem haver risco de serem atropelados, envenenados ou machucados por cães de vizinhos.

Nem todo gato curte
Exemplares mais tímidos e medrosos poderão nunca curtir um passeio, apavorados com o ambiente aberto e com o qual não têm ainda intimidade. É importante você conhecer bem o seu gato. Ao tentar passear com ele, fique atento. Observe se os sinais que ele dá são de bem-estar ou de estresse.

Passeio apreciado
Gatos são obcecados por controle do território. Só costumam relaxar depois de conhecer detalhadamente o ambiente onde estão. Gostam também de ter um lugar no qual confiam, para se esconderem caso apareça algo que, na concepção deles, seja muito perigoso. Por esses motivos, sugiro levar o gato sempre aos mesmos lugares. Deixe a caixinha de transporte por perto. Assim, ele poderá voltar ao “esconderijo” sempre que desejar.

Experiência com minhas gatas
Apesar de o passeio com gato ser bem limitado, é muito gratificante vê-lo explorando o ambiente e interagindo. Eu tinha duas Siamesas que adoravam passear em um praça. Sempre as levava para o mesmo canto, ajeitava a caixinha de transporte e as deixava à vontade, presas com guia. Elas subiam num arbusto, caçavam insetos e brincavam. Iam correndo para a caixa de transporte, como se fosse um treino para emergência! Quando passava um cão, a mais nova ficava mais acuada ou ia para a caixinha, enquanto a mais velha fazia questão de interagir com ele. Claro que eu só deixava esse contato acontecer quando tinha certeza que a aproximação era amistosa.

Pré-requisitos
Antes de levar o gato para passear, acostume-o a usar peitoral e guia dentro de casa ou num ambiente ao qual esteja acostumado. Procure deixá-lo com o peitoral enquanto come ou brinca. Aumente aos poucos o tempo de uso do acessório e procure manter o felino sempre sob supervisão, nessas ocasiões. Deixe o peitoral justo, de modo que o gato não consiga tirá-lo – uma escapada pode colocar em risco a vida dele. Peitorais com uma coleira em torno do pescoço aumentam muito a segurança.

O gato deverá também estar curtindo a caixinha de transporte, que será o porto seguro dele. Para estimulá-lo a entrar nela, coloque dentro petiscos gostosos. Deixe-a em lugares nos quais ele goste de ficar.

Primeiros passeios
Ao marinheiro de primeira viagem, sugiro levar o gato para um ambiente fechado e totalmente seguro. Por exemplo, ao apartamento de um amigo sem outros animais de estimação. Mesmo que seja possível deixar o gato sem peitoral e guia, não o faça. Aproveite essa segurança extra para verificar se está tudo em ordem. Leve sempre o gato na caixinha de transporte. Nela, ele se sentirá mais seguro e diminuirão as chances de escapar e machucar quem tentar contê-lo. Ponha a caixinha num canto e abra a portinha. Não force o gato a sair. Se desejar, estimule-o com um petisco, brinquedo ou fale carinhosamente com ele. E respeite-o se ele não quiser sair.

Novos lugares
Sempre que levar o gato a um novo ambiente, aja como se fosse o primeiro passeio. Enquanto ele preferir ficar dentro da caixinha, estará se acostumando com os cheiros, barulhos e a movimentação do lugar.

Avaliando estresse e prazer
Procure avaliar o comportamento do seu gato durante o passeio. Normalmente, quando ele estiver estressado não se interessará por alimento, água, carinho ou brincadeiras. Também evitará fazer as necessidades. Se ele estiver interessado em petiscos, brincando, gostando de receber carinho, etc., é quase uma garantia de não estar estressado – provavelmente o passeio está fazendo bem para ele. Já o oposto não é verdadeiro. Diante da variedade de estímulos oferecidos por um ambiente diferente, o gato pode preferir explorar as novidades a brincar, comer ou receber carinho. Na dúvida, consulte um especialista em comportamento anima para ajudar na avaliação.

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