Adestramento de cães: latidos durante o passeio

Photo credit: quinn.anya / Foter / CC BY-SA
Photo credit: quinn.anya / Foter / CC BY-SA

Por Malu Araújo, adestradora e consultora comportamental da equipe Cão Cidadão.

Muitos donos se queixam dos latidos durante o passeio com o pet. Têm cães que latem para barulhos, outros têm medo dos outros cães e latem para eles e, alguns ainda são tão ansiosos, que ficam tão felizes em sair para um passeio, que latem só pelo fato de estarem na rua.

No caso dos cães que latem para barulhos, o ideal é fazer uma dessensibilização desses sons, que é acostumá-lo aos poucos com isso. Então, no início, faça os passeios em ruas mais calmas, com menos movimento e, aos poucos, vá para ruas mais agitadas e ofereça um petisco. Alguns passeios de carro também são bacanas, pois alguns cães se sentem mais confortáveis. Comece dirigindo em ruas mais tranquilas e mude a rota para ambientes mais barulhentos aos poucos. Sempre fazendo uma associação positiva com os sons, antes de o cão latir.

No caso de cães que latem para outros animais, o ideal é fazer uma sociabilização. Sempre que o cão avistar de longe outro e não latir, dê um petisco e elogie. A intenção com esse treino é que ele veja a presença de outros cães como algo agradável. Em alguns casos, o acompanhamento de um profissional adestrador é necessário.

Já para os animais que latem porque estão muito felizes por estar na rua, isso, normalmente, acontece quando a frequência do passeio é pequena – o dono não tem paciência ou, às vezes, tem até vergonha de sair com um cachorro que faz tanto barulho. Em função disso, quando o cãozinho sai está tão ansioso, que vocaliza, demonstrando sua satisfação.

Nesse caso, o ideal seria aumentar a frequência dos passeios e a duração, e para que o cachorro não saia tão ansioso na rua, vestir a coleira antes (sempre sob supervisão, para que ele não se enrosque em algum ponto ou não mastigue a guia) e praticar exercícios de obediência, como o comando “senta” para esperar abrir a porta e o elevador, e o “junto”, para que o cachorro ao lado e com a atenção nos donos.

O passeio começa com a obediência em casa. Com isso, o cachorro sai na rua com um comportamento mais calmo.

Bom passeio!

Fonte: PetShop Magazine.

Como adaptar o cão à caminha?

Photo credit: NickiMM / Foter / CC BY
Photo credit: NickiMM / Foter / CC BY

Por Malu Araújo, adestradora e consultora comportamental da equipe Cão Cidadão.

É muito comum o dono comprar uma caminha ou uma casinha nova, e o cachorro não usar. Mas, mesmo que ele não tenha ainda o costume, é possível adaptar o cão à caminha dele e fazer com que ele goste de ter um cantinho dele!

Assim como nós, os cães gostam de estar confortáveis quando vão descansar, por isso, o sofá e a cama são tão convidativos. Na hora de escolher uma caminha, prefira uma macia e com um tecido agradável, ou coloque um cobertor ou paninho bem gostoso na casinha. Ela também deve ficar em um ambiente adequado, onde não tenha umidade, e que seja protegido do excesso de sol e chuva.

Quando a caminha é muito nova, ela tem um cheiro desconhecido e alguns cães podem não usá-la por esse motivo. Então, colocar uma camiseta velha do dono ou algum paninho que o cachorro já esteja acostumado a usar pode ser um incentivo para essa adaptação.

No começo, também é possível estimular o cão para que ele vá até a caminha, jogando um pedacinho de petisco. Quando o cachorro estiver nela, elogie e faça carinho. Com isso, ele terá uma associação positiva com esse espaço.

Mas, se o cachorro dorme com você na cama, e agora você quer estimulá-lo a ficar na própria caminha, não faça esse treino à noite, antes de dormir. Deixe a cama na sala por alguns dias e incentive que o cachorro fique lá. Depois, você a leva para o quarto e, quando ele subir na cama, o coloque novamente na caminha. Com algumas repetições, ele entenderá que deve permanecer lá e o processo será mais rápido, porque ele já estará acostumado a usá-la.

Lembre-se de elogiar e dar atenção quando o cãozinho estiver na caminha: comportamentos que são estimulados se repetem e sempre são mais agradáveis.

Fonte: Meu Amigo Pet.

Dicas para cachorro que mora em apartamento

Photo credit: trentroche / Foter / CC BY-ND
Photo credit: trentroche / Foter / CC BY-ND

Por Malu Araújo, adestradora e consultora comportamental da equipe Cão Cidadão. 

Hoje, principalmente nas grandes cidades, o tempo está cada vez mais restrito. As pessoas saem cedo de casa e voltam tarde, e os bichinhos ficam a maior parte do tempo sem ter o que fazer. Muitos acabam até destruindo móveis e fazendo bagunça quando o dono não está, na procura de uma atividade. Em alguns casos, por conta dessa bagunça, acabam ficando presos em um espaço pequeno, para evitar a destruição.

Mas, antes de pensar que o seu pet é um bagunceiro que não vai aprender nada, ou que ele faz essa bagunça como um protesto por você ter saído, coloque-se por um instante no lugar dele: é como deixar a nossa vida com pouco contato social, sem internet, telefone, TV, livros, sem nosso trabalho e qualquer coisa que nos distraia. Chato, não é? Então, é assim que muitos animais se sentem, e por conta disso, criam as suas próprias brincadeiras, que podem terminar na destruição de um sofá, rasgar as revistas, roubar roupas do cesto, entre outras traquinagens.

O cachorro que mora em apartamento deve ter uma rotina de atividades. Passear é uma excelente forma de começar o dia, já que caminhar é um exercício muito completo, não apenas por gastar energia, mas também pelo contato com outras pessoas e animais, cheiros pelo caminho, sons do ambiente. Enfim, é uma atividade física e mental que gasta a energia do animal.

Para os donos que não possuem muito tempo para essa caminhada, existem muitos passeadores profissionais. Converse com amigos e peça uma indicação. Certamente, você encontrará algum profissional de confiança.

Dentro de casa, o enriquecimento ambiental é a forma mais adequada de oferecer atividade para os pets. Existem muitas opções de brinquedos interativos, e alguns podem ser feitos em casa, com material reciclado. Esses brinquedos dispensam ração e petiscos, e o animal se movimenta mais e, consequentemente, demora mais para terminar a refeição, gastando mais energia e servindo de estímulo mental.

Um brinquedo muito bacana, que pode ser preparado em casa, utiliza garrafa pet sem rótulo. Escolha um tamanho adequado para o cão, faça alguns furos na garrafa e coloque ração dentro. O furo deve ser um pouco maior do que o grão da ração, mas não muito grande para que caia tudo de uma só vez. Os animais deverão rolar a garrafa e retirar, aos poucos, a alimentação.

Outra brincadeira muito fácil de preparar é a “caça ao tesouro”, que nada mais é do que, ao invés de colocar a ração no pote, espalhá-la pela casa, em locais que o animal pode frequentar, e deixar que ele a procure. Dessa forma, ele terá atividade enquanto não tem ninguém em casa.

Ensinar comandos também é uma maneira de fazer com que os pets tenham mais enriquecimento e estímulo mental, além de ajudar na obediência.

Fonte: PetShop Magazine.

Adestramento: ignorar pode ser a melhor solução

Photo credit: Giuseppe Bognanni / Foter / CC BY
Photo credit: Giuseppe Bognanni / Foter / CC BY

Por Malu Araújo, adestradora e consultora comportamental da equipe Cão Cidadão. 

O cachorro gosta muito do contato com as pessoas e está sempre tentando ser notado: ele pula quando chegamos em casa para dizer olá, late quando quer alguma coisa, busca brinquedos e até mesmo pega algum objeto que não é permitido. E, por que o cachorro faz essas coisas? Na verdade, alguns desses comportamentos somos nós mesmos que ensinamos, mesmo que sem querer.

Por exemplo, quando o cachorro é filhotinho e bem pequeno. Ao nos aproximamos, até o incentivamos a pular nas nossas pernas, para ficar mais fácil fazer carinho. Quando o cachorro pega algum objeto que não é dele, imediatamente paramos de fazer o que quer que seja para corrermos atrás dele e retirar o objeto são e salvo da boca dele. Mas, aí que está o perigo: o cachorro está sendo recompensado em todas as situações! Ele conseguiu ter atenção dos donos e, na maior parte desses comportamentos, o melhor remédio mesmo é ignorar.

Vamos usar o exemplo de pular nas pessoas. Se o cachorro pula e nós nos viramos de costas ou continuamos andando, ele vai perceber que não ganhou a nossa atenção, muito pelo contrário, perdeu a recompensa! O certo é ensiná-lo a sentar e fazer um carinho, elogiar sempre que ele estiver nessa posição.

Agora o outro exemplo: quando o cachorro pega um brinquedo dele, a maioria das pessoas tem o seguinte pensamento: “vou aproveitar que ele está quietinho com o brinquedo e terminar de fazer minhas coisas”. Ou seja, o dono ignora o cão e, quando ele pega um objeto que não é dele, o dono para de fazer o que está fazendo para buscar aquilo. Com isso, o cachorro percebe que ganha atenção e, por isso, continua pegando o que não pode. Então, o correto é sempre elogiar e brincar com o cachorro quando ele pega a bolinha ou está roendo o osso, jogar o brinquedo quando ele o traz nós, pois, assim, ele vai entender que é notado ao fazer o que é certo.

O latido também diminui muito quando ignorado. Normalmente, os donos não querem causar nenhum incomodo aos vizinhos e, quando o cão late para abrir alguma porta ou quando quer alguma coisa, o dono atende prontamente. A melhor forma de lidar com os latidos é mostrar que ele será recompensado quando se comportar da maneira esperada, então, ensine-o a sentar e esperar para abrir um porta, ofereça um petisco sempre que ele ficar quieto esperando você terminar seu almoço.

Todo o comportamento que é recompensado tende a se repetir mais vezes, quando ele é ignorado, diminui a frequência!

Fonte: PetShop Magazine.

Melhor idade para começar o adestramento

Photo credit: Olgierd Pstrykotwórca / Foter / CC BY
Photo credit: Olgierd Pstrykotwórca / Foter / CC BY

Por Malu Araújo, adestradora e consultora comportamental da equipe Cão Cidadão

Os cães estão aprendendo a todo momento, e a melhor idade para começar o adestramento é assim que a família decide ter um cão em casa! Isso mesmo, na verdade, em um cenário ideal, uma consulta com um adestrador deveria começar antes mesmo de o cachorro chegar a casa, para evitar alguns erros comuns, principalmente para os donos de primeira viagem.

Os filhotes podem começar a ser adestrados com 50 dias de vida! Iniciando o adestramento assim que o cachorro chega na casa é possível ensiná-lo, da forma correta, a como se comportar quando for ficar sozinho, a como usar o banheiro corretamente sem receber broncas pelo xixi errado, a como evitar que ele saia puxando no passeio, e tentar evitar que o cachorro tenha receio de situações como o banho, o passeio de carro, entre outras situações.

Muitas pessoas pensam que o adestramento é para ensinar só comandos ou que cães adestrados não são espontâneos e que se comportam como um robô. Mas, ensinar os comandos, além de ser um estímulo mental para eles, é uma forma de treinar a obediência e a como se comportar em situações sociais. Por exemplo, ensinar ao cão a se sentar é a maneira de mostrar para ele como se comportar quando chega uma visita.

Os filhotes aprendem, sim, com mais facilidade, mas cães de qualquer idade podem melhorar e mudar alguns comportamentos com aulas de adestramento. O principal é sempre ter a companhia dos donos e familiares junto com o adestrador, para que todos coloquem em prática os ensinamentos da forma correta!

Fonte: Meu Amigo Pet.

Compulsão em pets: o que é preciso saber?

Photo credit: Matt Salas / Foter / CC BY
Photo credit: Matt Salas / Foter / CC BY

Por Cássia Rabelo Cardoso dos Santos, adestradora e consultora comportamental da equipe Cão Cidadão. 

Assim como ocorre com os seres humanos, os pets também podem apresentar comportamentos obsessivos. A chamada compulsão se caracteriza por comportamentos repetitivos, sem motivo aparente e não vantajosos, que podem, inclusive, levar o animal de estimação a se ferir.

Alguns exemplos comuns, que costumam ser relatados pelos donos: o cão que se lambe excessivamente até ferir partes do corpo, como as patas, rabo, dorso; gato que arranca tufos do próprio pelo; o papagaio que arranca as penas; o cão que persegue o próprio rabo ou a própria sombra.

Mas, como saber se determinado comportamento do amigo de estimação consiste, efetivamente, em compulsão?

Diagnóstico

Caso haja a desconfiança de que o pet está apresentando algum comportamento repetitivo, antes de qualquer coisa, é preciso buscar ajuda de um médico veterinário de confiança. Esse profissional fará toda a avaliação necessária, para descartar alguma doença clínica, como possível deflagrador do comportamento. Por exemplo: um cão que começa a lamber as patas excessivamente pode estar apresentando algum problema dermatológico, que o leva a agir assim. Caso seja constatada alguma causa clínica para o comportamento, é necessário que ela seja devidamente tratada.

Mas, caso os exames clínicos descartem qualquer sinal de doença ou problema de saúde, aí sim é necessário consultar um especialista em comportamento animal, para que sejam tomadas as medidas necessárias para a modificação comportamental. Lembrando que, para os comportamentos compulsivos, há uma predisposição genética herdada, geralmente em razão de desequilíbrio químico de neurotransmissores do cérebro. Esse fator pode levar à necessidade de utilização de medicação, a ser prescrita pelo médico veterinário.

O que fazer?

Muitas vezes, a “mania” surge apenas por falta de atividades para um cão bastante ativo, estresse gerado pelo ambiente onde ele vive ou mudança brusca na rotina. Aliás, o estresse é um dos principais deflagradores de comportamentos compulsivos.

Assim, uma das medidas é promover enriquecimento ambiental para o pet, ou seja, proporcionar atividades que ele possa se entreter bastante e que sejam adequadas às necessidades da espécie. Exemplo: cães são animais sociais, precisam de convívio com outros cães e com os humanos; gatos são caçadores por natureza e precisam dar vazão a esse comportamento.

Nesse sentido, é também importante dar ao animal de estimação oportunidade para extravasar sua energia com atividades físicas, como longos passeios diários aos cães ou criar ambientes em que os felinos possam escalar e “caçar” sua comida. Pode-se, também, direcionar o comportamento compulsivo de cães para objetos determinados, como ossos recreativos e brinquedos que liberam comida.

O ambiente e relacionamento do cão e gato com o dono também devem ser avaliados, para verificar se estão adequados para a espécie. Cães muito ligados ao dono podem ficar bastante ansiosos ao serem deixados confinados por longos períodos de tempo, e esse fato pode deflagrar comportamentos compulsivos. Gatos submetidos a mudanças drásticas no ambiente em que vivem podem ficar bastante ansiosos e incomodados.

Assim, sempre observar o pet e proporcionar a ele as condições necessárias para seu bem-estar. São medidas que ajudarão a evitar e combater comportamentos compulsivos.

Fonte: The Pet News.

Pets ciumentos

https://www.flickr.com/photos/nathanmac87/14021190075/
https://www.flickr.com/photos/nathanmac87/14021190075/

Por Cássia Rabelo Cardoso dos Santos, adestradora e consultora comportamental da Cão Cidadão. 

Assim como ocorre com o ser humano, os pets podem apresentar determinados comportamentos deflagrados por ciúmes. Em geral, o ciúme surge quando o cão ou gato sente que perde recursos que considera valiosos – como atenção, comida e brincadeiras – na presença de outro pet ou mesmo de membros da família. As reações deflagradas por ciúmes podem, inclusive, ser agressivas, já que o pet pretende proteger para si esses recursos, aos quais dá muito valor.

O problema é mais observado em cães, especialmente quando há outro cachorro na casa, ou ainda, quando a ligação com o dono é muito forte e até a presença do cônjuge, por exemplo, deflagra reações ciumentas.

Para lidar com pets ciumentos, é necessário pensar como o cão, e não interpretar o comportamento com visão puramente humana. Um erro comum é punir o cão que apresenta reações ciumentas, quando o outro cão ou pessoa da casa se aproxima. Na verdade, quando se age dessa forma, o que o cão ciumento aprende é que, realmente, a aproximação daquele “concorrente” é prejudicial, pois ele acaba perdendo a atenção do dono e, ainda, leva uma bronca!

O ideal, nessa situação, é agir justamente de forma contrária: quando o cão ou ser humano se aproximar, elogiar e recompensar bastante o cão ciumento (desde que ele não tenha, nesse momento, apresentado reações agressivas, pois se corre o risco de recompensar esse comportamento indesejado). Assim, ele passará a associar a presença do outro, com total atenção do dono e recompensas! Ou seja, não perderá nada que é valioso, muito pelo contrário, ganhará ainda mais!

Outro erro comum, especialmente em casas com mais de um cão, é brincar bastante com um e, de repente, passar para o outro pensando “agora é a vez deste aqui”. Na verdade, o ideal é que ambos recebam atenção e interação de forma igualitária e, se possível, ao mesmo tempo. Assim, evita-se a sensação, justamente, da perda dos itens importantes na presença do outro cão.

Essas medidas podem auxiliar bastante no caso de cães que já apresentam reações ciumentas, mas também devem ser adotadas para prevenir que se iniciem. São atitudes fáceis e que proporcionam uma convivência mais harmoniosa entre pets e a família!

Fonte: The Pet News.

Ansiedade de separação

Photo credit: It'sGreg / Foter / CC BY-ND
Photo credit: It’sGreg / Foter / CC BY-ND

Por Cássia Rabelo Cardoso dos Santos, adestradora e consultora comportamental da Cão Cidadão. 

A ansiedade de separação é um problema muito comum atualmente, especialmente para os companheiros caninos que vivem com seus donos nas cidades grandes e passam grande parte dos dias sozinhos.

O instinto do cão diz que deve viver em grupo, e isso garantirá sua sobrevivência, já que se trata de um animal social por natureza – assim como o ser humano. Quando seu grupo de “humanos” sai e o deixa sozinho, a sensação que o bichinho tem, instintivamente, é que sua sobrevivência está ameaçada. A situação se agrava ainda mais quando o cachorro é muito agarrado ao dono, daqueles que parecem uma verdadeira “sombra”.

Sem querer, muitas vezes as pessoas acabam piorando o problema, ao demonstrar o tempo todo que sentem dó do companheiro e se despedem dele efusivamente ao sair de casa. Evidentemente que o cão passará a perceber os mínimos sinais toda vez que o dono for sair e os sintomas de ansiedade serão notados a partir deste momento.

Esses sintomas incluem uivar/latir muito e sem parar quando deixados sozinhos, arranhar portas e batentes, destruir móveis e objetos dos donos, babar (hipersalivação), ficar apático, sem brincar ou comer, fazer necessidades em locais inadequados, e às vezes pela casa toda. Alguns chegam a se mutilar, lambendo as patas até que acabam se machucando, ou se batendo contra as portas de casa.

E o que se deve fazer para evitar este sofrimento ao amigo peludo? Bom, em primeiro lugar, o ideal é que o cão não fique sozinho por períodos muito longos, superiores a três/quatro horas, pois, lembrando novamente, cachorros são animais sociais e precisam de contato constante com sua “matilha”.

Também deve-se ignorar o cão pouco antes de sair de casa, sem tristes despedidas. A “festa” ao chegar em casa também deve ser evitada, especialmente cumprimentos muito efusivos, pois a memória destes momentos também leva o cão a começar a ficar ansioso e a agir de forma diferente horas antes do dono retornar ao lar. Cumprimentá-lo apenas alguns minutos depois de chegar e somente quando ele estiver calmo certamente ajudarão o cão a entender este momento como algo natural.

O chamado enriquecimento ambiental (deixar o local onde o cão fica repleto de atividades para que ele possa se distrair sozinho) também ajuda o pet a se entreter durante a ausência das pessoas queridas. Deixar roupas ou panos com o cheiro do dono, brinquedos que distrairão o cachorro por horas (como ossinhos digeríveis, brinquedos para roer – desde que ele não tenha o hábito de destruir e engolir pedaços), esconder ração ou petiscos que o cão goste pelos cantos da casa, para que ele possa farejá-los, também ajudam a manter o peludo ocupado durante a ausência dos donos.

Outra medida que auxilia muito é praticar atividades físicas com o cão antes do período em que se sabe que terá que ser deixado sozinho. Um cachorro cansado tende a dormir após as atividades. Longos passeios, idas ao parque e jogar bolinha ajudam neste quesito.

Se este problema comportamental já foi diagnosticado, o ideal é procurar fazer com que o cão fique mais habituado a estar sozinho sem que se sinta tão mal com isso. Para tanto, além das dicas já mencionadas acima, ensinar o comando FICA e começar a treiná-lo em vários cômodos da casa permitirá que ele perceba que não é tão ruim assim ficar longe do dono, já que, em pouco tempo, será recompensado por ter esperado.

Outra dica é dar os sinais de que uma saída está próxima sem que ela ocorra! Como fazer isso? Pegar bolsa, chaves do carro, colocar o sapato e… não sair! Voltar e guardar tudo, agindo naturalmente, como se nada tivesse acontecido! A repetição deste treino tende a fazer com que o cão não associe mais tão claramente os sinais de saída com o dono indo embora.

Se o grau de ansiedade de separação for muito alto, recomenda-se consultar um especialista em comportamento canino, pois trata-se de uma condição grave, onde o nível de estresse do cãozinho alcança picos muito altos, devendo, portanto, ser devidamente tratada.

Fonte: The Pet News.

Benefícios da massagem para o pet

Photo credit: lindsayloveshermac / Foter / CC BY-SA
Photo credit: lindsayloveshermac / Foter / CC BY-SA

Por Malu Araújo, adestradora e consultora comportamental da equipe Cão Cidadão.

Existem várias vantagens em acostumar seu cachorro a receber uma boa massagem. Esse contato, por exemplo, ativa a circulação de serotonina, que reforça as defesas do organismo. Em cães mais idosos, a massagem pode ajudar a manter o tônus muscular e a melhorar a circulação sanguínea, enquanto nos filhotes, ajuda a acalmá-lo. Independentemente da idade, a massagem vai ajudá-lo a conhecer melhor e a investigar o corpo do seu cachorro, além de criar uma maior relação de afeto entre vocês.

Se tivermos o hábito de fazer a massagem, podemos descobrir possíveis problemas, identificando alterações, como um caroço, uma dor em determinada região, sensibilidade, e, assim, prevenir que o problema se agrave. É importante reforçar que a massagem jamais deve substituir uma visita ao veterinário! O cão que está acostumado com esse manuseio, provavelmente se comportará melhor enquanto é examinado pelo médico veterinário.

Como começar essa massagem?

O carinho que o seu cachorro já está acostumado e que ele tanto gosta deve virar uma massagem investigativa. Aos poucos, apalpe as patas, orelhas, cabeça, rabinho, sinta a pele, ossos e verifique os dentes. Com a frequência, você vai aprender a identificar os pontos que o seu cachorro gosta de receber massagem e se em algum local ele está mais sensível ou possui alguma alteração na pele.

Faça a massagem em um lugar calmo, em um horário que você não esteja com pressa. Associe os toques mais intensos a um petisco. Aos poucos, o cachorro ficará cada vez mais relaxado e a massagem será uma ótima recompensa!

Fonte: Meu Amigo Pet.

Importância da caixa de transporte para o cão

Photo credit: ozmafan / Foter / CC BY
Photo credit: ozmafan / Foter / CC BY

Por Katia de Martino, adestradora da equipe Cão Cidadão.

Muitas pessoas acham que é maldade colocar nosso amigo em uma caixa de transporte. O cão sofre, chora… Bom, se não o treinarmos corretamente, o pet, com certeza, vai ter esse tipo de comportamento. Agora, com o treino correto, você e seu cão ficarão felizes com o resultado.

Mas, por que a caixa de transporte é tão importante?

Bom, imaginemos que você terá que mudar de país e, claro, você não vai deixar para trás seu cão. Ele automaticamente vai precisar viajar (seja dentro ou fora da cabine) em uma caixinha de transporte! Seu amigo morre de medo de fogos ou trovões, por exemplo, a caixa pode ser (e com certeza será) o refúgio dele nas horas de maior medo. Ela pode ser, também, uma ótima opção para transportá-lo em viagens de carro!

Como fazer com que ele goste dela?

Primeiro: NUNCA a use como uma punição. Não se deve associar a caixinha com o castigo. Deixe-a sempre disponível e aberta, para que ele entre e saia toda vez que quiser. Procure alimentá-lo dentro dela. Aos poucos, seu cão a estará usando para tirar um cochilo. Quando ele estiver mais acostumado, procure fechá-lo por alguns minutos. Vá aumentando gradativamente o período de permanência.

Acaricie, recompense, ou seja, dê atenção a ele toda vez que estiver dentro dela! Com certeza, você não terá problemas futuramente quando precisar utilizá-la.

Fonte: Pet Center Marginal.

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