Necessidades fora de casa: perigo para a saúde dos pets

Photo credit:  / Foter / CC BY
Photo credit: / Foter / CC BY

Incentivar o pet a fazer xixi sempre que estiver fora de casa, como em um passeio, por exemplo, pode ser muito atraente para alguns donos, principalmente para aqueles que não gostam de lidar com o cheiro ou a sujeirinha. Porém, o que algumas pessoas não sabem é que esse hábito pode ser muito prejudicial para a saúde do animal.

Por conta da correria do dia a dia, muitos donos não têm tempo de levar o pet para o passeio diário, então, ele fica sozinho durante muito tempo e, por estar condicionado a não fazer as necessidades dentro de casa, fica preso, sem poder ir até um cantinho para poder fazer as suas necessidades fisiológicas – e é ai que mora o perigo!

Ao segurar as necessidades, por medo de uma bronca ou castigo, o pet pode desenvolver sérios problemas de saúde, como a cistite (infecção na bexiga), cálculos urinários, insuficiência renal e incontinência urinária. Além disso, o pet acaba sempre ficando dependente de alguém para ir até a rua e, muitas vezes, por conta do cansaço, do frio ou da chuva, o passeio do pet fica em segundo plano.

“O ideal para todos, nesse caso, é que o pet consiga fazer as suas necessidades dentro ou fora de casa!”, informa o adestrador da equipe Cão Cidadão, Douglas Martinelli. “Precisamos separar um cantinho, que pode ser na lavanderia, por exemplo, onde o animal poderá fazer as suas necessidades sem causar irritação ou frustração no dono ou dar a escolha para ele fazer no meio do passeio”, completa.

Como agir?

O pet precisa entender que o ambiente em que ele está é seguro e que ele pode fazer as suas necessidades, sem correr o risco de levar bronca. Ele deve ter um cantinho específico que seja o seu banheirinho, onde ele se sinta confortável e seguro para se aliviar, sem problema algum.

Se o seu pet sofre com isso, incentive-o a fazer as necessidades em um lugarzinho específico e reforce esse comportamento com petiscos e carinho. “Ao perceber que seu pet está fazendo as necessidades no local correto, espere ele terminar e, logo em seguida, parabenize-o e o recompense com petiscos”, sugere Douglas.

O adestrador ainda explica que, aos poucos, o dono vai perceber que ele vai fazer a conexão entre o comportamento correto e a recompensa. Ele vai adorar fazer tudo no lugar certo e vai obedecer sem esforço algum.

Dica: seque a urina do seu cão com o tapete higiênico e o deixe no lugar que você designou para ser o banheirinho dele. O cheiro irá atraí-lo e o ajudará a fazer a relação entre o lugar e a hora de se aliviar.

Quer aprender mais sobre como ensinar o cão a fazer as necessidades no local correto? Clique aqui.

Brincadeiras para gastar a energia do pet em dias chuvosos

Photo credit:  / Foter / CC BY-SA
Photo credit: / Foter / CC BY-SA

Dias chuvosos não precisam ser preguiçosos para você e para o pet. Existem muitas brincadeiras que podem ser feitas em casa que, além de aproximar você do amigo, ainda vão garantir muitos momentos de diversão e prazer – sem contar o gasto de energia, que é muito importante!

Que tal colocar em prática algumas delas?

Você pode bolar brincadeiras que permitam que o cão use seus instintos, como o olfato, por exemplo. Esconda alguns petiscos pela casa e o incentive a procurá-los. Ajude-o no começo, colocando-os em lugares de fácil localização. Essa caça ao tesouro é diversão garantida!

Outra opção é utilizar uma garrafa pet, colocar um pouco de ração dentro e fazer alguns furinhos nela. Comece fazendo orifícios maiores, até o pet pegar o jeito. Depois, aumente o grau de dificuldade, diminuindo os furinhos. Isso vai entretê-lo por algum tempo, até que consiga comer tudo o que tem dentro do brinquedo.

Opções para morder e interagir

Você também pode oferecer brinquedinhos para que ele possa interagir. Não basta colocá-los à disposição, não, brinque com ele, incentive a brincadeira!

E nada de ficar triste se ele o destruir com facilidade. Lembre-se de que você os comprou justamente para isso!

Mas, atenção: ao dar um brinquedo pela primeira vez ao amigo, supervisione. Isso é importante para garantir a segurança do animal e evitar que, eventualmente, ele engula algum pedaço.

Lembre-se sempre: as brincadeiras devem sempre terminar com o cão relaxado e satisfeito, por isso, evite atividades que causam ansiedade e agressividade.

Brigas entre cães

Photo credit: steve.mullis / Foter / CC BY
Photo credit: steve.mullis / Foter / CC BY

É só sair de casa e encontrar outros cachorros que o seu pet começa a rosnar, latir e ir para cima do outro, querendo arranjar briga. Esses problemas geralmente acontecem quando a sociabilização do cão não foi feita da forma correta.

As brigas entre cães são perigosas e podem resultar em acidentes sérios, por isso, reunimos algumas dicas que podem te ajudar a evitar essa situação!

Como evitar?

O primeiro passo é prestar atenção na sua postura, quando leva o cão para passear. Como você reage ao avistar outro cachorro? Tudo o que você faz e demostra influencia o comportamento do seu pet, sabia disso? Se você fica apreensivo, amedrontado ou toma alguma precaução excessiva toda vez que um outro pet está passando por perto, o seu cachorro pode interpretar isso como sinal de perigo e ficará cada vez mais agressivo quando encontrar outros cães.

Os animais captam com muita facilidade o nosso estado de espírito e, por isso, é difícil enganá-los, então, disfarce sua ansiedade ou procure realmente ficar calmo, pois isso ajudará a evitar a briga. Porém, esteja sempre pronto para repreender qualquer comportamento agressivo.

Uma dica de treino é fazer com que o seu cachorro associe a presença de outros pets com coisas positivas. Para isso, você pode usar alguns truques, por exemplo: toda vez que ele avistar outro animal ou quando você fizer isso, chame a atenção dele, mostre o brinquedo favorito e o convide para brincar.

Essa atitude irá distraí-lo de tal maneira, que fará com que o outro pet passe despercebido. Você também pode distraí-lo com um petisco. A repetição desse treinamento fará com que o seu cãozinho associe a presença de outro animal com brincadeiras ou recompensas, fazendo com que ele olhe para você esperando receber um dos dois.

É importante saber

1. Cachorros bem sociabilizados dificilmente arranjam brigas com cães desconhecidos, que são amigáveis. Se você tem um filhote, sociabilize-o, e o acostume a outras pessoas e estímulos.

2. Sempre é possível melhorar a sociabilização, não importa a idade do seu cão! Procure a ajuda de um profissional de adestramento para ajudá-lo nesse processo!

Outras dicas

– Não demonstre ao animal que está se preparando para agarrar ou puxar a guia, e também não deixe a guia tensa ao passar por outro animal.

– Não o recompense quando ele mostrar agressividade. Atraia a atenção dele no exato momento em que avistar o outro cachorro e ANTES que ele mostre qualquer sinal de agressão.

– Entenda que esse processo, muitas vezes, exige habilidade e paciência, e se a correção for feita no momento errado, pode piorar a situação. Por isso, se não tiver experiência suficiente, procure um profissional.

Fonte: livro Adestramento Inteligente, de Alexandre Rossi.

Entenda o conceito de matilha

matilha1O seu cachorro, apesar de ser um animal de estimação, ainda possui todos os instintos de sobrevivência, proteção e afeto que seus antepassados necessitaram para manter a espécie viva.

Ao compreender melhor como funciona uma matilha, você conhecerá mais profundamente os instintos e as atitudes do seu cão e, com isso, terá uma visão diferente sobre como ele deve ser treinado.

É importante reforçar que os valores caninos são diferentes dos humanos e, quanto mais conhecermos sobre eles, mais perceberemos quais são os erros que estamos cometendo ao educá-los.

Hierarquia

Todos os cães estabelecem hierarquias, sejam eles animais de estimação ou não. Por isso, não espere que o seu cão entenda que é você quem manda na casa, sem que você ganhe o respeito dele e assuma o seu lugar como líder da matilha. Para o seu cão, a sua família é a matilha à qual ele pertence, então, ele vai procurar entender a posição que ocupa entre os membros do grupo.

Dar amor e carinho, e esperar que o seu cão seja eternamente grato e faça tudo o que você quer é uma expectativa irreal. Mas também não é necessário que você use da violência ou brigue o tempo todo com ele, esperando que ele aprenda alguma coisa, pois o cão não precisa sentir medo para ter respeito.

Mesmo que goste muito das pessoas, se não houver regras e limites, o cão passará a decidir o que pode ou não pode fazer sozinho! Na realidade canina, o líder do grupo impõe respeito através de sinais e atitudes, por isso, os donos terão mais sucesso se fizerem o mesmo, buscando sempre ter coerência.

Dica

É muito importante que você procure elogiá-lo toda vez que ele se comportar e respeitar os limites que você estabeleceu. Assim, você dará a ele o prêmio de receber a sua atenção por ter obedecido e respeitado. O aprendizado e o treinamento serão cada vez mais prazerosos, tanto para você, quanto para o seu pet.

Fonte: livro Adestramento Inteligente, de Alexandre Rossi.

Poder do click

Photo credit: quinn.anya / Foter / CC BY-SA
Photo credit: quinn.anya / Foter / CC BY-SA

A técnica do clicker nada mais é do que uma forma rápida e simples de elogiar o seu cão. Se trata de um som distinto, que pode ser emitido com a boca, um apito ultrassônico, estalo de metal, entre outros.

Toda a vez que o seu cão escutar esse barulho, ele saberá que vai ser recompensado, seja com um petisco, um carinho do dono ou um brinquedo de que ele goste muito.

Essa técnica, se bem utilizada, ajuda o cão a entender o que o seu dono quer com mais clareza e, assim, o incentiva a reagir e a obedecer o comando com mais rapidez.

Como utilizar essa técnica?

O primeiro passo é condicionar o seu cão a reconhecer o barulho do click e relacioná-lo a uma recompensa. Repita a ação, fazendo o click e recompensando o animal logo em seguida. Não é preciso que ele tenha efetuado nenhum comportamento específico, pois é necessário que ele crie essa associação entre o som e o agrado, antes de começar a treiná-lo.

Você saberá que o seu cão fez essa associação quando clicar e ele, instantaneamente, procurar pela recompensa. Mas, fique atento! Conforme for se acostumando, o cão pode começar a ignorar o barulho. Isso acontece por que, no início, o cão estranha o som diferente e procura a origem dele, olhando para você ou para o clicker. É importante que você não desista, pois não demora muito para que o cão faça essa associação e volte a prestar atenção, dessa vez, realmente esperando por uma gratificação.

Depois que essa relação estiver fortalecida, você pode associar o som ao comando que você deseja que o seu cão realize. Por exemplo: você induz o cão a sentar, enquanto segura o petisco acima da cabeça dele. No momento em que ele encostar a traseira no chão, faça o barulho do clicker e, então, entregue a ele o petisco.

Cuidado para não estimular um comportamento que você não deseja em seu cão, pois ele tenderá a efetuá-los sempre que houve possibilidade de ganhar alguma coisa.

Recompensas

Depois que um comportamento foi aprendido e aperfeiçoado, não é necessário recompensar o cão todas as vezes que ele o realizar. Você pode começar a espaçar as vezes em que utiliza o clicker, por exemplo: peça ao cão para que ele sente, dê a pata e cumprimente, depois faça o barulho e, só então, dê o petisco ou carinho, e assim por diante.

Vantagens

• O som do clicker é é mais rápido do que dizer “muito bem!”
• Funciona à distância. É praticamente impossível dar um petisco na boca do seu cão no exato momento em que ele realiza o comportamento adequado. O clicker permite que não haja intervalo entre o comportamento do cão e a recompensa.

Informações retiradas do livro Adestramento Inteligente, de Alexandre Rossi.

O que causa agressividade canina e como lidar com isso?

agressividade
Photo credit: smerikal / Foter / CC BY-SA

A agressividade canina pode ser provocada por diversos fatores: desde medo, passando pelo ambiente em que o cão vive, até chegar à genética dos pais. O mais importante, nessas situações, é entender o que tanto afeta o seu cãozinho e, a partir desse ponto, buscar uma solução eficaz, que melhore não só o comportamento do animal, mas também facilite a convivência dele com a família.

Existem vários tipos de agressividade. Você sabia disso? O primeiro passo é entendê-los. Confira!

Agressividade por medo

É um dos tipos mais comuns e também um dos mais perigosos, pois pode causar acidentes graves. A maioria dos cães que apresenta agressividade por medo sofreu algum trauma ou foi repreendido com o uso de força/ameaças. Ao se sentir ameaçado, é natural que o cão tente se defender.

Cachorros que sofreram traumas podem se sentir ameaçados quando alguém tenta acariciá-los ou pegá-los no colo, por exemplo, pois associam a aproximação de alguém e o toque com dor e o momento em que sofreram a agressão.

Portanto, cães que atacam por medo devem ser adestrados de modo a ganharem confiança e a entenderem que eles não correm perigo o tempo todo. Por isso, não há necessidade de se comportar de maneira que coloque em risco a integridade física das pessoas.

Agressividade por dominância

Essa forma de agressividade geralmente aparece quando o cão não reconhece o dono como o líder. Por exemplo, o cão rosna ou ameaça mordê-lo quando você pede para que ele saia de cima de sua cama ou sofá, ou quando você tenta tirar algum objeto da boca dele. Por isso, é importante que você imponha regras e limites, de maneira saudável sempre.

Agressividade por posse

A agressividade por posse ocorre quando o cãozinho associa a chegada de pessoas com perda, ou seja, ele vai defender a sua comida ou os seus brinquedos para evitar que alguém possa tirá-los dele.

Agressividade por território

Já a agressividade territorial acontece quando um cão deseja proteger ou guardar um determinado local.

Orientações gerais

É importante frisar que nenhum animal fica agressivo da noite para o dia. Se esse for o caso, leve-o ao veterinário imediatamente, pois seu cão pode estar sofrendo de problemas físicos ou neurológicos.

Em todos os casos, o melhor a se fazer é evitar que o cão chegue em um ponto crítico, procurando remediar a situação antes que algo grave possa acontecer. É necessário buscar ajuda profissional para que seja possível identificar a raiz do problema, e resolvê-lo da maneira correta e saudável para todos os envolvidos.

Como adestrar um animal com deficiência?

caes-com-deficiencia

Algumas pessoas podem ter receio de ter um cãozinho com deficiência, por pensar que o relacionamento com o animal será difícil. Porém, é importante lembrar que é possível, sim, manter com ele momentos de grande alegria e companheirismo.

O pet especial pode receber aulas de adestramento, que vão ajudá-lo a lidar melhor com os desafios do dia a dia e, também, se tornarão estímulos físicos e mentais muito importantes para ele.

Deficiência auditiva

Se seu cão for surdo, você pode usar a visão dele para estimular as brincadeiras e os treinos. Por exemplo, crie gestos com os quais ele entenderá como “sim” ou “não”. Você pode usar o dedo polegar para cima como sinal de positivo e o polegar para baixo para fazer alusão ao negativo.

Visão

Da mesma forma com animais com problemas na visão. Nesses casos, o dono pode estimular outros sentidos do amigo, como a audição e o tato.

Por exemplo, se você tem uma piscina em casa e tem medo que ele caia nela, você pode colocar algum tipo de piso, com uma textura diferente, ao redor dela. O treino pode ser desenvolvido da seguinte forma: com uma guia longa no animal, brinque com ele em qualquer lugar que não seja nesse piso. No momento em que ele pisar nesse local, você pode corrigi-lo falando “não” e segurando a guia. Com o tempo e muito treinamento, toda vez que ele pisar lá, entenderá que não pode ir além.

Membros

Sabia que a adaptação de cães com problemas físicos é muito satisfatória? Sim, geralmente  os animais vivem como se não tivessem problema algum.

Você pode contar com a ajuda de um especialista em comportamento animal nesse processo. Para mais informações, acesse aqui.

Cães com comportamentos compulsivos

Photo credit: fa11ing_away / Foter / CC BY-ND
Photo credit: fa11ing_away / Foter / CC BY-ND

Assim como ocorre com os humanos, os pets também podem apresentar comportamentos compulsivos. Trata-se de condutas realizadas de forma repetitiva, sem que haja um motivo aparente e que, em alguns casos, podem até provocar ferimentos.

Existem cães que se lambem excessivamente, aves que arrancam penas ou mesmo gatos que tiram tufos do próprio pelo. Uma dúvida muito comum é: como saber se determinado comportamento do pet já se tornou uma compulsão?

O que fazer?

Bom, o primeiro passo é levar o amigo ao veterinário. Esse profissional vai avaliar o animal e checar se o comportamento compulsivo não está sendo desencadeado por algum probleminha de saúde. Descartada essa possibilidade, vamos partir para o aspecto comportamental da questão.

Essa “mania” do amigo pode ter início por algumas razões, entre elas, pela falta de atividades adequadas, estresse ou uma mudança brusca na rotina. Aliás, o estresse é um dos principais deflagradores dos comportamentos compulsivos.

Enriquecimento ambiental

Ofereça ao pet estímulos mentais e físicos. Assim, ele se mantém distraído e gasta toda a energia acumulada. Invista, por exemplo, em brinquedos de diferentes texturas e formatos. No caso dos gatos, crie ambientes em que eles possam escalar e “caçar” a sua comida.

Passeios

Imagine você o tempo todo em casa, saindo do quarto e indo para sala. Seria chato, não? Para os bichinhos, também! Permita que eles explorem o mundo! Faça passeios regularmente.

Monitore o pet e proporcione a ele as condições necessárias para o seu bem-estar! Conte também com a ajuda de um profissional de comportamento animal!

Relação da grávida com o pet

Photo credit: LGBTQ Portraits Project / Foter / CC BY
Photo credit: LGBTQ Portraits Project / Foter / CC BY

Existem muitas famílias que abandonam seus animais quando recebem a notícia de que terão um novo membro na família. Geralmente, as pessoas têm a ideia de que um animal pode atrapalhar a saúde do bebê e prejudicar o seu desenvolvimento, mas isso não passa de um mito. Os dois podem conviver muito bem e essa relação pode trazer benefícios para ambas as partes.

Um estudo publicado na revista norte-americana “Pediatrics” constatou que bebês que tiveram contato com cães ou gatos no primeiro ano de vida apresentaram menos infecções respiratórias e de ouvido do que crianças que não cresceram próximas a esses animais.

As crianças e os bichos de estimação costumam criar uma linguagem própria porque ambos gostam de brincar e possuem uma comunicação mais gestual do que verbal. Dessa forma, a relação entre eles se estabelece de maneira sensorial, já que o bebê vai tocar o bicho e sentir as suas emoções. Logicamente que essa interação sempre deve ser supervisionada por um adulto!

Antes da chegada do bebê

No período de gravidez, como a mulher está mais sensível e carente, pode ficar muito perto do animal. Depois do parto, por falta de tempo, pode passar a dar menos atenção a ele. Essa mudança drástica de comportamento pode ser associada ao bebê, e o animal passa a considerá-lo uma ameaça para o seu bem-estar dentro da família.

O primeiro passo, então, é estabelecer para o animal uma nova rotina, que já antecipe tudo o que vai mudar com a chegada do bebê, como proibir o acesso a determinados cômodos da casa, mudanças nos horários de passeio e na quantidade de atenção que ele recebe.

Os futuros pais também podem iniciar treinos para que o cão já se acostume com a presença do novo membro da família. Pegue um boneco, vista-o com a roupa de um bebê e dê atenção a ele, sempre inserindo o cão e associando a presença do boneco com cheiro de bebê a momentos agradáveis. Você também pode deixar o carrinho do bebê aberto dentro de casa, para que o pet cheire e explore o equipamento.

No caso dos gatos, um cuidado adicional é procurar um berço que tenha uma tela, que possa ser fechada na parte de cima da caminha do bebê. Isso dará mais segurança para ambos, já que os gatos andam por cima dos móveis e podem pular dentro do berço do bebê.

Depois da chegada do bebê

Depois do nascimento, pegue a primeira roupinha do bebê, deixe o bicho cheirar e a associe a algo agradável, como um carinho ou um petisco. Quando o bebê já estiver em casa, deixe o pet cheirar o pezinho dele.

À medida que o bebê for crescendo, é preciso mostrar a ele como interagir com o animal de forma gentil. Um gesto pesado da criança, como um tapa ou um puxão, pode ser interpretado como uma agressão e também gerar agressividade no mascote.

Por isso, não considere a possibilidade de abandonar o seu pet por causa da chegada de um bebê. Caso seja necessário, procure a ajuda profissional de um adestrador.

Fonte de consulta: O Diário de Bordo da Família Grávida, de Luciana Herrero, que contou com as participações de Alexandre Rossi e Patricia Patatula, adestradora e consultora comportamental da equipe Cão Cidadão.

Dicas para deixar o cão sozinho em casa

Photo credit: philhearing / Foter / CC BY
Photo credit: philhearing / Foter / CC BY

Malu Araújo é adestradora e consultora comportamental da equipe Cão Cidadão.

Com uma vida agitada e repleta de compromissos, os donos ficam com peso na consciência de deixar o cãozinho sozinho em casa. Mas não é porque o cachorrinho ficará sozinho, que a situação precisa ser chata. Para entretê-lo, use e abuse do enriquecimento ambiental. Deixe o ambiente mais interessante para o cão realizar atividades e ofereça brinquedos que ele possa utilizar sem a presença dos donos.

Existem diversos modelos de brinquedos que substituem os potinhos de comida do cão, fazendo com que ele tenha mais trabalho para conseguir se alimentar e, consequentemente, gaste mais energia.

O mercado conta com brinquedos de tabuleiro, cujo objetivo é tirar ou arrastar uma pecinha para conseguir comer o alimento, existem algumas bolinhas ocas e com um furinho, que o cachorro vai girando e o alimento sai aos poucos, e também há opções de brinquedos feitos com material reciclável, como a garrafa pet, que todo mundo pode produzir em casa. Retire o rótulo, faça em média uns três furinhos na garrafa (o tamanho do furo deve ser suficiente para sair o que foi colocado dentro, mas não enorme para que saia tudo de uma única vez).

O ideal para ser colocado nesses brinquedos é o próprio alimento do pet. Petiscos também são indicados, mas não podem ser usados em excesso.

Outra coisa importante é não esperar para deixar o cachorro sozinho somente quando for necessário. Faça isso em algumas atividades da rotina, para que ele entenda que não tem problema ficar sozinho e que o dono vai voltar. Por exemplo, monte um desses brinquedos para ele e o deixe brincando, enquanto você estiver tomando um banho.

Um passeio na rua também ajuda o cachorro a ficar mais relaxado quando for ficar sozinho.

Fonte: Petshop Magazine.