Como habituar o cão à caminha

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Por Karina Pongracz, adestradora da equipe Cão Cidadão.

“Minha cachorra tem 4 meses e desde que ela cegou aqui em minha casa ela não dormi do lado de fora. O que eu posso fazer pra ela dormir do lado de fora?” – Mateus Felipe, dono da Pepa, de 4 meses.

“Olá Alexandre, mora em minha casa eu Elenice e minhas 2 filhas (Bruna e Kauany) e nosso principe q amamos demais q é o Strogonoff ou bebê, (ele atende pelos dois nomes), foi adotado com um mes de vida, e sempre ficou dentro de casa, cheio de mimos, carinho e atençao. Adotei ele pq minha filha mais nova era mto nervosa e revoltada, e ele nos trouxe mta paz, e mudou totalmente o comportamento de minha filhota, hoje ela é mto mais feliz. No principio ele dormia na sua caminha, mas com o tempo, minha filha levou ele pra dormir na cama por uma noite, e a partir desse dia ele nunca mais dormiu no chao, e eu nao consigo tirar ele da cama, primeiro pq tenho dó dele, e segundo pq ele é o primeiro a ir pra cama rsrsrsrrs. Só q enfrento problemas com isso, pq nem todos pensam como eu, e qdo saio a algum lugar, ele nao pode dormir comigo, aí deixo de sair pra nao ver ele chorar a noite toda. Gostaria se possivel uma orientaçao de como proceder nesse caso, pra q ele volte a dormir em sua caminha, sem q ele sofra. Obs: Strogonoff é um cachorro vira lata, mas é td pra nós…. Obg pela atençao, agradeço se for atendida.” – Elenice Muller, dona do Strogonoff, de 6 anos.

“Bom o argos ele é muito brincalhao, faz xixi e coco no lugar certo , mas para dormir ele dorme na cama e no sofá e ele nao gosta de dormi no chao , ele é do tipo que nao late muito , é carinhoso, dengoso , nao gosta de ficar sozinho. Preocupacao maior é tirar ele do sofá e da cama.” – Rosangela Botura, dona do Argos, de 11 meses.

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Olá Mateus, Elenice e Rosangela, como vão? Procurei reunir neste texto informações que podem ser úteis para tornar o relacionamento de vocês com os pets ainda mais saudável e feliz. Também aproveitei a temática para esclarecer outros aspectos relacionados à caminha do cão, que podem interessar aos demais leitores. Bom, vamos lá!

Ao se levar um cão para casa, é natural pensar na caminha em que ele vai ficar. Em algumas situações, o dono fica preocupado pois não consegue acostumá-lo a ela – ele prefere muito mais a cama dos donos! Isso tem uma explicação: os cães gostam de ficar próximo a nós. Mas, como tirá-lo da cama dos donos e acostumá-lo a dele? Pode demorar um pouquinho, mas, com uma dose de paciência, você verá que tudo é possível, e logo ele vai se adaptar e gostar do cantinho dele!

O primeiro passo é decidir onde você gostaria que seu cachorro dormisse: no quarto, na área de serviço, na sala ou no quintal? O treino pode demorar um pouquinho, mas quando ele ficar adaptado a dormir no seu próprio espaço, tudo será muito fácil. Para que isso ocorra de uma forma prazerosa, o ideal é acostumar o animal a ficar no local correto, que precisa ser confortável e tranquilo. Por exemplo, não deixe a casinha em baixo do sol forte, local que bate muito vento, próximo da máquina de lavar ou até mesmo do lado do latão de lixo.

Organize o espaço e não se esqueça de deixar o pote de água e, claro, um banheiro para que ele possa aliviar. Lembrando que o banheiro não pode ficar muito próximo do local onde ele dorme. Depois dessa arrumação, é chegada a hora de treinar o bichinho. Compre uma caminha bem gostosa, macia e confortável para ele. O pet pode utilizar também uma caixa de transporte, pois eles adoram ‘’tocas’’! Se o animal for ficar do lado de fora da casa, o dono pode comprar uma casinha, que é fácil de encontrar no mercado pet, com tamanhos, cores, formatos e materiais variados. O ideal seria uma de plástico, pois facilita a limpeza.

Nunca o force a entrar na casinha! Tudo precisa ser feito de forma muito delicada, sempre com associações positivas! Se você optar por deixá-lo dentro de casa, no começo ele pode estranhar a caminha nova dele, devido ao cheiro. Uma dica bacana é colocar uma simples camiseta com seu cheiro, para fazer uma associação positiva utilizando um atrativo familiar! Vale também elogiar bastante, entregar um brinquedo e oferecer um petisco.

Agora, se você preferir deixá-lo fora de casa, brinque com ele no espaço novo. Uma ótima dica é jogar alguns grãos de ração dentro da casinha. Ele vai entrar para pegá-los, então, faça com que ele se sinta à vontade em fazer isso! Tudo precisa ser muito prazeroso para o animal! Você também pode jogar o brinquedo que ele mais gosta! Será uma brincadeira muito divertida!

Repita o treino algumas vezes, pois isso faz com que o animal se sinta mais seguro. Deixar alguns brinquedos divertidos ajuda bastante! Quando terminar a brincadeira, deixe-o um pouco sozinho. Justamente nessa hora pode ser que o cachorro chore ou lata, claro, ele está pedindo para entrar. Pode parecer difícil, mas, não dê atenção. Procure ignorar. Se você abrir a porta, permitindo que ele entre. Pronto ele ganhou atenção.

Agora, se ele estiver em silêncio, interagindo com os brinquedos dele, vai lá, elogie. Depois de um tempo, o animal vai compreender que a casinha ou a caminha será um lugar muito gostoso, e onde ele pode relaxar com tranquilidade.

Fonte: Portal do Dog

Cães e seus medos

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“Nossa cadela Karina é uma Border Colie muito querida. Nossa preocupação com ela é que tem pavor a fogos, trovoadas e início de temporal. Fica tão estressada querendo invadir a casa. Sabemos que ela está sofrendo. Quando compramos ela, com 45 dias, parecia normal, e nunca passou por medo aqui em casa. Tem alguma coisa que poderíamos fazer sobre esse sintoma? Aguardo ansiosa sua resposta. Um brande abraço.” – Simeão Sanches, dono da Karina, de 7 anos e 7 meses.

“Ele, quando passa carros, motos e até pessoas, late muito. Cachorros ou cadelas, nunca mordeu ninguém, mas tem esse comportamento, que não consegui ainda ver uma forma de repreender. Adotei uma cachorra de 5 anos, para ver se ele melhora, convivendo bem com ela, a Lillica, pode até ver no meu facebook. Ele só falta falar sabe, tudo ensinei. Sempre digo “não faz isso”, “sem auauau” e ele até para, e me olha. Mas está difícil. Será que, com a idade dele, tenho como adestrar esse problema?” – Berenice Vieira Dettmer, dono do Toky, de 11 anos.

“O Marley, meu filhote de nove meses, não gosta de tomar banho… ele pula, dá cambalhota e quer morder! Levamos ao petshop para ele tomar banho e a veterinária teve que dar remédio para ele se acalmar, e só assim, conseguiu dar banho nele! O que posso fazer?” – Márcia Chiara da Silva Costa, dona da Marley, de 9 meses.

Por Carol Fraga, adestradora da equipe Cão Cidadão.

Olá Simeão, Berenice e Márcia, tudo bem? O tema que vamos abordar hoje é, com certeza, um dos mais delicados e abrangentes do comportamento animal: o medo. O medo aparece, às vezes, de maneira muito sutil, quando o cão tenta simplesmente evitar uma situação, da maneira mais comum, quando o cão se encolhe em algum canto da casa, com o rabo entre as pernas, ou da maneira mais extrema, que é rosnando ou até mesmo mordendo pessoas, os próprios donos ou outros cães.

Ao contrário do que muita gente pensa, o medo não precisa estar obrigatoriamente relacionado a um evento ruim. Para ter medo de cães, por exemplo, um cão não precisa ter sido atacado, ou se ele tem medo de vassoura, não quer dizer que ele tenha apanhado com uma. É claro que, se de fato algo ruim acontece, pode sim gerar um trauma, mas, esse não é o único motivo para um cão ter medo de alguma coisa.

Na maioria das vezes, a causa do medo é o desconhecido. Isso mesmo, medo do desconhecido. Até para nós, humanos, nem sempre é fácil lidar com o desconhecido, não é verdade? Por isso, é bastante comum que os cães mais sensíveis tenham medo de fogos, de trovões, de motos, de caminhões, de ônibus e de barulhos em geral. Os peludos não entendem qual a origem desses sons e os interpretam como ameaça. E nessa situação, instintivamente, eles recorrerão a duas alternativas: fuga ou ataque. Ou seja, ao ser exposto a esse determinado estímulo, alguns tentarão fugir, outros poderão empacar durante o passeio, outros latirão muito ou até tentarão morder o ‘objeto’ do medo.

O mesmo acontece com os cães que têm medo de pessoas desconhecidas, visitas, outros cães, de tomar banho, visitar o veterinário, andar de carro etc. Tanto a fuga como o ataque são reações normais, nas quais os cães estão demonstrando que estão inseguros e não sabem como reagir nesses momentos!

A razão para tudo isso é que, provavelmente, esses cães não tiveram um bom período de socialização, que é quando o animal tem de dois a três meses e meio de idade, e deve ser exposto, de maneira gradual e positiva, aos estímulos aos quais os mascotes serão expostos durante a vida. Mas nem tudo está perdido! Agora que você já sabe porque seu melhor amigo tem esse tipo de reação, comece já a treiná-lo!

A socialização tardia é, sim, mais difícil, pois o cão, depois desse período, já se preocupa bem mais com a sua sobrevivência, mas não quer dizer que essa situação não possa ser revertida. Você vai precisar de sensibilidade e dedicação, mas, ao final, valerá a pena. Depois de identificar o que deixa seu cão desconfortável, a ideia é diminuir esse estímulo, apresentar aquilo que o incomoda de forma gradual, fazendo uma associação positiva.

É importante encontrar o ponto que demonstre que ele ainda não está no limite. Por exemplo, verifique a qual distância ele ainda não reage a outros cães, ou no caso dos sons, tente reproduzir de maneira abafada, em um cômodo distante da casa. Se ele reagir bem, recompense-o, fazendo bastante festa, elogie, ofereça um petisco ou seu brinquedo favorito. Pare enquanto ele ainda estiver bem e curtindo o momento, para que ele sempre mantenha o interesse.

Vá aumentando a dificuldade aos poucos, sempre recompensando, mostrando que está tudo bem, mas, ao mesmo tempo, respeitando o tempo do seu cão. Caso, em algum ponto, ele não reagir bem, é porque você adiantou demais o treino. É importante nunca recompensar o cão quando ele agir de maneira inapropriada, para que o mau comportamento não aumente, certo?

Se isso parecer um pouco complexo e você quiser ajuda profissional, não hesite em chamar um profissional da Cão Cidadão para te ajudar. Boa sorte!

Fonte: Portal do Dog

Be-a-bá dos filhotes

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Adotar um cachorro nos seus primeiros meses de vida exige alguns cuidados específicos e muita paciência, afinal, ele ainda é um filhote, e precisará conhecer e aprender muitas coisas.

Para os donos de primeira viagem, reunimos, nesta matéria, algumas dicas que vão ajudar você a aproveitar ao máximo os momentos ao lado do cão, sem estresse.

Primeira noite

É importante lembrar que, para o filhote, tudo ao redor será muito novo e desconhecido – afinal, ele estava acostumado com o convívio da mãe e dos irmãos e, de uma hora para outra, tudo ficou bem diferente.

Por isso, por se sentir sozinho, as primeiras noites podem ser mais difíceis e exigirem uma atenção a mais dos donos. Uma dica é deixar o filhote dormir os primeiros dias próximo a você, para ele ganhar confiança e se sentir mais seguro no novo ambiente. Aos poucos, você pode acostumá-lo ao local definitivo, onde ele dormirá. Outra opção é colocar na cama dele um pano com o cheiro da mãe.

Essas sugestões são importantes para minimizar as chances do famoso choro do filhote à noite. Deixado sozinho, em um local desconhecido e inseguro, o animal tende a ficar amedrontado. Ao notar que toda a vez que chora, ele atrai a atenção – que ele tanto quer – dos donos, ele vai repetir esse comportamento mais e mais.

Sociabilização

A sociabilização deve acontecer entre o segundo e terceiro mês de vida dos filhotes. O motivo é que, durante esse período, o animal está mais propenso e aberto a aceitar novidades e coisas diferentes.

O ideal é que o filhote seja apresentado, de forma gradual e positiva, a diversos estímulos, como pessoas diferentes, outros animais, objetos e barulhos. Assim, ele vai se acostumar a essas situações e se tornar um adulto mais bem preparado para conviver com elas. Se não for sociabilizado corretamente, o cão pode acabar se tornando medroso ou agressivo diante de situações ou objetos aos quais ele não está acostumado!

Como dissemos, é importante que esse processo seja feito com muita paciência, para evitar traumas. Você também pode contar com o apoio de um profissional de adestramento, se achar necessário!

Outro ponto-chave é respeitar o período de vacinas do animal, ou seja, caso ele ainda não esteja com a carteirinha em dia, a aproximação com outros animais deve ser mais bem avaliada. Os passeios podem acontecer no colo ou de carro. Nada de colocar o filhote em risco! Você pode planejar a sociabilização de forma a preservar o bem-estar dele.

Educação

Assim como os humanos, os animais não nascem sabendo. É preciso mostrar para eles o que eles podem ou não fazer. Parece óbvio, mas nem tanto. Muitos animais são abandonados, devolvidos ou colocados em adoção por apresentarem problemas comportamentais inadequados, como destruição e xixi fora do lugar.

Você pode investir, por exemplo, em aulas de adestramento. A partir dos 50 dias de vida, o filhote já pode começar o treinamento. Com a ajuda de um especialista, você vai aprender a como se comunicar de forma assertiva com o animal, mostrando o que você espera dele, ao mesmo tempo em que o filhote aprenderá, por exemplo, a fazer xixi no local correto, a trocar o controle remoto pelo brinquedo, entre outros pontos.

Com medidas simples, você verá que a convivência com o filhote poderá render momentos de muita alegria e companheirismo.

É recomendado dar comida humana para o cão?

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Existem donos que não conseguem resistir à cara de pidão do cão, quando estão à mesa, fazendo uma refeição. Esse é o seu caso?

Saiba que dar comida humana ao cão pode prejudicar, e muito, a saúde dele. Existem no nosso cardápio alimentos que podem ser tóxicos aos pets, então, a melhor coisa a se fazer é não cair nessa tentação.

No vídeo abaixo, o especialista em comportamento animal, Alexandre Rossi, dá dicas de como agir quando o cão insiste em manter essa conduta, te rodeando, pulando ou mesmo latindo em busca da comida.

Uma dica é você oferecer a ele um brinquedo recheado com ração, para que o animal se distraia e coma durante as suas refeições.

Agindo dessa forma, você não estará sendo cruel com ele, ao contrário, zelará pelo bem-estar do pet. Por isso, nada de culpa!

Zika vírus e dengue: você também pode ajudar nesta luta!

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Ano após ano, a luta contra a dengue cresce ainda mais. Em 2015, com o zika vírus, o combate ao mosquito Aedes aegypti ganhou ainda mais força. De acordo com o Ministério da Saúde, mais de 500 mil brasileiros foram afetados pelo vírus Zika neste ano, se considerarem a estimativa mais otimista. Já o Protocolo de Vigilância e Resposta à Microcefalia e ao Zika, que foi divulgado recentemente, informou que mais de 1,4 milhão de pessoas já teriam sido afetadas pela doença.

Os sintomas do Zika vírus incluem febre, dor nas articulações e músculos, conjuntivite e manchas vermelhas na pele. Geralmente, esses sintomas surgem 10 dias após a picada. Em grávidas, o problema é apontado como responsável por casos de microcefalia – quando o bebê nasce com a circunferência cefálica menor do que a padrão.

Como ajudar nesta luta?

Você também pode contribuir com o combate ao Aedes aegypti. Quando se tem um animal de estimação em casa, é natural deixar espalhado pela casa potes de água para ele se refrescar. Redobre os cuidados, uma vez que a reprodução do mosquito ocorre em água parada!

– Troque a água do pet diariamente.

– Lave os recipientes do amigo com escova ou bucha, para ficaram bem higienizados.

– Brinquedos soltos pelo quintal, como aquela garrafa pet furada, usada para dispensar ração e petiscos, também podem se tornar criadores. Fique atento!

Procure acabar com qualquer foco de água parada em sua casa. Se todos fizerem a sua parte, o perigo pode ser evitado!

Cães que encaram

Photo credit: daveynin via Foter.com / CC BY
Photo credit: daveynin via Foter.com / CC BY

Por Fernanda Araújo, adestradora da Cão Cidadão.

Já aconteceu de você estar com seu cachorro, numa boa, e ele começar a te encarar como se quisesse dizer algo? Pois bem, a primeira coisa que devemos fazer quando falamos de comportamento animal é observar o todo, pois essa encarada pode realmente dizer alguma coisa.

“Nada deve passar despercebido”, diz Fernanda Araújo, adestradora da equipe Cão Cidadão. “É preciso observar todos os sinais que o cão dá: Ele está relaxado? Ele te segue o tempo todo? Ele se mostra ansioso?”, diz.

A partir disso, é possível identificar melhor o que essa encarada pode, de fato, querer dizer. “Um cão que fica te olhando com expectativa pode significar apenas que ele quer algo de você, como alguma função (isso é muito comum em cães de trabalho), algum comando ou simplesmente carinho, atenção, brincadeira ou comida”, explica.

Já aconteceu de você estar com seu cachorro, numa boa, e ele começar a te encarar como se quisesse dizer algo? Pois bem, a primeira coisa que devemos fazer quando falamos de comportamento animal é observar o todo, pois essa encarada pode realmente dizer alguma coisa.

“Nada deve passar despercebido”, diz Fernanda Araújo, adestradora da equipe Cão Cidadão. “É preciso observar todos os sinais que o cão dá: Ele está relaxado? Ele te segue o tempo todo? Ele se mostra ansioso?”, diz.

A partir disso, é possível identificar melhor o que essa encarada pode, de fato, querer dizer. “Um cão que fica te olhando com expectativa pode significar apenas que ele quer algo de você, como alguma função (isso é muito comum em cães de trabalho), algum comando ou simplesmente carinho, atenção, brincadeira ou comida”, explica.

“Já um cão que fica sempre de olho em tudo o que você faz e em todos os seus movimentos, te seguindo como uma sombra, pode dar indícios de que ele quer você por perto o tempo inteiro e de que é um cachorro menos independente ou até mesmo controlador”, conta. Por isso, é muito importante observar todas as outras características que acompanham a encarada do seu cãozinho.

“Justamente pelo fato de que é preciso observar outros sinais, não dá para definir prontamente se essas encaradas são boas ou ruins”, diz a adestradora. “Se for sintoma de alguma ansiedade, ela em si não é boa, pois é um comportamento que pode refletir diretamente na qualidade de vida do pet. Porém, se ele fica te encarando com expectativa de ganhar algo, pode ser que esse comportamento tenha sido reforçado por você e não tenha mais consequências para a qualidade de vida dele, sendo apenas um cão mais “pidão”, o que pode incomodar mais você do que a ele.”

Seguindo por essa lógica, o treino para diminuir a frequência da encarada também pode ser diferente, por isso, é muito importante identificar os outros sinais. “Aumente a independência do seu amigão, dê a ele outras atividades que não dependam necessariamente da interação com você, como brinquedos que ele curta sozinho e que o estimulem, principalmente os que soltam petiscos ou ração, e que vão tornar o ambiente e a brincadeira muito mais gostosa para ele”, indica a adestradora.

Mostre também ao seu cãozinho, se ele for do tipo que fica sempre te pedindo algo, que não adianta mais ele insistir. “Por mais que ele fique com aqueles olhos quase irresistíveis, é preciso mostrar que isso não vai fazer com que você dê o que ele quer, assim, você não estará mais recompensando e reforçando o comportamento dele”, ensina.

Fonte: Pet Cidade

Quando um cão ataca a sua família

flickr.com/Steve Garner
flickr.com/Steve Garner

Por Oliver So, adestrador da equipe Cão Cidadão.

Uma família recebe um cãozinho em casa com tudo o que ele tem direito: água, comida, caminha, brinquedos e muito amor. Mesmo assim, ele começa a evitar as pessoas e a ficar pelos cantos. Como a família quer muito que o novo amigo peludo se sinta mais integrado e amado, se esforça para mantê-lo sempre por perto, faz carinho e o coloca no colo. Até que o cão ataca um membro da família. Essa situação pode parecer absurda, mas acontece com mais frequência do que imaginamos.

Mas como pode um cão atacar aqueles que só dão amor e carinho para ele? Isso significa que os cães não são confiáveis? Claro que são. Eles costumam dar sinais de que estão desconfortáveis – bocejam, lambem o focinho, evitam contato visual, mostram os dentes, rosnam, entre outros. É preciso conhecer bem o seu animal para poder tratá-lo como ele precisa ser tratado: com respeito.

Cada cão tem características individuais. Mesmo animais de uma mesma raça ou ninhada podem ter perfis comportamentais completamente diferentes. Alguns são medrosos, podem ter um problema crônico de saúde, foram maltratados antes de chegar na sua casa, outros apenas não gostam de ficar no colo sendo acariciados ou podem até estar se sentindo ameaçados.

Normalmente, os cães tendem a evitar conflitos. As alternativas ao ataque são a fuga de determinada situação ou a paralisação – o cão simplesmente para e “se entrega”. O ideal é que o animal viva em um ambiente em que não precise atacar, fugir ou paralisar. Agir de uma dessas formas significa que ele está vivendo sob grande estresse. Portanto, aqui vão algumas dicas para lidar da melhor forma com essa situação:

• Tenha bastante paciência e persistência para treinar. Associe as situações em que o animal fica desconfortável ou estressado com coisas agradáveis, como petiscos gostosos e brincadeiras. Ele poderá ficar mais confiante e se acostumar ou, ao menos, passar a tolerar tais situações.

• Consulte regularmente um veterinário para avaliar o bichinho. Problemas comportamentais, inclusive ataques, podem ser originados por problemas de saúde.

• Nunca ter acontecido um ataque não é garantia de que nunca acontecerá. Se os limites do cão não forem respeitados, ele poderá atacar.

• Não espere que um cão seja igual a outro que você já teve. Se seu bichinho atual não gosta de ficar no colo, por exemplo, não insista.

#Especial de Natal: exemplos de lealdade

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Quando chega esta época do ano, todos nós começamos a pensar sobre os momentos que passaram e tudo o que aconteceu ao longo dos meses. Momentos bons e ruins, mas que ficaram marcados para sempre. Quem tem um cãozinho em casa sabe bem que, além de companheiros, eles rendem boas risadas e momentos muito especiais. São exemplos de lealdade.

É claro que, às vezes, eles podem fazer aquela arte, mas, com carinho, paciência e reforço positivo é possível mostrar ao amigo o que ele pode ou não fazer e, assim, se relacionar de forma mais equilibrada e feliz com ele. Nós, da Cão Cidadão, acreditamos muito nisso. Ao longo de 2015, ajudamos donos e animais a conviverem de forma mais saudável, para que juntos pudessem ter muitos histórias de companheirismo para contar. Como essas abaixo, confira!

Owney, o cachorro do Correio

A relação entre os carteiros e os cães é polêmica há séculos, porém, esse longo relacionamento teve uma reviravolta. Em 1888, na agência de correios de Albany, Nova York (EUA), era comum ver um pequeno cachorro rodeando o local. Atraído pelo cheiro e texturas das bolsas dos carteiros, mesmo depois de ter sido deixado por seu dono, o animal continuou voltando à agência e acabou sendo adotado como mascote não-oficial da Railway Post Office.

Com o passar dos anos, Owney começou a acompanhar os trens de entrega e os carteiros, ganhando medalhas para cada grande jornada feita por ele. Em 1895, o cachorro fez uma volta ao mundo, viajando com as bolsas pelos trens e navios com destinos como a Ásia e Europa, antes de retornar a Albany. O animal era considerado um amuleto da sorte, pois, em uma época em que os trens sofriam diversos acidentes, nas jornadas que Owney realizou, os acidentes jamais aconteceram.

Fido

Fido foi adotado por um italiano durante a II Guerra Mundial. Ele esperava pelo dono no ponto de ônibus, todos os dias. Durante um bombardeio, o dono de Fido foi morto, mas isso não o impediu de continuar indo até o ponto de ônibus para esperá-lo voltar para casa, todos os dias, durante 14 anos.

Essas histórias são surpreendentes, não é mesmo? São momentos como esses que reforçam como os animais são leais e companheiros.

Cães que têm repulsa a gatos

flickr.com/sabianmaggy
flickr.com/sabianmaggy

“Tenho 3 cachorros e há cerca de um mês adotei uma gatinha de 2 meses que se chama Chloe, o poodle Nicky até que está adaptando-se bem à gata, mas o problema é a dachshund (XuXa ) e a Lady (SRD), pois acho que odeiam gatos. A XuXa fica muito ansiosa, farejando muito, talvez nem vá morder a gatinha mas os movimentos bruscos em direção a ela nos deixa em alerta e com medo de que possa machucar a gatinha. Todos aqui em casa estão apaixonados pela gatinha, gostaríamos de poder ficar com ela. Beijos, sou sua fã!” – Silvana Cozer Ramos, dona da XuXa, de onze anos.

“Recentemente adotei um lindo vira-latinha que trouxe muita felicidade para casa. Comprei seu livro “Adestramento Inteligente” e ele me ajudou muito! Porém, o Thor tem um problema comportamental que não sei como resolver. Além dele, eu tenho três gatinhos: 2 fêmeas e 1 macho. Com as fêmeas, o Thor não tem tantos problemas, pois elas colocam limite. Já com o macho, ele brinca porém de um jeito bastante “grosso”. Seriam brincadeiras normais se fossem com outro cachorro, porém com um gato não dá certo. O pior é que o gato não reage, não tenta sair, ou então parar, e fico muito preocupada em acabar machucando. Por favor, o que posso fazer? Já tentei com o esguicho de água, bronca, deixar sem atenção mas nada disso funcionou!” – Marina Bianchi, dona do Thor, de três meses.

“Olá Alexandre, boa tarde. Bom, tenho 2 cachorras adultas (10 anos e 7 anos) e 2 gatas adultas (9 e 10 anos) e agora adotei mais uma fêmea, a Humi, agora com 7 meses. Ocorre que ela não dá paz para as gatas, pula em cima, dá mordidinhas e, às vezes, até avança. Minhas gatas não querem mais ir para o quintal por isso. Com as outras cachorras o convívio é tranquilo, até se gostam. Percebi que a Humi é muito territorialista (tudo é dela) e também ciumenta (avança se as outras chegarem perto de mim). Sei que isso é normal pois ela ainda é bebê, mas gostaria de corrigir a tempo, para que as gatas tenham paz e o convívio seja tranquilo. Olha a foto da danada aí. Obrigada e um abraço!” – Renata Afonso, dona da Humi, de sete meses.

Por Tiago Mesquita, adestrador da equipe Cão Cidadão.

Que legal!! Quantos pets em casa!! Bem, sabemos que a socialização de cães e gatos deve ser feita com bastante cuidado, pois os gatos têm movimentos rápidos e bruscos, e isso ativa o instinto de caça dos cães, fazendo com que eles corram atrás dos gatos.
Para que eles possam se conhecer com segurança, eu indicaria o uso de uma caixa de transporte, para que seus gatos possam se sentir seguros e seus cães possam farejá-los sem riscos, fazendo treinos de aproximação positiva. Assim, quando os cães avançarem ou fizerem movimentos bruscos, você poderá impor limites com mais facilidade (repita o treino por várias vezes).
Em relação às broncas, talvez você não tenha conseguido resultados positivos porque estava aplicando-as com a intensidade e/ou tempo errado. É importante saber que temos sempre que respeitar a sensibilidade de cada animal.
Outra coisa legal seria adaptar a casa para os gatinhos, porque eles gostam de ficar em lugares mais altos. Tais locais também serviriam de refúgio quando houver algum desentendimento com os cães. Dessa forma, prateleiras com túneis, arranhadores e brinquedos específicos para gatos são sempre bem-vindos. Além disso, enriquecimento ambiental, comandos e passeios também podem tornar os cães mais calmos e tranquilos.
Caso esteja passando por dificuldades para manter a boa convivência entre o cão e o gato, não hesite em procurar a ajuda de um profissional da equipe Cão Cidadão. Bons treinos e, se precisarem, contem sempre com a gente.

Fonte: Portal do Dog

#Especial de Natal: o que não pode faltar na lista do bom velhinho?

flickr.com/AustinKirk
flickr.com/AustinKirk

A aproximação do fim do ano desperta em todos o desejo de mudanças e de traçar novos caminhos para 2016. Além da tradicional lista de presentes de Natal, o que você pediria para o bom velhinho para tornar o próximo ano melhor para os humanos e pets?

Que tal, o fim do abandono dos animais? Eliminar a violência contra os peludos também é outro grande desejo! Um pensamento comum é que mais animais sejam adotados e que ganhem famílias tão amorosas e dedicadas a eles quanto eles são aos humanos.

Não precisa ir muito longe: o que você faria de diferente para tornar o seu relacionamento com o bichinho ainda melhor no próximo ano e fazer com ele se sinta ainda mais feliz em família?

Mais momentos bons, menos problemas

Você sabia que, nos Estados Unidos, problemas comportamentais superam os de saúde entre as razões que levam animais a serem eutanasiados? Se o seu pet não foi um bom menino durante 2015, você até pode pedir para o bom velhinho que ele seja mais comportado no próximo ano, mas saiba que você pode fazer a diferença, também!

Primeiro, é preciso ter em mente que os animais podem, sim, se comportar de forma diferente da que os donos querem, mas que é possível mostrar para eles o que é certo e errado. Isso de forma positiva, com carinho e sem usar violência. Ao adestrar o pet, você melhora a sua comunicação com ele e esse é o caminho!

Tenha paciência e carinho, pois ele entenderá o que se espera dele! Muitos casos de devolução e abandono de animais passam por essas questões!

Juntos e não separados

A rotina de todos é muito agitada e não adianta pedir ao Papai Noel que o dia tenha 36 horas em 2016. Arrume um tempinho para se divertir ao lado do amigo. Que tal programar mais passeios, comprar aqueles mimos novos e oferecer ao amigo mais estímulos físicos e mentais? Ele também precisa se distrair!

Melhorar o relacionamento e a comunicação entre os donos e seus bichinhos sempre foi o nosso objetivo, então, Papai Noel, o que esperamos de 2016 é que possamos ajudar muitos outros pets e suas famílias a se entenderem e a conviverem melhor uns com os outros!

NÃO VÁ AINDA!!

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