Como lidar com um cão territorialista?

dicas_interna-cao-territorialista Por Samantha Melo, adestradora e franqueada da Cão Cidadão

“O Max dorme com a minha mãe em seu quarto. Toda vez que abrimos a porta do quarto ele entra primeiro, rosna e late muito, e acaba se escondendo embaixo da cama. Gostaria de saber o que posso fazer para ele mudar este comportamento.”

Olá, Inaiara. Tudo bem?

Pelo seu relato, esse comportamento do Max parece ser motivado por territorialismo, ou seja, talvez ele acredite que o quarto é dele e que precisa protegê-lo da entrada de outras pessoas ou mesmo que tem como dever proteger a sua mãe. Por isso, é necessário tomar algumas atitudes para que ele baixe a guarda e fique mais tranquilo.

A primeira coisa a fazer é evitar qualquer tipo de disputa. Não tente tirá-lo de lá à força ou brigar. Assim, você evita dar a ele motivos para lutar pelo local. Por outro lado, não o incentive a achar que aquele tipo de atitude funciona, ou seja, não saia do quarto assim que ele rosnar. Imagina só: se todas as vezes que latir ele conseguir o quarto só para ele, vai passar a latir cada vez mais. Faça, então, exatamente o contrário, que é não sair do local e ignorá-lo completamente.

Outra estratégia é recompensá-lo sempre que ele sair de baixo da cama. Como? Oferecendo um petisco diferente, carinho, o brinquedo preferido e muita festa. Vale também usar a comida para atraí-lo para fora, introduzindo o comando “Vem”, mas sem forçar. Comece a ter o hábito de valorizar os momentos em que ele passa fora dali ou mesmo os que ele não rosna ou late. Assim, ele vai passar a gostar também de sair do ambiente.

Além disso, é importante que o Max tenha um outro cantinho seguro dentro de casa. Ainda que o seu pet durma no quarto, ele precisa de um local apenas dele como referência, com caminha, cobertor, brinquedos e até mesmo uma roupa sua ou da sua mãe. Esse refúgio pode ficar na sala, por exemplo. Dessa forma, quando a família estiver reunida, ele pode fazer parte da confraternização, aumentando a vontade de permanecer fora do quarto. Aqui, mais uma vez, reforço: recompense-o por se comportar bem. Nesse caso, demonstre que ele está acertando quando relaxa em seu canto.

E você pode ainda incentivá-lo a só entrar no cômodo quando for autorizado e apenas depois de vocês. Para isso, ensine o comando “Espera”, a princípio longe do quarto. Coloque-o sentado, posicione-se de frente para ele, apresente a sua mão fechada (como um soquinho) e diga “Espera”. Depois de alguns segundos diga “Ok” e com um petisco faça-o sair do lugar para que ele entenda que foi liberado. Treine bastante e gradativamente aumente o tempo de espera e a distância que você fica. Depois, tente fazer na porta do quarto!

A nossa equipe de adestradores está à disposição para ajudar, não deixe de nos chamar caso seja necessário. Boa sorte!

Fonte: Portal do Dog

O que é ansiedade de separação?

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Por Joilva Duarte, adestradora e franqueada da Cão Cidadão

A ansiedade de separação é um problema comportamental que traz sérias consequências tanto para o tutor como para o seu cãozinho.

Por ser de uma espécie extremamente sociável, os cães têm uma forte ligação com o grupo ou com o indivíduo com o qual vivem. Em alguns casos, quando perdem o contato visual e olfativo com seus donos, a ansiedade pode resultar em alguns comportamentos indesejados, como vocalização excessiva, choros, uivos, latidos e destruição de objetos.

Alguns sinais como apatia, casos em que o cãozinho não bebe água e não come, como se sua vida desse uma pausa até seu tutor voltar, necessidades fora do lugar e várias outras situações, demonstram a aflição que o pet passa naquele período solitário.

Esse comportamento também pode ser desenvolvido quando há alteração na rotina do tutor, mudança de residência, estadia em hotéis, problemas médicos ou cognitivos e a chegada de um novo membro na família (um bebê ou outro bichinho de estimação).

Primeiramente, devemos entender que esses comportamentos de destruição não são vinganças do cãozinho por ficar sozinho, e sim uma forma que ele encontrou de extravasar a necessidade da presença do tutor, por isso, algumas vezes os objetos destruídos são sapatos, roupas, sofás, pois trata-se de objetos bastante manipulados por ele, ou seja, com seu cheiro.

Para resolver esse problema devemos trabalhar a independência do bichinho em relação ao tutor. Veja as dicas:

  1. Aumento da atividade física

Tente adequar a sua rotina com passeios com o amigão, principalmente antes de deixá-lo sozinho, assim, quando você sair, ele estará cansando e provavelmente vai tirar uma soneca.

  1. Brincadeiras

Se tiver um dia chuvoso ou o passeio não foi possível por qualquer outro motivo, brinque com ele com uma bolinha ou outro brinquedo que ele goste para cansá-lo.

  1. Sua saída tem que ser legal para ele

Quando for sair, espalhe petiscos pela casa para um caça ao tesouro. Deixe brinquedos interativos com ração e petisco para ele no período da sua ausência e, com isso, gastar tempo e energia. Nada de despedidas longas ou dramáticas.

  1. Treine essas saídas com antecedência

Se quando te vê de tênis seu bichinho já fica ansioso, comece a ficar com o calçado em casa por mais tempo, e não somente quando for sair.

Faça barulhos com as chaves, para tornar os sons comuns para ele. Faça pequenas separações dentro de casa mesmo, ou seja, dê um ossinho para seu bichinho e, enquanto ele estiver roendo, saia e volte várias vezes para que ele vá acostumando com a sua ausência.

  1. O retorno para casa tem que ser algo normal

Quando chegar em casa nada de fazer festa. Espere o animal se acalmar e somente depois dê atenção, para não alimentar essa a ansiedade na sua ausência.

Paciência! Esse é o melhor remédio para casos de ansiedade. Vai levar tempo para seu cãozinho aprender e se acostumar com essa nova rotina e, para isso, você terá que se dedicar e fazer sua parte.

Com o tempo, ele entenderá que ficar sozinho também pode ser muito legal. Se precisar de ajuda procure um profissional.

Fonte: Jornal SP Norte

Latidos em excesso na rua

dicas_interna-latido-excessoPor Marina Marinho, adestradora e franqueada da Cão Cidadão

“Adotei as duas: mãe e filha. A Belinha (Poodle), que é a mãe, foi resgata prenha. Ela estava nas ruas em situação bem precária. Quando eu a trouxe para casa, a Belinha era bem quieta e até desconfiávamos que ela tinha depressão. A Capitu (SRD), já com dois meses, era bem sapeca.

Saio com as duas todos os dias, pelo menos duas vezes ao dia, já que a mãezinha, Belinha, não faz as necessidades em casa, para a minha tristeza. No início, a Belinha andava quieta e desprendida do mundo ao seu redor durante os passeios. A Capitu já é bem elétrica e estabanada, como os filhotes são.

Aos poucos, os problemas começaram. Moro em um condomínio que os animais são proibidos de andarem no chão, então, nosso deslocamento é com o carrinho especifico para pets. Elas não podem ver uma pessoa perto, e às vezes mesmo longe do carrinho, que já começam a latir sem parar. Já fora do condomínio, quando as coloco no chão, a Capitu late mesmo que não tenha ninguém (ou outro animal) por perto, como se estivesse avisando ‘cheguei’. Aí o inferno começa: a Belinha, que era quieta, hoje puxa o coro dos latidos quando vê outro animal. Para pessoas em si a Belinha não late, mas a Capitu late para quase todas.

Comprei as coleiras Gentle Leader, para poder controlá-las melhor, porque a Belinha puxa muito durante os passeios e a Capitu pula nas pessoas e nos animais. Elas nunca morderam ninguém, até porque não as deixo próximas das pessoa ou de outros animais.

Algumas pessoas atravessam a rua quando veem a gente. Outros pegam seus animais no colo. Reações desse tipo são um termômetro de que as coisas não andam bem.

Encontro com as amigas passeando com seus pets e até andamos todos juntos. As minhas cheiram seus amigos e seus tutores e param de latir, e assim seguimos passeando tranquilamente.

Não sei se é certo dizer, mas parece que elas não gostam de certas pessoas, porque latem todos os dias para as mesmas pessoas, que por vezes tentam uma aproximação.

Resumo: a Belinha, de quieta, está terrível (mas menos que a Capitu). A Capitu põe medo em todo mundo. Dou petisco como premiação e elogio quando raramente não latem. A Capitu já chegou a pegar o petisco e se engasgar, porque latiu com o petisco na boca.  Os passeios estão muito estressantes.  Em casa, elas são muito calmas e quietas, nem parecem as mesmas da rua.

Ressalto que sou uma tutora que mima, trato como filhas, dormem comigo e são muito bem cuidadas. Estou desesperada!”

Oi, Katia!

O que acontece com você é algo bem comum! Quando se tira cãezinhos da rua, normalmente eles chegam cheios de traumas e com uma bagagem de bastante sofrimento, o que faz com que sejam mais tímidos ou quietos.

Conforme vão sentindo segurança com a nova rotina e com a nova família, tendem a se soltar e começam a apresentar alguns comportamentos que podem ser indesejados.

Geralmente damos amor e cuidados aos montes e esquecemos de lado os limites e as regras. É possível ter um cão com limites sem deixar outros mimos de lado! Quando a Capitu chegou na família, a Belinha pode ter entendido que agora tem uma matilha e cães aprendem demais por imitação, portanto, não é estranho que ela tenha aprendido os ‘maus modos’ com a Capitu!

Antes de tudo, o ideal é que você tenha voz de comando com elas, que elas se interessem em você quando estão na rua para poder tirar o foco dos outros estímulos. Para isso, restrinja a alimentação delas para que recebam a comida durante os passeios, na forma de treino.

Se tiverem comida disponível em casa, não vão se interessar pela oferecida na rua, por isso é importante usar o manejo da alimentação para corrigir estes problemas apontados.

Você já disse que dá petisco quando elas acertam, mas não é fácil controlar dois cães, então é preciso aumentar a chance de acertos delas. Por exemplo, se elas latem quando uma pessoa cruza com vocês na calçada, o ideal é que, antes de elas iniciarem os latidos e estarem no estado de euforia extremo, você já as recompense e chame a atenção delas para você (aí está a importância do controle da alimentação). Crie nas companheiras a expectativa de receberem a comida. Isso fará com que os outros estímulos passem para segundo plano.

Outra forma de abordagem que pode ser usada para complementar um treino na rua pode ser o uso de alguma ferramenta de inibição, para que elas tenham um pequeno desconforto no momento exato em que começam os latidos. Mas nunca se esqueça de recompensa-las, principalmente nas situações em que elas poderiam ter errado, mas conseguiram se controlar e acertaram o comportamento desejado!

Outro jeito de ajudá-las a acertar é trabalhar com a distância! Se for possível passear longe do fluxo de pessoas e outros animais, mas de forma que elas enxerguem a movimentação, provavelmente terão os estímulos reduzidos e, aos pouquinhos, você pode ir se aproximando à medida que elas estejam se controlando mais.

De qualquer forma, é interessante avaliar com cuidado se não existe nenhum componente de medo nessa situação! Às vezes, demoramos a perceber, pois achamos que um cão que late e vai pra cima dos outros é muito valentão, mas para alguns, vale a regra de que o ataque é a melhor defesa. Sendo assim, muitos cães apresentam uma reatividade decorrente do medo para se mostrarem mais ameaçadores do que os que estão à sua frente. Pura estratégia!

As coleiras que você disse que já providenciou são ótimas. Com um pouco de treino para o uso, os cães se acostumam muito bem e elas podem te ajudar bastante no controle dessa situação, mas sozinhas não fazem milagres!

Treinar um cão pode ser difícil, mas é muito motivador perceber quando estão melhorando os comportamentos que nos faz passar vergonha. Seja persistente e, se for possível, procure ajuda de um profissional para o treino. Boa sorte!

Fonte: Portal do Dog

Cães destruidores. O que fazer?

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Por Maria Fernanda Modaneze, adestradora e franqueada da Cão Cidadão

Oferecer brincadeiras, passeios e atividades pode ser a solução. Confira!

Você tem aquele cãozinho adorável em casa, que é carinhoso, companheiro e brincalhão. Tão brincalhão, que até os móveis se tornam brinquedos. Será que é possível ter um cão destruidor e ainda manter os objetos inteiros?

Antes de mais nada, entenda que cães destruidores são animais que têm um alto nível de energia, então, eles precisam de entretenimento certo e saudável para suprir toda essa energia. Acompanhe as sete dicas que a profissional dá para manter os móveis intactos e fazer o seu melhor amigo feliz.

Passeios diários. Uma rotina de passeio é essencial para qualquer cão, mas para esses pets, em especial, é obrigatória.

Creches e passeadores. Outra opção são as creches, onde o cãozinho passa o dia brincando e interagindo com outros, o que colabora ainda com o seu desenvolvimento social. Os passeadores também são boas alternativas.

Brinquedos estimulantes. Brinquedos de diferentes formatos, cores e materiais são recomendados, mas somente se o cão não tiver o hábito de engolir.

Brinquedos artesanais. Para os que engolem pedaços, o ideal é oferecer brinquedos de nylon, coco verde vazio e papelão.

Promover o interesse. Fazer rodízio de brinquedos também é importante, ou seja, troque-os a cada dois dias evitando que o amigo peludo perca o interesse.

Interativos. Alimentar o cão com brinquedos interativos também ajuda, assim ele é estimulado física e mentalmente. Há brinquedos específicos em pet shops, mas também é possível fazê-los com garrafas pet, mantendo-as espalhadas ou penduradas pela casa.

Caça ao tesouro. Esconder ração e petiscos pela casa também é divertido, pois, além de promover a brincadeira de caça e deixar o pet entretido, ainda estimula a sua natureza.

É possível também usar nos móveis um spray inibidor, com um gosto nada agradável ao cão.
E lembre-se: para cada “não” que você falar, precisa ter um “sim”. Então, ofereça sempre opções de brincadeiras para o melhor amigo. Dessa forma, ele e toda a família serão muito felizes!

Fonte: Jornal A Tribuna de Santos

Treinamentos e associações positivas


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Por Amagoya Garcia, franqueada e adestradora da Cão Cidadão

“O meu pequeno nunca gostou de banho, mas mesmo assim eu tentava dar banho nele distraindo-o com brinquedos e com coisas que eu sei que ele gosta, porém, sem sucesso. Ele rosna e fica muito estressado nessas circunstâncias.

Em uma dessas tentativas, o pelo dele, por ser bastante arteiro, embolou e eu precisei leva-lo ao pet shop para tosar pela primeira vez. Quando fui buscá-lo ele estava tremendo. Já no dia seguinte levei ele ao veterinário, pois estava triste e vomitando. O médico alegou que isso era estresse (e ele tem gastrite). Ele voltou de lá totalmente agressivo.

Eu tenho também dois Borders Collie machos e eles todos se davam muito bem, mas quando Buddy voltou do pet shop eles nunca mais puderam conviver juntos, pois ele acaba brigando com os dois (há uns cinco meses já). O que posso fazer para melhorar a convivência deles?

Por ficar muito agressivo e estressado, Buddy brigou com um dos dois cães e o olhinho dele saltou para fora (Buddy é da raça Shih Tzu). Ele está bem, já fez a cirurgia, mas eu tenho medo de levar ele de novo no pet shop e ele passar mal. Até o veterinário que operou o olho dele quer dar sedativo para deixá-lo mais calmo no próximo banho e tosa. É seguro?

Eu amo muito eles e nunca vou me desfazer de nenhum, mas preciso melhorar a convivência entre eles.”

Oi, Bruna. Tudo bem?

São muitos os fatores que podem deixar um cãozinho desconfortável com o banho.  Para ter um resultado mais positivo, é indicado expor os cães desde pequenos às situações para acostumá-los com todo o tipo de toque, sons e ambientes. Porém, nem sempre isso ocorre e acabamos tendo que lidar com um cão completamente desconfortável e estressado, demonstrando até agressividade em alguns casos.

Mas existem formas de melhorar muito este desconforto ou tornar aquilo que era ruim para o cão em algo prazeroso e tranquilo: treinamentos.

Dependendo do grau de irritação e desconforto do pet, é necessário fazê-los de forma bastante gradual. Tanto para levá-lo ao banho quanto para o pet shop é necessário criar associações positivas. Inicie o treino em um local que o cão se sinta confortável. É importante avançar nestes treinamentos bem lentamente, mostrando a ele que situações legais acontecem a caminho do pet shop ou quando ele está indo para o banho.

Ofereça ao amigo recompensas que chamem a sua atenção, como petiscos, brinquedos, carinhos e passeios no momento em que pegar os objetos de banho. No caminho ao pet shop, use os mesmos recursos para mostrar ao cão que esses momentos sempre vêm acompanhados de algo positivo, divertido.

Quanto à convivência com os outros cães, provavelmente ocorreu algo no pet shop que acionou o gatilho do Buddy para a agressividade. Pode ter sido um toque, uma dor, outro cão que se aproximou de forma errada, um susto. Enfim, seria necessário avaliar melhor a situação. Procurar saber melhor o que houve no dia para que você consiga ajudar o pet da melhor forma.

De qualquer maneira, treinos de reaproximação são positivos para o Buddy voltar a entender que ele ganha mais quando todos estão juntos. Ensinar aos cães vários comandos básicos, tornando o momento divertido, e também comandos de limite para mostrar a eles liderança é fundamental para o bom relacionamento de toda a família.

Para reaproxima-los, faça o treino com calma e garantindo a segurança de todos. Mantenha os cães separados no primeiro momento (pela guia ou por uma porta de vidro). É importante mostrar, principalmente ao Buddy, que quando os outros cães estão presentes ele é recompensado de diversas formas, tornando a situação muito mais legal. Aos poucos, o animal perceberá a associação dos outros cães com petiscos, carinho e atenção e verá como é positiva a situação.

Com relação ao sedativo, é importante saber como está a saúde do Buddy. Talvez seja necessário fazer alguns exames. Busque ajuda de um veterinário sobre a dose correta e avalie se realmente há necessidade, pois qualquer anestesie tem seus riscos.

Como comportamentalista acredito que boas doses de treinos bem feitos, com paciência e muito amor, resultarão na mudança do comportamento do Buddy.

Nossos profissionais estão à disposição para te ajudar.

Fonte: Portal do Dog

 

Convivência entre cães agressivos e crianças

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Por Camila Mello, adestradora e franqueada da Cão Cidadão.

“Olá! Tenho um cachorro da raça Poodle. Ele é um pouco agressivo e já atacou e mordeu a minha mãe, minha irmã, eu, a minha tia e primas.

Ele é bastante ciumento e ataca a pessoa de repente, principalmente quando são desconhecidas e chegam em casa. Ele late muito e logo quer atacar a pessoa. Temos que prendê-lo. Ele também não gosta muito de crianças, pelo fato de não ter convivido com elas (acredito eu).

Eu estou grávida e logo terei o bebê, e tenho muito medo de como será a reação dele com a criança. O que devo fazer?”

Oi, Andreyssa. Tudo bem?

Seu relato não foge muito do usual, quando tratamos de comportamento animal. Os pets são parte da nossa família e por isso os tratamos como filhos.

Sendo parte agora da matilha humana, seu cão pode estar tendo comportamentos de líder desta matilha e agindo dessa forma para proteger a sua família, e também o seu território.

O Pompom pode, de fato, não ter passado pela fase de sociabilização corretamente, e isso pode causar a ele alguma estranheza ou receio em determinadas situações.

Sendo seu pet ainda um cão jovem, é importante iniciar o quanto antes treinos para modificar esses comportamentos que, às vezes, podem ter sido reforçados pelos donos sem que vocês tivessem percebido, ainda mais agora com a chegada do bebê.

Esse treino se caracteriza em tornar a presença de visitas, crianças e parentes prazerosa e positiva para o Pompom. Ele deverá entender que em vez de ser privado da presença de todos por ter tido um mau comportamento, poderá permanecer no ambiente se ficar calmo.

Ademais, é preciso que ele entenda que os líderes da matilha são os humanos da casa, e não ele. Para isso, ele precisará aprender exercícios de limite e também alguns comandos básicos, como o “Senta” e o “Deita”.

Esses treinos vão mostrar ao cão que ele não precisa tomar a frente das situações desconfortáveis ou assustadoras, simplesmente por entender que você tomará conta desta situação.

Fonte: Portal do Dog.

Adestramento ajuda no desenvolvimento dos pets

Por Deisy Predebon, adestradora e franqueada da Cão Cidadão

dicas_interna-Adestramento-ajuda-no-desenvolvimentoNão é bacana ter um cão que passeia com você tranquilamente sem puxar a guia ou ficar latindo para os outros cães? Ou ainda, quando você pode receber visitas na sua casa para um jantar sem se preocupar se o amigo ficará pulando e pedindo comida na mesa? Sim, adoramos ter por perto um cão tranquilo, equilibrado e educado, mas alguns tutores só se dão conta da importância do adestramento após seu cão apresentar um problema comportamental mais sério, como agressividade ou destruição.

O Adestramento Inteligente, criado pelo zootecnista e especialista em comportamento animal Alexandre Rossi, ensina como podemos criar um vínculo de comunicação com os nossos cães e passar a conviver melhor com eles desde os seus primeiros dias em casa.

Entender e suprir as necessidades básicas dos cães, estimulá-los fisicamente, mentalmente e emocionalmente, além de incentivar a obediência através de recompensas, é a melhor forma de conviver com o pet.

O método do Adestramento Inteligente é baseado no reforço positivo, ou seja, os animais são valorizados pelos acertos e não pelos erros, e não admite qualquer tipo de violência ou agressão.

Os animais aprendem recebendo recompensas como petiscos, salsichas e muito carinho, o que torna o aprendizado divertido e interessante tanto para o animal quanto para o tutor. A principal ferramenta utilizada para ensinar os animais é o clicker, um sinal sonoro emitido rápido e preciso para marcar o momento de acerto do cão. Ao escutar o som, o animal associa que ele acertou, pois recebe uma recompensa pelo bom comportamento.

A partir do momento que conseguimos “ler” os sinais corporais que nossos cães estão enviando a todo momento, e ensinamos a eles o que esperamos de uma maneira que eles possam entender também (verbal e gestual), teremos um vínculo de comunicação criado. Uma vez que o animal entende os limites permitidos em uma relação de confiança com o seu tutor, ele passa a respeitar essa pessoa como líder da matilha, e é aí que a mágica do Adestramento Inteligente acontece.

A equipe de adestramento da Cão Cidadão está atendendo na região de Itajaí (SC) e pode ajudá-lo na construção dessa relação!

Perdendo espaço

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“O Fredericksen era filho único, mas há alguns meses adotamos a Meg que tem oito anos; ambos são Buldogues Ingleses. Depois de seis meses conosco ele começou a ficar agressivo: primeiro mordeu o meu marido e depois me agrediu três vezes (todas graves). Não sei mais como agir, pois estou em pânico. Meu marido passa a semana fora e fica só eu e os dois. Tudo é motivo para ele mudar o temperamento. Fiquei triste pelo fato de o veterinário ter falado que temos que bater nele e eu não concordo. Estou arrasada, pois com outras pessoas ele é amável. Por favor, o que devo fazer?”

Por Marina Marinho, adestradora e franqueada da Cão Cidadão

Oi, Luiza! Tudo bem?

O Fred começou a ficar agressivo depois da chegada da Meg, muito provavelmente porque perdeu o espaço que antes era só dele.

O cão, quando divide recursos (água, comida, carinho, atenção etc), geralmente acaba desenvolvendo uma certa defesa e, para se defender, ele ataca!

O ideal, nessa situação, é tentar entender qual o real gatilho para esses ataques. Geralmente a chegada de outro pet acaba desencadeando esse tipo de comportamento, então, é preciso fazer associação positiva com o Fred, entregando petiscos sempre que agir normalmente (sem ataques e, de preferência, na presença da Meg).

Mas para que isso aconteça com segurança é necessário o uso de uma guia e uma coleira e, preferencialmente, colocá-la em um ponto fixo para que ele não tenha sucesso de modo algum.

É preciso fazer treinos diários para que ele associe a presença de vocês a algo muito gostoso (petiscos são ideais).

Quando os ataques acontecem com frequência, podemos entender que o cão está tendo sucesso e isso faz com que a frequência desse comportamento aumente.

Portanto, a ajuda de um bom profissional é uma ótima opção.

Bater nunca é a melhor saída!

Viagem com o pet

Por Paula Miranda, adestradora e franqueada da Cão Cidadão

dicas_interna-viagem-com-o-petAs férias estão chegando e, com ela, as viagens também. E é claro que se pudermos levar nossos companheiros, os pets, a jornada de descanso será melhor ainda. Mas para que realmente seja um passeio divertido é necessário que os tutores tomem algumas precauções.

Primeiramente, faça uma consulta ao veterinário e verifique se a saúde do seu animalzinho está em dia, se as vacinas e vermífugo foram dados corretamente, bem como a vacina antirrábica, que deve ser aplicada com, no mínimo, 30 dias de antecedência.

De carro

Se a viagem for de carro é importante utilizar uma caixa de transporte para a segurança do seu amigo e da família. Além de ser lei, dentro da caixa o bichinho não tentará pular pela janela ou em você enquanto estiver dirigindo.

Neste caso, é importante acostumar o pet com a caixa de transporte antes da viagem, caso ele ainda não seja habituado a ela.

Também existem cintos de segurança próprios para os peludos, que são facilmente encontrados no mercado pet.

Para garantir uma viagem tranquila faça treinos com passeios curtos de automóvel, dessa forma, ele se acostumará a permanecer por um período maior dentro do carro.

Caso a intenção seja transportá-lo na caixa de transporte, acostume-o a usá-la pouco a pouco, assim, ele sentirá segurança em ficar por horas dentro dela. Uma dica é deixar, neste local, um brinquedo para que o amigo possa morder e se sentir relaxado.

Durante o trajeto, faça paradas, saia com o seu animal do carro para que ele relaxe, e deixe-o fazer suas necessidades e farejar um pouco. Essa atitude simples evitará qualquer tipo de estresse. Ah, não se esqueça de oferecer água fresca nas paradas.

De avião

Se a viagem for de avião, é importante verificar com a companhia aérea quais os requisitos exigidos para transportar um pet, como o local que ele ficará durante o trajeto, quais as documentações necessárias para o embarque do peludo, se sua saúde e vacinas estão em dia e principalmente se ele está devidamente identificado.

Em viagens aéreas, alimente seu pet seis horas antes do embarque para evitar que ele sinta enjoo.

Se o animal for transportado em caixa, coloque um cobertor com o seu cheiro dentro dela e os brinquedos preferidos do amigo, para que ele fique mais tranquilo. Se ele puder ir com você na cabine leve petiscos, um pote de água, cobertor e brinquedinhos. Atualmente, as companhias rodoviárias também estão autorizando o transporte de animais.

É importante ressaltar que viagens para o exterior requerem cuidados detalhados e burocráticos, por isso, faça os devidos preparos com antecedência, pois eles envolvem exigências inclusive com o Ministério da Agricultura e Centro de Zoonoses, além das exigências estipuladas pelo país visitado. Para não correr riscos, tome todas as precauções com, no mínimo, 120 dias de antecedência.

Seguindo os passos acima, curta a viagem com seu melhor amigo. Certamente histórias e aventuras não faltarão.

Fonte: Balaio de Bichos.

Necessidades no local errado

dicas_interna-xixi-no-lugar-certo“Olá! Tenho um cachorrinho de seis meses, que é um Poodle, e um Yorkshire de dois meses, que é uma fêmea.

Ela já está fazendo as necessidades no lugar certo, mas ele não. Minha dúvida é: por que que o Poodle não faz? Será que é porque o lugar é o mesmo?”

Por Cintia Suzuki, adestradora e franqueada da Cão Cidadão

Olá, Luciana. Tudo bem?

Necessidades no lugar errado é muito comum em filhotinhos. O fato de você ter dois filhotes e um deles já estar acertando pode ajudar o Floquinho a procurar o mesmo local para se aliviar, visto que cães aprendem por imitação, ou seja, ver a Yorkshire utilizar o local correto pode estimulá-lo a buscar a mesma área para fazer as necessidades.

Além da aprendizagem por imitação, o cheiro de xixi e fezes existentes no local são estímulos que atraem o cão. Então, por que será que o Floquinho tem errado?

Podemos pensar em algumas possibilidades, como a escolha do local, as dimensões do local, o substrato escolhido, a limpeza do ambiente, o temperamento e as experiências do cão.

Escolha do local

Cães evitam fazer as necessidades perto dos locais onde se alimentam e descansam. Se for o caso, procuro manter o banheirinho dos pets afastado do pote de comida, de água e da caminha.

Dimensões do local

Áreas muito pequenas podem dificultar o acerto, e o fato de serem dois cães exige que a área consequentemente seja maior. O fato de aumentar o banheiro permite que o cão se sinta mais confortável e aumenta também as chances de acerto.

Substrato escolhido

Cães preferem se aliviar sobre substratos absorventes. Temos como opção o jornal, o tapete higiênico e a grama sintética. Procure perceber qual a preferência do Floquinho. Experimente oferecer outras superfícies para estimulá-lo a procurar estes materiais para se aliviar.

Limpeza do local

É muito comum cães acertarem os primeiros “xixis” do dia e errar os demais. Isso porque cães não gostam de pisar em locais encharcados de urina ou com fezes. Por este motivo, é muito importante estar atento as condições do banheirinho, oferecendo ambientes limpos para se aliviarem.

Temperamento e experiências do cão

Existem cães mais reservados por natureza. Estes, procuram locais mais escondidos para se aliviarem preferindo um cantinho mais tranquilo, onde não exista movimentação intensa de pessoas.

As experiências que o Floquinho vivenciou, apesar de ainda ser um filhotão, podem ter interferência em seu comportamento. Cães que levaram bronca ao se aliviar em locais inadequados podem fazer uma associação negativa ao comportamento, entendendo que urinar e defecar é errado e passível de bronca. Por este motivo, tendem a se aliviar escondidos dos tutores.

Identificado os motivos que levam o Floquinho a urinar e defecar em locais errados, procure suprir e atender as suas necessidades, oferecendo um ambiente e condições adequadas.

Conte com a ajuda de um adestrador profissional, caso sinta dificuldade nestes treinamentos.

Espero ter ajudado!

Fonte: Portal do Dog.

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