Cão estressado? Saiba como lidar com esse problema!

Você sabia que o estresse não é um comportamento exclusivo dos humanos? Sim, isso mesmo. O problema também pode acometer os pets.

O coração fica acelerado, a frequência respiratória aumenta e há a liberação de hormônios na corrente sanguínea, promovendo alterações fisiológicas e comportamentais. Caso isso aconteça, o cão poderá apresentar sintomas como não se alimentar corretamente, ter comportamentos repetitivos e sintomas de compulsão.

Testando com petisco

Você pode observar a mudança de comportamento do pet através de petiscos, por exemplo. Se ele aceitar a guloseima em determinada situação, é porque não está estressado. Se a recusar, é provável que esteja.

Como tratar?

Por meio de terapia comportamental, o cão pode aprender a tolerar com naturalidade situações muito estressantes para ele, como ficar em casa sozinho, ouvir barulhos de fogos, ir passear no parque com outras pessoas e animais, etc. Cães mais sensíveis devem ter um tratamento mais cuidadoso do que os mais corajosos, diante das mesmas situações.

Apresentação de Franquia da Cão Cidadão: inscrições abertas!

apresentacao-franquia_internaJá pensou em poder trabalhar com animais?

A equipe da Cão Cidadão realizará, no dia 20 de outubro, às 20h, a apresentação do seu  sistema de franquia, no Hotel Mercure Apartments Excellence, em São Paulo. 

Periodicamente, um processo seletivo é realizado para a escolha de novos franqueados para trabalhar com adestramento e consultas de comportamento animal. Não é necessário ter experiência anterior na área.

Como se inscrever?

Para participar, é simples. Basta fazer a inscrição gratuitamente por meio  desse formulário. Caso surja alguma dúvida, entre em contato conosco pelos telefones 11 3571.8138 ou 7814-2633.

Confira mais informações em Agenda. 

Você sabe o que é controle inibitório?

site_gecPor Juliana Sant’Ana

Quem nunca agiu impulsivamente levante a mão, por favor! É muito provável que todos nós já tenhamos enfrentado situações que nos fizeram perder a razão, que causaram atitudes impensadas (boas ou ruins). Diante de um grande estímulo, precisamos de muito autocontrole para analisar friamente a situação, conter nossas atitudes impulsivas e aguardar o momento ideal para agirmos com precisão, mas para que de fato serve esse controle? Será que os animais também conseguem agir assim “racionalmente”? Há vantagens em inibir um comportamento impulsivo?

O autocontrole

As pessoas com melhor autocontrole são as mais bem-sucedidas na vida, exibem comportamentos mais colaborativos e são melhores na resolução de problemas. O autocontrole é frequentemente avaliado em estudos como a capacidade de atrasar a gratificação, o que significa rejeitar uma premiação imediata em troca de uma recompensa tardia, porém melhor. No final dos anos 1960 e início dos anos 1970, o psicólogo Walter Mischel avaliou o autocontrole em crianças com o famoso Experimento do Marshmallow, que gerou diversos vídeos engraçados como este aqui.

E no caso dos animais?

Para um predador de perseguição, por exemplo, é mais vantajoso conter o impulso de perseguir todos os animais que vê e, em vez disso, esperar, observar, selecionar a presa, considerar diversos fatores para somente depois tomar uma decisão, ou seja, inibir uma ação imediata favorecendo um comportamento alternativo mais vantajoso. Isso é o que chamamos na literatura de “controle inibitório”.

Quando falamos dos cães, por conta de sua estreita relação com os humanos, eles são capazes de inibir suas próprias preferências e fazer escolhas contraproducentes em benefício de seus tutores. Pelo menos é o que afirma um estudo realizado por um grupo de pesquisadores da Universidade de Viena, na Áustria, que avaliou a capacidade de controle inibitório natural dos cães.

O estudo

Baseados em pesquisas prévias sobre autocontrole em humanos, os cientistas observaram o comportamento de 16 cães, colocando-os individualmente em um recinto onde havia uma cortina que escondia tanto o experimentador quanto o tutor. Pela cortina, eles introduziam dois potes: um com um alimento menos preferido e outro com uma recompensa mais valiosa para o animal. O teste de preferência havia sido feito previamente com todos os cães.

Os cachorros tinham a oportunidade de aceitar essa recompensa de menor valor em qualquer momento, já que o primeiro pote permaneceu à disposição durante todo o teste, mas não conseguiam alcançar o alimento mais gostoso. Se eles não comessem o primeiro petisco, o segundo pote contendo a recompensa de alto valor era oferecido. Os pesquisadores avaliaram também quais fatores poderiam afetar a capacidade dos cães para tolerar atrasos maiores: receber uma recompensa de melhor qualidade ou receber a mesma recompensa, porém em maior quantidade.

gechttps://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5341119/

Os resultados

Os cães mostraram uma baixa tolerância para atrasos em nível de grupo, já que metade dos animais esperaram no máximo 10 segundos na condição de qualidade e 2 segundos na condição de quantidade. No entanto, alguns cães conseguiram esperar até 140 segundos para obter uma recompensa melhor em ambas as condições, enquanto um cão excepcional conseguiu tolerar um atraso de 15 minutos, revelando, assim, uma enorme variação individual em sua capacidade de esperar por uma recompensa mais valorizada.

Então…

Segundo os pesquisadores, os animais conseguem tolerar atrasos maiores quando a recompensa subsequente é de melhor qualidade e têm mais problemas para aguardar recompensas de maior quantidade. Para nós adestradores, isso poderia significar que, ao treinarmos o comando “fica”, por exemplo, vale muito mais melhorar a qualidade do alimento que utilizamos como recompensa que entregar ao cachorro uma grande quantidade do mesmo reforço que usamos para ensinar outros comandos. Da mesma forma, podemos ensinar aos tutores que, em exercícios de limite de porta, é muito mais vantajoso para o cachorro poder atravessar aquela porta após obedecer o comando que receber uma chuva de petiscos ao final.

Referências

BRUCKS, Désirée et al. Reward type and behavioural patterns predict dogs’ success in a delay of gratification paradigm. Scientific Reports, v. 7, 2017.

EXPERIMENTO DO MARSHMALLOW. In WIKIPÉDIA: a enciclopédia livre. Wikimedia, 2017. Disponível em <https://pt.wikipedia.org/wiki/Experimento_do_marshmallow>. Acesso em: 15 set. 2017.

MENSAGENS VISUAIS. The Marshmallow Test (legendado). YouTube, 7 ago. 2010. Disponível em <https://www.youtube.com/watch?v=77XIyD0YTqU>. Acesso em: 15 set. 2017.

Superdesafio

SITE_entrevistaA franqueada Karina Pongrácz, ou Kaká, está há oito anos na equipe da Cão Cidadão. Ela conta que, em uma das suas primeiras experiências como adestradora, foi mordida na perna por uma cachorrinha durante um treinamento. Sem entender o motivo deste comportamento, Karina passou a estudar o caso e, compartilhando as informações com outros adestradores da Cão Cidadão, descobriu que a cadela tinha sofrido com a conduta do ex-tutor e que essas experiências a deixaram traumatizada.

“Quando o seu ex-tutor falava ‘Magali, vem’, ele costumava castigar a cachorra. Por isso, ela associou o nome a uma lembrança negativa. Com o tempo, este comportamento foi melhorando”, conta.

A adestradora conta que está trabalhando com duas alunas não muito convencionais: as galinhas d’angola Coração e Janelinha. O trabalho consiste em fazer com que os filhos da tutora, a jornalista Janine Borba, apresentadora do Domingo Espetacular, da Rede Record, consigam dar comida para as galinhas sem serem bicados. Esta é a sociabilização mais inusitada que Kaká já realizou até agora.

“A experiência está sendo muito legal. Eu sempre tive medo de galinha d’angola, então, quando vi as duas, pensei que era um superdesafio. Ainda não peguei elas no colo, mas estou me aproximando aos poucos”, comenta.

Kaká acrescenta que pretende ensinar alguns comandos à Coração e Janelinha, como pular obstáculos. “Sou muito grata às pessoas que passaram por mim e que me ensinaram. Hoje sou mais forte do que costumava ser, pois consigo superar os desafios e ir mais longe do que eu imaginava”, diz.

A franqueada finaliza dizendo que, com as lições diárias que ela aprende com os alunos, consegue aplicá-las em sua vida. “Espero poder fazer por outras pessoas tudo o que eu recebi da Cão Cidadão”.

NÃO VÁ AINDA!!

Agende agora mesmo uma primeira avaliação gratuita com orientações (on-line ou presencial) com um dos nossos adestradores!!