Gatos são inteligentes?

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O ser humano é considerado – por nós, é claro – o animal mais inteligente do planeta. Talvez por isso muita gente quer saber se este ou aquele bicho é inteligente e se é mais ou menos inteligente do que outros. Por exemplo, se perguntam se gatos são mais inteligentes do que cachorros ou vice-versa. Por mais simples que a pergunta possa parecer, a resposta é complexa e quase impossível de ser dada.

A maioria das pessoas sabe o que é inteligência, mas pouquíssimas conseguem defini-la. A tarefa não é fácil até mesmo para quem estuda psicologia. Mas, de maneira geral, a inteligência está relacionada a algumas capacidades cerebrais (cognitivas) como memória, capacidade e velocidade de processamento (respostas), insight, capacidade de observar e relacionar, de aprender e de reter o aprendizado.

Gatos demonstram todas essas capacidades. São, portanto, inteligentes. Mas, como ocorre com outros animais, alguns gatos são muito mais inteligentes que outros. A inteligência do seu gato vai depender da genética e da criação dele. Gatos filhos de pais inteligentes tendem a ser mais inteligentes, assim como acontece com gatos que foram corretamente alimentados e bastante estimulados, principalmente quando filhotes e na juventude. Vamos agora para as perguntas e argumentos dos proprietários de gatos.

O gato não se submete a ordens, por isso é mais inteligente

É verdade que obedecer não é necessariamente um sinal de inteligência. Mas não obedecer também não é. Cães possuem uma predisposição natural para mandar ou ser mandados, já que evoluíram por muito tempo como membros de um grupo em que a hierarquia era fundamental. Se não se submetessem ao líder, poderiam ser expulsos do grupo e até morrer de fome. Com os gatos a situação é bem diferente. São caçadores solitários natos. Nunca dependeram de outros gatos para caçar suas presas. Não precisavam, portanto, se submeter para sobreviver.

Não devemos esperar que os gatos acatem ordens da mesma maneira que os cães. Não por um ser mais inteligente que o outro, mas, sim, porque um precisa constantemente da nossa aprovação, enquanto o outro, não.

Meu gato sabe até onde o cão do vizinho alcança e se aproveita

Alguns gatos ficam deitados ou se limpam, relaxados, próximo a cães loucos para atacá-los, mas que não conseguem fazê-lo por causa de uma grade ou muro que impede a aproximação. Como o gato consegue saber exatamente até onde um cão consegue chegar e aproveitar-se disso? Ele tem excelente noção espacial além de ótima memória e é capaz de aprender diversas coisas por observação. Quando está relaxado sobre um muro e olha para o cão, descobre o comportamento do inimigo e até aonde este consegue chegar.

De tão esperto, tem um miado para cada situação

O gato também aprende a manipular seus donos! Proprietários que convivem intensamente com gatos percebem necessidades de seus felinos com bastante facilidade, a ponto de conseguir interpretar miados diferentes e associá-los a diferentes pedidos. O interessante é que essa comunicação se desenvolve à medida que o gato e o ser humano se conhecem melhor e aperfeiçoam a “linguagem”.

Deslocamento oculto e permanência de objetos

Existem diversos testes de inteligência que podem ser aplicados em animais. Dois deles, muito famosos, dizem respeito à capacidade de o animal e o ser humano (bebês e crianças) entenderem que um objeto, ao passar por trás de uma barreira, não desaparece – está simplesmente atrás de alguma coisa. Os gatos possuem essa capacidade, pois demonstram interesse em ir procurar o objeto atrás da barreira, assim que ele deixa de ser visível. Os cães também passam nesse teste.

Mas o gato se sai bem melhor que o cão no teste de deslocamento oculto, no qual é avaliada a capacidade de prever onde um objeto em movimento uniforme aparecerá após passar por trás de uma barreira. Isso é feito pela observação da direção do olhar do animal enquanto uma bolinha passa por trás de uma caixa de papelão, por exemplo. A maioria dos gatos é aprovada no teste: consegue prever o contínuo deslocamento do objeto, pois olha exatamente para o ponto onde a bolinha irá aparecer. Já a maioria dos cães fica olhando para o local onde a bolinha desapareceu.

Gatos são mais inteligentes do que cachorros?

Esse é um debate de longa data, mas as conclusões não são categóricas. Um estudo recente sobre neurociência aponta que os cães têm o dobro de neurônios em relação aos gatos – o que poderia indicar que são mais inteligentes do que os felinos, mas essa medição é subjetiva. Uma das pesquisadoras envolvidas no estudo reconhece que a contagem de neurônios é uma forma de medir inteligência, mas não é a única. Outro estudo da Universidade de Kyoto sugere que gatos e cachorros são igualmente espertos.

É importante entender que os dois animais possuem inteligências diferentes. Como ressaltamos acima, gatos não são animais geneticamente moldados para a subserviência. Ainda que sejam animais domésticos, eles seguem sendo caçadores natos. Se o seu gato, por exemplo, prefere não te receber em casa fazendo uma festa e te mostrando um truque novo com uma bolinha, não significa que ele seja menos inteligente que seu cão.

A tomada de decisão do gato, por exemplo, normalmente é feita com base no quanto ele pode se beneficiar com algo – o que demonstra que são bem espertos. Quando você chama seu gatinho para brincar e lhe oferece um petisco, por exemplo, pode imaginar que ele atende o seu chamado por obediência, mas na verdade ele está interessado é na recompensa. Ele também observa o quanto você é responsivo aos miados, para se assegurar que você o alimente na frequência que ele deseja.

Quais são as raças de gatos consideradas mais inteligentes?

Existem algumas pesquisas com o objetivo de identificar o grau de inteligência entre as raças de gatos, mas assim como o caso da comparação da inteligência com cachorros, os estudos não são conclusivos. Em todo caso, é possível medir alguns pontos fortes entre raças de felinos. Em geral, os critérios levam em consideração o nível de interação entre outras espécies, capacidade de adaptação a ambientes diferentes e o quanto se envolve em treinos e atividades.

Nestes quesitos, algumas raças de gatos que se destacam são abissínio, siamês, bengala, rex cornish, savannah, angorá e scottish fold. Vale destacar que esse tipo de determinação serve apenas como uma curiosidade, não como um fato concreto e definitivo de que essas raças são mais inteligentes do que outras. Como ressaltamos ao longo do texto, a medição de inteligência é algo extremamente subjetivo. Diferenças comportamentais não necessariamente implicam em falta de inteligência. Alguns gatos podem ser extremamente quietos, reservados, o que dificulta a compreensão da inteligência que eles possuem.

Ama gatos e quer saber mais sobre o comportamento deles? Clique aqui para saber quais são os fatos mais curiosos sobre os felinos.

Filhote de gato: como torná-lo um adulto dócil e sociável

Photo credit: mathias-erhart / Foter / CC BY-SA
Photo credit: mathias-erhart / Foter / CC BY-SA

Por Alexandre Rossi, especialista em comportamento animal.

As primeiras semanas de vida são as que mais influenciam na definição do comportamento do gato. Desde como ele reagirá quando for acariciado até como se adaptará ao convívio com outros animais. Por isso, devemos aproveitar essa fase crítica do desenvolvimento para preparar bem o filhote para a vida adulta.

Sem controle total
Embora a fase da sociabilização tenha uma enorme influência no comportamento do filhote, não quer dizer que podemos controlar ou determinar o comportamento futuro do animal. Já vi proprietários de gatos anti-sociais se culparem por isso ou serem culpadas por amigos. Mesmo depois de uma boa sociabilização, alguns gatos tornam-se agressivos, medrosos ou desenvolvem ambos os comportamentos com outros animais e com pessoas.

Temperamento e personalidade
Numa mesma ninhada, alguns gatinhos são mais corajosos e extrovertidos que outros. As diferenças de temperamento são influenciados pela genética de cada exemplar. Por isso, quanto mais anti-social e medroso for o gatinho, mais importantes serão os procedimentos descritos a seguir. Esse raciocínio é válido também quando o filhote tem pais medrosos, agressivos ou anti-sociais.

Brincalhão quando filhote, medroso quando adulto
Muitos proprietários de um filhote sociável e desinibido deixam de sociabilizá-lo e de acostumá-lo a procedimentos e situações que enfrentará futuramente por causa do bom temperamento do gatinho. Mas muitos filhotes, principalmente quando não foram corretamente expostos a diversas situações, animais e pessoas, começam a ficar medrosos e cautelosos depois de saírem da infância.

Como sociabilizar
Apresente o seu gatinho de maneira agradável a diversas pessoas e animais. Evite qualquer desconforto ou susto durante essas interações. Por exemplo, procure brincar com o gato e alimentá-lo enquanto recebe visitas. Lembre-se que o filhote pode se assustar com pessoas, especialmente as crianças, e com animais que agem de maneira inesperada, o que pode resultar em trauma difícil de ser recuperado.

Importância das brincadeiras
Estudos demonstraram que brincadeiras aproximam o gato das pessoas. Brincar é, portanto, uma ferramenta importante para facilitar a interação. Mas brincadeiras feitas com o uso do próprio corpo podem estimular a agressividade do gato para com as pessoas. Por isso, ao brincar prefira fazê-lo com algum objeto. Em vez de estimular o felino a morder ou a caçar a sua mão ou pé, use um cordãozinho ou uma bolinha, por exemplo.

Procura por carinhos
Gatos acostumados a receber carinho nas primeiras semanas de vida tendem a procurar mais carinho quando adultos e a gostar de recebê-lo. É relativamente comum o gato ficar ansioso e atacar o proprietário depois de receber carinho por algum tempo. Uma maneira de evitar esse comportamento é acostumar o filhote a longas sessões de carinho. Se ele não for muito fã de afagos, procure acariciá-lo durante as refeições ou enquanto a estiver preparando. Outro momento propício é quando ele estiver acordando ou quase dormindo, pois a ansiedade estará bem baixa.

Pequenas restrições de movimento
Habituar o gato a ter uma parte do corpo imobilizada é importante para que ele venha a se comportar com naturalidade quando lhe dermos banho, cortarmos suas unhas e o escovarmos, por exemplo. Segure o gato firmemente, mas com muito cuidado para não provocar um trauma. Procure imobilizar gradativamente uma parte do corpo dele. Treine isso com freqüência, mas sem provocar grande desconforto. É importante fazer a restrição com firmeza e, se o gato tentar escapar, não soltá-lo enquanto esperneia, para evitar que aprenda a acabar com o desconforto dessa maneira.

Acostumar ao banho
Ensina-se o gato a tomar banho nas primeiras semanas de vida. Mas com muito cuidado para não transformar a experiência em trauma. Um erro clássico é tentar dar banho completo ao gato que nunca passou pelo processo antes. Se ele for contido por vários minutos contra a vontade, esfregado, enxaguado e secado, isso, além do pavor que a água é capaz de causar, pode fazê-lo associar o banho a algo odiável. O truque é acostumar o gato às fases do banho antes de dá-lo por completo, associando-as a coisas agradáveis, como brincadeiras e petiscos. Antes de molhar o felino, procure habituá-lo também com a toalha e o secador. Você não gostará de descobrir, no momento em que ele estiver encharcado, que entra em pânico quando o secador é ligado!

Gatos: como conseguem voltar para casa depois de desaparecer?

Photo credit: Henrique Vicente / Foter / CC BY
Photo credit: Henrique Vicente / Foter / CC BY

Por Alexandre Rossi, especialista em comportamento animal.

Alguns comportamentos dos gatos intrigam muita gente. Um deles é a capacidade de voltar para casa depois de desaparecer por algum tempo, mesmo quando o felino nunca tinha percorrido antes os caminhos que podem conduzi-lo até a habitação. Esses retornos ocorrem, por exemplo, com gatos que saem para dar uma volta e desaparecem por meses ou anos. Ou quando os donos, infelizmente, cometem o crime de abandonar o felino em algum lugar distante. Ou, ainda, quando os donos mudam de casa, o gato desaparece e é encontrado nas proximidades do antigo endereço.

Embora muitos acreditem que os gatos possuam capacidades extrassensoriais, existem pesquisas, observações e estudos que apresentam justificativas muito mais normais para esse fenômeno, as quais explicarei neste artigo.

Memória visual
A capacidade de observar o ambiente e de memorizá-lo é enorme nos gatos. São animais bastante visuais, capazes de reconhecer árvores, prédios, praças. Basta encontrarem algo que reconheçam para, a partir daí, conseguirem se orientar e voltar para casa.

Memória olfativa
Mesmo quando estão em um lugar onde não enxergam nada conhecido, muitos gatos conseguem voltar para casa, ajudados pela memória olfativa. Essa é a capacidade dos animais que mais nos impressiona, pois o olfato humano chega a ser ridículo quando comparado com o deles, inclusive do gato.

Casas, ruas, regiões, cidades, etc., possuem alguns cheiros específicos. Muitos desses odores podem ser reconhecidos pelos gatos e servir para orientá-los quando perdidos. São capazes de se guiar por cheiros conhecidos até chegarem a algum lugar que reconheçam visualmente, e, a partir daí, usarem a memória visual para completar o percurso.

Gatos que percorrem grandes distâncias durante o dia acabam conhecendo diversos cheiros da região e se familiarizando com eles. Mas mesmo os gatos que praticamente não saem de casa recebem uma enorme amostra dos odores existentes à volta deles, alguns trazidos de longe pela brisa e pelo vento. E, cada vez que o vento muda de direção, outros cheiros podem ser sentidos, dando a possibilidade de formar uma ampla memória olfativa.

Não basta reconhecer um cheiro para chegar ao lugar desejado. Depois de identificado o odor, é preciso saber para qual direção caminhar. Os gatos se deslocam de um lugar para outro e, assim, podem testar se a concentração do cheiro conhecido aumenta ou diminui, decifrando rapidamente de onde ele vem. Moléculas de determinados odores podem viajar por centenas de quilômetros e, se tiverem concentração suficiente para serem percebidas, poderão ser utilizadas para localizar o caminho procurado.

Influência do vento
Às vezes, o cheiro que o gato reconhece só chega até ele quando o vento sopra em um determinado sentido. Nesse caso, ele só conseguirá ir na direção de casa quando o vento colaborar – bastará uma pequena mudança na direção da brisa para ele se perder novamente.

Gato com múltiplos donos!
Muitos gatos demoram a voltar para casa por outros motivos, bem menos angustiantes para nós e para eles. Quando o felino não fica restrito ao ambiente interno da casa, costuma frequentar outros lares. Em vários casos, ele é alimentado e adotado também por diversas pessoas. Alguns gatos tomam café da manhã em uma casa, tiram uma soneca em outra e jantam em mais outra.

Imagine que o seu gato não esteja com coleira de identificação e que um dos outros donos resolva prendê-lo dentro de casa para, por exemplo, evitar que continue se machucando em brigas na rua. Você achará que ele foi embora, morreu, etc.. Normalmente nem imagina que ele possa estar na casa do vizinho da rua de cima! Depois de alguns meses, o gato escapa ou resolvem deixá-lo passear. Aí, para sua surpresa, ele surge novamente.

Um gato mais poderoso no bairro pode restringir o acesso do seu, inclusive à sua casa. Se isso acontecer, o seu gato poderá ficar frequentando outros locais até o mandachuva morrer, perder o poder ou mudar de área.

O que levar em consideração ao adotar um gato?

https://www.flickr.com/photos/heydanielle/5224836147/
https://www.flickr.com/photos/heydanielle/5224836147/

A adoção é uma atitude muito nobre, afinal, existem diversos animais espalhados em abrigos, que precisam de um lar e de uma família que possa enchê-los de amor.

Apesar disso, a adoção deve ser bem pensada e planejada. Lembre-se de que você assumirá a responsabilidade pela vida de um animalzinho, e isso requer cuidados e atenção. Nesse artigo, reunimos dicas para te ajudar nesse processo.

Adoção

A primeira coisa que se deve ter em mente é o tipo de bichinho que se adapta melhor ao seu estilo de vida. Muitas pessoas, por ouvirem que gatos são mais fáceis de cuidar, adotam o bichano, mas esperam que ele tenha o comportamento e o temperamento de um cachorro.

“Cães e gatos são espécies com necessidades diferentes, apesar de muitas pessoas terem os dois animais dentro de casa. Portanto, adote um gato se quiser um gato e um cão se quiser um cão”, esclarece a adestradora da Cão Cidadão, Laraue Motta.

Gatos também têm raças ou não, assim como os cães. “Geralmente, os felinos sem raça definida têm uma personalidade que fica no meio termo. Não tão pacatos e nem tão ativos”, explica a adestradora. “O fato é que, ao adotar um animal, principalmente quando filhote, não é tão fácil prever qual será o seu temperamento. Mas, é sempre possível se adequar as suas necessidades e criar um ambiente rico e divertido para todos.”

Adultos X filhotes

Os gatos são, naturalmente, animais curiosos, que gostam de explorar ambientes novos e descobrir mais sobre cheiros e texturas. Ao adotar um filhotinho, o dono deve saber que o bichano está em fase de desenvolvimento, por isso, os momentos de exploração serão frequentes.

Os filhotinhos desmamam entre os 30 e 60 dia de vida. Após essa fase, já são mais independentes. “A fase mais intensa de socialização dos gatos acontece entre 3 semanas e 2 meses. Nesse período, é interessante manipular gentilmente os filhotes, apresentá-los ao maior número de pessoas e estímulos, e disponibilizar um ambiente rico para explorar.”

Quando se trata de gatos adultos, é mais fácil identificar os traços de sua personalidade.. “Muitas vezes, o peludo já passou por situações traumatizantes e apresenta um temperamento mais medroso, que requer um adotante paciente ou que aceite o desafio da conquista”, explica Laraue.

Precauções

Ao levar um gatinho para casa, seja ele filhote ou adulto, alguns cuidados devem ser tomados.

• Para ter certeza de que o seu novo amigo peludo está se sentindo seguro e confortável, separe um cantinho onde ele possa se alimentar, dormir e fazer as suas necessidades. Deixe-o se adaptar ao local.

• Não force interações. Apesar de serem curiosos, os gatos são muito mais reservados do que os cães e levam mais tempo para confiar e se aproximar das pessoas. Respeite esse tempo.

• Telar janelas, quintais e portões, impedir acesso a muros que possibilitem a saída e garantir a segurança do gatinho é imprescindível.

• Caixas sanitárias compatíveis com o tamanho do seu animalzinho também são indispensáveis.

• Ração de qualidade e superfícies de texturas diferentes, além de brinquedos, não podem faltar. Uma boa alimentação e entretenimento de qualidade para o seu gatinho são importantes para a felicidade dele.

Além de tudo isso, amor e carinho são indispensáveis. Com o tempo, o laço entre você e seu peludinho se tornará cada vez maior.

Como distrair os pets

Photo credit: vwynx / Foter / CC BY-ND
Photo credit: vwynx / Foter / CC BY-ND

Por Malu Araújo, adestradora e consultora comportamental da equipe Cão Cidadão.

Temos nosso tempo cada vez mais restrito. Saímos cedo e voltamos tarde para casa, e os pets ficam, na maior parte do tempo, sozinhos.

Muitos destroem móveis e objetos na procura de uma atividade e, em alguns casos, por conta dessa bagunça, ficam presos para evitar a destruição.

Mas, antes de dizer que o seu amigo é um bagunceiro, ou que ele faz isso como um protesto por você ter saído, coloque-se por um instante no lugar dele. É como deixar a nossa vida com pouco contato social, sem internet, telefone, TV, livros, trabalho ou qualquer coisa que nos distraia. Chato, né?

Então, é assim que muitos animais se sentem e, por conta disso, acabam criando as próprias brincadeiras, que podem terminar em destruir um sofá, rasgar as revistas, roubar roupas do cesto, entre outras traquinagens.

É possível proporcionar exercícios e entretenimento para eles, mesmo quando estão sozinhos. Uma caminhada, por exemplo, é muito importante. O passeio não é só uma atividade física para os pets. Além de gastar energia andando, o fato de cheirar tudo, ouvir sons e pisar em diferentes texturas, encontrar pessoas e outros cães faz com que eles se estimulem de diversas formas.

Para quem tem pouco tempo e não consegue caminhar, uma opção seria contar com um passeador, mas não deixe de proporcionar essa atividade aos cães. Alguns gatos também gostam de passear, mas sempre com segurança. Vale lembrar que, independentemente de qual pet você tenha, leve-o para passear sempre na guia.

Enriquecimento ambiental é mais uma forma de oferecer atividades para eles quando você não está em casa. Nos pet shops existem diversas opções de brinquedos que dispensam comida. Substituir o pote de ração por brinquedos inteligentes, além de ser muito mais divertido, entreter e gastar energia deles, também é um estímulo mental que contribui para a inteligência deles. Esses brinquedos também podem ser feitos com garrafas pet e caixas de papelão. É só colocar a ração dentro e fazer pequenos furinhos (do tamanho do grão da ração), para que caia aos poucos e ele brinque de caçar os grãos pela casa.

Para os gatos, fitas e brinquedos com penas podem ser pendurados em uma maçaneta, para que balancem, despertando o interesse do bichano.

Treinar comandos também é mais uma forma de proporcionar atividades aos nossos mascotes.

Fonte:  PetShop Magazine.

Como introduzir corretamente um novo gato na família

Photo credit: Moyan_Brenn / Foter / CC BY
Photo credit: Moyan_Brenn / Foter / CC BY

Por Cassia Rabelo Cardoso dos Santos, adestradora e consultora comportamental da equipe Cão Cidadão.

O sucesso de uma convivência tranquila e equilibrada com um gato que será trazido para casa depende bastante de como será feita essa introdução. Isso porque os gatos são animais reservados, para os quais o controle do território importa bastante no seu bem-estar geral.

Dessa forma, é importante introduzi-lo adequadamente na casa nova, levando em conta todas as situações: se já há gatos ou cães no ambiente.

Apresentando o gato a um cão

A dica mais importante sobre a introdução de um gato em uma casa onde já resida um cão é tornar a experiência positiva para ambos. Um cão que nunca teve contato com felinos pode ter despertado seu instituto predatório ao se deparar com um bichano correndo a sua frente. E isso seria muito estressante para o gato!

Se for o caso de introduzir um cão em uma casa onde já tenha um gato, ou vice-versa, o ideal é fazer a aproximação de forma gradual, sem estresse excessivo para nenhum dos dois. É conveniente que o bichano seja mantido dentro de uma caixa de transporte (a qual já esteja acostumado), e o cão, contido na guia.

Utilizar petiscos que o cão e o gato gostem bastante vai ajudar nessa fase, para que sejam feitas associações positivas da presença do outro e, também, para que seja possível perceber se algum deles está ansioso demais – a falta de apetite pode indicar que o estímulo está muito alto e gerando desconforto, ou seja, a distância entre os dois deve ser aumentada.

A caixa de transporte só deve começar a ficar aberta quando ambos, cão e gato, demonstrarem já estarem habituados à presença do outro. Nessa fase, ainda é importante manter o cão na guia, para que seja mantida a segurança, ou seja, evitar perseguições ao gato. Ambos devem ser bastante recompensados quando estiverem calmos e demonstrando tranquilidade na presença do outro.

Esse treinamento pode demorar, ou não. Tudo depende das reações tanto do gato quanto do cão. O importante é sempre prezar pelo bem-estar de ambos e se certificar de que a situação não está estressante demais. Os dois só devem ser deixados livres para circular quando não houver sinais de estresse ou tentativas de ataques mútuos.

Trazendo um gato para uma casa que já tem gatos

Os gatos são capazes de uma ótima convivência com outros gatos, mas a introdução de um novo membro ao grupo pode ser estressante, caso os felinos se sintam desconfortáveis, podendo até ocorrer ataques.

Antes de apresentá-los, o ideal é deixar o novo gatinho em um cômodo da casa sem acesso aos demais, para que ele se habitue com os sons e objetos do novo ambiente. É importante disponibilizar água, comida e caixa de areia para todos.

Acostumar-se ao odor dos outros animais é um passo importante na habituação, já que os odores são muito importantes para eles. Assim, durante esse estágio, deve-se esfregar regularmente cada um dos gatos com uma flanela e deixar esses paninhos embaixo do pratinho de comida do outro gato, para que eles já associem o cheiro dos demais com algo prazeroso (a hora de comer). A utilização de feromônios sintetizados artificialmente pode ser muito eficaz no processo de habituação de um novo gato ao ambiente.

Quando perceber que o gato (ou gatos) que já morava na casa está apresentando seu comportamento normal e se mostrando curioso e confortável em relação aos sons do novo gato, é hora de aproximá-los. Antes disso, seria interessante trocá-los algumas vezes de cômodo: ainda sem se verem, deixar o gato mais antigo no quarto do novo habitante, para que ele explore todos os cheiros deixados, e fazer o mesmo com o novo gato, deixando-o livre para explorar os demais cômodos da casa.

A aproximação efetiva pode ser feita por uma fresta da porta ou mesmo através de um portão telado, para que eles se vejam, mas ainda sem conseguirem se tocar.

Outra opção é usar caixas de transporte, colocadas perto uma da outra, para que os gatos possam se ver. Deve-se sempre avaliar o nível de estresse e insegurança dos gatos: se constatado que o estímulo está alto demais e algum deles não está se sentindo confortável, deve-se recuar. Utilizar ração úmida para gatos é uma boa opção para uma associação positiva entre eles. Lembrando que, caso um dos gatos não aceite o petisco apetitoso, significa que ele não está ainda confortável com a situação.

Só se deve soltá-los no mesmo ambiente quando todas as etapas acima foram seguidas e tiver sido constatado que todos estão confortáveis. A utilização de coleiras peitorais, próprias para gatos (desde que já estejam habituados ao uso desse acessório), ajuda, e muito, no controle em caso de ataques.

Para que a convivência seja harmoniosa, é importante para os gatos que eles se sintam seguros e no controle das fontes de sobrevivência (caixas de areia, água e comida). Isso fará com que eles não tenham necessidade de manter o controle forçado sobre essas fontes, muitas vezes usando de agressividade.

Por isso, no que diz respeito às caixas de areia, o ideal é oferecer, no mínimo, uma caixa a mais do que o número de gatos da casa, e deixá-las à disposição em locais estratégicos e longe uma das outras, preferencialmente em lugares onde se perceba que cada um dos gatos prefere se aliviar. Além disso, vários potes de água fresca e/ou fontes de água, locais tranquilos para cada um se alimentar, prateleiras para que possam escalar e fugir, e esconderijos onde possam ficar quando assim desejarem.

Com todos esses cuidados, a tendência é que a introdução de um novo gatinho seja um sucesso, e animais e seres humanos possam viver em harmonia daí para frente!

Fonte: BitCão.

Brigas entre gatos: aprenda a evitar

Photo credit: ajbunsby / Source / CC BY
Photo credit: ajbunsby / Source / CC BY

Por Malu Araújo, adestradora e consultora comportamental da equipe Cão Cidadão.

A primeira coisa é entender o porquê das brigas acontecerem. A introdução de um novo gato na casa é um motivo que pode dar início às brigas. Então, para que a convivência seja harmônica, cuidado com essa apresentação.

Coloque os gatos na guia ou na caixa de transporte (caso eles usem esses acessórios com tranquilidade) e associe a presença do outro com festa, carinho e um petisco bem gostoso. Quando eles estiverem confortáveis, deixe-os livre na casa, mas com supervisão. Se precisar sair, separe-os nos primeiros dias quando não tiver ninguém olhando.

Machos adultos podem brigar ao atingir a maturidade sexual, que acontece por volta dos dois aos quatro anos. A castração ajuda muito a manter o comportamento estável.

É possível que o gato tenha algum problema de saúde e comece a reagir com agressividade à aproximação do outro gato, ou tenha alguma reação mais bruta quando o outro bichano encosta onde ele está com dor. Neste caso, é você que precisa conhecer bem o seu gatinho. Se ele apresentar algum comportamento diferente, estiver comendo mal ou mostrar qualquer outro sinal de mudança, leve-o ao veterinário.

Alguns gatinhos são mais possessivos, por isso, providencie mais de uma caixa de areia e espalhe pela casa mais de um pote de comida e água. Não deixe tudo no mesmo ambiente, para evitar que ele controle tudo.

Presenciou uma briga? Não tente separá-los com as mãos. O ideal é fazer um barulho ou usar um borrifador de água para separá-los.

Para manter a harmonia entre eles, você precisa garantir que cada um deles tenha as suas necessidades supridas e associar um ao outro sempre com bons momentos, como as brincadeiras e carinhos para todos.

Por: PetShop Magazine.

Como fazer seu gato gostar de tomar banho

Photo credit: patchattack / Foter / CC BY-SA
Photo credit: patchattack / Foter / CC BY-SA

Dar banho é uma tarefa muito importante para a saúde e o bem-estar do seu gatinho. Porém, muitas vezes, esse momento pode se tornar muito difícil, dependendo da resistência que ele tiver à água.

Muitas pessoas acham que o gato não precisa tomar banho porque eles geralmente “cuidam” da própria higiene, mas é importante que eles mantenham uma rotina de cuidados e banhos, sim. Por isso, o ideal é ambientá-lo desde filhote a essa situação.

Saiba como fazer com que a hora do banho seja mais um momento divertido na rotina do seu bichano.

Sem pressa!

Primeiramente, você não deve dar banho no gato se estiver com pressa. Esse é um momento muito especial, que exigirá atenção e cuidados.

É muito importante também que você se organize: no dia anterior, se possível, escove o animal, para que ele não solte muito pelo no momento do banho.

Outra dica é associar o banho a uma situação agradável. Nunca obrigue o bichano a tomar banho ou force uma situação. Isso só piorará o medo dele.

O recomendado também é não colocá-lo logo de cara em uma banheira cheia de água e tentar secá-lo com o secador, pois essas ações podem assustá-lo. Vá com calma, respeitando o limite dele.

Deixe tudo o que você for usar separado, como toalha, shampoo, produtos etc. Apresente ao bichinho tudo que envolverá o momento do banho, lembrando que você sempre deve utilizar produtos recomendados pelo médico veterinário.

Hora do banho

Prepare uma bacia com uma borracha de EVA no fundo, para evitar que ele escorregue. Não deixe o recipiente muito cheio e preste atenção na temperatura da água.

Proteja o ouvido dele com um chumaço de algodão, e tome cuidado com os olhos e o nariz, pois você nunca deve jogar água diretamente nesses locais.

Os primeiros banhos devem ser dados em etapas: comece molhando só as patinhas, depois vá jogando água no restante do corpo dele.

Deixe o bichano sentir o cheiro dos produtos que você usará. Durante esse tempo, ofereça um petisco, brinque com ele, faça carinho e fale em um tom de voz suave.

Secador

Ao usar o secador, tome cuidado para ambientar o gato ao objeto com calma. Como o aparelho faz muito barulho, o bichano poderá ficar assustado no início, se não for bem habituado a ele.

Primeiro, ligue o secador distante do animal, para acostumá-lo com o barulho. Nas primeiras vezes, você pode fazer isso em outro cômodo da casa e, depois, trazer o objeto para mais próximo dele.

Deixe o secador na potência mínima e, aos poucos, direcione o jato de ar na direção do gato, ainda mantendo uma distância para não assustá-lo.

Tente secá-lo e, se ele não ficar muito arisco, continue o procedimento. Nunca continue fazendo isso se ele apresentar qualquer reação de repulsa. Não se esqueça de elogiá-lo e recompensá-lo em cada avanço apresentado!

É necessário?

Algumas raças, como o gato Persa, têm dificuldades em se limpar, porém, é importante lembrar que o banho é algo que é feito para agradar os donos, pois os gatos não precisam desse ritual.

Existem muitas pessoas que evitam dar banho em seus gatos e muitos veterinários recomendam aos tutores que não deem banho nos gatos a não ser que o bichano tenha algum problema de pele ou algo do tipo, inclusive, o banho pode aumentar os riscos do seu gatinho desenvolver algum problema de pele.

Além disso, devemos tomar muito cuidado com os produtos utilizados, pois o shampoo pode alterar a proteção natural da pele do gato e isso pode ser prejudicial para a saúde do seu bichinho.

Uma boa dica é deixar os banhos para momentos em que o animal esteja com dificuldades em se limpar sozinho: quando se sujar de graxa ou algum produto que seja prejudicial para sua saúde e difícil de ser removido dos pelos.

No mais, lembre-se: o banho deve ser agradável para o animal, mas não é algo extremamente necessário.

Brinquedos para gatos

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Photo credit: rainy city / Foter / CC BY-ND

Os bichanos, assim como os cães, também precisam brincar! Existem hoje no mercado, à disposição dos donos, muitas opções de brinquedos para gatos, porém, é possível criar em casa algo bastante divertido para eles.

Penduricalhos para caçar

Como a diversão predileta dos felinos é caçar, eles vão adorar essa brincadeira! Confira aqui algumas dicas de como preparar um penduricalho para o seu felino.

Arranhador divertido

Os gatos adoram arranhar os móveis, objetos e tudo o que encontram pela frente, não é mesmo? Por isso, o arranhador divertido é ótimo para que ele afie as unhas. Veja aqui o passo a passo.

João-bobo para gatos

Com esse brinquedo, a diversão dele está garantida. Seu gato vai passar horas e horas tentando pegar o pompom e virando a vareta de um lado para o outro. Saiba como fazer esse brinquedinho.

Com esses brinquedos, você conseguirá entreter o seu gato por muito tempo, além de incentivar a criatividade e a curiosidade dele!

Melhor idade para começar o adestramento

Photo credit: Olgierd Pstrykotwórca / Foter / CC BY
Photo credit: Olgierd Pstrykotwórca / Foter / CC BY

Por Malu Araújo, adestradora e consultora comportamental da equipe Cão Cidadão

Os cães estão aprendendo a todo momento, e a melhor idade para começar o adestramento é assim que a família decide ter um cão em casa! Isso mesmo, na verdade, em um cenário ideal, uma consulta com um adestrador deveria começar antes mesmo de o cachorro chegar a casa, para evitar alguns erros comuns, principalmente para os donos de primeira viagem.

Os filhotes podem começar a ser adestrados com 50 dias de vida! Iniciando o adestramento assim que o cachorro chega na casa é possível ensiná-lo, da forma correta, a como se comportar quando for ficar sozinho, a como usar o banheiro corretamente sem receber broncas pelo xixi errado, a como evitar que ele saia puxando no passeio, e tentar evitar que o cachorro tenha receio de situações como o banho, o passeio de carro, entre outras situações.

Muitas pessoas pensam que o adestramento é para ensinar só comandos ou que cães adestrados não são espontâneos e que se comportam como um robô. Mas, ensinar os comandos, além de ser um estímulo mental para eles, é uma forma de treinar a obediência e a como se comportar em situações sociais. Por exemplo, ensinar ao cão a se sentar é a maneira de mostrar para ele como se comportar quando chega uma visita.

Os filhotes aprendem, sim, com mais facilidade, mas cães de qualquer idade podem melhorar e mudar alguns comportamentos com aulas de adestramento. O principal é sempre ter a companhia dos donos e familiares junto com o adestrador, para que todos coloquem em prática os ensinamentos da forma correta!

Fonte: Meu Amigo Pet.

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