Prática de exercícios ao lado do pet

Photo credit: chefranden / Foter / CC BY
Photo credit: chefranden / Foter / CC BY

Por Tarsis Ramão, adestradora da equipe Cão Cidadão.  

Além de um grande amigo e companheiro, seu pet pode ser seu personal trainer. Isso mesmo. Se é difícil ter ânimo para ir para a academia, separamos algumas dicas bacanas para você se exercitar e se divertir ao lado do peludo.

Práticas de exercícios ao lado do pet

Caminhada e corrida    

O bom e velho passeio é uma ótima opção para se exercitar com seu cão. Depois que você e seu amigo já estiverem com preparo físico, dá para iniciar uma corrida. Mas, para que essa seja uma atividade prazerosa, é muito importante que seu pet saiba passear bem, sem puxar a guia, andar em zigue-zague e não avance em outros cães.

Então, a escolha de uma guia adequada e a orientação de um adestrador podem fazer toda diferença. É possível, também, levar os gatinhos para um passeio, mas, como normalmente os felinos são mais resistentes para colocar uma coleira, é necessário acostumá-los aos poucos, com o acessório e com a dinâmica do passeio.

Passeio de bike, skate e patins 

Seu cão pode ser um parceirão também nessas atividades. Assim como para uma simples caminhada, é fundamental que ele seja obediente no passeio. Depois, é só escolher o meio de transporte. Comece com uma velocidade moderada, para que seu cão entenda o exercício.

Natação  

Muitos cães são fanáticos por uma piscina. Goldens e labradores retrievers, por exemplo, simplesmente amam água. Se seu peludo é um desses, aproveite alguns momentos de lazer e exercícios nadando com ele. Jogar brinquedos e bolinhas para que ele busque nadando pode ser muito divertido e queimar algumas calorias. Mas, importante: é essencial que as atividades na piscina sejam sempre supervisionadas e, dê preferência, que tenha uma escada ou rampa para que seu pet possa sair da água com segurança – mesmo os melhores nadadores podem se assustar ou sentir câimbras e acontecer um acidente.

Atividades físicas são muito importantes para a saúde física e mental do seu pet. Na companhia do dono, elas podem ser ainda mais agradáveis e tornarem ainda mais fortes os laços de amizade. Mas, assim como os humanos, cada cão é um ser individual, com aptidões e interesses. Talvez seu animalzinho não seja dos mais atléticos ou prefira uma atividade a outra. Então, respeite os limites do seu melhor amigo. Escolha horários com temperaturas mais agradáveis e não se esqueça de pausas para descanso e hidratação.

Assim, a prática de exercícios ao lado do pet, traz muitos benefícios. Você e o seu amigo gastam energias, queimam calorias e passam ótimos momentos juntos.

Fonte: Pet Center Marginal. 

Cachorro também tem luto?

Photo credit: theBAFFLED / Foter / CC BY-SA
Photo credit: theBAFFLED / Foter / CC BY-SA

Por Malu Araújo, adestradora e consultora comportamental da equipe Cão Cidadão.

A perda de outro cão ou gatinho pode, sim, deixar um cachorro também tem luto, mas isso varia conforme o animal.

Alguns cães podem ter o apetite diminuído ou ficar com um comportamento diferente, mais quietos. Esse luto é mais curto do que o das pessoas e, normalmente, ele melhora sozinho, com o passar do tempo.

Existem alguns cachorros que não mudam nada, continuam com as mesmas atividades e comportamento, e isso também é natural, tudo depende da personalidade de cada um.

Para a família ajudá-lo a superar essa fase, o ideal é realizar a rotina de passeios e brincadeiras, fazer as atividades que o deixam mais ativo e feliz. Não ficar lembrando e falando o nome ou coisas que o remeta ao outro pet.

Trazer outro animalzinho para casa não é uma solução. Às vezes, a interação entre cães de diferentes temperamentos pode ser mais estressante do que ajudar. Cães idosos, por exemplo, podem não ter paciência com um filhote.

Caso o cão tenha algum outro sintoma, procure um médico veterinário para auxiliar na melhora dessa situação.

Fonte: PetShop Magazine.

Como evitar brigas entre cães

Photo credit: jordanfischer / Foter / CC BY
Photo credit: jordanfischer / Foter / CC BY

Por Cássia dos Santos, adestradora da equipe Cão Cidadão.

Histórias sobre brigas entre cães, residentes na mesma casa ou não, são relativamente comuns. Apesar de muitas situações não gerarem consequências mais graves, o resultado pode ser desastroso.

Assim, quando se trata deste assunto, vale a máxima “a prevenção é o melhor remédio”. Sempre será muito mais difícil apartar uma briga entre cães do que evitar que ela ocorra.

Portanto, antes de mais nada, tratemos da questão sob o prisma de dois cães que não se conhecem. Muitos ignoram a importância de uma boa apresentação de um cão a outro, especialmente se a situação importar na introdução de um novo peludo numa casa que já tinha outro cão como morador “mais antigo”.

Se o primeiro contato de ambos gerar reações agressivas ou mesmo uma briga, a relação destes cães pode ficar muito comprometida, gerando até situações de perigo constante.

Assim, mesmo que o novo morador seja um filhote, é preciso cuidado no primeiro contato, para que o mais velho não estranhe a chegada do pequeno. Além disso, há maior probabilidade de problemas caso o encontro ocorra no ambiente onde o cão mais antigo morava. Finalmente, cães do mesmo sexo tendem a se “estranhar” mais do que um macho e uma fêmea quando se conhecem.

Portanto, a primeira dica é providenciar para que o primeiro contato se dê em um local neutro. Pode ser na rua, num parque ou praça, de preferência sem muito barulho ao redor. Outro ponto importante é providenciar para que os dois cães estejam contidos em suas respectivas guias, cada um sendo conduzido por uma pessoa.

A aproximação deve ocorrer aos poucos, iniciando-se com uma boa distância ente os cães. Cada condutor deve estar bem atento às reações do peludo que está ao seu lado. Sinais como: encarar o outro cão fixamente, pelos do pescoço eriçados, cauda ereta e imóvel, significam perigo de ataque e devem ser imediatamente coibidas!

Deve-se, por outro lado, valorizar e recompensar os comportamentos desejados e esperados para esta situação: se o cão, mesmo já tendo visto o outro, mantiver-se numa posição relaxada, deve ser elogiado e bastante recompensado com petiscos gostosos.

Quando se tiver certeza que ambos estão tranquilos, pode-se permitir que se cheirem, pois é neste momento que a relação entre os cães realmente se iniciará.

Voltando a tratar das expressões corporais caninas, conforme mencionado acima, algumas delas são claramente um sinal de alerta. Cães que viram o rosto, afastam-se do outro cachorro, lambem os lábios, estão dando claros sinais de que não querem uma aproximação maior. Se o outro cão não souber interpretar esses sinais, uma briga pode se iniciar. Daí a importância dos humanos também terem a sensibilidade de perceber quando um cachorro não deseja a aproximação do outro.

Por outro lado, vale destacar que brinquedos, ossos e objetos podem ser deflagradores de uma disputa dentro de um grupo de cães. Assim, é preciso cuidado e supervisão quando se está diante de uma situação onde vários cães, por exemplo, estão brincando com bolinhas. É preciso ter certeza de que, dentro do grupo, não há cão(es) possessivo(s), pois daí pode se iniciar uma disputa.

Finalmente, é sempre importante ressaltar que em casos graves, com histórico de brigas anteriores, é indicado buscar a ajuda de um profissional especializado em comportamento canino para auxiliar os proprietários na melhor conduta a ser adotada.

Fonte: The Pet News.

Cuidados ao introduzir um novo membro à família

Photo credit: Claudio Gennari ..."Cogli l'attimo ferma il tempo" / Foter / CC BY
Photo credit: Claudio Gennari …”Cogli l’attimo ferma il tempo” / Foter / CC BY

Por Carlos Antoniolli, adestrador da equipe Cão Cidadão. 

O mais importante, quando pensamos em introduzir um novo membro à família, é ter controle sobre o cãozinho já existente, no que se refere à obediência, educação e liderança. Muitos proprietários se enganam ao achar que alguns problemas comportamentais (destruição de móveis, roupas, sapatos) irá se resolver adquirindo outro cãozinho. Se não forem identificadas as causas e resolverem esses comportamentos, correrá o risco de tê-los em dobro.

O mais seguro é formar casais. Com isso, a possibilidade de brigas é bem menor. Caso queira manter o mesmo sexo, é importante se atentar quanto aos cães com porte e temperamentos mais submissos. Caso já tenha um cão de grande porte, introduza um de médio porte e que seja de temperamento submisso. Importante também é não extrapolar as diferenças, ou seja, introduzir um Dog Alemão ou Rottweiler, cães que ultrapassam os 50 kg, em uma matilha composta por Yorkshire ou Maltês, pois uma pequena brincadeira poderá causar danos terríveis.

Os primeiros contatos devem ser feitos com total segurança, tanto para os cães, quanto para as pessoas envolvidas. Procure sempre um ambiente neutro e, de preferência, muito agradável para ambos. Por exemplo, uma praça. Faça aproximações gradativas e crie associações positivas, ou seja, estimule as brincadeiras, ofereça um petisco especial quando estiverem próximos ou se observando, e repreenda qualquer atitude de dominância ou agressividade.

Se tiverem controle sobre o cãozinho que já vive na casa, não terá problema em repreendê-lo, pois, normalmente, serão eles que tentarão se impor. Continue as associações positivas na casa, só ofereça agrados quando estiverem juntos – nunca deixe de dar carinho para um deles por razão do outro. É muito natural os cães sentirem ciúmes e cabe a nós interagirmos de forma a não estimularmos esse sentimento.

Utilize sempre o reforço positivo.

Fonte: Publicado no Portal Simba Lovers. 

Agressividade por medo

Photo credit: Eneas / Foter / CC BY
Photo credit: Eneas / Foter / CC BY

Por Carlos Antoniolli, adestrador da equipe Cão Cidadão.

Quando nos deparamos com casos de agressividade canina, o mais importante, inicialmente, é identificarmos os fatores estimulantes e o tipo de agressividade. Os animais podem demonstrar agressividade por dominância, por território e mais comumente por medo.

A agressividade por medo é causada normalmente por falha no processo de socialização, algum trauma psicológico, e não podemos deixar de considerar o histórico genético do indivíduo, pois, algumas raças possuem uma maior predisposição ao medo do que outras. Lembrando que o medo é um sentimento essencial para a sobrevivência e a evolução da espécie, ou seja, ao introduzirmos o cão ao nosso convívio, é de nossa responsabilidade criarmos boas associações para ele com nossas atividades rotineiras.

Um cão exposto ao medo recebe um estimulo fisiológico e o hormônio adrenalina é secretado na corrente sanguínea e, com o aumento do batimento cardíaco, há uma maior irrigação de sangue oxigenado nos tecidos musculares, proporcionando a ele as opções de fuga ou ataque. Normalmente os cães optam primeiramente pela fuga ou tentam evitar o contato com uma pessoa, por exemplo.

Caso tenham sucesso, eles irão permanecer ou repetirão esse comportamento, mas, infelizmente, não é o que mais ocorre, pois as pessoas, sem saber, ignoram os sinais corporais e acabam forçando a interação. Sem a opção de fuga, o cão ataca ou inicialmente começará a demonstrar sinais agressivos, como: rosnar, latir, ameaçar ao ataque e, finalmente, o atacar propriamente dito. Essa opção se torna muito eficaz para o cão, pois, na sua grande maioria, ele terá êxito e conseguirá afastar o agente amedrontador e esse comportamento será naturalmente recompensador e tenderá a repeti-lo.

Em um treino de dessensibilização, o mais importante é não permitir que o cão entre no estágio agressivo. Para isso, se faz necessário identificar a distância ideal entre o cão e o fator estimulante, que é logo abaixo do limiar estressante, ou seja, antes do disparo da adrenalina e a partir desse ponto, iniciar o treino com associações positivas. O cão deve perceber que toda vez que é exposto a uma pessoa, algo muito bom ocorre, por exemplo, ganhar um petisco. Conforme o cão for demonstrando relaxamento em relação ao agente agressor, gradativamente deverá reduzir a distância, assegurando para em não ultrapassar o limiar estressante.

Alguns animais começam apresentar agressividade por medo em decorrência de alguma alteração clínica. Nesse caso, é muito importante, antes de qualquer intervenção comportamental, uma avaliação médica veterinária.

O mais importante em treinos com cães agressivos, independentemente do tipo e grau de agressividade, é a segurança dos envolvidos (cães e humanos) e sempre deverá ser acompanhado e assessorado por um especialista comportamental canino.

Fonte: Publicado no Portal Simba Lovers.

Meu cachorro não gosta de passeio: o que faço?

Photo credit: skirtpr / Foter / CC BY
Photo credit: skirtpr / Foter / CC BY

Por Tarsis Ramão, adestradora da equipe Cão Cidadão.

Você pega a coleira e fala a palavrinha mágica? Passear, e seu peludo vem todo feliz para dar uma voltinha. Não? Bom, realmente esse não é o comportamento mais comum. A maioria dos cães simplesmente ama passear e, muitas vezes, as saídas são até conturbadas. Mas, o que fazer quando o cachorro não gosta de passeio?

Ensinando o passeio aos filhotes

Muitos donos ficam frustrados quando, finalmente depois de tomar todas as vacinas e ser liberado pelo veterinário, o cachorro não gosta de passeio. Agora, tenta se colocar no lugar do melhor amigo: colocam uma corda no pescoço dele e já saem puxando para um lugar cheio de barulho, coisas e pessoas estranhas. Não parece muito agradável, não é?

Por isso que o passeio deve começar muito antes de o pet poder ir para rua. Ajude-o a se acostumar com o que vem pela frente. Comece colocando a coleira de forma bem tranquila e agradável, associando a muito carinho e a um petisco bem gostoso. Repita isso várias vezes.

Simule também alguns passeios dentro de casa mesmo. Conduza sutilmente seu cãozinho, sem puxá-lo bruscamente, e o deixe andar espontaneamente para se acostumar com a coleira, mais uma vez associando a muitas coisas positivas.

Para os pequenos, também é muito importante apresentar o mundo o quanto antes. Mesmo antes de acabarem as vacinas, leve-o para passear no colo. Os primeiros meses dos cães são fundamentais para sociabilizá-los. Com o cérebro em formação, essa é a hora apresentarmos a eles o máximo de informação possível. Assim, quando puder dar as primeiras voltinhas, o pet já estará mais habituado a buzinas, estranhos e a outros cães, por exemplo, e não vai ?empacar? na porta de casa.

E os adultos?

Se você não preparou seu pet desde pequeno e agora mais velho o cachorro não gosta de passeio, calma! É possível ensinar, mesmo aos cães adultos, o prazer das caminhadas. Talvez dê um pouco mais de trabalho e exija mais paciência, mas as primeiras dicas usadas com filhotes também valem. Acostume-o aos poucos à coleira, passeie em casa e o atraia à rua com uma guloseima que ele adora.

Como já foi dito, seja paciente. Estimule-o a te seguir, mas sem forçá-lo. Deixe que ele se sinta à vontade para ir explorando o território. Ande alguns passos na sua rua, um quarteirão, e aumente o caminho e o tempo conforme você perceber que ele está confortável. Respeite sempre os limites do seu cão.

Se possível, convide um amigo que também tem um peludo para ajudar no treino. Muitas vezes, a presença de outro cãozinho estimula o mais tímido. Com muito carinho e dedicação, é possível tornar o passeio divertido e agradável para você e seu melhor amigo.

Fonte: Pet Center Marginal.

Como evitar a destruição de objetos

Photo credit: Mackenzie Black / Foter / CC BY
Photo credit: Mackenzie Black / Foter / CC BY

Por Malu Araújo é adestradora e consultora de comportamento da Cão Cidadão.

A lista é infinita, e esse comportamento não é só uma “reclamação” porque o dono saiu de casa e o deixou sozinho. O real motivo da destruição de objetos é a falta de atividade.

Na natureza, os cachorros gastariam a maior parte do tempo em busca de alimentos, abrigo, água etc. Se você pensar na vida dos humanos, não é muito diferente. Nós passamos um bom tempo do dia trabalhando, dirigindo, falando com pessoas, usando a internet, o telefone, lendo livros, enfim, nosso dia a dia é bem cheio. Quando o cachorro fica em casa e não tem o que fazer, ou melhor, não tem atividade monitorada, ele apronta mesmo. Na verdade, ele cria seus brinquedos e atividades escalando a pia, roubando roupas do varal etc.

Muitas pessoas devem estar justificando: “mas ele tem mais de 10 brinquedos, por que ele não brinca?”. Na verdade, alguns até brincam com esses brinquedos, mas, por pouco tempo, não o suficiente para se distrair e gastar a energia necessária. Outro motivo é que a maioria desses brinquedos é imóvel, não oferece uma disputa ou dificuldade. O que pode ajudar a deixá-los mais interessantes é fazer um rodízio entre eles: guardar alguns por uns dias e, depois, oferecer.

Então, por que a destruição de objetos?

Porque nós manuseamos essas coisas e elas têm o nosso cheiro. Mais uma dica é brincar com os brinquedos dele: pegar, jogar e mexer mesmo, para deixá-los um pouco mais com o cheiro do dono.

Outro fator muito importante é que eles gostam de desafio, gostam de se exercitar, por isso, subir na mesa é tão legal, ou abrir e revirar o lixo. Os brinquedos de enriquecimento ambiental são os mais indicados quando deixamos o nosso cão muito tempo sozinho. Hoje, existem diversas opções de brinquedos que liberam comida, mas também podemos criar em casa mesmo. A garrafa pet, com furinhos, é um bom exemplo.

Mas, seja brinquedo comprado ou com a utilização de recicláveis, sempre supervisione a brincadeira nos primeiros dias, para evitar que o cachorro quebre e engula partes do objeto. É importante essa supervisão, que além de garantir a segurança dele, o ato de estimulá-lo, de elogiar, e até ensinar como se brinca, vai fazer com que ele se lembre de você enquanto estiver usando os brinquedos, pois vocês passaram um tempo juntos.

Para completar, um bom passeio é indispensável. Cachorro cansado é mais comportado.

Fonte: PetShop Magazine.

Cães possessivos: entenda e aprenda a lidar

Photo credit: Megyarsh / Foter / CC BY
Photo credit: Megyarsh / Foter / CC BY

Por Tarsis Ramão, adestradora da equipe Cão Cidadão.

Quando está com aquele ossinho gostoso, um brinquedo novo, comendo a ração ou perto de você e alguém se aproxima, seu cãozinho parece uma fera? Alguns cães realmente podem ficar bravos, rosnar, ameaçar ou até mesmo atacar quando sentem que podem ser “roubados”.

Essa possessividade pode ter origem nos ancestrais do seu melhor amigo, que precisavam defender o alimento e território para sobreviver. Muitas vezes, ainda nas primeiras semanas de vida, observamos esse comportamento de alguns cãezinhos com seus irmãos e até com o dono.

Essa atitude pode se tornar cada vez mais frequente quando, diante do seu mau comportamento, ele é recompensado. Toda vez que ele rosna ou ameaça, e alguém se afasta, o peludo entende que sua estratégia está dando certo.

Como agir com cães possessivos

O ideal é tentar prevenir essa mania. Ao se aproximar do seu cachorro quando ele está com um osso ou brinquedo, por exemplo, jogue um pedaço de petisco bem gostoso, sem demonstrar qualquer interesse no que está com ele, antes que ele comece a esbravejar.

Isso, feito repetidas vezes, mostra ao seu amigo que sua aproximação é vantajosa, que ele ganha ao invés de perder, e que você não está tentando enganá-lo. Essa técnica também serve para cães adultos que têm o mesmo hábito. Pode ser mais demorado, mas o importante é que você nunca se aproveite do momento em que ele se distrai com o petisco, para tirar o que ele estava protegendo. Evite tirar à força objetos do seu cão, além de deixá-lo ainda mais desconfiado, piorando o problema, pode ser arriscado e acabar em uma mordida.

Quando o alvo de posse é o dono, também podemos fazer o mesmo exercício, associando a aproximação das outras pessoas com coisas bem gostosas. Sempre de forma gradativa, respeitando o limite em que o peludo começa a ficar irritado. Porque, se ele já estiver rosnando e ameaçando quem se aproxima, tentando te proteger e você ainda enche ele de comida e carinho, seu cãozinho vai entender que o mau humor pode ser um ótimo negócio.

Mas, importante: todos os casos que envolvem agressividade devem ser treinados com muito cuidado e segurança, para que ninguém se machuque. Se necessário, peça ajuda a um especialista em comportamento animal.

Fonte: Pet Center Marginal.

Adestramento de cães: latidos durante o passeio

Photo credit: quinn.anya / Foter / CC BY-SA
Photo credit: quinn.anya / Foter / CC BY-SA

Por Malu Araújo, adestradora e consultora comportamental da equipe Cão Cidadão.

Muitos donos se queixam dos latidos durante o passeio com o pet. Têm cães que latem para barulhos, outros têm medo dos outros cães e latem para eles e, alguns ainda são tão ansiosos, que ficam tão felizes em sair para um passeio, que latem só pelo fato de estarem na rua.

No caso dos cães que latem para barulhos, o ideal é fazer uma dessensibilização desses sons, que é acostumá-lo aos poucos com isso. Então, no início, faça os passeios em ruas mais calmas, com menos movimento e, aos poucos, vá para ruas mais agitadas e ofereça um petisco. Alguns passeios de carro também são bacanas, pois alguns cães se sentem mais confortáveis. Comece dirigindo em ruas mais tranquilas e mude a rota para ambientes mais barulhentos aos poucos. Sempre fazendo uma associação positiva com os sons, antes de o cão latir.

No caso de cães que latem para outros animais, o ideal é fazer uma sociabilização. Sempre que o cão avistar de longe outro e não latir, dê um petisco e elogie. A intenção com esse treino é que ele veja a presença de outros cães como algo agradável. Em alguns casos, o acompanhamento de um profissional adestrador é necessário.

Já para os animais que latem porque estão muito felizes por estar na rua, isso, normalmente, acontece quando a frequência do passeio é pequena – o dono não tem paciência ou, às vezes, tem até vergonha de sair com um cachorro que faz tanto barulho. Em função disso, quando o cãozinho sai está tão ansioso, que vocaliza, demonstrando sua satisfação.

Nesse caso, o ideal seria aumentar a frequência dos passeios e a duração, e para que o cachorro não saia tão ansioso na rua, vestir a coleira antes (sempre sob supervisão, para que ele não se enrosque em algum ponto ou não mastigue a guia) e praticar exercícios de obediência, como o comando “senta” para esperar abrir a porta e o elevador, e o “junto”, para que o cachorro ao lado e com a atenção nos donos.

O passeio começa com a obediência em casa. Com isso, o cachorro sai na rua com um comportamento mais calmo.

Bom passeio!

Fonte: PetShop Magazine.

Como adaptar o cão à caminha?

Photo credit: NickiMM / Foter / CC BY
Photo credit: NickiMM / Foter / CC BY

Por Malu Araújo, adestradora e consultora comportamental da equipe Cão Cidadão.

É muito comum o dono comprar uma caminha ou uma casinha nova, e o cachorro não usar. Mas, mesmo que ele não tenha ainda o costume, é possível adaptar o cão à caminha dele e fazer com que ele goste de ter um cantinho dele!

Assim como nós, os cães gostam de estar confortáveis quando vão descansar, por isso, o sofá e a cama são tão convidativos. Na hora de escolher uma caminha, prefira uma macia e com um tecido agradável, ou coloque um cobertor ou paninho bem gostoso na casinha. Ela também deve ficar em um ambiente adequado, onde não tenha umidade, e que seja protegido do excesso de sol e chuva.

Quando a caminha é muito nova, ela tem um cheiro desconhecido e alguns cães podem não usá-la por esse motivo. Então, colocar uma camiseta velha do dono ou algum paninho que o cachorro já esteja acostumado a usar pode ser um incentivo para essa adaptação.

No começo, também é possível estimular o cão para que ele vá até a caminha, jogando um pedacinho de petisco. Quando o cachorro estiver nela, elogie e faça carinho. Com isso, ele terá uma associação positiva com esse espaço.

Mas, se o cachorro dorme com você na cama, e agora você quer estimulá-lo a ficar na própria caminha, não faça esse treino à noite, antes de dormir. Deixe a cama na sala por alguns dias e incentive que o cachorro fique lá. Depois, você a leva para o quarto e, quando ele subir na cama, o coloque novamente na caminha. Com algumas repetições, ele entenderá que deve permanecer lá e o processo será mais rápido, porque ele já estará acostumado a usá-la.

Lembre-se de elogiar e dar atenção quando o cãozinho estiver na caminha: comportamentos que são estimulados se repetem e sempre são mais agradáveis.

Fonte: Meu Amigo Pet.

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