Cão Cidadão e ONG Criança Segura fecham parceria

Photo credit: RobBixbyPhotography / Foter / CC BY
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Estudos comprovam que a convivência entre crianças e animais melhora o desenvolvimento dos pequenos e traz muitos benefícios à saúde. Por isso, buscando promover um relacionamento mais prazeroso e seguro entre eles, a Cão Cidadão e a ONG Criança Segura fecharam uma parceria.

O objetivo é disseminar conhecimento e reforçar a importância desse convívio, oferecendo orientações para tornar essa experiência mais harmoniosa, saudável e segura.

Essa iniciativa também oficializa a entrada do especialista em comportamento animal, Alexandre Rossi, como conselheiro da ONG.

Por que é importante?

Dados do Ministério da Saúde de 2013 mostram que o Brasil teve, nesse período, aproximadamente 250 crianças hospitalizadas e duas mortes por mordida de cães.

Além de impedir que o desenvolvimento da criança seja saudável, principalmente se ela sofrer o acidente quando muito nova (a maioria dos casos de hospitalização é de crianças de 1 a 4 anos de idade), pode afetar também o desenvolvimento escolar, desencadeando outros problemas.

Por isso, é importante saber que os acidentes envolvendo crianças e cães podem ser evitados com alguns cuidados. “Esse será um trabalho bastante importante, justamente para desmitificar algumas crenças relacionadas à agressividade. Cachorros de qualquer raça ou porte podem apresentar comportamentos agressivos, por exemplo, para proteger um brinquedo ou alimento, ou então, o território. Essa conduta não está relacionada apenas a algumas raças ou tipos de criação”, informa Alexandre.

O especialista explica que o pet pode ser acostumado à presença das crianças, mas que também é importante explicar para os pequenos o que eles podem ou não fazer na presença dos animais. “Com limites e um contato supervisionado, eles podem se tornar grandes amigos”, esclarece.

Para mais informações sobre o trabalho desenvolvido pela ONG Criança Segura, clique aqui.

Relação da grávida com o pet

Photo credit: LGBTQ Portraits Project / Foter / CC BY
Photo credit: LGBTQ Portraits Project / Foter / CC BY

Existem muitas famílias que abandonam seus animais quando recebem a notícia de que terão um novo membro na família. Geralmente, as pessoas têm a ideia de que um animal pode atrapalhar a saúde do bebê e prejudicar o seu desenvolvimento, mas isso não passa de um mito. Os dois podem conviver muito bem e essa relação pode trazer benefícios para ambas as partes.

Um estudo publicado na revista norte-americana “Pediatrics” constatou que bebês que tiveram contato com cães ou gatos no primeiro ano de vida apresentaram menos infecções respiratórias e de ouvido do que crianças que não cresceram próximas a esses animais.

As crianças e os bichos de estimação costumam criar uma linguagem própria porque ambos gostam de brincar e possuem uma comunicação mais gestual do que verbal. Dessa forma, a relação entre eles se estabelece de maneira sensorial, já que o bebê vai tocar o bicho e sentir as suas emoções. Logicamente que essa interação sempre deve ser supervisionada por um adulto!

Antes da chegada do bebê

No período de gravidez, como a mulher está mais sensível e carente, pode ficar muito perto do animal. Depois do parto, por falta de tempo, pode passar a dar menos atenção a ele. Essa mudança drástica de comportamento pode ser associada ao bebê, e o animal passa a considerá-lo uma ameaça para o seu bem-estar dentro da família.

O primeiro passo, então, é estabelecer para o animal uma nova rotina, que já antecipe tudo o que vai mudar com a chegada do bebê, como proibir o acesso a determinados cômodos da casa, mudanças nos horários de passeio e na quantidade de atenção que ele recebe.

Os futuros pais também podem iniciar treinos para que o cão já se acostume com a presença do novo membro da família. Pegue um boneco, vista-o com a roupa de um bebê e dê atenção a ele, sempre inserindo o cão e associando a presença do boneco com cheiro de bebê a momentos agradáveis. Você também pode deixar o carrinho do bebê aberto dentro de casa, para que o pet cheire e explore o equipamento.

No caso dos gatos, um cuidado adicional é procurar um berço que tenha uma tela, que possa ser fechada na parte de cima da caminha do bebê. Isso dará mais segurança para ambos, já que os gatos andam por cima dos móveis e podem pular dentro do berço do bebê.

Depois da chegada do bebê

Depois do nascimento, pegue a primeira roupinha do bebê, deixe o bicho cheirar e a associe a algo agradável, como um carinho ou um petisco. Quando o bebê já estiver em casa, deixe o pet cheirar o pezinho dele.

À medida que o bebê for crescendo, é preciso mostrar a ele como interagir com o animal de forma gentil. Um gesto pesado da criança, como um tapa ou um puxão, pode ser interpretado como uma agressão e também gerar agressividade no mascote.

Por isso, não considere a possibilidade de abandonar o seu pet por causa da chegada de um bebê. Caso seja necessário, procure a ajuda profissional de um adestrador.

Fonte de consulta: O Diário de Bordo da Família Grávida, de Luciana Herrero, que contou com as participações de Alexandre Rossi e Patricia Patatula, adestradora e consultora comportamental da equipe Cão Cidadão.

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