Vai viajar com a família e não sabe o que fazer com o seu pet?

Photo credit: Kyuni786 / Foter / CC BY
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Por Malu Araújo, adestradora da equipe Cão Cidadão.

Vai viajar e quer que o seu pet se divirta também? Então, tome alguns cuidados para que ele tenha uma estadia agradável! Em primeiro lugar, faça uma pesquisa sobre as opções de hotéis disponíveis: pergunte para amigos, converse com pessoas que já deixaram o animalzinho em determinados hotéis e vá visitar pessoalmente o espaço.

Ao conhecer o hotelzinho, repare na limpeza e organização do local, e em como os funcionários tratam os hóspedes. Verifique também se o seu pet vai ficar solto ou preso – e por quanto tempo, se o ambiente é todo aberto, se tem uma área fechada para os dias de chuva, se o ambiente que os animais ficam tem água disponível, enfim, analise a situação do local, para que ele também passe momentos agradáveis enquanto você estiver longe.

Um hotel responsável deve pedir a carteirinha de vacinação de todos os animais que pretendem se hospedar lá e, antes de levar o seu pet, certifique-se de que ele está usando um bom produto ectoparasita, para prevenir uma infestação de pulgas e carrapatos. Eles também precisam ser vermifugados, diminuindo, assim, os riscos de algum problema de saúde.

Alguns animais são mais sensíveis à mudanças, nesses casos, recomenda-se uma adaptação antes da viagem, para que ele se ambiente com a situação. Você pode levá-lo em um fim de semana para passar algumas horas lá e conversar com os cuidadores para saber como ele ficou.

Outros animais se adaptam bem, mas para deixar o ambiente mais familiar, levar a caminha ou caixa de transporte que o seu amigão já está habituado e uma peça de roupa sua também o deixará mais confortável.

Prefere deixá-lo em casa? Então, é necessário tomar mais alguns cuidados. O primeiro é ter uma pessoa de confiança que vá todos os dias alimentá-lo, trocar a água, limpar as necessidades e passear com ele.

Não conhece ninguém que possa fazer isso para você? Existe o serviço de Pet Sister e, da mesma maneira que o hotel, pesquise e peça indicações a quem já usou esse serviço. Afinal, você vai confiar os cuidados do seu melhor amigo a essa pessoa e deixar a chave da sua casa. Certifique-se de que essa pessoa irá todos os dias e fará tudo como você gostaria!

Tomando alguns cuidados você e seu amigão terão ótimas férias!

Fonte: Meu Amigo Pet.

Mania de revirar lixo

Photo credit: left-hand / Foter / CC BY-ND
Photo credit: left-hand / Foter / CC BY-ND

Por Malu Araújo, adestradora da equipe Cão Cidadão.

Seu cachorro não está com fome e também não está passando necessidade quando revira lixo. O que acontece é que eles têm o olfato muito mais aguçado do que o nosso – podemos até dizer que, nos cães, o olfato é o sentido mais importante! Enquanto as nossas células olfativas correspondem a cerca de 5 milhões, nos cães, elas podem chegar ao volume aproximado de 220 milhões – o que faz com que eles se interessem pelos alimentos dispensados na lixeira.

Esse é um comportamento prejudicial aos nossos amigos, que pode até causar sérios riscos a saúde. Existem alimentos que são tóxicos para eles, como a cebola e o chocolate. Outros, como ossos de frango, quando ingeridos, se partem em pequenos pedaços pontiagudos e podem lesionar a garganta dos cães.

Para evitar que esse tipo de comportamento ocorra, devemos adotar algumas precauções. O cesto de lixo, por exemplo, pode ter uma tampa reforçada, que não se abra com tanta facilidade. Também podemos colocar o lixo em um local alto, de difícil acesso ao cachorro.

Se mesmo com essas dicas o cachorro ainda conseguir abrir o cesto, podemos colocar, na tampa, uma latinha com algumas moedas. Assim, quando o cachorro levantá-la, a lata cairá, fazendo um barulho. Por esse desconforto, a tendência é que o cão não mexa mais no cesto.

Não oferecer para o cachorro alimentos que nós consumimos é também uma boa maneira de evitar que ele se interesse pelo lixo. Mas, mesmo cães que não têm o costume de receber algum tipo de alimento diferente, também podem adquirir esse mau hábito, pois, como citado anteriormente, os cães “veem” o mundo com o focinho e o cheiro de restos de alimentos chama mesmo a atenção dos peludos.

Algumas frutas, verduras e legumes podem entrar na dieta deles. Hoje, também existem muitos proprietários fazendo uso da alimentação natural.

A ração deve ser indicada pelo médico veterinário porque, independentemente do alimento ser pronto, como a ração ou alimentação natural, é importante que o profissional esclareça quais são as necessidades do cão em cada momento da vida!

Fonte: Meu Amigo Pet

Férias no hotel: cuidados especiais para preparar o seu pet

Photo credit: Yasuhiko Ito / Foter / CC BY
Photo credit: Yasuhiko Ito / Foter / CC BY

Por Alexandre Rossi e Malu Araújo – adestradora da Cão Cidadão.

Vai viajar com a família e quer que o seu pet se divirta também?! Então tome alguns cuidados para que ele tenha uma estadia agradável!
Em primeiro lugar faça uma pesquisa sobre as opções de hotel disponíveis, pergunte para amigos, converse com pessoas que já deixaram o seu animalzinho em determinados hotéis, e vá visitar pessoalmente o hotel.

Quando estiver conhecendo o hotelzinho repare na limpeza e organização do local, em como os funcionários tratam os hospedes, verifique também se o seu pet vai ficar solto, se vai ficar preso e por quanto tempo, se o ambiente é todo aberto, se tem uma área fechada para os dias de chuva, se o ambiente que os animais ficam tem água disponível, enfim, analise a situação do local para que ele também passe momentos agradáveis enquanto você está longe.

Um hotel responsável deve pedir a carteirinha de vacinação de todos os animais que pretendem se hospedar lá, e antes de levar o seu pet, certifique-se de que ele está usando um bom produto ectoparasita prevenindo uma infestação de pulgas e carrapatos. Eles também precisam ser vermifugados, diminuindo assim os riscos de algum problema de saúde.

Alguns animais são mais sensíveis a mudanças, nesses casos, recomenda-se uma adaptação antes da sua viagem, para que ele se ambiente com a situação. Você pode levar ele em um fim de semana para passar algumas horas lá e conversar com os cuidadores para saber como ele ficou. Outros animais se adaptam bem, mas para deixar o ambiente mais familiar, leva a caminha ou caixa de transporte que o seu amigão já esta habituado, uma peça de roupa sua também o deixaria mais confortável.

A ração que ele come também deve ser levada, se o hotel disponibilizar, certifique-se de que a marca é a mesma que a que você já oferece, caso seja outra, é necessário uma adaptação para não causar nenhuma indisposição no seu cachorro ou gato.

Existe também alguns hotéis que tem câmeras para que o dono possa visualizar seu pet a distância, que é um diferencial bem bacana.

Tomando alguns cuidados você e seu pet podem ficar tranquilos nas férias.

Fonte: Meu Amigo Pet.

Dicas para escovar os dentes dos mascotes

Photo credit: Takashi(aes256) / Foter / CC BY-SA
Photo credit: Takashi(aes256) / Foter / CC BY-SA

Por Malu Araújo, adestradora da equipe Cão Cidadão.

Para escovar os dentes dos peludos, primeiro precisamos de alguns acessórios específicos. A pasta de dente tem que ser produzida especialmente para eles. Não utilize o produto de uso humano, pois os cães não sabem enxaguar a boca e cuspir, e a pasta que nós usamos contém flúor e outros componentes, que podem causar problemas no estômago dos animais. Também fica mais fácil escovar os dentes dos cães com uma “dedeira” de borracha. Eles têm a gengiva sensível e a escova especial é mais macia, além de se encaixar no dedo e permitir um manuseio mais fácil.

Mas, será que é mesmo necessário escovar os dentes dos cães? Sim! Além da escovação melhorar o hálito do peludo, ela previne o tártaro, que contém muitas bactérias que podem causar sérios problemas de saúde ao seu amigo!

Então vamos ao trabalho! Quanto mais cedo acostumarmos o cachorro à rotina de escovação, mais fácil será. Primeiro, escolha uma pasta que agrade seu cão. As pastas específicas têm vários sabores, como carne, chocolate, menta, morango, entre outras. Se ele achar o sabor agradável, será muito mais fácil e gostoso escovar os dentes.

Nos primeiros dias, coloque um pouco de pasta no seu dedo mesmo e deixe-o lamber, faça carinho e elogie. Depois de algumas repetições, coloque novamente pasta no seu dedo e comece a fazer uma massagem na gengiva, com movimentos circulares, sempre elogiando seu amigão. Depois de alguns dias, coloque a dedeira e, com calma e paciência, faça o mesmo movimento circular que você fez com seu dedo. Certifique-se de que você conseguiu escovar todos os dentes e, se o cachorro ficar muito agitado, pare e retome a escovação em outro momento.

Além de cuidar da saúde do seu mascote, cães que são acostumados a serem manuseados com massagem, escovação dos pelos e dos dentes têm muito menos chance de desenvolver alguma agressividade. Assim, você terá uma companhia saudável e agradável em todos os momentos!

Fonte: Meu Amigo Pet.

Como ensinar comandos básicos: senta, fica e dar a pata?

Photo credit: Darron Birgenheier / Foter / CC BY-SA
Photo credit: Darron Birgenheier / Foter / CC BY-SA

Por Malu Araújo, adestradora da equipe Cão Cidadão.

Ensinar comandos ao cachorro vai além de ensinar truques. Os comandos são a melhor forma de comunicação entre o dono e o cão, além de proporcionar atividade mental e atividade física para ele.

O comando “senta”, por exemplo, é um dos mais simples de ser ensinado e muito útil no dia a dia. Ensinar o cachorro de uma forma positiva, utilizando um petisco para induzi-lo ao movimento, é a melhor maneira, pois assim a obediência se torna prazerosa. Para ensinar o “senta”, segure um petisco próximo ao focinho do seu cachorro e faça um movimento levando a mão para a parte traseira do cachorro. Ele tentará olhar para a sua mão, seguindo o petisco, e irá sentar para ficar em uma posição melhor; assim que ele sentar, entregue a recompensa, repita o movimento algumas vezes, e quando o cachorro estiver sentando mais rápido, diga, junto com o movimento, a palavra “senta”, assim ele aprenderá o comando gestual e verbal. Vá distanciando cada de forma gradual, um pouquinho por dia.

Se ele já entendeu o comando “senta”, fica muito mais fácil ensinar o comando “deita”. Para que ele entenda, com o cachorro sentado, segure um petisco na mão, o coloque em frente ao focinho do cão e, devagar, abaixe a mão até o chão. O cachorro irá seguir o petisco, e assim que ele abaixar as patinhas da frente e encostar no chão, entregue a recompensa. Repita algumas vezes, e quando ele estiver repetindo o movimento com mais frequência, fale junto com o movimento a palavra “deita”.

Ensinar a dar a pata não é tão difícil, pois os cães tem uma tendência a fazer isso de maneira instintiva. Se você se posicionar em frente a ele, de preferência quando ele estiver sentado e com um petisco escondido na palma da mão, fique à direita do corpo dele, e ele irá tentar tirar o petisco da sua mão e para não perder o equilíbrio irá colocar a pata oposta. Faça a mesma coisa do outro lado para que ele dê a outra pata e dê a recompensa! Quando o cão já estiver dominando o toque, faça o mesmo gesto, só que agora com a mão vazia, e assim que ele colocar a pata na sua mão, entregue a recompensa com a outra mão para que cada vez mais ele preste atenção ao gesto que você faz.

Quando o cachorro entende o que o dono deseja, a convivência se torna mais prazerosa.

Fonte: Meu Amigo Pet.

Qual é a melhor idade para adestrar um filhote?

Photo credit: pkhamre / Foter / CC BY-SA
Photo credit: pkhamre / Foter / CC BY-SA

Por Alexandre Rossi, especialista em comportamento animal.

Ao contrário do que se divulga, o filhote pode e deve ser treinado. Conheça as vantagens de adestrar o cão enquanto ainda é novinho

Ele absorve tudo
Esperar 6 meses para começar a ensinar um filhote equivale a negar educação para uma criança até ela se tornar adolescente. Com essa espera se perde o melhor e mais importante período do aprendizado. Apesar de os cães poderem aprender durante a vida toda, é nos primeiros meses de vida que o cérebro deles está mais preparado para se desenvolver e absorver informações.

O fato é que os cães estão sempre aprendendo conosco e com o ambiente, independentemente de termos ou não consciência disso. Por esse motivo, principalmente quando são filhotes, devemos prestar mais atenção no que estamos ensinando ou deixando de ensinar. Nada como uma boa educação na infância para serem evitados problemas na vida adulta. Não espere, portanto, o cão crescer para começar a lhe ensinar bom comportamento.

Mais guloso 
O filhote costuma ser mais guloso que o adulto, o que facilita o adestramento por reforço positivo, ou seja, associar a obediência com coisas boas. Podemos aproveitar a própria ração do filhote para recompensar os comportamentos desejados e a obediência a comandos.

Se o interesse pela ração for insuficiente, petiscos serão infalíveis. Mas tome cuidado para não dar petiscos em demasia e, com isso, desbalancear a ração.

Ter má coordenação motora ajuda
Por mais esquisito que possa parecer, a falta de coordenação motora do filhote facilita muito o aprendizado de comandos básicos, como o “senta” e o “deita”. O filhote tem muita dificuldade de “dar ré” olhando para cima.

Por isso, para ensinar o “senta”, deixamos que ele fique em pé e levantamos o petisco acima da cabeça dele, movimentando-o para trás. O cãozinho cai sentado e já pode ser recompensado. A falta de coordenação motora também ajuda a induzir o filhote a aprender o “deita”.

Nasce sabendo dar a pata
É facílimo ensinar o filhote a dar a pata, outro comando considerado básico. Ele já dá naturalmente a pata quando está querendo comer o petisco na nossa mão, mas não consegue. Esse é um comportamento instintivo, normalmente recompensado enquanto o cão mama. O leite sai com mais força das tetas da mãe quando são empurradas com a pata. É um desperdício perder a possibilidade de associar esse comportamento a um comando, recompensando-o!

Em geral, bastam alguns minutos para ensinar o comando a um filhote, enquanto que, com um cão adulto, esse mesmo ensinamento pode levar horas.

Liderança mais aceita
Embora o filhote possa ser mais ou menos dominante, raramente deixa de nos obedecer em troca de algum brinquedo ou comida. Muitos cães adultos recusam a recompensa para não demonstrar submissão ou para testar nossa liderança. Cães que aprendem cedo a obedecer e a respeitar limites dificilmente se tornam agressivos com seus donos quando contrariados, ao contrário de cães dominantes que não tiveram uma boa educação.

Durante a adolescência, os cães testam com mais freqüência e intensidade a nossa liderança. A melhor maneira de lidar com isso é mostrar firmeza nos limites impostos e recompensar a obediência a comandos, o que fica mais fácil quando se podem usar limites e comandos já ensinados na infância.

Agressividade não perigosa
O filhote já pode demonstrar agressividade ao se sentir contrariado ou quando quer defender a posse de algum objeto ou alimento (agressividade possessiva). Embora um filhote possa morder, raramente representa perigo real para o ser humano. Com isso, quem tem filhote sente menos medo de impor limites com firmeza do que quem tem exemplar adulto, obtendo melhores resultados na educação do cão.

É comum os filhotes testarem continuamente os limites, demonstrando agressividade. Mas também é preciso saber que quem não sabe lidar com essas situações corretamente pode incentivar e recompensar tais reações. Conforme o cão vai crescendo, suas ameaças vão ficando cada vez mais amedrontadoras e perigosas, diminuindo bastante a chance de os donos conseguirem controlá-las sem a supervisão de um profissional de comportamento canino.

Donos mais empolgados
Infelizmente, a empolgação e a dedicação dos donos em relação aos filhotes vão diminuindo com o tempo. Por isso, a criação de um bom vínculo entre as pessoas da casa e o filhote é a melhor maneira de garantir uma vida boa para ele depois de se tornar adulto.

O cão educado e que sabe obedecer a comandos participa mais intensamente da matilha humana dele e aprende a se comunicar melhor com as pessoas, o que o torna mais querido por todos.

Mitos e verdades sobre adestramento

Photo credit: Amy Loves Yah / Foter / CC BY
Photo credit: Amy Loves Yah / Foter / CC BY

Por Alexandre Rossi, especialista em comportamento animal. 

Mesmo sendo bem difundido e relativamente fácil de ser encontrado, o serviço de adestramento não é usufruído por boa parcela da população que poderia se beneficiar com ele. Há também pessoas que, sem ter ideia correta sobre a função desse treino, contratam um adestrador com expectativas irreais e ficam frustradas com o resultado. Procuro esclarecer aqui alguns conceitos bastante difundidos, para melhor entendimento deste importante assunto.

Mitos

“O cão só obedece ao adestrador”
Se fosse verdade que o cão só obedece a quem o treinou, como seria possível preparar cães guias de cego, já que os portadores de deficiência visual não têm como fazê-lo? É provável que o mito nasceu da frustração de donos cujos cães depois de adestrados apenas apresentam melhora de comportamento e obediência quando estão com o adestrador. Na verdade, essa diferença de atitudes acontece não exatamente por causa da pessoa do adestrador. Mas porque o cão, por ser inteligente, associa a validade de uma regra a um determinado contexto. Para ele agir do mesmo modo com seu dono e com o adestrador é preciso que ambos usem os comandos em contextos semelhantes. Sem o envolvimento com os métodos do adestrador, o dono do cão e seus familiares jamais obterão os mesmos resultados que o adestrador consegue.

“Não vou adestrá-lo pois não quero um robô!”
Essa frase superestima o poder do adestramento e subestima a inteligência canina. Engana-se quem acha que o cão aprende um determinado comando e passa a obedecê-lo como uma máquina. Ele nos obedece por estar interessado em alguma troca. Seja para ganhar algo que goste ou para evitar algo que não goste. Além da troca, existe a questão da hierarquia. Um cão dominante pode oferecer resistência e não obedecer a comandos de uma pessoa, mesmo que esteja interessado na troca, por se considerar em nível hierárquico superior ao dela.

“Cães só devem ser adestrados após os seis meses de idade”
Muitos acham que não podem adestrar o cão antes que ele atinja meio ano de vida. Esperam impacientemente que complete essa idade para procurarem um adestrador. Mas os cães aprendem o tempo todo, independentemente do que achamos. Por meio do adestramento ensinamos o que queremos e o que julgamos ser importante. Isso deve ser feito durante toda a vida do cão, com ou sem a supervisão de um profissional de adestramento.

“Meu cão é muito burro, não aprende nada!”
Cuidado com essa frase. Provavelmente ela diz mais a respeito da sua técnica de ensino do que sobre a inteligência do seu cão! Cães aprendem com bastante facilidade, mesmo os menos inteligentes. Executar comandos básicos é algo facílimo para eles. Portanto, se o seu cão não obedece, não deve ser por burrice. Questione a sua didática e o interesse que consegue despertar no seu aluno canino com o que você oferece a ele.

“Só cães de grande porte devem ser adestrados”
Cães de qualquer tamanho podem ser beneficiados pelo adestramento. Lembre-se: adestrar é educar. Cães pequenos também podem destruir objetos, atacar pessoas e não obedecer aos proprietários!

Verdades

“O cão só obedece por interesse”
É isso mesmo. E não deveríamos achar ruim o cão gostar de recompensas. Quem trabalha de graça? Mesmo quando não buscamos dinheiro, queremos nos sentir recompensados de alguma maneira. O mesmo princípio é válido com os cães. Para obtermos maior influência sobre o comportamento deles devemos sempre procurar identificar quais estão sendo as trocas, mesmo que elas não sejam óbvias.

“Até os cães mais velhos podem aprender”
Correto. Da mesma maneira que as pessoas mais idosas também aprendem. Alguns hábitos praticados durante toda a vida podem ser um pouco mais difíceis de modificar. Mas, na maioria das vezes, a capacidade do cão para se adaptar a novas regras é surpreendente. Não existe uma idade determinada para o cérebro bloquear novos aprendizados. Portanto, acredite no seu cão velhinho!

Depende… 

“Cães não gostam de ser adestrados”
Isso está muito relacionado com a técnica que o adestrador utiliza. Algumas são embasadas em recompensas e reforços positivos; outras, em punições e reforços negativos. Cães treinados com reforços positivos e recompensas gostam muito mais das aulas dos que os treinados com punições. Mas os cães ensinados com reforços negativos também podem gostar delas. Ter contato social, sair para passear, ser estimulado é tão importante para eles que os reforços negativos e as punições ficam em segundo plano.

Lidando com o miado em excesso

É comum ouvirmos alguns donos se queixarem que os seus cães latem demais. Mas, você sabia que esse problema também pode acometer os proprietários de gatos? Sim, há bichanos que gostam de miar – e como gostam!

Mas, calma! Com algumas dicas, é possível minimizar os miados em excesso. Para que isso aconteça, no entanto, é preciso ficar atento, pois o miado pode acontecer por diversos fatores: fome, tédio e para chamar a atenção.
De acordo com o especialista em comportamento animal, Alexandre Rossi, o ideal é ter muitos brinquedos e estimular os felinos a brincarem e fazerem exercícios. “Sem querer, às vezes, a gente também os ensina a miar mais e cada vez mais alto. Por exemplo, na hora da alimentação, se eles miarem para comer e você der a comida, eles entendem que miando ganham o alimento”,explica.

Comandos para exercitar com o pet nas férias

Photo credit: MICOLO J Thanx 4 650k+ views / Foter / CC BY
Photo credit: MICOLO J Thanx 4 650k+ views / Foter / CC BY

Por Cássia Rabelo Cardoso dos Santos, adestradora e consultora comportamental da equipe Cão Cidadão.

As férias chegaram e, com elas, muitas pessoas aproveitam para curtir momentos de descontração com seus pets. Uma boa dica é treinar alguns comandos com eles, para que possam se divertir ainda mais!

Com o adestramento, é possível estabelecer um canal de comunicação eficaz com o pet. Ele começa a entender o que queremos e esperamos dele. O adestramento baseado no reforço positivo, ou seja, utilizando recompensas que o pet aprecie bastante para premiar os acertos, é a forma mais eficaz de ensinar brincando! Para iniciar os treinos, o ideal é induzir o movimento esperado e recompensar exatamente no instante em que ele ocorrer.

A utilização de um marcador, chamado de clicker, auxilia bastante no treinamento. O clicker é um aparelhinho que emite um som metálico ao ser pressionado. Mas, pode-se também utilizar um estalo com a boca. Isto para que o exato momento em que o comportamento esperado seja marcado, ficando ainda mais claro para o peludo que é aquilo que se espera dele e que logo em seguida receberá a recompensa. Após algumas sessões de treinamento, o som do clicker significará “acertei, agora vou ganhar uma recompensa deliciosa!”.

Por exemplo, para ensinar o comando SENTA, basta manter um petisco pequeno entre os dedos e bem perto do focinho, direcionando a cabeça do cão para trás. A tendência é que ele naturalmente se sente e, nesse momento, deve ouvir o clicker e ser recompensado! Após algumas repetições, quando o movimento se tornar praticamente automático, introduz-se o comando verbal.

Outro comando interessante é o VEM, muito útil quando se está com o cão no parque, por exemplo. O segredo desse comando é associar o chamado sempre a algo muito positivo, ou seja, quando o cão ouvir o dono chamando, qualquer que seja o local, certamente virá imediatamente ao saber que ganhará algo que goste bastante!

Mas, é importante lembrar: não utilize o comando VEM para situações desagradáveis para o cão, como, por exemplo, tomar remédio ou ir embora do parque, pois, assim, ele passará a associar que o chamado do dono não significa algo tão legal assim.

Outro bastante divertido é o BUSCA e SOLTA, a ser utilizado para o cão buscar um brinquedo, trazê-lo e devolvê-lo. Bolinhas, em geral, são as preferidas e esses dois comandos acabam gerando momentos muito divertidos entre o cão e seu dono!

Fazer o cão perseguir a bola é fácil, pois eles costumam ter enorme prazer nessa atitude. Mas, nem sempre é tão fácil fazê-lo trazer de volta e soltar. O grande segredo é ter duas bolas ou brinquedos iguais, de que ele goste muito. Quando se joga um, começa-se a brincar com o outro. A tendência natural, ao ver outro objeto sendo mais valorizado pelo dono, é que o cão solte aquele que estiver em sua boca. Nesse momento, deve-se clicar e jogar o outro imediatamente. O treino torna-se, rapidamente, uma brincadeira muito divertida!

Com o reforço positivo, aplicado com base nas dicas acima, é possível ensinar um infinidade de comandos aos pets, tornando tudo uma brincadeira extremamente divertida, durante as férias ou em qualquer oportunidade!

Fonte: The Pet News.

Vai ter jogo e meu pet tem medo de fogos: e agora?

 Photo credit: ironypoisoning / Foter / CC BY-SA
Photo credit: ironypoisoning / Foter / CC BY-SA

Por Tarsis Ramão, adestradora da equipe Cão Cidadão.

Entenda por que, para alguns cães, certos barulhos podem ser tão aterrorizantes e aprenda como amenizar esse problema.

Tá chegando a hora do tão esperado Mundial de Futebol no Brasil. Tudo pronto para a torcida, menos para seu cão que, em dia de jogos ou de grandes comemorações, se comporta de forma um tanto estranha. Baba, treme, fica ofegante e quase sempre tenta se esconder em um espaço em que ele não cabe.

Essa reação, em princípio esquisita, pode ser porque seu cão tem medo dos grandes barulhos causados nesses dias. Muitos cãezinhos também reagem assim nos dias de chuva, com os ruídos dos trovões.

Diferentemente do que muitos imaginam, um comportamento aflito diante de fogos ou trovões não se deve a uma possível dor de ouvido. Apesar da ótima audição, os cães se assustam porque associam o barulho à aproximação de perigo.

Estrondos passam a ideia de que algo grande e poderoso se aproxima, por isso, mesmo dentro de casa, muitos cães se sentem ameaçados.

Medo de fogos

Em situações em que o susto é muito grande, o cão pode acabar desenvolvendo um trauma. Nesses casos, mesmo ruídos mais brandos podem deixá-lo em pânico, porque estão associados com o susto inicial. Há casos em que a umidade do ar, o vento e a mudança da luminosidade são associados com o perigo de barulhos altos. Ou seja, antes mesmo de a tempestade começar, o cão já pode estar sofrendo.

Como ajudar seu cãozinho?

Esse realmente é um problema que pode ser difícil de resolver, mas não desanime! Algumas atitudes e treinamento podem amenizar e até mesmo curar o medo que seu animal de estimação tem de certos barulhos.

Um local seguro e agradável

Se o seu cão procura um lugar para se abrigar quando está com medo, permita que ele fique lá. Além disso, se possível, crie um espaço para ele ficar nesses dias, com janelas e portas vedadas para abafar o som externo.

Se esse lugar for seu quarto, ótimo! Um ambiente associado a uma pessoa que ele adora pode ajudar seu amigo a se sentir mais seguro. Habitue-o a ouvir sons altos da TV, rádio ou música mesmo. Esses sons podem ser usados para “mascarar” os barulhos de fogos e trovões. Brincar e divertir o seu cão nesse ambiente, também em dias sem barulhos, pode ajudá-lo a associar o local com sensações agradáveis.

Não demonstre medo

Abaixar, pegar no colo e tentar protegê-lo nos momentos de aflição, ao contrário do que muitos imaginam, não é uma boa solução. Sua postura corporal significa muito para os cães e, quando você agacha, pode transmitir a ele que também está com medo do perigo que se aproxima. Diante de um estrondo, mantenha-se em pé e caminhe firme, falando naturalmente com o seu cão.

Ajude-o a se acostumar aos poucos

Para que seu pet aprenda a lidar com barulhos que o assustam é preciso que ele faça associações positivas com esses momentos. Quando ouvir um barulho parecido com o que o assusta, comemore com ele: dê petiscos, elogie-o, faça carinho ou brinque com ele.

Você pode simular ocasiões parecidas com as de tensão, gravando sons que o desagradam e os reproduzindo em momentos agradáveis, aumentando o volume de forma gradativa, para não assustá-lo, respeitando seus limites.

Aos poucos, ele pode associar o barulho, que antes representava perigo, a situações muito prazerosas.

Converse com seu veterinário!

Em alguns casos, o uso de medicamentos pode ser indicado paralelamente ao treinamento. Consulte seu veterinário, para que ele receite um remédio para ajudar a tranquilizar o seu cão em dias barulhentos, evitando novos traumas.

Fonte: Pet Center Marginal.

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