Checklist da adoção

dicas_interna-cheklist-adocaoHoje, os abrigos possuem muitos animais à espera de adoção. Por isso, o ato de adotar um animal é de grande responsabilidade e deve ser bem avaliado antes de ser concretizado.

Uma dica muito importante é procurar um animal que se adeque à rotina da família. Para isso, é fundamental conversar com o responsável do abrigo para saber quais animais possuem a personalidade e as características desejadas pelo futuro tutor.

A maioria dos pets que vivem em abrigos são adultos, mas, infelizmente, muitas pessoas ainda pensam que adotar um animal nessa fase não é uma boa escolha. Porém, adotar um cachorro ou gato maduro pode trazer diversos benefícios que não existiriam com um filhote.

Um cão adulto, por exemplo, já possui características de temperamento mais determinadas e fáceis de serem observadas, quando comparadas as de um filhote. Além disso, o seu tamanho também já está definido. Como já terá passado pela fase de crescimento dos dentes, muito provavelmente o novo amigo não destruirá móveis e objetos.

Logo após a decisão de qual animal será levado para casa, é imprescindível se atentar a alguns cuidados. Confira abaixo.

1. Bem-estar

O cão precisa manter uma alimentação equilibrada e saudável, assim como uma rotina de visitas ao veterinário, para o profissional avaliar se a saúde dele está em dia. Exercícios e passeios também são fundamentais. Como os animais vivem muitos anos, é fundamental planejar esses gastos no orçamento familiar, a longo prazo.

2. Atividades

Todos os pets precisam de atividades frequentes. Dessa maneira, passeios, brincadeiras com o dono e brinquedos são algumas formas de estimular o animalzinho física e mentalmente. É preciso que o dono dedique um tempo para o pet e, com isso, torne o relacionamento dele com toda a família ainda mais próximo e agradável.

3. Educação

Outro ponto importante é entender que muitos comportamentos inadequados que o cão possa apresentar têm a possibilidade de serem modificados com o adestramento, usando a técnica correta, muito carinho e persistência.

Não é raro ouvir relatos de pessoas que doaram ou abandonaram o pet por ele fazer xixi no lugar errado ou destruir os móveis. O suporte de um profissional especializado em comportamento animal é importante nessa etapa.

Tendo em mente todos os cuidados e responsabilidades que um animal requer, com certeza adotar fará um bem enorme para todos!

Agressividade em filhotes

dicas_interna-filhotes-agressivosA agressividade é um problema bastante comum entre os pets.  Muitos tutores desistem de ajudar o bichinho, sem ao menos buscar soluções para eliminar ou minimizar esse tipo de comportamento.

Apesar de grave, o problema tem solução. Nesses casos, o primeiro passo é identificar o que está motivando essa atitude no pet. “Fatores genéticos e hereditários podem desempenhar esse papel em relação ao comportamento”, explica Lucilene Cagiano, franqueada da Cão Cidadão.

Na maioria das vezes, há um motivo para esses comportamentos em cachorros ainda filhotes, porém, nada impede que a atitude se desenvolva espontaneamente também.

“Raças de proteção, como o Doberman, podem ser mais agressivas do que um Golden Retriever, por exemplo. A endogamia (acasalamento entre parentes) também pode desenvolver cães com comportamentos instáveis. Porém, independentemente de raça, idade ou sexo do animal, qualquer cachorro pode apresentar algum tipo de agressividade”, alerta a profissional.

Para evitar, o melhor remédio é prevenir. Mas como? Quanto mais positivo for o período de sociabilização do animal quando ele ainda for um filhote, menores serão as chances de ele se tornar agressivo.

No geral, os filhotes tendem a apresentar menos comportamentos agressivos do que os cães já adultos. Mas, se por ventura notar que o peludinho já demonstra que não será fácil de lidar, comece o quanto antes os treinos de sociabilização com ele.

A ajuda de um profissional certamente auxiliará na identificação do tipo de agressividade apresentada, bem como suas soluções para o caso em especial. O adestramento ajuda a trabalhar a liderança de forma positiva para que haja uma comunicação entre tutor e animal. Vale a pena investir na educação do pet e garantir um futuro bastante feliz ao lado dele!

Outros fatores que influenciam o comportamento agressivo

1. A separação de sua matilha muito cedo, ou seja, antes do prazo de 50 dias recomendados pelo veterinário.

2. Terem sido agredidos.

3. Predisposição para temperamentos mais dominantes.

4. Medo.

 

Cães e gatos podem ser amigos?

dicas_interna-cao-e-gato

A convivência entre cães e gatos não é mais tão difícil quando se pensava, e o mito de que eles são inimigos já perdeu a validade há muito tempo. Porém, em certas situações, é possível que alguns conflitos aconteçam, caso os pets não sejam treinados da maneira correta para conviverem em harmonia.

Esse foi o caso da cliente Luciana Vilela. Em um primeiro momento, Luciana procurou a Cão Cidadão para ajudá-la com o comportamento dos cães, que apresentavam sinais de agressividade, medo e falta de sociabilização, porém, o trabalho acabou se estendendo quando a tutora resolveu adotar novos peludos, mas, dessa vez, de outra espécie. “Após se planejar e tirar as dúvidas, ela adotou dois gatos irmãos de três meses de idade. Foi aí que começamos as aulas de sociabilização”, conta a adestradora da equipe Cão Cidadão, Nathália Camillo.

Sociabilização

A apresentação entre os animais é o primeiro passo para garantir a boa convivência e a amizade entre eles. Esse foi o pensamento da adestradora, que, além de treinar os cães com seus problemas comportamentais individuais, iniciou um treino de sociabilização com os felinos também. “Começamos as aulas com apresentações individuais dos cães aos gatinhos dentro da caixa de transporte. Utilizamos muito reforço positivo para ambos, sempre respeitando a zona de conforto de cada um”, relembra Nathália.

Aos poucos, os gatos se acostumaram com a presença dos cães e cada peludo foi progredindo individualmente. Isso só foi possível por conta do método de Adestramento Inteligente, técnica criada pelo zootecnista e especialista em comportamento animal, Alexandre Rossi, usada pelos profissionais da Cão Cidadão. Essa técnica se baseia em valorizar as atitudes corretas do pet e não as erradas, criando associações positivas entre os bichinhos. “Em apenas três semanas já conseguimos deixar todos soltos na sala por várias horas, mas com a supervisão dos tutores”, explica a adestradora.

Envolvimento

Para alcançar esses resultados e criar um ambiente tranquilo e harmonioso para os pets, os tutores também tiveram sua (grande) parcela de responsabilidade, uma vez que é preciso dar continuidade aos treinamentos, mesmo sem a presença do profissional. “Me envolvi 100% no adestramento. As orientações da Nathália sempre me ajudam muito. Muitas vezes, uma dica simples faz toda diferença”, afirma a cliente Luciana.

“Receber os vídeos dos treinos de sucesso durante a semana é muito recompensador. Ainda estamos caminhando, mas nosso objetivo é deixar todos à vontade e com acesso total ao apartamento”, finaliza Nathália.

Dica

A ajuda de um adestrador é indispensável. Com o adestramento, é possível minimizar e até eliminar problemas de comportamento dos animais!

Gostou desta dica? Se quiser contratar os profissionais em comportamento animal para realizar o adestramento, fale com a Central de Atendimento da Cão Cidadão, pelos telefones: 11 3571-8138 (São Paulo) e 11 4003-1410 (demais localidades).

Animais também podem doar sangue

dicas_interna-caes-podem-doar-sangueApesar de ser um ato nobre, que ajuda a salvar a vida de muitos pets, a doação de sangue animal ainda é bastante desconhecida. Infelizmente, apesar de necessário, não existem muitos estoques e não há regulamentação do processo por parte do Conselho Federal de Medicina Veterinária.

A falta de informação dificulta na hora de encontrar bichinhos que possam ser doadores, pois, no geral, os donos dos pets não sabem que é possível levar seu amigo para salvar a vida de outro peludo (da mesma espécie).

As transfusões de sangue podem ajudar muitos animais doentes. Gostou dessa notícia, mas não tem ideia de como ajudar? Observe:

Cães

• Os cães doadores devem pesar, pelo menos, 27 quilos.
• Apenas cães com idades entre 1 e 8 anos podem ser doadores.
• Os cachorros devem ter temperamento dócil, pois, assim, não é necessário utilizar sedativos.
• O pet não pode ter nenhuma doença crônica.
• A vermifugação e a vacinação devem estar em dia.

Gatos

No caso dos gatinhos, a maioria dos critérios utilizados com os cães se repete, porém, algumas características são diferentes.

• Os felinos devem pesar, pelo menos, 4 quilos.
• Apenas gatos com idades entre 1 a 6 anos podem doar.

Procedimento

A doação é rápida, fácil e bem tranquila. A agulha é colocada na região do pescoço e o processo de retirada do sangue dura de 10 a 15 minutos. Cada cãozinho pode doar cerca de 20 mililitros de sangue por quilo. Já os gatinhos, podem doar 10 mililitros por quilo, e ambas as espécies só podem realizar doações a cada dois ou três meses.

Mesmo que o seu pet não doe imediatamente, vale a pena realizar o cadastro, pois, caso algum amigo de quatro patas precise de uma transfusão, os hemocentros podem entrar em contato com os doadores em potencial.

Dia Nacional do Doador de Sangue

Em 25 de novembro é comemorado o Dia Nacional do Doador de Sangue. Por isso, aproveite a data para abrir seu coração e sua mente. Cadastre o pet e doe sangue você também. Essa simples atitude salva vidas!

Fonte: Pet Na Pan

Gostou desta dica? Se quiser contratar os profissionais em comportamento animal para realizar o adestramento, fale com a Central de Atendimento da Cão Cidadão, pelos telefones: 11 3571-8138 (São Paulo) e 11 4003-1410 (demais localidades).

Você sabia que não é natural para o cão usar a guia?

dicas_interna-pet-na-pan

É fato que, para a segurança do próprio pet, é necessário que ele sempre utilize a coleira e a guia principalmente durante aquelas voltinhas no bairro. Esses acessórios são necessários, pois ajudam a manter o animal seguro e controlado.

Infelizmente, não são todos os pets que aceitam utilizar os utensílios de segurança facilmente, pois, para eles, não é natural ter algo acoplado ao seu corpo. “As pessoas percebem isso quando colocam pela primeira vez coleira e a guia em um cachorro e vão tentar levá-lo para passear. Por não compreender o que está acontecendo, o animal acaba fazendo força para o sentido oposto”, comenta o zootecnista e especialista em comportamento animal, Alexandre Rossi.

Se o tutor se deixar levar pelo sentido proposto pelo cão, é possível que ele passe a ter essa atitude ruim sempre, já que, na cabeça dele, você permite que ele te puxe. O resultado pode ser bastante prejudicial: o pet pode se tornar cada vez mais rebelde na hora dos passeios.

Para evitar esse problema, é necessário ensiná-lo que vocês podem, sim, sair para passear, desde que ele ande ao seu lado. “A melhor forma de educar um cachorro, é ter algo que ele goste e queira muito”, aconselha Alexandre. “Pode ser uma brincadeira, um carinho ou um petisco. Esse é o momento de mostrar a ele que não há problema nenhum com a guia”, finaliza.

O importante é sempre manter o animal seguro. Lembre-se de que a responsabilidade pela vida do bichinho é sua.

Gostou desta dica? Se quiser contratar os profissionais em comportamento animal para realizar o adestramento, fale com a Central de Atendimento da Cão Cidadão, pelos telefones: 11 3571-8138 (São Paulo) e 11 4003-1410 (demais localidades).

Filhote de gato: como torná-lo um adulto dócil e sociável

Photo credit: mathias-erhart / Foter / CC BY-SA
Photo credit: mathias-erhart / Foter / CC BY-SA

Por Alexandre Rossi, especialista em comportamento animal.

As primeiras semanas de vida são as que mais influenciam na definição do comportamento do gato. Desde como ele reagirá quando for acariciado até como se adaptará ao convívio com outros animais. Por isso, devemos aproveitar essa fase crítica do desenvolvimento para preparar bem o filhote para a vida adulta.

Sem controle total
Embora a fase da sociabilização tenha uma enorme influência no comportamento do filhote, não quer dizer que podemos controlar ou determinar o comportamento futuro do animal. Já vi proprietários de gatos anti-sociais se culparem por isso ou serem culpadas por amigos. Mesmo depois de uma boa sociabilização, alguns gatos tornam-se agressivos, medrosos ou desenvolvem ambos os comportamentos com outros animais e com pessoas.

Temperamento e personalidade
Numa mesma ninhada, alguns gatinhos são mais corajosos e extrovertidos que outros. As diferenças de temperamento são influenciados pela genética de cada exemplar. Por isso, quanto mais anti-social e medroso for o gatinho, mais importantes serão os procedimentos descritos a seguir. Esse raciocínio é válido também quando o filhote tem pais medrosos, agressivos ou anti-sociais.

Brincalhão quando filhote, medroso quando adulto
Muitos proprietários de um filhote sociável e desinibido deixam de sociabilizá-lo e de acostumá-lo a procedimentos e situações que enfrentará futuramente por causa do bom temperamento do gatinho. Mas muitos filhotes, principalmente quando não foram corretamente expostos a diversas situações, animais e pessoas, começam a ficar medrosos e cautelosos depois de saírem da infância.

Como sociabilizar
Apresente o seu gatinho de maneira agradável a diversas pessoas e animais. Evite qualquer desconforto ou susto durante essas interações. Por exemplo, procure brincar com o gato e alimentá-lo enquanto recebe visitas. Lembre-se que o filhote pode se assustar com pessoas, especialmente as crianças, e com animais que agem de maneira inesperada, o que pode resultar em trauma difícil de ser recuperado.

Importância das brincadeiras
Estudos demonstraram que brincadeiras aproximam o gato das pessoas. Brincar é, portanto, uma ferramenta importante para facilitar a interação. Mas brincadeiras feitas com o uso do próprio corpo podem estimular a agressividade do gato para com as pessoas. Por isso, ao brincar prefira fazê-lo com algum objeto. Em vez de estimular o felino a morder ou a caçar a sua mão ou pé, use um cordãozinho ou uma bolinha, por exemplo.

Procura por carinhos
Gatos acostumados a receber carinho nas primeiras semanas de vida tendem a procurar mais carinho quando adultos e a gostar de recebê-lo. É relativamente comum o gato ficar ansioso e atacar o proprietário depois de receber carinho por algum tempo. Uma maneira de evitar esse comportamento é acostumar o filhote a longas sessões de carinho. Se ele não for muito fã de afagos, procure acariciá-lo durante as refeições ou enquanto a estiver preparando. Outro momento propício é quando ele estiver acordando ou quase dormindo, pois a ansiedade estará bem baixa.

Pequenas restrições de movimento
Habituar o gato a ter uma parte do corpo imobilizada é importante para que ele venha a se comportar com naturalidade quando lhe dermos banho, cortarmos suas unhas e o escovarmos, por exemplo. Segure o gato firmemente, mas com muito cuidado para não provocar um trauma. Procure imobilizar gradativamente uma parte do corpo dele. Treine isso com freqüência, mas sem provocar grande desconforto. É importante fazer a restrição com firmeza e, se o gato tentar escapar, não soltá-lo enquanto esperneia, para evitar que aprenda a acabar com o desconforto dessa maneira.

Acostumar ao banho
Ensina-se o gato a tomar banho nas primeiras semanas de vida. Mas com muito cuidado para não transformar a experiência em trauma. Um erro clássico é tentar dar banho completo ao gato que nunca passou pelo processo antes. Se ele for contido por vários minutos contra a vontade, esfregado, enxaguado e secado, isso, além do pavor que a água é capaz de causar, pode fazê-lo associar o banho a algo odiável. O truque é acostumar o gato às fases do banho antes de dá-lo por completo, associando-as a coisas agradáveis, como brincadeiras e petiscos. Antes de molhar o felino, procure habituá-lo também com a toalha e o secador. Você não gostará de descobrir, no momento em que ele estiver encharcado, que entra em pânico quando o secador é ligado!

Gatos: como conseguem voltar para casa depois de desaparecer?

Photo credit: Henrique Vicente / Foter / CC BY
Photo credit: Henrique Vicente / Foter / CC BY

Por Alexandre Rossi, especialista em comportamento animal.

Alguns comportamentos dos gatos intrigam muita gente. Um deles é a capacidade de voltar para casa depois de desaparecer por algum tempo, mesmo quando o felino nunca tinha percorrido antes os caminhos que podem conduzi-lo até a habitação. Esses retornos ocorrem, por exemplo, com gatos que saem para dar uma volta e desaparecem por meses ou anos. Ou quando os donos, infelizmente, cometem o crime de abandonar o felino em algum lugar distante. Ou, ainda, quando os donos mudam de casa, o gato desaparece e é encontrado nas proximidades do antigo endereço.

Embora muitos acreditem que os gatos possuam capacidades extrassensoriais, existem pesquisas, observações e estudos que apresentam justificativas muito mais normais para esse fenômeno, as quais explicarei neste artigo.

Memória visual
A capacidade de observar o ambiente e de memorizá-lo é enorme nos gatos. São animais bastante visuais, capazes de reconhecer árvores, prédios, praças. Basta encontrarem algo que reconheçam para, a partir daí, conseguirem se orientar e voltar para casa.

Memória olfativa
Mesmo quando estão em um lugar onde não enxergam nada conhecido, muitos gatos conseguem voltar para casa, ajudados pela memória olfativa. Essa é a capacidade dos animais que mais nos impressiona, pois o olfato humano chega a ser ridículo quando comparado com o deles, inclusive do gato.

Casas, ruas, regiões, cidades, etc., possuem alguns cheiros específicos. Muitos desses odores podem ser reconhecidos pelos gatos e servir para orientá-los quando perdidos. São capazes de se guiar por cheiros conhecidos até chegarem a algum lugar que reconheçam visualmente, e, a partir daí, usarem a memória visual para completar o percurso.

Gatos que percorrem grandes distâncias durante o dia acabam conhecendo diversos cheiros da região e se familiarizando com eles. Mas mesmo os gatos que praticamente não saem de casa recebem uma enorme amostra dos odores existentes à volta deles, alguns trazidos de longe pela brisa e pelo vento. E, cada vez que o vento muda de direção, outros cheiros podem ser sentidos, dando a possibilidade de formar uma ampla memória olfativa.

Não basta reconhecer um cheiro para chegar ao lugar desejado. Depois de identificado o odor, é preciso saber para qual direção caminhar. Os gatos se deslocam de um lugar para outro e, assim, podem testar se a concentração do cheiro conhecido aumenta ou diminui, decifrando rapidamente de onde ele vem. Moléculas de determinados odores podem viajar por centenas de quilômetros e, se tiverem concentração suficiente para serem percebidas, poderão ser utilizadas para localizar o caminho procurado.

Influência do vento
Às vezes, o cheiro que o gato reconhece só chega até ele quando o vento sopra em um determinado sentido. Nesse caso, ele só conseguirá ir na direção de casa quando o vento colaborar – bastará uma pequena mudança na direção da brisa para ele se perder novamente.

Gato com múltiplos donos!
Muitos gatos demoram a voltar para casa por outros motivos, bem menos angustiantes para nós e para eles. Quando o felino não fica restrito ao ambiente interno da casa, costuma frequentar outros lares. Em vários casos, ele é alimentado e adotado também por diversas pessoas. Alguns gatos tomam café da manhã em uma casa, tiram uma soneca em outra e jantam em mais outra.

Imagine que o seu gato não esteja com coleira de identificação e que um dos outros donos resolva prendê-lo dentro de casa para, por exemplo, evitar que continue se machucando em brigas na rua. Você achará que ele foi embora, morreu, etc.. Normalmente nem imagina que ele possa estar na casa do vizinho da rua de cima! Depois de alguns meses, o gato escapa ou resolvem deixá-lo passear. Aí, para sua surpresa, ele surge novamente.

Um gato mais poderoso no bairro pode restringir o acesso do seu, inclusive à sua casa. Se isso acontecer, o seu gato poderá ficar frequentando outros locais até o mandachuva morrer, perder o poder ou mudar de área.

Como apresentar cães e gatos a outros animais?

dicas_interna_como_apresentar_caes_e_gatos

Já faz tempo que o mito de que cães e gatos não se dão bem foi desbancado, porém, ainda existem pessoas que acreditam que esses animais não se dão bem com outras espécies como, por exemplo, pássaros, hamsters, minipigs, entre outros.

De acordo com a adestradora e consultora comportamental da equipe Cão Cidadão, Malu Araújo, a história é outra. “É possível, sim, que animais de espécies diferentes convivam em harmonia”, afirma. “Quando o treino de apresentação é feito com os pets ainda filhotes, essa convivência se torna mais fácil. Caso algum deles já seja adulto, não tem problema. O mais importante para tornar essa convivência tranquila é contar com a ajuda de um profissional”, completa.

Para isso, a especialista dá algumas dicas. Segundo Malu, o dono que desejaa apresentar um cão ou gato a animais de outra espécie não podem ter pressa. O processo deve ser feito com calma, paciência e segurança, sempre pensando no bem-estar de todos os bichinhos envolvidos.

• Não force a relação!
Antes de mais nada, é importante ressaltar que não se deve forçar a relação entre os animais. Não tenha pressa para deixá-los juntos. O início do treinamento deve ser com os pets separados e, aos poucos, eles devem ser colocados juntos, para se conhecerem.

• Distância segura
Nos primeiros dias, introduza-os à presença do outro com certa distância, utilizando a caixa de transporte ou na guia. Gradualmente, faça a aproximação.

• Coisas boas
Sempre associe a presença do outro a coisas bem legais, como um petisquinho. Isso fará com que eles associem a presença do outro bichinho com algo que eles gostam e, assim, aos poucos, eles começarão a se sentir mais confortáveis com as interações.

Caso não se sinta à vontade em fazer essa apresentação, conte com o suporte de um adestrador. Além de orientar e supervisionar esse contato, o profissional indicará quais são os cuidados que devem ser tomados. “Ele tem o olhar mais treinado para analisar como os pets estão, através de expressão corporal, vocalização e outros sinais, garantindo que nenhum dos bichinhos fique estressado durante o processo de apresentação”, reforça Malu.

Gostou desta dica? Se quiser contratar os profissionais em comportamento animal para realizar o adestramento, fale com a Central de Atendimento da Cão Cidadão, pelos telefones: 11 3571-8138 (São Paulo) e 11 4003-1410 (demais localidades).

Gatos e crianças: como prepará-los para a chegada do bebê

dicas_interna_gatos_e_bebes

A chegada de um bebê não muda somente a vida dos pais, mas também a do pet. “Com a criança, inevitavelmente, os animais perdem um pouco de atenção dos donos. E se essa diferença de comportamento dos humanos acontecer sem que haja uma adaptação prévia, os gatos tendem a alterar os seus comportamentos para demonstrar a sua insatisfação com isso”, explica a adestradora da equipe Cão Cidadão, Laraue Motta.

Isso acontece porque os gatos são muito territorialistas, eles gostam de estar “no controle” do local onde vivem e a chegada desse novo membro da família pode, muitas vezes, se traduzir em uma ameaça para o bichano.

Existem diversas atitudes que demonstram o descontentamento do gato, como, por exemplo, começar a urinar fora do lugar correto ou até nas coisas do bebê, comportamentos compulsivos, como arrancar pelos ou se lamber até se ferir. Alguns pets podem, inclusive, ficar depressivos ou, em casas em que há mais de um felino na casa, eles podem começar brigar.

Para evitar esse problema, é muito importante que os tutores, antes da chegada do bebê, realizem uma adaptação para que o gato se acostume, pouco a pouco, com as mudanças que estão por vir.

Como fazer isso?
“É possível preparar o animal antecipando o período de adaptação, para que ele já receba o novo membro da família com algumas associações positivas feitas”, aconselha Laraue. “Principalmente nas situações em que vai haver uma ‘desvantagem’ para o gato, devemos evitar que isso seja relacionado diretamente com o bebê”, completa.

Para realizar essa adaptação, devemos seguir alguns passos:

• Alguns meses antes de o bebê nascer, use produtos com cheiro de bebê, como sabonetes e loções, nos momentos em que interagir com o gato – na hora do carinho, da brincadeira e de ganhar petiscos, por exemplo.

• Coloque sons de choro de criança em um volume baixo, para o felino já ir se acostumando com esse novo estímulo e evitar que isso o estresse posteriormente.

• Se os pais não vão admitir que o gato durma no berço ou no quarto do bebê, ele deve ser treinado, antes que a criança chegue, para que saiba que esses lugares são proibidos para ele. Dessa maneira, ele entenderá que a restrição é pelo local e não porque perdeu espaço para o novo humano da casa.

• Se for possível, use um difusor de feromônio facial felino. Ele também pode contribuir para o equilíbrio emocional do animal, deixando-o mais à vontade e relaxado no ambiente cheio de transformações.

“Fazendo uma adaptação prévia, certamente essa mudança tão brusca na rotina da família será mais fácil de ser superada pelo gatinho, mas, ao chegar em casa com o bebê, o ideal é tentar alterar a rotina do animal o menos possível”, indica a adestradora. “Na chegada, se o gato for dócil, é importante apresentar o bebê e deixá-lo cheirar e explorar, se possível, recompensando com petiscos para que ele entenda que o bebê traz vantagens para ele”, acrescenta.

Procurar a ajuda de um adestrador para realizar essa adaptação pode ser importante, pois o profissional poderá identificar o que está causando o estresse no animal e oferecer o treinamento correto, para que ele se acostume às novidades mais facilmente.

Gostou desta dica? Se quiser contratar os profissionais em comportamento animal para realizar o adestramento, fale com a Central de Atendimento da Cão Cidadão, pelos telefones: 11 3571-8138 (São Paulo) e 11 4003-1410 (demais localidades).

25 sinais de que um gato pode estar sentindo dor

https://www.flickr.com/photos/dnlrx/16583586477/
https://www.flickr.com/photos/dnlrx/16583586477/

Por Juliana Sant’Ana, adestradora e integrante do Grupo de Estudos Científicos da Cão Cidadão.

Animais territoriais, caçadores estrategistas, atletas natos e observadores silenciosos. Sem dúvida os gatos são criaturas que despertam o nosso interesse. Conviver com um bichano garante a qualquer ser humano momentos de descontração e curiosidade. Os hábitos naturais dos felinos selvagens se refletem no gato doméstico, e uma característica marcante nesses animais é a territorialidade, que determina muito o seu comportamento.

Gatos, por natureza, procuram defender o seu território para diminuir a necessidade de disputa por recursos. Para se mostrarem mais fortes, os bichanos tendem a disfarçar quando estão machucados ou sentindo dores, uma estratégia de sobrevivência que os permite esconder as suas doenças e fraquezas. Por isso, ao nos depararmos com um gato com problemas comportamentais, é recomendável eliminarmos a hipótese de que aquele animal esteja sentido dores, antes de iniciarmos qualquer tipo de treino que vise corrigir desvios de comportamento.

O estudo

Pensando nisso, a equipe de Daniel Mills recrutou 19 veterinários, especialistas em felinos, para compor uma lista de comportamentos que estariam relacionados à presença de dor. O estudo, publicado este ano na revista Plos One, avaliou a frequência com que os gatos com dor apresentavam cada um dos itens comportamentais e verificou se essas atitudes se manifestavam em quadros clínicos de baixo ou alto nível de dor.

Após cinco meses de estudo, a equipe formada por veterinários clínicos, anestesiologistas, oncologistas, odontologistas, comportamentalistas, dermatologistas, oftalmologistas e neurologistas (nenhum cardiologista concordou em participar da pesquisa) listou 91 sinais comportamentais que foram considerados para análise e observação. Ao final, os cientistas reuniram os itens da lista que apresentaram 80% de concordância entre os veterinários especialistas. Dessa forma, os itens menos citados foram excluídos.

Os resultados

Considerando que a dor é uma experiência multidimensional envolvendo muito mais do que uma mera sensação desagradável, os veterinários chegaram a um consenso e conseguiram catalogar 25 sinais comportamentais que podem significar que os gatos estejam sentindo dor. Esses sinais foram considerados suficientes para indicar dor quando ela ocorre, mas não necessariamente presentes em todas as condições dolorosas. São eles:

1. Mancar;
2. Sentir dificuldade para pular;
3. Andar de forma anormal, mais lentamente;
4. Apresentar relutância em se mexer;
5. Reagir à palpação;
6. Manter-se afastado/esconder-se;
7. Não se limpar/lamber;
8. Evitar brincadeiras;
9. Comer menos (diminuição do apetite);
10. Diminuir totalmente suas atividades rotineiras;
11. Esfregar-se menos nas pessoas;
12. Alterar estados de humor frente a estímulos agudos de dor;
13. Modificar totalmente seu comportamento habitual (indicativo de dor crônica);
14. Andar com as costas arqueadas para cima;
15. Apresentar mudança de peso;
16. Lamber uma determinada região do corpo;
17. Andar de cabeça baixa;
18. Contrair involuntariamente a(s) pálpebra(s) – Blefaroespasmo;
19. Alterar a maneira de se alimentar (sinal presente em nível alto de dor);
20. Evitar áreas luminosas (sinal presente em nível alto de dor);
21. Rosnar (sinal presente em nível alto de dor);
22. Gemer (sinal presente em nível alto de dor);
23. Manter os olhos fechados (sinal presente em nível alto de dor);
24. Urinar com dificuldade;
25. Sacudir a cauda.

Esses sinais são pequenos alertas para observarmos melhor os bichanos. A presença de um ou mais itens isolados não significa necessariamente que o animal está sentindo dor. Cuidado com os exageros! Todos os comportamentos devem ser analisados com relação à situação em que se apresentam e à frequência (repetição). Se o gato está estressado com a presença de uma visita, anda com a cabeça baixa e se esconde, por exemplo, isso não é indicativo de dor. Agora, se o animal repete incessantemente determinado comportamento, devemos ficar de olho.

O que fazer, então?

O intuito dos cientistas foi criar um conjunto básico de sinais para futuras pesquisas que auxiliem na detecção precoce de dor nos gatos, ou seja, esses sinais são diretrizes básicas para auxiliar veterinários e proprietários que precisam reconhecer os sinais de dor nos gatos, a fim de reduzir o sofrimento dos bichanos. Portanto, se o cliente reportar que seu gato está apresentando repetidamente alguns desses sinais comportamentais, é nosso papel, como adestradores, direcioná-lo de imediato para uma consulta veterinária, de preferência com um especialista em felinos, já que os gatos são animais tão peculiares.