Como apresentar cães e gatos a outros animais?

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Já faz tempo que o mito de que cães e gatos não se dão bem foi desbancado, porém, ainda existem pessoas que acreditam que esses animais não se dão bem com outras espécies como, por exemplo, pássaros, hamsters, minipigs, entre outros.

De acordo com a adestradora e consultora comportamental da equipe Cão Cidadão, Malu Araújo, a história é outra. “É possível, sim, que animais de espécies diferentes convivam em harmonia”, afirma. “Quando o treino de apresentação é feito com os pets ainda filhotes, essa convivência se torna mais fácil. Caso algum deles já seja adulto, não tem problema. O mais importante para tornar essa convivência tranquila é contar com a ajuda de um profissional”, completa.

Para isso, a especialista dá algumas dicas. Segundo Malu, o dono que desejaa apresentar um cão ou gato a animais de outra espécie não podem ter pressa. O processo deve ser feito com calma, paciência e segurança, sempre pensando no bem-estar de todos os bichinhos envolvidos.

• Não force a relação!
Antes de mais nada, é importante ressaltar que não se deve forçar a relação entre os animais. Não tenha pressa para deixá-los juntos. O início do treinamento deve ser com os pets separados e, aos poucos, eles devem ser colocados juntos, para se conhecerem.

• Distância segura
Nos primeiros dias, introduza-os à presença do outro com certa distância, utilizando a caixa de transporte ou na guia. Gradualmente, faça a aproximação.

• Coisas boas
Sempre associe a presença do outro a coisas bem legais, como um petisquinho. Isso fará com que eles associem a presença do outro bichinho com algo que eles gostam e, assim, aos poucos, eles começarão a se sentir mais confortáveis com as interações.

Caso não se sinta à vontade em fazer essa apresentação, conte com o suporte de um adestrador. Além de orientar e supervisionar esse contato, o profissional indicará quais são os cuidados que devem ser tomados. “Ele tem o olhar mais treinado para analisar como os pets estão, através de expressão corporal, vocalização e outros sinais, garantindo que nenhum dos bichinhos fique estressado durante o processo de apresentação”, reforça Malu.

Gostou desta dica? Se quiser contratar os profissionais em comportamento animal para realizar o adestramento, fale com a Central de Atendimento da Cão Cidadão, pelos telefones: 11 3571-8138 (São Paulo) e 11 4003-1410 (demais localidades).

Gatos e crianças: como prepará-los para a chegada do bebê

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A chegada de um bebê não muda somente a vida dos pais, mas também a do pet. “Com a criança, inevitavelmente, os animais perdem um pouco de atenção dos donos. E se essa diferença de comportamento dos humanos acontecer sem que haja uma adaptação prévia, os gatos tendem a alterar os seus comportamentos para demonstrar a sua insatisfação com isso”, explica a adestradora da equipe Cão Cidadão, Laraue Motta.

Isso acontece porque os gatos são muito territorialistas, eles gostam de estar “no controle” do local onde vivem e a chegada desse novo membro da família pode, muitas vezes, se traduzir em uma ameaça para o bichano.

Existem diversas atitudes que demonstram o descontentamento do gato, como, por exemplo, começar a urinar fora do lugar correto ou até nas coisas do bebê, comportamentos compulsivos, como arrancar pelos ou se lamber até se ferir. Alguns pets podem, inclusive, ficar depressivos ou, em casas em que há mais de um felino na casa, eles podem começar brigar.

Para evitar esse problema, é muito importante que os tutores, antes da chegada do bebê, realizem uma adaptação para que o gato se acostume, pouco a pouco, com as mudanças que estão por vir.

Como fazer isso?
“É possível preparar o animal antecipando o período de adaptação, para que ele já receba o novo membro da família com algumas associações positivas feitas”, aconselha Laraue. “Principalmente nas situações em que vai haver uma ‘desvantagem’ para o gato, devemos evitar que isso seja relacionado diretamente com o bebê”, completa.

Para realizar essa adaptação, devemos seguir alguns passos:

• Alguns meses antes de o bebê nascer, use produtos com cheiro de bebê, como sabonetes e loções, nos momentos em que interagir com o gato – na hora do carinho, da brincadeira e de ganhar petiscos, por exemplo.

• Coloque sons de choro de criança em um volume baixo, para o felino já ir se acostumando com esse novo estímulo e evitar que isso o estresse posteriormente.

• Se os pais não vão admitir que o gato durma no berço ou no quarto do bebê, ele deve ser treinado, antes que a criança chegue, para que saiba que esses lugares são proibidos para ele. Dessa maneira, ele entenderá que a restrição é pelo local e não porque perdeu espaço para o novo humano da casa.

• Se for possível, use um difusor de feromônio facial felino. Ele também pode contribuir para o equilíbrio emocional do animal, deixando-o mais à vontade e relaxado no ambiente cheio de transformações.

“Fazendo uma adaptação prévia, certamente essa mudança tão brusca na rotina da família será mais fácil de ser superada pelo gatinho, mas, ao chegar em casa com o bebê, o ideal é tentar alterar a rotina do animal o menos possível”, indica a adestradora. “Na chegada, se o gato for dócil, é importante apresentar o bebê e deixá-lo cheirar e explorar, se possível, recompensando com petiscos para que ele entenda que o bebê traz vantagens para ele”, acrescenta.

Procurar a ajuda de um adestrador para realizar essa adaptação pode ser importante, pois o profissional poderá identificar o que está causando o estresse no animal e oferecer o treinamento correto, para que ele se acostume às novidades mais facilmente.

Gostou desta dica? Se quiser contratar os profissionais em comportamento animal para realizar o adestramento, fale com a Central de Atendimento da Cão Cidadão, pelos telefones: 11 3571-8138 (São Paulo) e 11 4003-1410 (demais localidades).

25 sinais de que um gato pode estar sentindo dor

https://www.flickr.com/photos/dnlrx/16583586477/
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Por Juliana Sant’Ana, adestradora e integrante do Grupo de Estudos Científicos da Cão Cidadão.

Animais territoriais, caçadores estrategistas, atletas natos e observadores silenciosos. Sem dúvida os gatos são criaturas que despertam o nosso interesse. Conviver com um bichano garante a qualquer ser humano momentos de descontração e curiosidade. Os hábitos naturais dos felinos selvagens se refletem no gato doméstico, e uma característica marcante nesses animais é a territorialidade, que determina muito o seu comportamento.

Gatos, por natureza, procuram defender o seu território para diminuir a necessidade de disputa por recursos. Para se mostrarem mais fortes, os bichanos tendem a disfarçar quando estão machucados ou sentindo dores, uma estratégia de sobrevivência que os permite esconder as suas doenças e fraquezas. Por isso, ao nos depararmos com um gato com problemas comportamentais, é recomendável eliminarmos a hipótese de que aquele animal esteja sentido dores, antes de iniciarmos qualquer tipo de treino que vise corrigir desvios de comportamento.

O estudo

Pensando nisso, a equipe de Daniel Mills recrutou 19 veterinários, especialistas em felinos, para compor uma lista de comportamentos que estariam relacionados à presença de dor. O estudo, publicado este ano na revista Plos One, avaliou a frequência com que os gatos com dor apresentavam cada um dos itens comportamentais e verificou se essas atitudes se manifestavam em quadros clínicos de baixo ou alto nível de dor.

Após cinco meses de estudo, a equipe formada por veterinários clínicos, anestesiologistas, oncologistas, odontologistas, comportamentalistas, dermatologistas, oftalmologistas e neurologistas (nenhum cardiologista concordou em participar da pesquisa) listou 91 sinais comportamentais que foram considerados para análise e observação. Ao final, os cientistas reuniram os itens da lista que apresentaram 80% de concordância entre os veterinários especialistas. Dessa forma, os itens menos citados foram excluídos.

Os resultados

Considerando que a dor é uma experiência multidimensional envolvendo muito mais do que uma mera sensação desagradável, os veterinários chegaram a um consenso e conseguiram catalogar 25 sinais comportamentais que podem significar que os gatos estejam sentindo dor. Esses sinais foram considerados suficientes para indicar dor quando ela ocorre, mas não necessariamente presentes em todas as condições dolorosas. São eles:

1. Mancar;
2. Sentir dificuldade para pular;
3. Andar de forma anormal, mais lentamente;
4. Apresentar relutância em se mexer;
5. Reagir à palpação;
6. Manter-se afastado/esconder-se;
7. Não se limpar/lamber;
8. Evitar brincadeiras;
9. Comer menos (diminuição do apetite);
10. Diminuir totalmente suas atividades rotineiras;
11. Esfregar-se menos nas pessoas;
12. Alterar estados de humor frente a estímulos agudos de dor;
13. Modificar totalmente seu comportamento habitual (indicativo de dor crônica);
14. Andar com as costas arqueadas para cima;
15. Apresentar mudança de peso;
16. Lamber uma determinada região do corpo;
17. Andar de cabeça baixa;
18. Contrair involuntariamente a(s) pálpebra(s) – Blefaroespasmo;
19. Alterar a maneira de se alimentar (sinal presente em nível alto de dor);
20. Evitar áreas luminosas (sinal presente em nível alto de dor);
21. Rosnar (sinal presente em nível alto de dor);
22. Gemer (sinal presente em nível alto de dor);
23. Manter os olhos fechados (sinal presente em nível alto de dor);
24. Urinar com dificuldade;
25. Sacudir a cauda.

Esses sinais são pequenos alertas para observarmos melhor os bichanos. A presença de um ou mais itens isolados não significa necessariamente que o animal está sentindo dor. Cuidado com os exageros! Todos os comportamentos devem ser analisados com relação à situação em que se apresentam e à frequência (repetição). Se o gato está estressado com a presença de uma visita, anda com a cabeça baixa e se esconde, por exemplo, isso não é indicativo de dor. Agora, se o animal repete incessantemente determinado comportamento, devemos ficar de olho.

O que fazer, então?

O intuito dos cientistas foi criar um conjunto básico de sinais para futuras pesquisas que auxiliem na detecção precoce de dor nos gatos, ou seja, esses sinais são diretrizes básicas para auxiliar veterinários e proprietários que precisam reconhecer os sinais de dor nos gatos, a fim de reduzir o sofrimento dos bichanos. Portanto, se o cliente reportar que seu gato está apresentando repetidamente alguns desses sinais comportamentais, é nosso papel, como adestradores, direcioná-lo de imediato para uma consulta veterinária, de preferência com um especialista em felinos, já que os gatos são animais tão peculiares.

Sociabilização: tudo o que você precisa saber

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Seu pet tem problemas para lidar com certas situações? Ele não aceita algumas pessoas e tem pavor de objetos específicos? Isso pode significar que a sociabilização dele não foi feita corretamente.

O sonho de todo tutor é ter um pet que seja tranquilo e sociável, que não tenha problemas com outros animais e que fique tranquilo quando pessoas diferentes aparecem em casa. Infelizmente, essa não é a realidade de todos os animais de estimação, porém, se a sociabilização for feita corretamente, tudo isso pode ser conquistado.

Além de contribuir com a convívio em família, uma boa sociabilização contribui para o bem-estar do seu cãozinho, pois ajuda a evitar problemas comportamentais, além de medos. O cão bem sociabilizado é mais feliz e saudável.

Como faço isso?

A fase mais importante da vida dos cães é entre o 2º e 3º meses de vida, pois é o momento em que eles estão descobrindo o mundo. É nessa fase que a sociabilização deve ser realizada, pois o peludo estará mais aberto a novidades, tornando o processo de apresentação ao mundo muito mais fácil e favorável.

Até os 50 dias de vida, é imprescindível que o animal fique com sua ninhada. Os primeiros meses da vida do cãozinho devem ser usados para que ele aprenda a “etiqueta canina” com a sua mãe e seus irmãos, ou seja, como comer, brincar, quando parar de brincar, morder sem machucar e assim por diante.

Esse processo é muito importante, pois é quando o filhote se acostuma com tudo o que ele terá que lidar durante a vida adulta: pessoas diferentes umas das outras, automóveis, outros animais.

Tudo o que for novo para o peludo deve ser associado a coisas boas, como petiscos, carinho e um brinquedo legal, para que o pet entenda que essas situações não apresentam perigo. Esses estímulos devem ser feitos gradualmente, para que ele possa se acostumar com calma, tudo no seu tempo.

É preciso lembrar que a sociabilização não garante que o animal não apresente problemas comportamentais no futuro. É fato que pets bem sociabilizados são menos propensos a desenvolver comportamentos agressivos, porém, a sociabilização não é uma garantia de que isso não vai acontecer.

Cães sociáveis têm uma qualidade de vida muito maior do que aqueles que não passaram por esse processo. Por isso, se planeja adotar um filhote, coloque a sociabilização como prioridade em sua lista de afazeres.

Procurar ajuda de um profissional de comportamento é fundamental para auxiliar nesse processo. Depois, é só curtir o seu peludinho! Boa sorte.

O que levar em consideração ao adotar um gato?

https://www.flickr.com/photos/heydanielle/5224836147/
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A adoção é uma atitude muito nobre, afinal, existem diversos animais espalhados em abrigos, que precisam de um lar e de uma família que possa enchê-los de amor.

Apesar disso, a adoção deve ser bem pensada e planejada. Lembre-se de que você assumirá a responsabilidade pela vida de um animalzinho, e isso requer cuidados e atenção. Nesse artigo, reunimos dicas para te ajudar nesse processo.

Adoção

A primeira coisa que se deve ter em mente é o tipo de bichinho que se adapta melhor ao seu estilo de vida. Muitas pessoas, por ouvirem que gatos são mais fáceis de cuidar, adotam o bichano, mas esperam que ele tenha o comportamento e o temperamento de um cachorro.

“Cães e gatos são espécies com necessidades diferentes, apesar de muitas pessoas terem os dois animais dentro de casa. Portanto, adote um gato se quiser um gato e um cão se quiser um cão”, esclarece a adestradora da Cão Cidadão, Laraue Motta.

Gatos também têm raças ou não, assim como os cães. “Geralmente, os felinos sem raça definida têm uma personalidade que fica no meio termo. Não tão pacatos e nem tão ativos”, explica a adestradora. “O fato é que, ao adotar um animal, principalmente quando filhote, não é tão fácil prever qual será o seu temperamento. Mas, é sempre possível se adequar as suas necessidades e criar um ambiente rico e divertido para todos.”

Adultos X filhotes

Os gatos são, naturalmente, animais curiosos, que gostam de explorar ambientes novos e descobrir mais sobre cheiros e texturas. Ao adotar um filhotinho, o dono deve saber que o bichano está em fase de desenvolvimento, por isso, os momentos de exploração serão frequentes.

Os filhotinhos desmamam entre os 30 e 60 dia de vida. Após essa fase, já são mais independentes. “A fase mais intensa de socialização dos gatos acontece entre 3 semanas e 2 meses. Nesse período, é interessante manipular gentilmente os filhotes, apresentá-los ao maior número de pessoas e estímulos, e disponibilizar um ambiente rico para explorar.”

Quando se trata de gatos adultos, é mais fácil identificar os traços de sua personalidade.. “Muitas vezes, o peludo já passou por situações traumatizantes e apresenta um temperamento mais medroso, que requer um adotante paciente ou que aceite o desafio da conquista”, explica Laraue.

Precauções

Ao levar um gatinho para casa, seja ele filhote ou adulto, alguns cuidados devem ser tomados.

• Para ter certeza de que o seu novo amigo peludo está se sentindo seguro e confortável, separe um cantinho onde ele possa se alimentar, dormir e fazer as suas necessidades. Deixe-o se adaptar ao local.

• Não force interações. Apesar de serem curiosos, os gatos são muito mais reservados do que os cães e levam mais tempo para confiar e se aproximar das pessoas. Respeite esse tempo.

• Telar janelas, quintais e portões, impedir acesso a muros que possibilitem a saída e garantir a segurança do gatinho é imprescindível.

• Caixas sanitárias compatíveis com o tamanho do seu animalzinho também são indispensáveis.

• Ração de qualidade e superfícies de texturas diferentes, além de brinquedos, não podem faltar. Uma boa alimentação e entretenimento de qualidade para o seu gatinho são importantes para a felicidade dele.

Além de tudo isso, amor e carinho são indispensáveis. Com o tempo, o laço entre você e seu peludinho se tornará cada vez maior.

Saiba como evitar acidentes domésticos com o pet

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Quem é que resiste a um pet fofinho? Mas, ter um animal de estimação em casa, seja ele um filhote ou um adulto, exige muito cuidado e responsabilidade. Alguns objetos devem ser mantidos fora do alcance do melhor amigo para que não surjam problemas para você e para o bichinho também.

O tema “segurança” é tão importante que foi assunto do programa É de Casa desde sábado, dia 4 de fevereiro. O assunto foi abordado pelo zootecnista e especialista em comportamento animal, Alexandre Rossi. Durante a sua participação, Alexandre mostrou os cuidados que devem ser tomados dentro de casa para assegurar que o animal não sofra acidentes.

Muitos cãezinhos, quando filhotes, principalmente, adoram brincar e morder tudo o que encontram pela frente. Apesar da diversão, tal comportamento é bastante perigoso.

Fatores de risco

Antes da chegada de um pet na casa, o ideal é que o dono identifique alguns elementos que podem se tornar perigosos. Os fios de aparelhos eletrônicos devem ficar bem escondidos e as tomadas precisam ter uma proteção de segurança.

Produtos químicos e de limpeza também são um grande risco. Que tal guardá-los em um local em que o cão e o gato não tenham acesso? O que muita gente não sabe é que plantas também podem oferecer riscos para a vida do animal. Neste caso, vale conversar com o médico veterinário para entender quais plantas causam problemas para o pet e mantê-las em um lugar de menos acesso.

Ensinar o comando “não” também favorece a segurança, já que você poderá usá-lo em diversas situações arriscadas, como quando os cães encontram o portão aberto e veem uma chance para saírem para a rua.

O que fazer para evitar acidentes?

1. Não deixe as tomadas destampadas.

2. Coloque as plantas (em especial aquelas tóxicas para os pets) em um local onde eles não consigam alcançar.

3. Ensine o comando “não” para que o animal saiba os seus limites.

4. Mantenha os produtos químicos/limpeza guardados e afastados do bichinho.

5. Objetos pontudos ou que possam fazer mal ao animal também devem ficar fora do alcance dele.

6. Atente-se quando abrir e fechar portões. Além do comando ”não”, é mais seguro prender o animal na guia nesses momentos.

7. Ao sair de casa, nunca deixe velas acesas junto com o pet.

Mesmo com todas as precauções, fique sempre de olho no seu bichinho quando ele estiver solto e à vontade.

Caso precise de ajuda nessa missão, conte com os profissionais da Cão Cidadão.

Tudo sobre os gatos

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Ao contrário do que muitos podem pensar, nem todos os gatos são ariscos, apesar da fama que têm. Os felinos são animais mais desconfiados por natureza, por isso, enquanto não se sentem seguros e no “controle” da situação ou do local em que vivem, eles podem ter um comportamento mais arredio.

Apesar disso, cada gato é um indivíduo e sua personalidade é influenciada por diversos fatores, como, por exemplo, genética, convivência com a mãe e com os irmãos, o ambiente onde ele vive e até a personalidade do próprio dono. Por isso, gatos que recebem o mesmo tratamento podem se comportar de maneira diferente.

Isso não significa que eles não gostem de carinho e interação com as pessoas. Na verdade, se a sociabilização for realizada quando ele ainda for filhotinho, é possível acostumá-lo a todo tipo de pessoa, até com as visitas que não são tão frequentes.

A paciência e o respeito são fundamentais nesse momento. Não force o gato a passar por uma situação que ele tenha medo, isso fará com que ele fique ainda mais desconfiado e medroso.

Gatos aprendem em qualquer idade, por isso, utilizando o reforço positivo e realizando as associações corretas, é possível ter uma convivência prazerosa com o seu bichano.

Prepare a casa

A ambientação envolve diversos aspectos, desde a preparação da casa para a chegada do bichano, até os brinquedos e atividades que você disponibilizará ao seu pet. Antes de levá-lo para casa, certifique-se de que o local está adequado para a chegada do gatinho. O primeiro passo é colocar telas nas janelas, para evitar acidentes e fugas.

Depois, prepare o banheirinho dele. As caixas de areia deve ser sempre uma a mais do que a quantidade de gatos na casa. Por exemplo, se tiver dois gatos, tenha três caixas de areia. Procure colocar a caixa longe de portas ou objetos que façam muito barulho, para evitar que o gato se assuste.

Enriquecimento ambiental

Torne a sua casa um local onde ele possa se divertir e fazer o que ele mais gosta! Coloque prateleiras em lugares altos, para que o gato possa escalar e observar o local do alto. Deixe também arranhadores disponíveis e realize brincadeiras que se assemelhem à caça – o seu gato vai adorar!

Alimentação

Deixar a ração disponível em um potinho nem sempre é a opção mais interessante para o seu bichano. Gatos são animais caçadores por natureza e devem comer em pequenas porções durante o dia, o que te dá a oportunidade de incrementar a hora da comida e transformá-la em uma caçada.

Você pode espalhar pequenas quantidades de ração pela casa, em lugares altos ou em cantinhos escondidos. Isso fará com que o seu pet se interesse mais pela comida e exercite seus instintos, mantendo-o saudável.

Outra opção é utilizar brinquedos que soltem petiscos ou ração, assim, ele poderá se divertir enquanto se alimenta. Mas, sempre se certifique de que o animal está encontrando a comida e se alimentando!

Colocando todas essas dicas em prática, a sua comunicação e convivência com seu gatinho será muito mais divertida e prazerosa. Boa sorte!

Brigas entre gatos: como eliminar o problema

https://www.flickr.com/photos/jonner/3353872803/
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Por Malu Araújo, adestradora e consultora comportamental da equipe Cão Cidadão.

A primeira coisa é entender o porquê das brigas acontecerem. A introdução de um novo gato na casa é um motivo que pode dar início às brigas. Então, para que a convivência seja harmônica, cuidado com essa apresentação.

Coloque os gatos na guia ou na caixa de transporte (caso eles usem esses acessórios com tranquilidade) e associe a presença do outro com festa, carinho e um petisco bem gostoso. Quando eles estiverem confortáveis, deixe-os livre na casa, mas com supervisão. Se precisar sair, separe-os nos primeiros dias quando não tiver ninguém olhando.
Machos adultos podem brigar ao atingir a maturidade sexual, que acontece por volta dos dois aos quatro anos. A castração ajuda muito a manter o comportamento estável.

É possível que o gato tenha algum problema de saúde e comece a reagir com agressividade à aproximação do outro gato, ou tenha alguma reação mais bruta quando o outro bichano encosta onde ele está com dor. Neste caso, é você que precisa conhecer bem o seu gatinho. Se ele apresentar algum comportamento diferente, estiver comendo mal ou mostrar qualquer outro sinal de mudança, leve-o ao veterinário.

Alguns gatinhos são mais possessivos, por isso, providencie mais de uma caixa de areia e espalhe pela casa mais de um pote de comida e água. Não deixe tudo no mesmo ambiente, para evitar que ele controle tudo.
Presenciou uma briga? Não tente separá-los com as mãos. O ideal é fazer um barulho ou usar um borrifador de água para separá-los.

Para manter a harmonia entre eles, você precisa garantir que cada um deles tenha as suas necessidades supridas e associar um ao outro sempre com bons momentos, como as brincadeiras e carinhos para todos.

Gatos também podem aprender comandos

Photo credit: taymtaym / Foter.com / CC BY
Photo credit: taymtaym / Foter.com / CC BY

Por Oliver So, adestrador da Cão Cidadão.

Todo mundo já abandonou aquela ideia de que os gatos são independentes e se satisfazem sozinhos, certo? Se não, é bom rever seus conceitos. Os gatos também precisam de interação com as pessoas da casa, entretenimento e estímulos para brincar, se exercitar e ter uma vida saudável. Entre as muitas atividades que podemos proporcionar ao nosso bichano, ensinar comandos é uma bastante interessante e desafiadora.

Os comandos são formas lúdicas de estimular física e mentalmente o seu gatinho, além de melhorar a relação entre você e ele. Dependendo do gato e da situação, alguns comandos podem também ser bastante úteis. Mas, antes de começar a tentar os comandos com ele, é preciso pensar em algumas coisas:

Descubra e separe um petisco que ele tenha muito interesse. Essa será a recompensa dele por ter feito o comando que você pretende que ele execute. Conforme o gatinho for aprendendo, você não vai mais precisar usar sempre esse mesmo petisco.
Tenha paciência e não tente forçar o gatinho a fazer o comando que você quer. Forçar vai tornar a atividade um incômodo, não uma interação prazerosa. Fazer sessões curtas de treino também é importante para que o gato não perca a motivação.
Todos os comandos precisam de repetição para serem bem assimilados pelo animal. Quanto mais ele treinar, melhor vai aprender – respeitando a questão da motivação citada acima.
Primeiro, ensine o comando e, depois que ele já souber fazer, comece a associar com um comando verbal. Começar já falando “Senta”, por exemplo, não vai fazer com que ele entenda.
Seu gato não pode se sentir com medo, ou incomodado pela sua aproximação ou toque. Se você tem um bichinho não sociável ou agressivo em casa, precisará treiná-lo antes de ensinar os comandos para evitar acidentes.
Tenha um marcador de acerto: um clicker, equipamento encontrado em pet shops que emite um estalo, ou faça um estalo com a boca. Se for fazer com a boca, prefira um som que você não faça normalmente no seu cotidiano. Esse estalo vai ter o mesmo significado que um elogio “Muito bem, você acertou!”, porém muito mais rápido e preciso.

Pronto, você já pode começar a treinar o seu gatinho. Vamos usar a indução para ensinar qual comportamento estamos querendo que ele faça. Tente esses comandos básicos:

SENTA

Segure o petisco com os dedos e o posicione um pouco acima do focinho. Devagar, vá levando a sua mão com o petisco para trás, de modo que ele tenha que levantar a cabeça para acompanhar. Essa será a indução para que ele se sente. Assim que ele sentar, faça o estalo com a boca ou clicker para indicar o acerto e libere o petisco como recompensa.

DAR A PATA

Como o gato usa as patas naturalmente para pegar coisas interessantes, vamos aproveitar. Deixe o petisco na palma da mão e a posicione na frente do gato. Se ele tentar pegar com a boca, afaste a mão. Se ele usar a pata para tentar pegar o petisco, faça o estalo assim que ele encostar na sua mão e libere o petisco para ele. Tenha cuidado com as unhas do gato para não se machucar, principalmente se ele estiver muito empolgado com o petisco.

DEITA

A indução é parecida com a do SENTA. Segure o petisco com os dedos e o posicione em frente ao focinho. Devagar, vá levando a sua mão com o petisco para baixo, até encostar no chão. Assim que ele se deitar, basta fazer o estalo e recompensar.

SOBE

Com o seu gato próximo a um móvel ou prateleira, segure o petisco com os dedos e leve a sua mão para cima do objeto que quer que o seu gato suba. Assim que ele subir, faça o estalo e recompense. Ensinar o DESCE é muito parecido, porém, induzindo a descer do objeto.

Entendendo a lógica desses comandos simples, você conseguirá desenvolver seus próprios treinos e comandos com seu bichano. Então, comece agora mesmo a treiná-lo e aproveitar essa atividade divertida e interativa com ele. Bons treinos!

Fonte: Petz

Guia de viagem de avião com o pet

Photo credit: Dallas Krentzel / Foter / CC BY
Photo credit: Dallas Krentzel / Foter / CC BY

O ano está chegando ao fim, mas alguns feriados ainda estão por vir. Alguns donos planejam viagens para a toda a família, o que inclui, muitas vezes, o animalzinho de estimação.

Muitas dúvidas surgem quando o meio utilizado é o avião. O que preciso providenciar? A viagem será tranquila para o pet? Planejar tudo isso pode ser um tanto estressante, então, para ajudá-lo, separamos algumas dicas da adestradora e consultora comportamental da equipe Cão Cidadão, Malu Araújo.

1º passo

Depois de decidir o destino da viagem, o indicado é procurar um médico veterinário. O profissional poderá te informar sobre toda a documentação necessária, que varia de acordo com cada destino, mas que consiste basicamente em carteira de vacinação, atestado de saúde, entre outros.

“O ideal é fazer a visita ao veterinário pelo menos 10 dias antes da viagem, para ter certeza de que o seu animal não tem nenhum problema de saúde”, explica a adestradora.

Ao escolher a companhia aérea, atente-se às regras com relação ao transporte de animais que a empresa apresenta. Esse tipo de informação pode ser encontrado facilmente nos sites das empresas.

2º passo

Escolher a caixa de transporte! “Nesse momento, é preciso levar em consideração o tamanho do animal, pois a caixa de transporte deve ser grande o suficiente para que ele possa ficar de pé e dar uma volta ao redor de si mesmo”, orienta Malu. “Tenha certeza de que a portinha é segura e que as travas funcionam e, por precaução, adicione uma trava extra”, completa. Não se esqueça de colocar um bebedouro acoplado à portinha da caixa, para que o seu bichinho tenha como matar a sede durante o passeio de avião.

Depois dessa etapa, cabe ao dono acostumar o animal a ficar dentro da caixinha. “Incentive o pet a entrar na caixa, porém, mantenha a porta aberta, para que ele possa sair quando quiser. Utilize brinquedos e petiscos para que ele associe estar dentro desse local com coisas boas”, explica a adestradora. “Só quando ele começar a entrar e ficar lá dentro por vontade própria, comece a fechar a portinha”, acrescenta.

Se a viagem for muito longa, procure acostumar o seu mascote a dormir dentro da caixa. Lembre-se sempre de que o máximo de tempo que um pet pode ficar dentro na caixa de transporte é de oito horas. “É importante que você faça com que ele se familiarize com a caixa, por isso, esse treino deve começar com algum tempo de antecedência à viagem para que, quando chegar o dia, o animal já esteja completamente à vontade com o espaço e com o fato de ficar ali dentro por algum tempo”, esclarece a adestradora.

3º passo

Antes do dia da viagem, procure acostumar o animal às circunstâncias as quais ele será submetido, como, por exemplo, o barulho da área de embarque, a movimentação etc. “Faça uma simulação antes do dia da viagem. O carrinho que transporta a caixa de transporte dele chacoalha, por isso, quando ele estiver dentro da caixinha dele, dê uma chacoalhada suave para que ele se acostume ao movimento”, orienta Malu. “Levar o animal em um centro comercial, para acostumá-lo aos movimentos e barulhos, por exemplo, é um ótimo treino. Usar o secador para simular o barulho da turbina do avião também é uma boa maneira de fazer o seu mascote se acostumar ao barulho” (é importante se lembrar de apontar o jato de ar quente para longe do animal).

O que não pode faltar na mala do pet?

• A ração que o seu pet está acostumado a comer, em quantidade suficiente para os dias da viagem.

• Algum objeto que faça o cachorro lembrar da própria casa, para que ele fique tranquilo.

• Potinhos de ração e água.

• Carteirinha de vacinação e atestado do médico veterinário.

• Coleira com plaquinha de identificação e número do dono.

• Coloque um adesivo com seu nome, número e endereço na caixinha de transporte do seu bichinho para que, caso algo aconteça, você possa ser contatado facilmente.

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