Cachorros perdidos: o que fazer para evitar a fuga de cães

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A fuga de cães é, sem dúvida, um dos momentos mais tristes da vida dos tutores. Infelizmente, ninguém está imune a esse problema, pois, prever quando o pet vai escapar pela frestinha do portão ou pular o muro de casa é praticamente impossível.

Apesar disso, como diz o ditado, a prevenção é o melhor remédio. Para evitar que esse problema ocorra, é fundamental que alguns cuidados sejam tomados. Abaixo, você confere algumas dicas.

1. Adestramento

O adestramento é uma ferramenta importantíssima para o bom relacionamento entre o pet e o seu dono, pois, além de facilitar a comunicação, fará com que o cão saiba o que pode ou não fazer. Quando o pet obedece aos comandos (SENTA, FICA, VEM), é muito mais fácil impedir que ele corra em direção a um portão aberto ou saia sozinho na rua.

2. Limites

Ensinar ao seu cãozinho que não deve sair pelo portão sem a sua autorização é um limite que pode salvá-lo de acidentes, que podem custar a vida dele. Para isso, é necessário paciência e muita dedicação, porém, o resultado final valerá a pena.

Comece a treiná-lo com a guia. Aproxime-se do portão, brinque com o seu cãozinho e saia para a rua. O pet naturalmente o seguirá, porém, com a guia, você deve impedi-lo de sair e, ao mesmo tempo, dizer “não”.

Esse exercício deve ser repetido até que o cão compreenda que ele não deve ultrapassar o portão e se recuse a ir para a rua. Quando ele te obedecer, elogie-o, faça muita festa e ofereça um petisco gostoso, pois isso fará com que ele associe coisas, que ele gosta, à obediência, facilitando o aprendizado.

É importante ressaltar que não se deve permitir que o cão saia para rua, para, só então, repreendê-lo. A correção deve acontecer sem que ele saia de casa. Mantenha os itens de segurança, como a coleira e a guia durante o treinamento, para evitar qualquer problema ou mesmo acidentes.

3. Plaquinha de identificação

A plaquinha de identificação é indispensável para a segurança do pet e todos os animais de estimação devem ter uma que contenha um telefone para contato. Caso o cão fuja e seja encontrado por alguém, será mais fácil devolver o pet para a sua família.

Infelizmente, mesmo com todas as precauções, fugas ainda acontecem. Caso tenha alguma informação sobre os cães abaixo, entre em contato com a ONG Cachorros Perdidos, parceira da Cão Cidadão.

Gostou desta dica? Se quiser contratar os profissionais em comportamento animal para realizar o adestramento, fale com a Central de Atendimento da Cão Cidadão, pelos telefones: 11 3571-8138 (São Paulo) e 11 4003-1410 (demais localidades).

Cães e gatos podem ser amigos?

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A convivência entre cães e gatos não é mais tão difícil quando se pensava, e o mito de que eles são inimigos já perdeu a validade há muito tempo. Porém, em certas situações, é possível que alguns conflitos aconteçam, caso os pets não sejam treinados da maneira correta para conviverem em harmonia.

Esse foi o caso da cliente Luciana Vilela. Em um primeiro momento, Luciana procurou a Cão Cidadão para ajudá-la com o comportamento dos cães, que apresentavam sinais de agressividade, medo e falta de sociabilização, porém, o trabalho acabou se estendendo quando a tutora resolveu adotar novos peludos, mas, dessa vez, de outra espécie. “Após se planejar e tirar as dúvidas, ela adotou dois gatos irmãos de três meses de idade. Foi aí que começamos as aulas de sociabilização”, conta a adestradora da equipe Cão Cidadão, Nathália Camillo.

Sociabilização

A apresentação entre os animais é o primeiro passo para garantir a boa convivência e a amizade entre eles. Esse foi o pensamento da adestradora, que, além de treinar os cães com seus problemas comportamentais individuais, iniciou um treino de sociabilização com os felinos também. “Começamos as aulas com apresentações individuais dos cães aos gatinhos dentro da caixa de transporte. Utilizamos muito reforço positivo para ambos, sempre respeitando a zona de conforto de cada um”, relembra Nathália.

Aos poucos, os gatos se acostumaram com a presença dos cães e cada peludo foi progredindo individualmente. Isso só foi possível por conta do método de Adestramento Inteligente, técnica criada pelo zootecnista e especialista em comportamento animal, Alexandre Rossi, usada pelos profissionais da Cão Cidadão. Essa técnica se baseia em valorizar as atitudes corretas do pet e não as erradas, criando associações positivas entre os bichinhos. “Em apenas três semanas já conseguimos deixar todos soltos na sala por várias horas, mas com a supervisão dos tutores”, explica a adestradora.

Envolvimento

Para alcançar esses resultados e criar um ambiente tranquilo e harmonioso para os pets, os tutores também tiveram sua (grande) parcela de responsabilidade, uma vez que é preciso dar continuidade aos treinamentos, mesmo sem a presença do profissional. “Me envolvi 100% no adestramento. As orientações da Nathália sempre me ajudam muito. Muitas vezes, uma dica simples faz toda diferença”, afirma a cliente Luciana.

“Receber os vídeos dos treinos de sucesso durante a semana é muito recompensador. Ainda estamos caminhando, mas nosso objetivo é deixar todos à vontade e com acesso total ao apartamento”, finaliza Nathália.

Dica

A ajuda de um adestrador é indispensável. Com o adestramento, é possível minimizar e até eliminar problemas de comportamento dos animais!

Gostou desta dica? Se quiser contratar os profissionais em comportamento animal para realizar o adestramento, fale com a Central de Atendimento da Cão Cidadão, pelos telefones: 11 3571-8138 (São Paulo) e 11 4003-1410 (demais localidades).

Você sabia que não é natural para o cão usar a guia?

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É fato que, para a segurança do próprio pet, é necessário que ele sempre utilize a coleira e a guia principalmente durante aquelas voltinhas no bairro. Esses acessórios são necessários, pois ajudam a manter o animal seguro e controlado.

Infelizmente, não são todos os pets que aceitam utilizar os utensílios de segurança facilmente, pois, para eles, não é natural ter algo acoplado ao seu corpo. “As pessoas percebem isso quando colocam pela primeira vez coleira e a guia em um cachorro e vão tentar levá-lo para passear. Por não compreender o que está acontecendo, o animal acaba fazendo força para o sentido oposto”, comenta o zootecnista e especialista em comportamento animal, Alexandre Rossi.

Se o tutor se deixar levar pelo sentido proposto pelo cão, é possível que ele passe a ter essa atitude ruim sempre, já que, na cabeça dele, você permite que ele te puxe. O resultado pode ser bastante prejudicial: o pet pode se tornar cada vez mais rebelde na hora dos passeios.

Para evitar esse problema, é necessário ensiná-lo que vocês podem, sim, sair para passear, desde que ele ande ao seu lado. “A melhor forma de educar um cachorro, é ter algo que ele goste e queira muito”, aconselha Alexandre. “Pode ser uma brincadeira, um carinho ou um petisco. Esse é o momento de mostrar a ele que não há problema nenhum com a guia”, finaliza.

O importante é sempre manter o animal seguro. Lembre-se de que a responsabilidade pela vida do bichinho é sua.

Gostou desta dica? Se quiser contratar os profissionais em comportamento animal para realizar o adestramento, fale com a Central de Atendimento da Cão Cidadão, pelos telefones: 11 3571-8138 (São Paulo) e 11 4003-1410 (demais localidades).

25 sinais de que um gato pode estar sentindo dor

https://www.flickr.com/photos/dnlrx/16583586477/
https://www.flickr.com/photos/dnlrx/16583586477/

Por Juliana Sant’Ana, adestradora e integrante do Grupo de Estudos Científicos da Cão Cidadão.

Animais territoriais, caçadores estrategistas, atletas natos e observadores silenciosos. Sem dúvida os gatos são criaturas que despertam o nosso interesse. Conviver com um bichano garante a qualquer ser humano momentos de descontração e curiosidade. Os hábitos naturais dos felinos selvagens se refletem no gato doméstico, e uma característica marcante nesses animais é a territorialidade, que determina muito o seu comportamento.

Gatos, por natureza, procuram defender o seu território para diminuir a necessidade de disputa por recursos. Para se mostrarem mais fortes, os bichanos tendem a disfarçar quando estão machucados ou sentindo dores, uma estratégia de sobrevivência que os permite esconder as suas doenças e fraquezas. Por isso, ao nos depararmos com um gato com problemas comportamentais, é recomendável eliminarmos a hipótese de que aquele animal esteja sentido dores, antes de iniciarmos qualquer tipo de treino que vise corrigir desvios de comportamento.

O estudo

Pensando nisso, a equipe de Daniel Mills recrutou 19 veterinários, especialistas em felinos, para compor uma lista de comportamentos que estariam relacionados à presença de dor. O estudo, publicado este ano na revista Plos One, avaliou a frequência com que os gatos com dor apresentavam cada um dos itens comportamentais e verificou se essas atitudes se manifestavam em quadros clínicos de baixo ou alto nível de dor.

Após cinco meses de estudo, a equipe formada por veterinários clínicos, anestesiologistas, oncologistas, odontologistas, comportamentalistas, dermatologistas, oftalmologistas e neurologistas (nenhum cardiologista concordou em participar da pesquisa) listou 91 sinais comportamentais que foram considerados para análise e observação. Ao final, os cientistas reuniram os itens da lista que apresentaram 80% de concordância entre os veterinários especialistas. Dessa forma, os itens menos citados foram excluídos.

Os resultados

Considerando que a dor é uma experiência multidimensional envolvendo muito mais do que uma mera sensação desagradável, os veterinários chegaram a um consenso e conseguiram catalogar 25 sinais comportamentais que podem significar que os gatos estejam sentindo dor. Esses sinais foram considerados suficientes para indicar dor quando ela ocorre, mas não necessariamente presentes em todas as condições dolorosas. São eles:

1. Mancar;
2. Sentir dificuldade para pular;
3. Andar de forma anormal, mais lentamente;
4. Apresentar relutância em se mexer;
5. Reagir à palpação;
6. Manter-se afastado/esconder-se;
7. Não se limpar/lamber;
8. Evitar brincadeiras;
9. Comer menos (diminuição do apetite);
10. Diminuir totalmente suas atividades rotineiras;
11. Esfregar-se menos nas pessoas;
12. Alterar estados de humor frente a estímulos agudos de dor;
13. Modificar totalmente seu comportamento habitual (indicativo de dor crônica);
14. Andar com as costas arqueadas para cima;
15. Apresentar mudança de peso;
16. Lamber uma determinada região do corpo;
17. Andar de cabeça baixa;
18. Contrair involuntariamente a(s) pálpebra(s) – Blefaroespasmo;
19. Alterar a maneira de se alimentar (sinal presente em nível alto de dor);
20. Evitar áreas luminosas (sinal presente em nível alto de dor);
21. Rosnar (sinal presente em nível alto de dor);
22. Gemer (sinal presente em nível alto de dor);
23. Manter os olhos fechados (sinal presente em nível alto de dor);
24. Urinar com dificuldade;
25. Sacudir a cauda.

Esses sinais são pequenos alertas para observarmos melhor os bichanos. A presença de um ou mais itens isolados não significa necessariamente que o animal está sentindo dor. Cuidado com os exageros! Todos os comportamentos devem ser analisados com relação à situação em que se apresentam e à frequência (repetição). Se o gato está estressado com a presença de uma visita, anda com a cabeça baixa e se esconde, por exemplo, isso não é indicativo de dor. Agora, se o animal repete incessantemente determinado comportamento, devemos ficar de olho.

O que fazer, então?

O intuito dos cientistas foi criar um conjunto básico de sinais para futuras pesquisas que auxiliem na detecção precoce de dor nos gatos, ou seja, esses sinais são diretrizes básicas para auxiliar veterinários e proprietários que precisam reconhecer os sinais de dor nos gatos, a fim de reduzir o sofrimento dos bichanos. Portanto, se o cliente reportar que seu gato está apresentando repetidamente alguns desses sinais comportamentais, é nosso papel, como adestradores, direcioná-lo de imediato para uma consulta veterinária, de preferência com um especialista em felinos, já que os gatos são animais tão peculiares.

Saiba como evitar acidentes domésticos com o pet

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Quem é que resiste a um pet fofinho? Mas, ter um animal de estimação em casa, seja ele um filhote ou um adulto, exige muito cuidado e responsabilidade. Alguns objetos devem ser mantidos fora do alcance do melhor amigo para que não surjam problemas para você e para o bichinho também.

O tema “segurança” é tão importante que foi assunto do programa É de Casa desde sábado, dia 4 de fevereiro. O assunto foi abordado pelo zootecnista e especialista em comportamento animal, Alexandre Rossi. Durante a sua participação, Alexandre mostrou os cuidados que devem ser tomados dentro de casa para assegurar que o animal não sofra acidentes.

Muitos cãezinhos, quando filhotes, principalmente, adoram brincar e morder tudo o que encontram pela frente. Apesar da diversão, tal comportamento é bastante perigoso.

Fatores de risco

Antes da chegada de um pet na casa, o ideal é que o dono identifique alguns elementos que podem se tornar perigosos. Os fios de aparelhos eletrônicos devem ficar bem escondidos e as tomadas precisam ter uma proteção de segurança.

Produtos químicos e de limpeza também são um grande risco. Que tal guardá-los em um local em que o cão e o gato não tenham acesso? O que muita gente não sabe é que plantas também podem oferecer riscos para a vida do animal. Neste caso, vale conversar com o médico veterinário para entender quais plantas causam problemas para o pet e mantê-las em um lugar de menos acesso.

Ensinar o comando “não” também favorece a segurança, já que você poderá usá-lo em diversas situações arriscadas, como quando os cães encontram o portão aberto e veem uma chance para saírem para a rua.

O que fazer para evitar acidentes?

1. Não deixe as tomadas destampadas.

2. Coloque as plantas (em especial aquelas tóxicas para os pets) em um local onde eles não consigam alcançar.

3. Ensine o comando “não” para que o animal saiba os seus limites.

4. Mantenha os produtos químicos/limpeza guardados e afastados do bichinho.

5. Objetos pontudos ou que possam fazer mal ao animal também devem ficar fora do alcance dele.

6. Atente-se quando abrir e fechar portões. Além do comando ”não”, é mais seguro prender o animal na guia nesses momentos.

7. Ao sair de casa, nunca deixe velas acesas junto com o pet.

Mesmo com todas as precauções, fique sempre de olho no seu bichinho quando ele estiver solto e à vontade.

Caso precise de ajuda nessa missão, conte com os profissionais da Cão Cidadão.

Tudo sobre os gatos

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Ao contrário do que muitos podem pensar, nem todos os gatos são ariscos, apesar da fama que têm. Os felinos são animais mais desconfiados por natureza, por isso, enquanto não se sentem seguros e no “controle” da situação ou do local em que vivem, eles podem ter um comportamento mais arredio.

Apesar disso, cada gato é um indivíduo e sua personalidade é influenciada por diversos fatores, como, por exemplo, genética, convivência com a mãe e com os irmãos, o ambiente onde ele vive e até a personalidade do próprio dono. Por isso, gatos que recebem o mesmo tratamento podem se comportar de maneira diferente.

Isso não significa que eles não gostem de carinho e interação com as pessoas. Na verdade, se a sociabilização for realizada quando ele ainda for filhotinho, é possível acostumá-lo a todo tipo de pessoa, até com as visitas que não são tão frequentes.

A paciência e o respeito são fundamentais nesse momento. Não force o gato a passar por uma situação que ele tenha medo, isso fará com que ele fique ainda mais desconfiado e medroso.

Gatos aprendem em qualquer idade, por isso, utilizando o reforço positivo e realizando as associações corretas, é possível ter uma convivência prazerosa com o seu bichano.

Prepare a casa

A ambientação envolve diversos aspectos, desde a preparação da casa para a chegada do bichano, até os brinquedos e atividades que você disponibilizará ao seu pet. Antes de levá-lo para casa, certifique-se de que o local está adequado para a chegada do gatinho. O primeiro passo é colocar telas nas janelas, para evitar acidentes e fugas.

Depois, prepare o banheirinho dele. As caixas de areia deve ser sempre uma a mais do que a quantidade de gatos na casa. Por exemplo, se tiver dois gatos, tenha três caixas de areia. Procure colocar a caixa longe de portas ou objetos que façam muito barulho, para evitar que o gato se assuste.

Enriquecimento ambiental

Torne a sua casa um local onde ele possa se divertir e fazer o que ele mais gosta! Coloque prateleiras em lugares altos, para que o gato possa escalar e observar o local do alto. Deixe também arranhadores disponíveis e realize brincadeiras que se assemelhem à caça – o seu gato vai adorar!

Alimentação

Deixar a ração disponível em um potinho nem sempre é a opção mais interessante para o seu bichano. Gatos são animais caçadores por natureza e devem comer em pequenas porções durante o dia, o que te dá a oportunidade de incrementar a hora da comida e transformá-la em uma caçada.

Você pode espalhar pequenas quantidades de ração pela casa, em lugares altos ou em cantinhos escondidos. Isso fará com que o seu pet se interesse mais pela comida e exercite seus instintos, mantendo-o saudável.

Outra opção é utilizar brinquedos que soltem petiscos ou ração, assim, ele poderá se divertir enquanto se alimenta. Mas, sempre se certifique de que o animal está encontrando a comida e se alimentando!

Colocando todas essas dicas em prática, a sua comunicação e convivência com seu gatinho será muito mais divertida e prazerosa. Boa sorte!

Gatos também podem aprender comandos

Photo credit: taymtaym / Foter.com / CC BY
Photo credit: taymtaym / Foter.com / CC BY

Por Oliver So, adestrador da Cão Cidadão.

Todo mundo já abandonou aquela ideia de que os gatos são independentes e se satisfazem sozinhos, certo? Se não, é bom rever seus conceitos. Os gatos também precisam de interação com as pessoas da casa, entretenimento e estímulos para brincar, se exercitar e ter uma vida saudável. Entre as muitas atividades que podemos proporcionar ao nosso bichano, ensinar comandos é uma bastante interessante e desafiadora.

Os comandos são formas lúdicas de estimular física e mentalmente o seu gatinho, além de melhorar a relação entre você e ele. Dependendo do gato e da situação, alguns comandos podem também ser bastante úteis. Mas, antes de começar a tentar os comandos com ele, é preciso pensar em algumas coisas:

Descubra e separe um petisco que ele tenha muito interesse. Essa será a recompensa dele por ter feito o comando que você pretende que ele execute. Conforme o gatinho for aprendendo, você não vai mais precisar usar sempre esse mesmo petisco.
Tenha paciência e não tente forçar o gatinho a fazer o comando que você quer. Forçar vai tornar a atividade um incômodo, não uma interação prazerosa. Fazer sessões curtas de treino também é importante para que o gato não perca a motivação.
Todos os comandos precisam de repetição para serem bem assimilados pelo animal. Quanto mais ele treinar, melhor vai aprender – respeitando a questão da motivação citada acima.
Primeiro, ensine o comando e, depois que ele já souber fazer, comece a associar com um comando verbal. Começar já falando “Senta”, por exemplo, não vai fazer com que ele entenda.
Seu gato não pode se sentir com medo, ou incomodado pela sua aproximação ou toque. Se você tem um bichinho não sociável ou agressivo em casa, precisará treiná-lo antes de ensinar os comandos para evitar acidentes.
Tenha um marcador de acerto: um clicker, equipamento encontrado em pet shops que emite um estalo, ou faça um estalo com a boca. Se for fazer com a boca, prefira um som que você não faça normalmente no seu cotidiano. Esse estalo vai ter o mesmo significado que um elogio “Muito bem, você acertou!”, porém muito mais rápido e preciso.

Pronto, você já pode começar a treinar o seu gatinho. Vamos usar a indução para ensinar qual comportamento estamos querendo que ele faça. Tente esses comandos básicos:

SENTA

Segure o petisco com os dedos e o posicione um pouco acima do focinho. Devagar, vá levando a sua mão com o petisco para trás, de modo que ele tenha que levantar a cabeça para acompanhar. Essa será a indução para que ele se sente. Assim que ele sentar, faça o estalo com a boca ou clicker para indicar o acerto e libere o petisco como recompensa.

DAR A PATA

Como o gato usa as patas naturalmente para pegar coisas interessantes, vamos aproveitar. Deixe o petisco na palma da mão e a posicione na frente do gato. Se ele tentar pegar com a boca, afaste a mão. Se ele usar a pata para tentar pegar o petisco, faça o estalo assim que ele encostar na sua mão e libere o petisco para ele. Tenha cuidado com as unhas do gato para não se machucar, principalmente se ele estiver muito empolgado com o petisco.

DEITA

A indução é parecida com a do SENTA. Segure o petisco com os dedos e o posicione em frente ao focinho. Devagar, vá levando a sua mão com o petisco para baixo, até encostar no chão. Assim que ele se deitar, basta fazer o estalo e recompensar.

SOBE

Com o seu gato próximo a um móvel ou prateleira, segure o petisco com os dedos e leve a sua mão para cima do objeto que quer que o seu gato suba. Assim que ele subir, faça o estalo e recompense. Ensinar o DESCE é muito parecido, porém, induzindo a descer do objeto.

Entendendo a lógica desses comandos simples, você conseguirá desenvolver seus próprios treinos e comandos com seu bichano. Então, comece agora mesmo a treiná-lo e aproveitar essa atividade divertida e interativa com ele. Bons treinos!

Fonte: Petz

Despersonalização de broncas

Photo credit: iRonInk / Foter / CC BY
Photo credit: iRonInk / Foter / CC BY

Ninguém gosta de dar broncas no pet, mesmo quando ele fez algo de errado, não é mesmo? Infelizmente, as correções são necessárias para evitar que os maus comportamentos se repitam e que a harmonia reine na família.

Assim como uma criança, os animais devem ser ensinados sobre o que podem ou não fazer. Apesar disso, muitos tutores têm receio de corrigir o animal, por medo que ele acabe “desgostando” do dono. Se feita da maneira correta, as broncas não farão com que o seu bichinho fique magoado ou deixe de gostar de você. E, tratando-se de cães, em especial, é muito difícil que isso ocorra. Eles são verdadeiros apaixonados por seus donos.

Independentemente disso, a despersonalização vai ajudar o cão a entender o que é certo ou errado e a não ter atitudes agressivas com você. Mas, como? Por exemplo: quando você borrifa água na cara do pet sem olhar diretamente para ele, tem grandes chances dele associar a bronca ao ato ruim que cometeu. E não a você. Isso é a despersonalização.

Olhar nos olhos, apontar o dedo ou impedir o animal de fazer alguma coisa, pode soar a ele como “implicância pessoal”. O intuito da despersonalização é incentivar o bicho a não realizar o comportamento indesejado, mesmo quando você não estiver presente, e evitar a associação de coisas que o deixam desconfortável a você. Mais um exemplo de despersonificação da bronca é quando o animal está latindo constantemente. Sem que ele veja, derrube um molho de chave ou algo que chame a atenção. Nessa hora, é importante que você não esteja visível. Ele não saberá de onde veio, mas saberá que o alerta chegou de alguma forma.

Dicas de como despersonalizar a bronca:

As opções são diversas e você pode utilizar coisas que estão disponíveis em casa, tornando tudo muito mais fácil. Use objetos que causam desconforto quando o animal pisa ou faz xixi sobre eles, como, por exemplo, fita adesiva, fita dupla face, papel-alumínio ou filme de PVC.

Existem sprays repelentes para ambientes com gosto amargo, que podem ser borrifados nos objetos e impedirão o cachorro de roer ou morder os móveis, por causa do gosto desagradável.

O dono também pode prender algum objeto barulhento em um barbante e puxá-lo quando o cão estiver tendo alguma conduta inadequada – mas sem que ele associe claramente a ação à pessoa, ok? Continue com o que estava fazendo, sem olhar para o cão, pois, dessa maneira, ele achará que foi corrigido por “alguma entidade invisível” e evitará repetir o ato, mesmo quando você não estiver presente.

No caso de cães medrosos, devemos tomar cuidado para não assustá-los. Use objetos e técnicas que causem somente um pequeno desconforto, não um susto. É importante, nesses casos, contar com a ajuda de um profissional, para avaliar a conduta mais adequada.

Lembre-se de que o intuito das broncas não é magoar ou assustar o cão, mas sim ensiná-lo. Correções não farão com que ele perca o carinho por você, pelo contrário. Quando o cão encontra o líder da matilha (você, no caso), ele fica feliz e sabe perfeitamente qual é o seu papel.

Fonte: Livro Adestramento Inteligente, de Alexandre Rossi.

Entenda o conceito de matilha

matilha1O seu cachorro, apesar de ser um animal de estimação, ainda possui todos os instintos de sobrevivência, proteção e afeto que seus antepassados necessitaram para manter a espécie viva.

Ao compreender melhor como funciona uma matilha, você conhecerá mais profundamente os instintos e as atitudes do seu cão e, com isso, terá uma visão diferente sobre como ele deve ser treinado.

É importante reforçar que os valores caninos são diferentes dos humanos e, quanto mais conhecermos sobre eles, mais perceberemos quais são os erros que estamos cometendo ao educá-los.

Hierarquia

Todos os cães estabelecem hierarquias, sejam eles animais de estimação ou não. Por isso, não espere que o seu cão entenda que é você quem manda na casa, sem que você ganhe o respeito dele e assuma o seu lugar como líder da matilha. Para o seu cão, a sua família é a matilha à qual ele pertence, então, ele vai procurar entender a posição que ocupa entre os membros do grupo.

Dar amor e carinho, e esperar que o seu cão seja eternamente grato e faça tudo o que você quer é uma expectativa irreal. Mas também não é necessário que você use da violência ou brigue o tempo todo com ele, esperando que ele aprenda alguma coisa, pois o cão não precisa sentir medo para ter respeito.

Mesmo que goste muito das pessoas, se não houver regras e limites, o cão passará a decidir o que pode ou não pode fazer sozinho! Na realidade canina, o líder do grupo impõe respeito através de sinais e atitudes, por isso, os donos terão mais sucesso se fizerem o mesmo, buscando sempre ter coerência.

Dica

É muito importante que você procure elogiá-lo toda vez que ele se comportar e respeitar os limites que você estabeleceu. Assim, você dará a ele o prêmio de receber a sua atenção por ter obedecido e respeitado. O aprendizado e o treinamento serão cada vez mais prazerosos, tanto para você, quanto para o seu pet.

Fonte: livro Adestramento Inteligente, de Alexandre Rossi.

Poder do click

Photo credit: quinn.anya / Foter / CC BY-SA
Photo credit: quinn.anya / Foter / CC BY-SA

A técnica do clicker nada mais é do que uma forma rápida e simples de elogiar o seu cão. Se trata de um som distinto, que pode ser emitido com a boca, um apito ultrassônico, estalo de metal, entre outros.

Toda a vez que o seu cão escutar esse barulho, ele saberá que vai ser recompensado, seja com um petisco, um carinho do dono ou um brinquedo de que ele goste muito.

Essa técnica, se bem utilizada, ajuda o cão a entender o que o seu dono quer com mais clareza e, assim, o incentiva a reagir e a obedecer o comando com mais rapidez.

Como utilizar essa técnica?

O primeiro passo é condicionar o seu cão a reconhecer o barulho do click e relacioná-lo a uma recompensa. Repita a ação, fazendo o click e recompensando o animal logo em seguida. Não é preciso que ele tenha efetuado nenhum comportamento específico, pois é necessário que ele crie essa associação entre o som e o agrado, antes de começar a treiná-lo.

Você saberá que o seu cão fez essa associação quando clicar e ele, instantaneamente, procurar pela recompensa. Mas, fique atento! Conforme for se acostumando, o cão pode começar a ignorar o barulho. Isso acontece por que, no início, o cão estranha o som diferente e procura a origem dele, olhando para você ou para o clicker. É importante que você não desista, pois não demora muito para que o cão faça essa associação e volte a prestar atenção, dessa vez, realmente esperando por uma gratificação.

Depois que essa relação estiver fortalecida, você pode associar o som ao comando que você deseja que o seu cão realize. Por exemplo: você induz o cão a sentar, enquanto segura o petisco acima da cabeça dele. No momento em que ele encostar a traseira no chão, faça o barulho do clicker e, então, entregue a ele o petisco.

Cuidado para não estimular um comportamento que você não deseja em seu cão, pois ele tenderá a efetuá-los sempre que houve possibilidade de ganhar alguma coisa.

Recompensas

Depois que um comportamento foi aprendido e aperfeiçoado, não é necessário recompensar o cão todas as vezes que ele o realizar. Você pode começar a espaçar as vezes em que utiliza o clicker, por exemplo: peça ao cão para que ele sente, dê a pata e cumprimente, depois faça o barulho e, só então, dê o petisco ou carinho, e assim por diante.

Vantagens

• O som do clicker é é mais rápido do que dizer “muito bem!”
• Funciona à distância. É praticamente impossível dar um petisco na boca do seu cão no exato momento em que ele realiza o comportamento adequado. O clicker permite que não haja intervalo entre o comportamento do cão e a recompensa.

Informações retiradas do livro Adestramento Inteligente, de Alexandre Rossi.

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