Medo do veterinário: como agir?

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Photo credit: golbenge (골뱅이) / Foter / CC BY-SA

O seu cãozinho não pode nem pensar em ir no veterinário que já começa a se tremer todo de medo? Ele não é o único! Muitos cães têm medo do veterinário, do “homem de jaleco branco”. Mas, sabia que é possível mudar esse comportamento? Sim, com algumas dicas você conseguirá minimizar o sofrimento do seu pet.

O que fazer?

Primeiro, é preciso acostumar o cãozinho com o veterinário e a ser manejado durante as consultas. Na primeira visita dele, você pode tentar deixá-lo calmo, proporcionando momentos agradáveis. Ofereça carinhos e petiscos, e se possível, peça para que o veterinário participe da brincadeira. A massagem é uma excelente aliada do médico veterinário. Cães e gatos que estão acostumados a ter contato físico, ao serem apalpados, vão sentir que o exame que o veterinário está fazendo é parte de um exercício que eles já conhecem. Ensinar comandos para o pet pode fazer com que a consulta aconteça sem estresse. O “fingir de morto”, que é se deitar na posição lateral, é um comando de controle de ansiedade, mas que também pode ser usado para que o cachorro permaneça dessa forma sozinho, sem ter que ser forçado a se deitar, o que evita que ele fique com medo e até nervoso. Lembre-se: o importante é tentar deixar o animal o mais confortável possível e amigo do médico veterinário!

Dicas para introduzir um novo pet ao grupo

Já tem um pet em casa e deseja adotar um novo para fazer companhia para ele? Sim? Antes de mais nada, é preciso ficar atento ao comportamento e ao temperamento do seu cachorro. Será que ele se dará bem com o segundo? E a bagunça que ele causa, será que diminuirá com a presença de um amigo para brincar?
Muitos proprietários se enganam ao achar que alguns problemas comportamentais se resolverão com a presença de outro pet. Se as causas desse comportamento não forem resolvidas, é até provável que exista o risco de os problemas duplicarem.

Dicas para introduzir um novo pet

  • Os primeiros contatos devem ser feitos com total segurança, tanto para os cães, quanto para as pessoas envolvidas.Procure sempre um ambiente neutro e, de preferência, muito agradável para ambos. Por exemplo, uma praça.
  • Faça aproximações gradativas e crie associações positivas, ou seja, estimule as brincadeiras, ofereça um petisco especial quando estiverem próximos ou se observando.
  • Respeite os limites dos pets e fique atento a qualquer mudança de comportamento durante a aproximação.

Você também pode contar com o suporte de um profissional de comportamento animal para fazer essa apresentação.

Cuidados ao introduzir um novo membro à família

Photo credit: Claudio Gennari ..."Cogli l'attimo ferma il tempo" / Foter / CC BY
Photo credit: Claudio Gennari …”Cogli l’attimo ferma il tempo” / Foter / CC BY

Por Carlos Antoniolli, adestrador da equipe Cão Cidadão. 

O mais importante, quando pensamos em introduzir um novo membro à família, é ter controle sobre o cãozinho já existente, no que se refere à obediência, educação e liderança. Muitos proprietários se enganam ao achar que alguns problemas comportamentais (destruição de móveis, roupas, sapatos) irá se resolver adquirindo outro cãozinho. Se não forem identificadas as causas e resolverem esses comportamentos, correrá o risco de tê-los em dobro.

O mais seguro é formar casais. Com isso, a possibilidade de brigas é bem menor. Caso queira manter o mesmo sexo, é importante se atentar quanto aos cães com porte e temperamentos mais submissos. Caso já tenha um cão de grande porte, introduza um de médio porte e que seja de temperamento submisso. Importante também é não extrapolar as diferenças, ou seja, introduzir um Dog Alemão ou Rottweiler, cães que ultrapassam os 50 kg, em uma matilha composta por Yorkshire ou Maltês, pois uma pequena brincadeira poderá causar danos terríveis.

Os primeiros contatos devem ser feitos com total segurança, tanto para os cães, quanto para as pessoas envolvidas. Procure sempre um ambiente neutro e, de preferência, muito agradável para ambos. Por exemplo, uma praça. Faça aproximações gradativas e crie associações positivas, ou seja, estimule as brincadeiras, ofereça um petisco especial quando estiverem próximos ou se observando, e repreenda qualquer atitude de dominância ou agressividade.

Se tiverem controle sobre o cãozinho que já vive na casa, não terá problema em repreendê-lo, pois, normalmente, serão eles que tentarão se impor. Continue as associações positivas na casa, só ofereça agrados quando estiverem juntos – nunca deixe de dar carinho para um deles por razão do outro. É muito natural os cães sentirem ciúmes e cabe a nós interagirmos de forma a não estimularmos esse sentimento.

Utilize sempre o reforço positivo.

Fonte: Publicado no Portal Simba Lovers. 

Agressividade por medo

Photo credit: Eneas / Foter / CC BY
Photo credit: Eneas / Foter / CC BY

Por Carlos Antoniolli, adestrador da equipe Cão Cidadão.

Quando nos deparamos com casos de agressividade canina, o mais importante, inicialmente, é identificarmos os fatores estimulantes e o tipo de agressividade. Os animais podem demonstrar agressividade por dominância, por território e mais comumente por medo.

A agressividade por medo é causada normalmente por falha no processo de socialização, algum trauma psicológico, e não podemos deixar de considerar o histórico genético do indivíduo, pois, algumas raças possuem uma maior predisposição ao medo do que outras. Lembrando que o medo é um sentimento essencial para a sobrevivência e a evolução da espécie, ou seja, ao introduzirmos o cão ao nosso convívio, é de nossa responsabilidade criarmos boas associações para ele com nossas atividades rotineiras.

Um cão exposto ao medo recebe um estimulo fisiológico e o hormônio adrenalina é secretado na corrente sanguínea e, com o aumento do batimento cardíaco, há uma maior irrigação de sangue oxigenado nos tecidos musculares, proporcionando a ele as opções de fuga ou ataque. Normalmente os cães optam primeiramente pela fuga ou tentam evitar o contato com uma pessoa, por exemplo.

Caso tenham sucesso, eles irão permanecer ou repetirão esse comportamento, mas, infelizmente, não é o que mais ocorre, pois as pessoas, sem saber, ignoram os sinais corporais e acabam forçando a interação. Sem a opção de fuga, o cão ataca ou inicialmente começará a demonstrar sinais agressivos, como: rosnar, latir, ameaçar ao ataque e, finalmente, o atacar propriamente dito. Essa opção se torna muito eficaz para o cão, pois, na sua grande maioria, ele terá êxito e conseguirá afastar o agente amedrontador e esse comportamento será naturalmente recompensador e tenderá a repeti-lo.

Em um treino de dessensibilização, o mais importante é não permitir que o cão entre no estágio agressivo. Para isso, se faz necessário identificar a distância ideal entre o cão e o fator estimulante, que é logo abaixo do limiar estressante, ou seja, antes do disparo da adrenalina e a partir desse ponto, iniciar o treino com associações positivas. O cão deve perceber que toda vez que é exposto a uma pessoa, algo muito bom ocorre, por exemplo, ganhar um petisco. Conforme o cão for demonstrando relaxamento em relação ao agente agressor, gradativamente deverá reduzir a distância, assegurando para em não ultrapassar o limiar estressante.

Alguns animais começam apresentar agressividade por medo em decorrência de alguma alteração clínica. Nesse caso, é muito importante, antes de qualquer intervenção comportamental, uma avaliação médica veterinária.

O mais importante em treinos com cães agressivos, independentemente do tipo e grau de agressividade, é a segurança dos envolvidos (cães e humanos) e sempre deverá ser acompanhado e assessorado por um especialista comportamental canino.

Fonte: Publicado no Portal Simba Lovers.

Meu cachorro não gosta de passeio: o que faço?

Photo credit: skirtpr / Foter / CC BY
Photo credit: skirtpr / Foter / CC BY

Por Tarsis Ramão, adestradora da equipe Cão Cidadão.

Você pega a coleira e fala a palavrinha mágica? Passear, e seu peludo vem todo feliz para dar uma voltinha. Não? Bom, realmente esse não é o comportamento mais comum. A maioria dos cães simplesmente ama passear e, muitas vezes, as saídas são até conturbadas. Mas, o que fazer quando o cachorro não gosta de passeio?

Ensinando o passeio aos filhotes

Muitos donos ficam frustrados quando, finalmente depois de tomar todas as vacinas e ser liberado pelo veterinário, o cachorro não gosta de passeio. Agora, tenta se colocar no lugar do melhor amigo: colocam uma corda no pescoço dele e já saem puxando para um lugar cheio de barulho, coisas e pessoas estranhas. Não parece muito agradável, não é?

Por isso que o passeio deve começar muito antes de o pet poder ir para rua. Ajude-o a se acostumar com o que vem pela frente. Comece colocando a coleira de forma bem tranquila e agradável, associando a muito carinho e a um petisco bem gostoso. Repita isso várias vezes.

Simule também alguns passeios dentro de casa mesmo. Conduza sutilmente seu cãozinho, sem puxá-lo bruscamente, e o deixe andar espontaneamente para se acostumar com a coleira, mais uma vez associando a muitas coisas positivas.

Para os pequenos, também é muito importante apresentar o mundo o quanto antes. Mesmo antes de acabarem as vacinas, leve-o para passear no colo. Os primeiros meses dos cães são fundamentais para sociabilizá-los. Com o cérebro em formação, essa é a hora apresentarmos a eles o máximo de informação possível. Assim, quando puder dar as primeiras voltinhas, o pet já estará mais habituado a buzinas, estranhos e a outros cães, por exemplo, e não vai ?empacar? na porta de casa.

E os adultos?

Se você não preparou seu pet desde pequeno e agora mais velho o cachorro não gosta de passeio, calma! É possível ensinar, mesmo aos cães adultos, o prazer das caminhadas. Talvez dê um pouco mais de trabalho e exija mais paciência, mas as primeiras dicas usadas com filhotes também valem. Acostume-o aos poucos à coleira, passeie em casa e o atraia à rua com uma guloseima que ele adora.

Como já foi dito, seja paciente. Estimule-o a te seguir, mas sem forçá-lo. Deixe que ele se sinta à vontade para ir explorando o território. Ande alguns passos na sua rua, um quarteirão, e aumente o caminho e o tempo conforme você perceber que ele está confortável. Respeite sempre os limites do seu cão.

Se possível, convide um amigo que também tem um peludo para ajudar no treino. Muitas vezes, a presença de outro cãozinho estimula o mais tímido. Com muito carinho e dedicação, é possível tornar o passeio divertido e agradável para você e seu melhor amigo.

Fonte: Pet Center Marginal.

Como evitar a destruição de objetos

Photo credit: Mackenzie Black / Foter / CC BY
Photo credit: Mackenzie Black / Foter / CC BY

Por Malu Araújo é adestradora e consultora de comportamento da Cão Cidadão.

A lista é infinita, e esse comportamento não é só uma “reclamação” porque o dono saiu de casa e o deixou sozinho. O real motivo da destruição de objetos é a falta de atividade.

Na natureza, os cachorros gastariam a maior parte do tempo em busca de alimentos, abrigo, água etc. Se você pensar na vida dos humanos, não é muito diferente. Nós passamos um bom tempo do dia trabalhando, dirigindo, falando com pessoas, usando a internet, o telefone, lendo livros, enfim, nosso dia a dia é bem cheio. Quando o cachorro fica em casa e não tem o que fazer, ou melhor, não tem atividade monitorada, ele apronta mesmo. Na verdade, ele cria seus brinquedos e atividades escalando a pia, roubando roupas do varal etc.

Muitas pessoas devem estar justificando: “mas ele tem mais de 10 brinquedos, por que ele não brinca?”. Na verdade, alguns até brincam com esses brinquedos, mas, por pouco tempo, não o suficiente para se distrair e gastar a energia necessária. Outro motivo é que a maioria desses brinquedos é imóvel, não oferece uma disputa ou dificuldade. O que pode ajudar a deixá-los mais interessantes é fazer um rodízio entre eles: guardar alguns por uns dias e, depois, oferecer.

Então, por que a destruição de objetos?

Porque nós manuseamos essas coisas e elas têm o nosso cheiro. Mais uma dica é brincar com os brinquedos dele: pegar, jogar e mexer mesmo, para deixá-los um pouco mais com o cheiro do dono.

Outro fator muito importante é que eles gostam de desafio, gostam de se exercitar, por isso, subir na mesa é tão legal, ou abrir e revirar o lixo. Os brinquedos de enriquecimento ambiental são os mais indicados quando deixamos o nosso cão muito tempo sozinho. Hoje, existem diversas opções de brinquedos que liberam comida, mas também podemos criar em casa mesmo. A garrafa pet, com furinhos, é um bom exemplo.

Mas, seja brinquedo comprado ou com a utilização de recicláveis, sempre supervisione a brincadeira nos primeiros dias, para evitar que o cachorro quebre e engula partes do objeto. É importante essa supervisão, que além de garantir a segurança dele, o ato de estimulá-lo, de elogiar, e até ensinar como se brinca, vai fazer com que ele se lembre de você enquanto estiver usando os brinquedos, pois vocês passaram um tempo juntos.

Para completar, um bom passeio é indispensável. Cachorro cansado é mais comportado.

Fonte: PetShop Magazine.

Cães possessivos: entenda e aprenda a lidar

Photo credit: Megyarsh / Foter / CC BY
Photo credit: Megyarsh / Foter / CC BY

Por Tarsis Ramão, adestradora da equipe Cão Cidadão.

Quando está com aquele ossinho gostoso, um brinquedo novo, comendo a ração ou perto de você e alguém se aproxima, seu cãozinho parece uma fera? Alguns cães realmente podem ficar bravos, rosnar, ameaçar ou até mesmo atacar quando sentem que podem ser “roubados”.

Essa possessividade pode ter origem nos ancestrais do seu melhor amigo, que precisavam defender o alimento e território para sobreviver. Muitas vezes, ainda nas primeiras semanas de vida, observamos esse comportamento de alguns cãezinhos com seus irmãos e até com o dono.

Essa atitude pode se tornar cada vez mais frequente quando, diante do seu mau comportamento, ele é recompensado. Toda vez que ele rosna ou ameaça, e alguém se afasta, o peludo entende que sua estratégia está dando certo.

Como agir com cães possessivos

O ideal é tentar prevenir essa mania. Ao se aproximar do seu cachorro quando ele está com um osso ou brinquedo, por exemplo, jogue um pedaço de petisco bem gostoso, sem demonstrar qualquer interesse no que está com ele, antes que ele comece a esbravejar.

Isso, feito repetidas vezes, mostra ao seu amigo que sua aproximação é vantajosa, que ele ganha ao invés de perder, e que você não está tentando enganá-lo. Essa técnica também serve para cães adultos que têm o mesmo hábito. Pode ser mais demorado, mas o importante é que você nunca se aproveite do momento em que ele se distrai com o petisco, para tirar o que ele estava protegendo. Evite tirar à força objetos do seu cão, além de deixá-lo ainda mais desconfiado, piorando o problema, pode ser arriscado e acabar em uma mordida.

Quando o alvo de posse é o dono, também podemos fazer o mesmo exercício, associando a aproximação das outras pessoas com coisas bem gostosas. Sempre de forma gradativa, respeitando o limite em que o peludo começa a ficar irritado. Porque, se ele já estiver rosnando e ameaçando quem se aproxima, tentando te proteger e você ainda enche ele de comida e carinho, seu cãozinho vai entender que o mau humor pode ser um ótimo negócio.

Mas, importante: todos os casos que envolvem agressividade devem ser treinados com muito cuidado e segurança, para que ninguém se machuque. Se necessário, peça ajuda a um especialista em comportamento animal.

Fonte: Pet Center Marginal.

Dicas para cães que ficam sozinhos em casa

Photo credit: daoro / Foter / CC BY
Photo credit: daoro / Foter / CC BY

Por Malu Araújo, adestradora e consultora comportamental da equipe Cão Cidadão.

A jornada de trabalho atual é uma das maiores fontes de dúvidas dos proprietários de cachorros, principalmente em cidades grandes, onde o espaço que moramos é reduzido e os trajetos são longos, o que deixa os cães sozinhos em casa uma boa parte do tempo.

Os cães são animais de matilha, ou seja, estão acostumados a conviver em grupo e, quando são deixados por muito tempo sozinhos, tendem a desenvolver problemas de comportamento, como latidos em excesso, destruição de móveis e objetos, falta de apetite, entre outros. Mas, é possível, sim, que mesmo com a rotina agitada dos donos, os cachorros tenham qualidade de vida.

Ficar sozinho, sem companhia durante muito tempo, é chato para qualquer um. Ninguém gosta, inclusive os cães. Então, nesse período, devemos propor atividades para eles ocuparem boa parte do dia.

Dicas para cães que ficam sozinhos em casa

Enriquecer o ambiente é a principal maneira de entretê-los. A ração é uma ferramenta ótima para deixar os cachorros ocupados: em vez de colocar a comida no pote, que além de não estimulá-los, a maioria come tão rápido que nem mastiga direito, coloque a ração em alguns brinquedos que dispensam o alimento aos poucos. Isso vai fazer com que eles demorem mais tempo para se alimentar, ocupando boa parte do dia.

Um brinquedo que pode ser feito com facilidade é uma garrafa pet. Faça alguns furinhos na garrafa e coloque ração. Os furos devem ser um pouco maiores do que o grão da ração, mas não tão grandes para que caia tudo de uma vez. O cachorro vai perseguir a garrafa, fazendo atividades físicas e mentais.

Algumas frutas e legumes também podem ser uma opção. Ofereça uma cenoura para ele, mas não a corte em pedaços pequenos, deixe que o cão trabalhe com ela! Lembre-se de conversar com o veterinário, para saber quais frutas e legumes podem ou não ser oferecidos.

Existem várias opções de brinquedos interativos no mercado pet, e eles são ótimos para deixar o cachorro ocupado e estimulado. Ossinho também pode ser uma boa opção de enriquecimento ambiental.

Programe-se também para fazer um passeio antes de deixá-lo por um longo período sozinho. Quando não houver possibilidade, consulte deixá-lo em um daycare.

Fonte: PetShop Magazine.

Como adaptar o cão à caminha?

Photo credit: NickiMM / Foter / CC BY
Photo credit: NickiMM / Foter / CC BY

Por Malu Araújo, adestradora e consultora comportamental da equipe Cão Cidadão.

É muito comum o dono comprar uma caminha ou uma casinha nova, e o cachorro não usar. Mas, mesmo que ele não tenha ainda o costume, é possível adaptar o cão à caminha dele e fazer com que ele goste de ter um cantinho dele!

Assim como nós, os cães gostam de estar confortáveis quando vão descansar, por isso, o sofá e a cama são tão convidativos. Na hora de escolher uma caminha, prefira uma macia e com um tecido agradável, ou coloque um cobertor ou paninho bem gostoso na casinha. Ela também deve ficar em um ambiente adequado, onde não tenha umidade, e que seja protegido do excesso de sol e chuva.

Quando a caminha é muito nova, ela tem um cheiro desconhecido e alguns cães podem não usá-la por esse motivo. Então, colocar uma camiseta velha do dono ou algum paninho que o cachorro já esteja acostumado a usar pode ser um incentivo para essa adaptação.

No começo, também é possível estimular o cão para que ele vá até a caminha, jogando um pedacinho de petisco. Quando o cachorro estiver nela, elogie e faça carinho. Com isso, ele terá uma associação positiva com esse espaço.

Mas, se o cachorro dorme com você na cama, e agora você quer estimulá-lo a ficar na própria caminha, não faça esse treino à noite, antes de dormir. Deixe a cama na sala por alguns dias e incentive que o cachorro fique lá. Depois, você a leva para o quarto e, quando ele subir na cama, o coloque novamente na caminha. Com algumas repetições, ele entenderá que deve permanecer lá e o processo será mais rápido, porque ele já estará acostumado a usá-la.

Lembre-se de elogiar e dar atenção quando o cãozinho estiver na caminha: comportamentos que são estimulados se repetem e sempre são mais agradáveis.

Fonte: Meu Amigo Pet.

Compulsão em pets: o que é preciso saber?

Photo credit: Matt Salas / Foter / CC BY
Photo credit: Matt Salas / Foter / CC BY

Por Cássia Rabelo Cardoso dos Santos, adestradora e consultora comportamental da equipe Cão Cidadão. 

Assim como ocorre com os seres humanos, os pets também podem apresentar comportamentos obsessivos. A chamada compulsão se caracteriza por comportamentos repetitivos, sem motivo aparente e não vantajosos, que podem, inclusive, levar o animal de estimação a se ferir.

Alguns exemplos comuns, que costumam ser relatados pelos donos: o cão que se lambe excessivamente até ferir partes do corpo, como as patas, rabo, dorso; gato que arranca tufos do próprio pelo; o papagaio que arranca as penas; o cão que persegue o próprio rabo ou a própria sombra.

Mas, como saber se determinado comportamento do amigo de estimação consiste, efetivamente, em compulsão?

Diagnóstico

Caso haja a desconfiança de que o pet está apresentando algum comportamento repetitivo, antes de qualquer coisa, é preciso buscar ajuda de um médico veterinário de confiança. Esse profissional fará toda a avaliação necessária, para descartar alguma doença clínica, como possível deflagrador do comportamento. Por exemplo: um cão que começa a lamber as patas excessivamente pode estar apresentando algum problema dermatológico, que o leva a agir assim. Caso seja constatada alguma causa clínica para o comportamento, é necessário que ela seja devidamente tratada.

Mas, caso os exames clínicos descartem qualquer sinal de doença ou problema de saúde, aí sim é necessário consultar um especialista em comportamento animal, para que sejam tomadas as medidas necessárias para a modificação comportamental. Lembrando que, para os comportamentos compulsivos, há uma predisposição genética herdada, geralmente em razão de desequilíbrio químico de neurotransmissores do cérebro. Esse fator pode levar à necessidade de utilização de medicação, a ser prescrita pelo médico veterinário.

O que fazer?

Muitas vezes, a “mania” surge apenas por falta de atividades para um cão bastante ativo, estresse gerado pelo ambiente onde ele vive ou mudança brusca na rotina. Aliás, o estresse é um dos principais deflagradores de comportamentos compulsivos.

Assim, uma das medidas é promover enriquecimento ambiental para o pet, ou seja, proporcionar atividades que ele possa se entreter bastante e que sejam adequadas às necessidades da espécie. Exemplo: cães são animais sociais, precisam de convívio com outros cães e com os humanos; gatos são caçadores por natureza e precisam dar vazão a esse comportamento.

Nesse sentido, é também importante dar ao animal de estimação oportunidade para extravasar sua energia com atividades físicas, como longos passeios diários aos cães ou criar ambientes em que os felinos possam escalar e “caçar” sua comida. Pode-se, também, direcionar o comportamento compulsivo de cães para objetos determinados, como ossos recreativos e brinquedos que liberam comida.

O ambiente e relacionamento do cão e gato com o dono também devem ser avaliados, para verificar se estão adequados para a espécie. Cães muito ligados ao dono podem ficar bastante ansiosos ao serem deixados confinados por longos períodos de tempo, e esse fato pode deflagrar comportamentos compulsivos. Gatos submetidos a mudanças drásticas no ambiente em que vivem podem ficar bastante ansiosos e incomodados.

Assim, sempre observar o pet e proporcionar a ele as condições necessárias para seu bem-estar. São medidas que ajudarão a evitar e combater comportamentos compulsivos.

Fonte: The Pet News.

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