Necessidades fora do lugar

dicas_interna-xixiPor Thalita Galizia, adestradora e franqueada da Cão Cidadão

É sempre uma alegria a chegada de um cãozinho em nossa casa. Um problema muito comum que vem acompanhado do novo amigo são as necessidades fora do lugar. Alguns tutores, principalmente os de primeira viagem, ficam perdidos sem saberem por onde começar.

Devemos ter muita paciência, pois nossos bichinhos não sabem qual é o local correto de fazer suas necessidades. Cabe a nós termos muita paciência e amor para ensinarmos a eles.

É importante ter como primeiro passo a ideia de nunca dar bronca, caso o seu amigo erre. Além de atrapalhar, o cão pode entender que o ato de fazer xixi e cocô é errado, então, passará a fazer em locais escondidos. A atitude correta, nessas horas, é ignorar o cão e esperar ele sair do local para só depois limpá-lo.

É importante também escolher um local com pouco trânsito de pessoas e longe de onde o pet dorme e se alimenta. No começo, se você tiver tapetes por sua casa, o ideal é retirá-los, pois os cães gostam de fazer xixi em superfícies absorventes. Até que o peludo aprenda a fazer suas necessidades no local correto, é melhor não deixar que ela tenha acesso aos tapetes da casa.

Por outro lado, no local onde você quer que ele faça as necessidades, coloque coisas que absorvam, como jornais, tapetes higiênicos ou até graminhas. Os cães normalmente fazem suas necessidades quando acordam, depois que comem e após as brincadeiras. Sabendo disso, fica mais fácil pegarmos nossos amiguinhos e levarmos até o local correto para ensinarmos.

Tenha sempre um petisco gostoso quando for realizar este treino, assim, logo que o cão acertar você pode recompensá-lo com petiscos, carinhos e elogios, fazendo uma associação positiva. Nos momentos em que não estiver em casa, limite o acesso do cão a outros cômodos para evitar que ele faça as necessidades fora do local. Deixe-o em um ambiente confortável: de um lado o banheirinho e do outro sua comida, água e caminha.

Outra dica para ter um treino eficiente é deixar tapetes higiênicos espalhados pela casa sempre que quiser permitir o acesso do amigo a outros cômodos. Dessa forma, você ajuda seu cão a acertar cada vez mais e, a medida que ele for acertando, você pode recolher estes tapetes de forma gradual.

É natural que durante os treinos ocorram alguns erros, mas devemos sempre ter muita paciência e persistir, pois, aos poucos, seu cão vai errar cada vez menos.

A importância da massagem no pet

dicas_interna-massagem-no-petPor Sheila Leme, adestradora e franqueada da Cão Cidadão

Quem não gosta de uma massagem? Ela relaxa, libera serotonina e endorfina. A serotonina atua como um mediador para acalmar o corpo, enquanto a endorfina atua como um estimulador de prazer para o cérebro.

A massagem também ajuda na circulação, proporcionando uma melhor oxigenação sanguínea, além da relação de afeto que ocorrerá entre vocês nestes momentos. Outro ponto bacana, é que com essa atividade é possível descobrir probleminhas com seu pet, como verificar se ele tem parasitas, algum problema de pele, nódulos, alguma região do corpo mais sensível e com dor. A massagem pode e deve servir como um método de identificar qualquer alteração nele e, consequentemente, evitar que piore qualquer coisa que aparecer.

Além de tudo isso, a massagem ainda ajuda nas visitas ao veterinário, pois o pet já vai se acostumando a ser manipulado. Sendo assim, ele vai ficar mais tranquilo quando o veterinário for investigar o corpinho dele, afinal, já estará mais acostumado a ser manipulado.

Você pode associar a massagem com petisco no começo do treinamento, para ele ir se acostumando, mas também vale conversar com ele, agradá-lo e deixá-lo mais relaxado.

Em um lugar calmo e tranquilo comece a fazer carinho no corpinho dele. Pegue nas orelhinhas, patinhas, rabinho, pescocinho, barriguinha, nas costinhas e, aos poucos, ele vai ficando mais relaxado. Com o tempo você pode intensificar e apalpar ele com uma massagem bem gostosa, mas cuidado para não apertar demais e machucar o amigo.

Fazendo massagem no seu pet a interação entre vocês dois vai melhorar bastante, porque é um momento de vocês, único, agradável e relaxante. Depois da massagem ele vai poder dormir mais tranquilo e você também, pois você vai conhecer melhor seu amigo e vai ficar tranquilo por estar acompanhando a saúde e o bem-estar dele de uma maneira diferente.

E aí, que tal uma massagem?

O que fazer com cães que têm medo de tosa e banho?

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Por Tiago Cardoso, adestrador e franqueado da Cão Cidadão.

A higiene com nossos cãezinhos é muito importante e vai além de deixar o peludo cheiroso e com os pelos bonitos. O banho e a tosa são importantes para diminuir a sensação de calor nos dias quentes, manter as unhas no tamanho adequado e ajudar a preservar o pet livre do acúmulo de sujeira, o que, consequentemente, inibe a proliferação de bactérias e parasitas que podem prejudicar a saúde do nosso fiel amigo.

Apesar da importância desses cuidados, devemos ter em mente que ser tosado e tomar banho não são atividades naturais para os cães. Sendo assim, é compreensível que alguns queiram fugir, evitar ou confrontar esses momentos. E o que leva os cachorros a ter tais comportamentos é o medo. Isso mesmo, medo!

O medo pode ser causado por vários motivos. Alguns cães são desconfiados por natureza e se assustam mais facilmente. Cães com esse temperamento, muito provavelmente ficarão desconfortáveis com a altura da mesa e da banheira do pet shop, com os barulhos dos sopradores, dos secadores e das máquinas de tosa, e com as pessoas estranhas os manipulando.

Muitos cães se assustam com o que é novo, por isso, a apresentação do ambiente e dos materiais utilizados deve ser realizada de maneira gentil e cuidadosa, a fim de deixar uma primeira impressão boa e sem traumas.

Cães que não tiveram boas experiências na hora do banho e da tosa ou que associaram o pet shop a algo ruim poderão vir a ter medo. Aquele cão que só vai ao pet shop para tomar vacina, possivelmente, não vai gostar de tomar banho e ser tosado em um local que te traga lembrança ruim.

Treino

Caso 1 – cão que nunca foi ao pet shop

Se o seu cãozinho é filhote e nunca foi ao pet shop, apresente o local e os instrumentos utilizados de maneira gradual, cuidadosa e positiva.

Comece o treino em casa, pois o pet estará em um ambiente conhecido e se manterá mais calmo e relaxado. Faça uma massagem no cão, como se ele estivesse sendo ensaboado, e ofereça uma guloseima que ele goste. Depois, tente acostumá-lo ao toque da toalha, ao movimento de secar, ao secador, à máquina de tosa e assim por diante.

Todo o processo deve ser realizado com calma e associando cada elemento do banho e da tosa a algo agradável (petiscos, brinquedos, brincadeiras etc).

Associe o pet shop a algo positivo. Não deixe para ir ao local somente quando tem que dar banho, tosar ou vacinar o cão. Leve-o para passear ao pet shop e compre um brinquedo, um ossinho, um petisco ou simplesmente leve-o até lá e solicite às pessoas que trabalham no local que façam carinho no seu peludo. Assim, seu animalzinho vai se acostumando com o pet shop e terá experiências agradáveis lá.

Caso 2 – cão que já foi ao pet shop e não gostou

Se o seu cão já não gosta do banho e/ou tosa, o primeiro passo é identificar o que deixa ele desconfortável. Por exemplo, alguns não gostam que segure suas patas e, consequentemente, não gostam de cortar as unhas. Outros, associaram algum instrumento a algo negativo, como cães que tiveram suas unhas cortadas e sangraram. Estes, às vezes, se sentem desconfortáveis só de ver a tesoura.

Em ambos os casos será necessário realizar a dessensibilização, ou seja, diminuir ou retirar a sensibilidade daquilo que causa desconforto ao animal. No caso das patas, podemos começar tocando-as levemente, enquanto recompensamos com um petisco que o cão goste. Conforme ele for sentindo-se confortável nesse estágio, passamos para os próximos, que seriam toques mais demorados ou longos, pressionar sutilmente as patas, depois com um pouco mais de força e assim ir evoluindo.

Em relação aos materiais, como tesoura, máquinas de tosa, secadores e outros, o treino segue a mesma lógica, um passo de cada vez. Por exemplo, mostre o secador desligado ao cão e associe a algo bom, como um petisco ou uma brincadeira. Depois, ligue e desligue em seguida, mas mantenha certa distância. Depois, ligue e vá aproximando gradativamente. Direcione o vento para o cão e em seguida desligue. Direcione o vento por mais tempo e desligue. Aproxime o secador ligado e com vento direcionado para o cão e assim por diante, sempre recompensando e respeitando seu tempo. Não tenha pressa e, se for necessário, retroceda o treino.

Tudo o que é previsível e faz parte da rotina do cão vai deixá-lo mais tranquilo, possibilitando mudar as reações de medo para reações positivas. Assim, melhoramos a situação para todos: você, seu bichinho e para os funcionários do pet shop.

Bons treinos!

Como treinar o cão para ele não pular nas visitas?

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Por Thalita Galizia, adestradora e franqueada da Cão Cidadão

Os cães são animais muito sociáveis com os seres humanos, e uma forma de eles conseguirem atenção e inteiração é pulando.

Sem querer, os tutores acabam encorajando os pulos, principalmente se o cão é um filhote, pois acabam dando atenção e pegando no colo, reforçando ainda mais esse comportamento. Como o cão teve a recompensa que estava procurando, passa então a repetir a atitude, aumentando a frequência sempre que desejar interagir.

O melhor a se fazer é treiná-lo para que ele não pule desde pequeno, pois se for um cão que no futuro terá um tamanho de médio a grande porte, os pulos podem causar um acidente e até derrubar uma pessoa, por exemplo.

Para treinarmos nossos amigos de quatro patas desde filhotes, podemos ensinar o comando “Senta” e, toda vez que chegarmos em casa, seguramos o petisco na mão e pedimos que ele sente, assim que o fizer, recompensamos com um pedaço do petisco e podemos fazer carinho.

Com o tempo, o cão passará a entender que para ganhar atenção ele precisa estar calmo e sentado, assim, toda vez que ele quiser interagir, sentará e aguardará.

Outra maneira de ensinarmos que nossos amigos não ganharão atenção pulando em nós é ignorando (desviando do mesmo ou virando as costas). A tendência é que ele se canse e pare de pular. Só após, poderemos interagir e dar carinho, mostrando que o comportamento de pular é errado e que ele só conseguirá interação se mantendo calmo e com as quatro patas no chão.

Lembre-se sempre de ter muita paciência e ensiná-lo com bastante carinho, assim, os treinos ficarão divertidos para você e para seu melhor amigo, e ele passará a se comunicar cada vez melhor.

Caso precise de ajuda, procure um adestrador profissional.

Hotel para animais

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Por Cibele Tolaini, adestradora e franqueada da Cão Cidadão

Na hora de viajar, muitas vezes surge a grande questão de escolher onde deixar o cãozinho. Pois bem, essa realmente não é uma tarefa fácil, mas hoje em dia existem hotéis maravilhosos que proporcionam uma experiência incrível para o cão, mas devemos tomar alguns cuidados antes de decidir qual hotel deixá-lo.

É sempre importante buscar por referências, de preferência de pessoas conhecidas que indiquem o local, depois fazer uma visita, conhecer as regras, a rotina e a segurança do local.

Após a decisão ser tomada, entra um novo passo importante, familiarizar o cão com o local. É muito importante o cão conhecer o lugar antes de ser deixado lá definitivamente. Alguns hotéis oferecem um serviço de Day Care, ou seja, o cão pode passar o dia todo brincando e conhecendo tudo, e ao final do dia voltar para casa.

Essa opção é ótima para avaliarmos a sensibilidade do cão a esses momentos longe dos donos e do ambiente familiar.

Outros pontos importantes são as regras com relação a brinquedos. Podemos deixar alguns de casa lá? É legal avaliar, pois o cão já está habituado com eles. Também é superimportante deixar uma peça de roupa usada por nós, para que ele sinta nosso cheiro na hora de dormir, isso pode deixá-lo mais tranqüilo.

Outra dica é verificar a ração que o hotel costuma fornecer, se for diferente da oferecida em casa, deve levar a dele para o local para evitar uma dor de barriga, afinal, o cãozinho já esta sofrendo o “estresse” de mudança de ambiente, mudar a alimentação assim bruscamente nunca é indicado.

Sempre leve o cão com todas as vacinas, vermífugo e antipulgas em dia, isso costuma ser uma regra dos hotéis.

Necessidades só na rua

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Por Sheila Leme, adestradora e franqueada da Cão Cidadão

Você quer que seu amigo faça as necessidades só na rua? Será que isso é bom para ele? Será que vai ser bom para você?

Bom, se seu amiguinho só faz as necessidades na rua, isso é ótimo, pois você só tem que recolher as fezes e jogar em um lixo próximo. A urina, a chuva lava e sua casa continua limpinha (ebaaa!).

Mas e quando São Pedro resolve lavar a rua que seu amigo faz xixi? Ele vai ficar segurando as necessidades até você sair com ele? E se a chuva demorar?

O primeiro ponto a ser analisado é você pensar o que é rápido e o que é demorado. Pode levar uma hora (isso é rápido) ou podem levar seis horas (isso é demorado). Veja quais devem ser os seus questionamentos nesse momento:

1. Quantas horas meu amigo esta me esperando para fazer as necessidades? E se eu chegar em casa e estiver chovendo, ainda vou ter que esperar mais uma, duas, seis horas para levar ele passear? E se a chuva não passar?

2. Não parou de chover! Será que terei que levar ele na chuva mesmo? E se ele se molhar, depois terei que secá-lo? E se eu estiver muito cansado para sair?

Você deve estar imaginando agora: “nossa, quanta pergunta”. Mas é justamente nessa hora que temos que pensar que quando ensinamos nosso amigo a só fazer as necessidades na rua, e nunca em casa, isso pode gerar um grande problema, inclusive de saúde.

Ensinar seu amigo a segurar por muitas horas as necessidades pode causar problemas de saúde para ele, como infecção de urina. O melhor é ensiná-lo a fazer xixi e cocô na rua e em casa, assim, você poderá ficar tranquilo quando algo acontecer e te impedir de sair, e a saúde do seu amigo ficará segura também.

Acredite, tem amigos que seguram as necessidades por dias e isso é péssimo para ele, causa desconforto, dor e depois aparecem as doenças.

Você já segurou muito tempo para ir no banheiro? Não é horrível?

Então, vamos pensar no bem-estar dos nossos amigos! Fazer as necessidades na rua pode ser bom, mas se nós assegurarmos o bem-estar deles, ensinando-os a se aliviarem em casa também, será melhor ainda.

Além do mais, o passeio vai ser mais agradável para o pet, pois ele deixará de sair desesperado à procura da primeira arvore, poste, cone etc.

O bem-estar dos nossos amigos é o nosso também, já que eles fazem parte da nossa família.

Necessidades no local correto

dicas_interna-xixi-no-lugar-certoPor Tiago Cardoso, adestrador franqueado da Cão Cidadão.

Um problema bem comum, quando trazemos um cãozinho para morar na nossa casa, são as necessidades no lugar errado. Para resolver esse problema é necessário tomarmos alguns cuidados e ajudar o animalzinho a acertar.

Por onde começar?

A primeira coisa que devemos ter em mente é que o bichinho não sabe onde deve fazer as suas necessidades e cabe a nós ensiná-lo, com muio amor e paciência.

Escolha um ambiente tranquilo, sem trânsito de pessoas e que seja afastado de onde ele dorme e come. Cães preferem fazer suas necessidades em superfícies absorventes, portanto, até que o peludo aprenda a fazer no local correto, é legal não deixar o cãozinho ter acesso aos tapetes da casa. Por outro lado, devemos proporcionar locais com essas características como, por exemplo, tapetes higiênicos, jornal e graminhas.

Cães costumam fazer suas necessidades quando acordam, depois que comem e após as brincadeiras. Sabendo disso, devemos aproveitar esses horários para levar o amigão ao banheirinho e treiná-lo. Nada de deixar comida à vontade, o cãozinho deve ter horários para se alimentar, pois isso vai auxiliar no treinamento.

Quando não estiver em casa, não deixe o cão com acesso a todos os cômodos. Deixe-o confinado em um espaço onde de um lado esteja a caminha, água e o pote de comida e do outro o banheirinho. Assim evitamos que o peludo faça as necessidades em locais impróprios.

Sempre que o cachorrinho acertar, recompense-o elogiando, fazendo uma festinha e oferecendo um petisco ou algo que ele goste muito. Se ele errar, ignore e não dê bronca. A bronca atrapalhará o treino, pois o cão pode entender que fazer xixi ou cocô é errado. Além de não fazer mais as necessidades na sua frente, ele pode passar a fazer escondido.

Cães tem o faro muito aguçado e se deixarmos o cheiro de urina ou fezes no local que ele fez errado, ele poderá voltar a esse mesmo lugar. Sendo assim, depois de limpar, podemos aplicar um produto enzimático, a fim de retirar totalmente o cheiro.

Mesmo com treinamento, é natural que o cachorrinho erre muitas vezes até aprender. Tenha paciência e persista. Com tempo, os erros diminuirão.

Bons treinos!

Dessensibilizando medos

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Por Thalita Galizia, adestradora franqueada da Cão Cidadão

Seu cãozinho tem medo de barulhos, como, por exemplo, fogos, trovões, secador de cabelo e aspirador de pó? Ou, então, medo de algumas situações, como ir ao pet shop tomar banho, se consultar com o veterinário ou andar de carro?

É possível ensinar a ele que não precisa ter medo. Com a dessensibilização conseguimos contornar a situação e deixarmos nossos peludos mais calmos.

Vamos começar com barulhos altos: podemos pegar na internet sons de trovões e fogos de artifícios, gravar e iniciar o treinamento.

A apresentação desses sons deve ser feita de forma gradativa para evitar sustos ao cão, portanto, comece com o som bem baixinho. Quando o mesmo começar a tocar, vá recompensando o pet na mesma hora e lembre-se que a recompensa é algo que vá deixar seu animal bem focado. Pode ser petiscos ou um brinquedo, assim ficará mais fácil associar uma coisa gostosa a um som que incomoda.

Aos poucos vá aumentando o som, porém, se você ver que o pet está incomodado, retroceda o treino, abaixe o volume e vá aumentando novamente a medida que ele se sentir confortável.

Esse treino vale também para o aspirador de pó e secador. Comece ligando os aparelhos em outro cômodo, de forma que o som fique um pouco abafado. Neste momento, recompense o cão e aproxime ele, aos poucos, ao som até que ele perca totalmente o medo.

No caso de situações como medo de carros, podemos levar o cão até o carro, se ele se sentir confortável perto do veículo, vá recompensando-o, mas se notar um desconforto, se afaste e vá gradualmente se aproximando até que seu cão fique confortável com a situação novamente. Depois, abra a porta do carro e deixe seu cão entrar e sair no tempo dele, lembrando sempre de recompensá-lo quando perceber que o animal está confortável com o veículo. Após, ligue o carro e deixe que o amigo se acostume com o barulho e movimento que o automóvel faz.

Comece a dar voltas pequenas no quarteirão e, aos poucos, vá aumentando o trajeto e mudando os percursos, sempre recompensando o animal.

Outra observação muito importante: verifique se o seu melhor amigo está seguro no carro, seja com um cinto de segurança próprio para cães ou em uma caixa de transporte bem presa ao banco.

Os medos de veterinário e pet shop também podem ser contornados com o treino de dessensibilização.

Se o cão tem apenas um desconforto em relação ao local, podemos levá-lo repetidas vezes lá e sempre associar essas visitas com uma recompensa gostosa. Com a repetição, aos poucos ele acostumará e não terá mais problemas.

Se o caso for mais grave, o treino deverá ser feito com mais cautela e com muita paciência.

Comece a fazer atividades que o cão goste perto do local onde fica o pet shop, mas, lembre-se: o treino precisa ser gradativo, fique a uma distância que o cão não fique apreensivo e nem inseguro e comece a recompensá-lo. À medida que seu cão se mostrar relaxado, comece a se aproximar do local até que você consiga ficar dentro do pet shop com seu amigo calmo e tranquilo.

A importância do comando “Fica”

dicas_interna-ficaPor Cibele Tolaini, adestradora franqueada da Cão Cidadão

O “Fica” é um comando extremamente importante e que pode ser utilizado em vários momentos, podemos utilizá-lo no passeio, para que o cão sente e fique enquanto um semáforo está fechado, por exemplo, evitando assim algum acidente.

Enquanto estamos arrumando o cantinho dele também é legal que ele consiga ficar esperando, principalmente se precisamos utilizar água, para não virar aquela bagunça. Podemos também utilizar o comando para abrir o portão e receber o carteiro sem que o cão saia correndo para pular e pegar todas as cartas, e até mesmo para evitar que ele fuja caso a gente precise abrir a porta.

O comando “Fica” exige muita paciência, tanto do bichinho, como dos tutores. É importante que o cão já saiba sentar e deitar para assimilar mais facilmente esse treino: colocamos ele sentado e falamos “Fica”, se ele ficar sem se mexer, recompensamos e vamos aumentando a dificuldade gradativamente, primeiro aumentamos o tempo de permanecia, depois começamos a dar um passo, dois, três e assim por diante ate que o cão já esteja craque e você consiga sair do campo de visão dele e ficar alguns minutos sem que ele te veja.

Como já foi dito, é um comando que exige paciência e tempo, não force demais, caso o cão esteja errando muito, talvez estejamos exigindo demais dele e ele não esteja pronto ainda para tanta distência ou tempo, regrida o treino se necessário.

É importante ressaltar que mesmo que ele saiba bem o comando, quando formos abrir a porta ou portão devemos tomar cuidado para que ele não escape e durante o passeio a guia é extremamente importante para evitarmos qualquer acidente.

Como treinar o cão para dar remédios?

dicas-interna-cachorro-remedioPor Cibele Tolaini, adestradora e franqueada da Cão Cidadão

A tarefa de dar algum remédio para os bichinhos normalmente é bem complicada, mas uma dica interessante é que em vez de esperarmos o cão precisar tomar remédio para nos preocuparmos com isso, podemos começar desde cedo a treiná-lo para aceitar isso sem estresse.

Para remédios líquidos, devemos utilizar uma seringa, enquanto estiver em treinamento podemos colocar algum líquido mais saboroso como uma água de coco, por exemplo, podemos passar um patê próprio para cães na ponta e oferecer ao cão e, aos poucos, ir liberando o líquido.

No caso de comprimido, podemos colocá-lo dentro de algo gostoso para oferecer para o cão, mas temos que lembrar que às vezes ele pode ficar sem apetite quando doente, então, é importante treinarmos ele para aceitar que a gente abra sua boca e coloque o comprimido, sem que ele fique irritado.

Isso deve ser sempre associado com algo positivo enquanto treino, então, nesse começo, devemos utilizar o petisco como se fosse um comprimido. Caso ele fique muito nervoso, não devemos forçá-lo, deixe para tentar em outro momento.

O importante dos treinos é que haja repetição até que o cão esteja totalmente confortável com os procedimentos.
Caso ele se mostre muito agressivo ou resistente ao treino é importante pedir auxílio a um profissional.

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