Animais podem entrar em depressão?

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A depressão em animais é assunto de muitos estudos e, até hoje, não se chegou a uma conclusão se os bichos podem ou não passar por esse problema. Eles podem ficar apáticos e até um pouco tristes quando vivem em um ambiente não muito agradável para eles.

“Muitas vezes, não ter as suas necessidades atendidas como espécie pode fazer com que alguns animais desenvolvam ansiedade ou fiquem entediados e, assim, eles apresentam alguns comportamentos que podem ser confundidos com os sintomas da depressão”, explica Fabio Antonio, adestrador e membro do Grupo de Estudos Científicos da Cão Cidadão.

Mudança de comportamento

O especialista explica que algumas pessoas também confundem e interpretam um animal muito quieto como deprimido, mas, na maioria das vezes, pode haver algum problema de saúde envolvido. Por isso, é importante levar o pet ao veterinário sempre que notar alguma mudança de comportamento.

A apatia pode ser provocada por diversos motivos, entre eles, a falta de um ambiente saudável e próprio para o pet. Os animais precisam ter as suas necessidades atendidas para manter a saúde física e, principalmente, a mental em dia. “O ambiente é fundamental para o bem-estar do pet, e precisa trazer atividades e desafios diários”, comenta Fabio.

O adestrador informa ainda que cada espécie demanda uma atenção diferenciada. “Não podemos esperar que um gato se sinta bem em um ambiente preparado para um cão ou que um roedor fique tranquilo em um local pensado para gatos”, adverte. “Isso pode gerar uma ansiedade excessiva, além de problemas comportamentais decorrentes do estresse crônico, como agressividade, latidos em excesso, medos e fobias”, completa.

Outro motivo que pode gerar a apatia é a solidão. Animais, como os cães, são “programados” para viverem em grupo e, quando passam muito tempo sozinhos, podem desenvolver problemas comportamentais, físicos e psicológicos simplesmente porque a solidão não é um comportamento natural da espécie.

Como agir

O melhor tratamento para a apatia é a prevenção. “Habituar o pet desde filhote às situações que ele vai passar durante a sua vida é fundamental”, indica Fabio. “Eles precisam aprender a ficarem sozinhos aos poucos, o ambiente precisa ser rico em atividades e é necessário que os cães tenham passeios diários. No caso dos gatos, o seu espaço deve ser respeitado. Eles devem ter a opção de se esconderem em tocas quando quiserem ou de interagir com algum brinquedo que estimule a caça.”

Uma boa dica também é a castração. “Do ponto de vista comportamental, a castração geralmente traz mais benefícios para os cães machos e, no caso dos gatos, para ambos os sexos”, informa o adestrador. “O procedimento ajuda a reduzir a ansiedade no caso dos machos, evitando problemas comportamentais. Para as cadelinhas, pelo que se sabe hoje, a castração traz benefícios para a saúde, ajudando a prevenir problemas, como a infecção de útero.”

O importante é manter o bem-estar do seu amigão em dia, atendendo as suas necessidades e oferecendo atividades que o estimulem.

Gostou desta dica? Se quiser saber mais sobre como adestrar o seu cão, ou contratar um de nossos profissionais, entre em contato com a Central de Atendimento da Cão Cidadão, pelos telefones: 11 3571.8138 (São Paulo) e 11 4003.1410 (demais localidades).

Cães realmente sentem pena das pessoas?

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Por Alexandre Rossi, zootecnista e especialista em comportamento animal.

A revista Galileu publicou uma matéria afirmando que os cães sentem pena das pessoas, como se os cientistas tivessem conseguido provas disso. O texto da matéria nos leva a esse entendimento, pois menciona uma pesquisa em que a empatia nos cães foi um dos aspectos estudados pelos cientistas.

Mas o que é empatia?

Empatia é a capacidade de se contagiar com a emoção do outro. Esse contágio pode ocorrer de forma automática e até de maneira inconsciente, mas também pode envolver processos mentais mais complexos, como conseguir se colocar no lugar do outro e imaginar como essa pessoa pode estar se sentindo.

Opiniões foram tratadas como fatos

A pesquisa citada pela matéria não apresenta nenhuma descoberta, mas propõe uma reflexão sobre a capacidade de os cães terem empatia pelos humanos e menciona que ainda não houve um debate sobre esse tópico e que também não há propostas de pesquisas para explorar mais profundamente essa ideia. Nesse estudo, há uma discussão interessante sobre o grau de empatia que os cães talvez tenham com os humanos, com base em relatos, pesquisas e raciocínio lógico.

O artigo tem as seguintes finalidades: explicar por que os próprios autores acreditam que os cães sejam capazes de ter empatia por humanos, revisar evidências a favor e contra essa opinião e propor rotas para futuros estudos sobre o tema. Ao final, os cientistas dizem que pesquisar sobre o tema é algo especialmente importante para tomarmos decisões sobre nossas obrigações com os cães. Por exemplo, se os cachorros são capazes de sentir nossas emoções, cães terapeutas que visitam pacientes com dor podem se prejudicar com isso e necessitar, portanto, de massagens e outros cuidados para se acalmar?

Utilidade prática para nós, experts em comportamento

Mais uma vez mostramos que a mídia pode exagerar e até mesmo mudar conclusões de estudos científicos. Nós, profissionais da área, devemos sempre questionar o que está sendo divulgado, especialmente quando a informação é replicada pela grande mídia, que simplifica os textos para o público geral e muitas vezes acaba sendo apelativa.

Opinião do GEC sobre empatia nos cães

Existem várias evidências que nos levam a acreditar que os cães sejam capazes de demonstrar empatia por outros cães e por nós. Alguns estudos mostraram, por exemplo, que os cachorros tendem a bocejar mais quando veem um humano bocejando, indicando a presença de neurônios espelho que reagem aos nossos comportamentos.

Sabemos também que os cães conseguem diferenciar nossos comportamentos, expressões e tonalidade de voz e que muitos demonstram mudanças comportamentais e fisiológicas com relação a isso, mas afirmar que eles sentem pena dos humanos é forçar a barra diante das evidências que temos e principalmente porque esse estudo científico não fez tal afirmação. Pelo contrário, o artigo apresentou inclusive argumentos e evidências que vão contra esse entendimento.

Opinião do GEC sobre estresse em cães terapeutas

Não acreditamos que os cães selecionados para a Terapia Assistida por Animais sofram ao visitar pessoas doentes por terem empatia por elas. Através de anos de experiência levando cães para esse trabalho, pudemos constatar a disposição dos animais para entrar nas instituições e se relacionar com as pessoas enfermas. Se eles estivessem sofrendo, provavelmente não buscariam esse contato de maneira tão espontânea.

Revisão por Juliana Sant’Ana, adestradora e membro do Grupo de Estudos Científicos da Cão Cidadão.

Como saber se o cão está com frio?

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https://www.flickr.com/photos/nathaninsandiego/6255819280/sizes/l

Com a frente fria que está chegando para derrubar as temperaturas em alguns estados do país, as blusas de frio começam a dar novamente o ar de sua graça e sair dos armários, a fim de esquentar os brasileiros. Mas, e os pets? Será que eles também sentem o frio que sentimos? Como descobrir?

Na verdade, os animais são protegidos por seus pelos e, por isso, sentem frio com muito menos intensidade que os humanos. De qualquer forma, é importante lembrar que ainda assim o pet sente frio e não é imune à doenças respiratórias e outras relacionadas ao inverno, por exemplo.

Dicas para cuidar com muito amor e aconchego do bichinho:

1. Como sei que meu pet está com frio?

“Uma das maneiras de descobrir se o animal está sofrendo de frio é prestar atenção se está tremendo ou se está procurando ficar bem encolhidinho”, alerta Alexandre Rossi, zootecnista e especialista em adestramento e comportamento animal.

2. Posso colocar roupinhas no meu cãozinho?

Na maioria das vezes, mesmo que os pets não estejam apresentando nenhum dos sinais citados acima, os tutores, ao sentirem frio, imediatamente colocam uma roupinha no animal, para protegê-lo da friagem. Mas isso nem sempre é necessário. “A verdade é que a maioria dos cães, quando estão em atividades de adestramento, andando ou fazendo algum outro exercício, estão passando calor, principalmente quando estão com roupas”, comenta Alexandre.

Descobrir se o pet está incomodado com o calor é fácil, assim como no frio: basta prestar atenção nas atitudes dele, como observar a respiração e checar se ele está com a boca aberta e a língua um pouco para fora. “Colocar a roupinha no pet nesse momento não é ideal. É importante antes de deduzir se o bichinho está com frio ou calor, verificar, por meio de suas atitudes, o que de fato ele está sentindo”, finaliza Alexandre.

Atenção redobrada ao comportamento do animal é a chave para fazer a escolha acertada e oferecer ao bichinho bem-estar, saúde e segurança. Se ele apresentar resistência para se adaptar não somente às roupas, mas também aos acessórios úteis, o adestramento costuma ser um excelente exercício de dessensibilização.

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Sociabilização: apresente o mundo ao filhote

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A sociabilização faz parte do processo de desenvolvimento dos pets e é a maneira mais assertiva para apresentá-los aos estímulos do mundo, como outros animais, sons diferentes, pessoas, carros, objetos etc.

Os bichinhos que não passaram por essa fase de adaptação podem apresentar, com o tempo, dificuldade em lidar com situações corriqueiras, além de se tornarem adultos mais medrosos e inseguros.

Como ocorre?

No geral, recomenda-se que a sociabilização seja feita entre o 2º e o 3º mês de vida do animal. Isso porque é nessa fase que o cérebro está aberto a novas experiências e o pet pronto para interagir em situações que ainda são desconhecidas.

“Todos esses novos estímulos estão soltos na mente do pet e a sociabilização nada mais é do que organizar essas novidades e ensinar o animal a maneira correta de se portar em determinadas situações”, diz Joilva Duarte, adestradora da equipe Cão Cidadão.

Contudo, pets de qualquer idade podem ser sociabilizados, caso não tenham passado por essa fase quando filhotes. “A sociabilização pode e deve ser feita com todos os animais, independentemente da idade”, orienta a adestradora. “No caso dos mais velhos, existe uma dificuldade um pouco maior, pois eles já estão com certos comportamentos condicionados”, comenta Joilva.

Associações positivas

Procure associar os objetos e as situações que o pet têm medo a coisas boas e que ele goste, como, por exemplo, petiscos gostosos, carinho ou brinquedos.

“A ideia é que se faça um contracondicionamento, ensinando ao animal uma nova maneira de lidar com as situações”, orienta a adestradora.

Tenha em mente que a exposição a essas situações deve ser gradual e feita com calma e muita paciência, sempre respeitando o limite do animal.

Você também pode contar com um profissional de adestramento para ajudá-lo no processo de sociabilização do seu bicho de estimação.

Quer saber mais sobre o assunto? Clique aqui.

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Cães de abrigo: a importância de um olhar mais profundo sobre seu comportamento

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Por Tatiana Moreno, adestradora e membro do Grupo de Estudos Científicos da Cão Cidadão.

Sabemos que um dos principais desafios dos abrigos é conseguir um lar para cães considerados agressivos. Muitas vezes, a falta de manejo adequado para a adaptação do cão no abrigo ou até mesmo um certo preconceito em torno desse tema acabam fazendo com que o processo de adoção seja mais difícil. Avaliando alguns estudos, percebemos que é preciso analisar caso a caso, considerando cada cão como um indivíduo, e procurar compreender melhor o comportamento de cada um.

Uma vez agressivo, sempre agressivo?

A chegada ao abrigo é um momento crucial. Algumas vezes, logo após serem resgatados, os cães apresentam um comportamento reativo e, por conta dessa primeira impressão, são isolados e rotulados como agressivos. Entretanto, isolar o animal sem antes procurar identificar o gatilho dessa agressão acaba piorando um quadro que talvez não seja tão grave, dificultando a adoção. É preciso lembrar que um cão que apresentou um único comportamento agressivo não necessariamente será sempre um agressor. A agressividade por posse, uma das mais comuns em ambientes de abrigos por conta da grande quantidade de cães, nada mais é do que o medo de perder alguma coisa – a comida, um brinquedo –, ou seja, a agressividade é a consequência e não de fato o problema comportamental.

Um estudo publicado na renomada revista Applied Animal Behavior Science (e que também foi citado no site da National Canine Research Council), analisou cães com agressividade por posse e a evolução desse comportamento após a adoção.

A pesquisa foi realizada no abrigo Center of Shelter Dogs, no ano de 2013, em Londres. A equipe entrevistou 97 tutores que haviam adotado seus cães há pelo menos 3 meses, para saber se os animais que apresentavam esse tipo de agressividade no abrigo continuavam com esse comportamento em casa. Além disso, os cientistas verificaram também se os cães que nunca haviam apresentado agressividade no abrigo tornaram-se mais hostis após a adoção.

O resultado

Constatou-se que 50% dos cães que apresentavam agressividade por posse no abrigo não continuaram com essa atitude em casa, simplesmente por terem mudado de ambiente, ou seja, por terem saído de um local com vários cães para viverem em uma casa. Imaginem, então, como seria se todos esses animais tivessem passado por treinos específicos! Dos cães que nunca haviam manifestado um comportamento agressivo no abrigo, 78% mantiveram esse padrão na casa nova, sendo que os outros 22% passaram a manifestar a agressividade por posse após a adoção.

Apesar de estarmos falando apenas de uma amostra, essa pesquisa nos ajuda a pensar na importância da conscientização das pessoas que estão adotando um cão e sobre como as formas adequadas de manejo e a simples mudança de ambiente podem contribuir para uma melhora no comportamento do animal, já que, em casa, o cão estará em um ambiente mais controlado, se sentirá mais seguro e criará laços com seus tutores.

Outro estudo – Interação desde os primeiros dias no abrigo

Considerando tudo isso, o GEC acredita ser relevante citar outro estudo que analisou se o contato com humanos pode reduzir o estresse em cães logo após chegarem ao abrigo. O experimento foi realizado em 2005, na cidade de Colorado, EUA. Os pesquisadores avaliaram 55 cães adultos recém-chegados e, no primeiro dia, mediram seus níveis de cortisol, conhecido como o hormônio do estresse.

Depois, os cientistas separaram os animais em dois grupos: um com os cães que passariam a interagir com humanos diariamente, durante um período de 9 dias, e outro com os cães que não teriam a mesma interação. Durante a pesquisa, cada cachorro do primeiro grupo interagia com uma pessoa por volta de 45 minutos, as atividades consistiam em brincadeiras, carinhos e pequenos treinos e os níveis de cortisol foram medidos novamente nos dias 2, 3, 4 e 9.

A partir do terceiro dia, os resultados mostraram uma queda significativa nos níveis de cortisol dos cães que estavam interagindo com humanos. Isso quer dizer que, além de auxiliar na adaptação e socialização dos cães, a equipe percebeu que essa rotina contribuiu para traçar um perfil mais completo de cada animal, definindo suas personalidades e tornando possível uma avaliação de compatibilidade no momento da adoção.

Então, mãos à obra!

Apesar da rotina apertada e difícil dos nossos abrigos, podemos pensar juntos em formas de contribuir para a adoção de todos os animais. Não é muito comum os abrigos promoverem interações planejadas e positivas com os humanos, como as citadas no último estudo, ou terem acesso a protocolos mais completos sobre o manejo mais cuidadoso de alguns cães, mas a conscientização pode começar justamente com as pessoas que trabalham nesses locais e nós adestradores podemos ajudar, e muito! Nesse sentido, vale aquele pensamento de que difundir o conhecimento é a melhor forma de promover mudanças significativas e contribuir para a educação.

Revisão por Juliana Sant’Ana, adestradora e membro do Grupo de Estudos Científicos da Cão Cidadão.

Animais como mascotes Olímpicos

Faltam poucos dias para que os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro tenham início. Muitos estão animados e ansiosos para conferir as várias modalidades, acompanhar o desempenho dos atletas e torcer pelo Brasil.

Além de emocionantes, os Jogos Olímpicos são cercados de muitas curiosidades. Como os mascotes, por exemplo. Você sabia que os animais têm destaque nas Olimpíadas há muito tempo?

Foi em 1972, nos Jogos Olímpicos de Verão em Munique, na Alemanha, que os países acataram oficialmente a ideia de ter mascote. Cada local que sediava os jogos passou a escolher um bicho para representar a sua cultura.

Populares

A primeira mascote olímpica da história foi Waldi, um cãozinho multicolorido, inspirado na raça Dachshund, muito popular na Alemanha. A ideia surgiu de forma bem inusitada para a época: durante a festa de Natal do Comitê Olímpico dos Jogos de Verão de Munique, em 1972, os participantes receberam giz de cera e massa de modelar para dar sugestões para o mascote. Assim nasceu Waldi, que oficializou essa tradição.

Um dos mais famosos e queridos do público foi o urso Misha, dos Jogos Olímpicos de Verão de 1980, que ocorreu em Moscou, na Rússia. O bichinho foi peça-chave tanto na abertura e no encerramento do evento, quanto na divulgação e merchandising. O sucesso foi tanto que virou até desenho animado.

Ao longo dos anos, diversos animais ganharam destaques: a águia Sam, dos Jogos de Los Angeles em 1984, nos EUA, o tigre Hodori, dos Jogos em Seul, na Coreia do Sul, entre outros que marcaram a trajetória das Olimpíadas e se tornaram símbolos da cultura dos países que sediaram as competições.

Rio 2016: Jogos Olímpicos de Verão no Brasil

As mascotes dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos deste ano são Vinícius e Tom (nomeadas em homenagem ao poeta Vinicius de Moraes e ao maestro Tom Jobim).

Vinícius, o representante oficial das Olimpíadas 2016, é uma mistura de todos os bichos brasileiros. Já Tom, o representante das Paralimpíadas, é uma mistura de toda a flora do Brasil.

Olimpíadas: pets também podem praticar esportes

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Por Ingred Rose, adestradora da equipe Cão Cidadão.

Aproveitando que faltam poucos dias para as Olimpíadas, vamos falar sobre os esportes que os cães podem praticar. Quando adotamos ou compramos um pet, nós assumimos a responsabilidade de cuidar do seu bem-estar, da sua qualidade de vida e saúde.

Além de uma boa alimentação, fazer exercícios físicos é muito importante para mantê-lo saudável e prolongar a sua expectativa de vida. Caso contrário, ele poderá ficar sedentário e desenvolver problemas cardíacos e circulatórios.

Confira alguns exemplos de esportes para pets:

Agility
O cão percorre uma pista com diversos obstáculos e desvia deles. Ajuda no desenvolvimento do sistema motor do animal, deixando-o ágil e com reflexos rápidos. Qualquer cão pode praticá-lo, desde que esteja saudável e tenha pique. Este esporte se divide em categorias, de acordo com o tamanho: mini, midi e standard.

Canicross
O tutor corre junto com o seu cão. A ligação é feita por um peitoral no animal, por meio de uma guia amortecida até a cintura do dono. Além de ajudar no gasto de energia, melhora o relacionamento entre ambos, exercitando os treinos de comando e de respeito mútuo.

Canine Freestyle
O pet e seu donor apresentam distintas coreografias e truques ao som de algum ritmo musical. Além de diversão garantida, é um esporte que está sempre inovando com coreografias e ritmos.

Dog Frisbee
Aproveitando a alegria que alguns cães têm de procurar objetos, este esporte se baseia na busca de um disco que é lançado no ar, após algumas acrobacias.

Natação
É uma atividade de baixo impacto, mas muito benéfica para animais que têm tendência a desenvolver displasia coxo femural ou problemas de coluna, que causam bastante dificuldade na movimentação, dor e desconforto. Com este esporte, o dono pode deixar seu pet gastar energia sem medo que ele se machuque.

Todos os esportes citados exigem um treinamento anterior, não somente do pet, como do dono também. Existem ainda algumas práticas que são consideradas esportes, mas que, por muitas vezes, agem de forma exploratória com o animal.

Por isso, é importante que o tutor se certifique de que os exercícios não estejam sobrecarregando o pet e que tenham somente o intuito de entretê-lo e de educá-lo de forma prazerosa.

Praticar esporte com o animal pode mudar a vida do dono para melhor e reforçar os laços entre bicho de estimação e seu tutor.

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Brinquedos adequados para pets

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Os cães são animais que podem apresentar diversas personalidades e perfis: mais quietos, mais brincalhões, sérios, divertidos. Além do temperamento, as diferenças também valem para as escolhas do dia a dia, como o tipo de ração que comem, tipos de petiscos, de passatempos e formas de interagir com os donos.

Quando se trata de brinquedos, todas as diferenças de personalidade e gostos devem ser levadas em conta. Utensílios para agradar o animal não faltam no mercado pet. “São diversos barulhinhos de apito, cordas que possibilitam a brincadeira de cabo de guerra, partes próprias para roer com diferentes superfícies e durezas, e brinquedos capazes de dispensar comida ou petiscos”, explica a adestradora da Cão Cidadão, Laraue Motta.

Na hora de procurar agradinhos para o pet, é preciso prestar atenção às preferências dele e se o atrativo é seguro. “Muitos animais têm o hábito de destruir o brinquedo – o que não é ruim, afinal, significa que está interagindo -, porém é preciso atentar-se para o fato de que eles podem ingerir pedaços de plástico, borracha ou enchimento de pelúcias”, alerta a adestradora. “Se o pet for do tipo destruidor, vale investir em brinquedos mais duráveis e próprios para cães que têm esse perfil.”

Esteja atento, também, ao porte do animal. Para evitar sufocamento com brinquedos pequenos demais, ofereça os objetos sempre de acordo com o tamanho e idade do pet. Muitos entretenimentos conseguem unir a brincadeira à alimentação balanceada.

O enriquecimento ambiental nada mais é do que promover para o pet atividades durante o dia, como: passeios, brinquedos de formas e texturas diferentes, cordas, panos, esconder petiscos pela casa, providenciar passatempos com garrafas pet, entre outros. Oferecer atividades lúdicas e explorar os sentidos dos animais é uma excelente maneira de deixar o bichinho feliz e equilibrado.

Oferecer alternativas para um dia agitado, é uma das soluções para minimizar ou evitar problemas comportamentais. Mas não basta apenas oferecer os brinquedos, é preciso incentivá-lo a interagir com esses objetos. “Isso fará com que a energia do cão seja canalizada para os brinquedos e resultará em um animal mais alegre e mais tranquilo”, finaliza.

Verifique os brinquedos adequados para o pet aqui.

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Cães com deficiência física: como adestrá-los

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Por Alexandre Rossi, zootecnista e especialistas em comportamento animal.

Muitas pessoas pensam em adotar um animal deficiente, mas têm receio de que os cuidados sejam extremos ou que o relacionamento com o pet seja difícil. No entanto, um cão com surdez, cegueira ou com alguma deficiência locomotora poderá conviver muito bem com a família, se tiver amor e carinho dos seus donos. Certamente, ele se tornará o melhor amigo, com ou sem deficiências.

Além de uma vida normal, o pet especial também pode receber adestramento, para que aprenda a lidar mais rápido e melhor com o seu problema, assim como vencer desafios, caso tenha sofrido algum acidente. Mesmo que ele tenha nascido especial, o adestramento fará com que ele conviva melhor com a sua deficiência desde filhote. E, acredite: ele será capaz de se adaptar muito bem à rotina. Os cães são impressionantes também no quesito de adaptação a condições físicas diferentes!

Como lidar com cada deficiência?

Auditiva

Se o seu pet for surdo, você pode estimulá-lo com brincadeiras e treinos que incentivem o uso da visão e do olfato. Por exemplo, crie gestos com os quais ele rapidamente entenda o que é o “sim” e o “não”. O dedo polegar para cima pode indicar o afirmativo e, para baixo, o negativo.

A expressão facial do dono também mostrará a ele o que é certo e errado. É muito importante olhar nos olhos do animal e repassar a ele o que ele deve fazer.

Visão

Usaremos também o “sim” e “não”, porém, eles serão diferenciados pelo tom de voz utilizado. Outra medida é abusar dos outros sentidos dele, como a audição, o tato e o olfato.

Por exemplo, se você possui piscina em casa e tem medo que o pet caia dentro dela, você pode colocar um piso com textura diferente ao redor. O treinamento pode ser desenvolvido com uma guia longa no animal. Brinque com ele, já com a guia presa, em locais que não tenham esse piso diferenciado. Quando ele pisar nesse local, corrija-o falando “não” e segurando a guia firmemente. Com algum tempo, ele entenderá que toda vez que pisar lá será errado e tenderá a não ir além. De qualquer forma, se o pet for ficar totalmente sem supervisão neste ambiente, vale a pena investir num cercadinho ao redor da piscina.

Manter comida, água, tapete higiênico e móveis sempre nos mesmos locais é outra dica importante. Assim, o pet se acostumará com os objetos naqueles lugares e não esbarrará neles. Da mesma forma, sempre que quiser chegará até eles facilmente.

Existem alguns colares específicos para pets cegos. Eles se parecem com um colar elizabetano, e são indicados para que o animal possa se locomover sem esbarrar em móveis ou objetos próximos, já que a extremidade do colar é que encosta nesses locais primeiro.

Membros

Ao contrário do que se pode imaginar, normalmente, os animais que possuem ausência de membros (tanto os que nasceram assim quanto os que sofreram algum acidente), se adaptam muito bem a essa realidade e vivem como se não tivessem problema algum.

O adestramento, associado a sessões de fisioterapia, dão bons resultados também. Se você morar em locais com muitas escadas, vale providenciar uma rampa que facilite o acesso do animal aos locais da casa nos andares superiores.

Dicas para cuidar de cães deficientes

• A sociabilização continua sendo muito importante. Apresente-o a outros animais, sons, pessoas, entre outros estímulos. Ele aprenderá a lidar com novas situações adaptando sua condição física.

• Remova objetos que possam prejudicar a mobilidade do seu amigo, como tábuas soltas, galhos baixos, escadas ou rampas muito lisas.

• Evite mudanças frequentes e drásticas na rotina, nos móveis e objetos da casa. O animal poderá ficar perdido e desorientado e terá que se adaptar novamente.

Cuidados com o pet durante o inverno

https://www.flickr.com/photos/79493961@N00/3397209779/
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O inverno ainda não chegou oficialmente, mas os termômetros beirando 0ºC apontam que o frio veio para ficar. Mas, como manejar o pet nesse friozão que está fazendo? Muitas pessoas acham que por eles (na maioria das vezes) serem peludos, vão encarar o vento gelado melhor do que nós. Mas não é bem assim. Veja algumas dicas de como prevenir que o seu animal sofra nessa gelada época do ano!

1. Filhotes e idosos precisam de mais cuidados, mas isso não quer dizer que o seu jovem cão de três anos não sinta frio. Agasalhe-o também, mas respeitando o bem-estar dele.

2. Tapetes de borracha (como aqueles que se encaixam para bebês) isolam o chão gelado e deixam o pet mais à vontade para brincar.

3. Atente-se para que a caminha dele não esteja em locais com corrente de ar.

4. Se o seu animal é daqueles que tem muitos pelos, evite tosá-lo nessa época. Os pelos ajudam a manter a temperatura corporal dele.

5. Frio é sinônimo de preguiça, mas guarde um momento para levar o animal passear e realizar as suas atividades físicas.

6. Vacine-o regularmente conforme os cuidados do médico veterinário. Isso evitará que ele pegue diversas doenças de inverno.

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