Em novembro, o zootecnista e especialista em comportamento animal, Alexandre Rossi, esteve na Inglaterra, para participar do ACI (Animal-Computer Interaction Conference), um evento voltado para os benefícios da interação entre animais e tecnologia.
A discussão geral abordou formas de utilizar a tecnologia para melhorar o bem-estar dos animais de estimação, dos de produção, como vacas, porcos e galinhas, e dos bichinhos que vivem em cativeiro, como os de zoológicos. “Trata-se de um ramo novo da ciência, que tende a evoluir muito rápido, como tudo que diz respeito à tecnologia. Há muitas coisas ainda em estudo, que não foram testadas, mas que já estão sendo demonstradas”, explica o especialista.
Na ocasião, Alexandre deu destaque especial a alguns experimentos conduzidos nessa nova área de pesquisa. Durante a conferência, os especialistas apresentaram um trabalho onde os presentes puderam enxergar “através” dos olhos de um pombo, utilizando um chapéu com vários espelhos acoplados.
Outro estudo apresentado no evento falou sobre os problemas de utilizar tablets e gadgets para distrair os cães. “As pessoas nem sempre têm a ideia real de que isso pode não fazer bem aos cachorros. Alguns podem ficar muito estimulados e bem ansiosos, podendo até apresentar problemas comportamentais que não queremos, como, por exemplo, ansiedade em excesso”, afirma.
Estopinha no Skype
Além de todas as novidades que o Alexandre conferiu no ACI, ele teve a oportunidade de expor um pouco de suas conquistas. “Tive a possibilidade de apresentar um trabalho que fiz com a minha cadelinha, a Estopinha, mostrando como ensinei ela a atender comandos via Skype e ser recompensada por mim, mesmo que eu esteja a milhares de quilômetros de distância”, conta o zootecnista.
No vídeo, é possível conferir a conversa entre o especialista e sua mascote no Skype. Uma máquina é ligada ao computador e acionada através de uma senha, que libera um petisco onde a Estopinha está. O equipamento foi criado pelo próprio Alexandre Rossi e chamou muito a atenção dos congressistas.
“Eu consigo ligar para a Estopinha e pedir alguns comandos. Quando ela acerta, eu clico a senha na tecla e o mecanismo libera o petisco em um recipiente que fica logo abaixo do computador”, finaliza.
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