Por Malu Araújo, adestradora e consultora comportamental da equipe Cão Cidadão.
Muitos adestradores já ouviram clientes falarem que não precisam ensinar muitos comandos ao cachorro, porque eles não querem ter um cão de circo ou um robô. Mas, o adestramento de cães não significa simplesmente ensinar comandos para fazer truques para mostrar aos amigos e familiares. Eles são úteis no dia a dia e, com eles, os cachorros conseguem se comunicar melhor com os donos.
O comando “senta”, por exemplo, ajuda a evitar que os cães pulem nas visitas, e se ele não pula, recebe atenção e carinho. Serve também para os cães aprenderem a esperar para atravessar a rua. Sentar é útil em diversas situações. Já o “dar a pata”, apesar de parecer que não tem utilidade, pode ser uma ótima forma de ensinar o cachorro a pedir alguma coisa sem latir ou chamar a atenção do dono. Também pode ser utilizado para cortar as unhas.
Outro comando que parece ser apenas bonitinho é o “fingir de morto”. Mas, principalmente para quem tem cães de grande porte, esse comando pode auxiliar em uma consulta com o veterinário. O cão não é obrigado a deitar de lado e ser contido, ele faz porque conhece o movimento e não se assusta em ficar na posição de morto. Afinal, quando ele aprendeu a ficar nessa posição, ele adorou porque ganhava petiscos!
Se o cachorro sabe comandos, como o “busca” e o “solta”, quando ele quiser brincar, ele pode buscar e levar a bolinha até o dono. Quando ele pega algum objeto proibido e sabe “o solta”, o dono pode pedir, que ele obedecerá.
Comandos auxiliam na comunicação entre humanos e cães, então, não pense em adestramento somente quando o cachorro tiver algum problema de comportamento.