Cães e seus medos

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“Nossa cadela Karina é uma Border Colie muito querida. Nossa preocupação com ela é que tem pavor a fogos, trovoadas e início de temporal. Fica tão estressada querendo invadir a casa. Sabemos que ela está sofrendo. Quando compramos ela, com 45 dias, parecia normal, e nunca passou por medo aqui em casa. Tem alguma coisa que poderíamos fazer sobre esse sintoma? Aguardo ansiosa sua resposta. Um brande abraço.” – Simeão Sanches, dono da Karina, de 7 anos e 7 meses.

“Ele, quando passa carros, motos e até pessoas, late muito. Cachorros ou cadelas, nunca mordeu ninguém, mas tem esse comportamento, que não consegui ainda ver uma forma de repreender. Adotei uma cachorra de 5 anos, para ver se ele melhora, convivendo bem com ela, a Lillica, pode até ver no meu facebook. Ele só falta falar sabe, tudo ensinei. Sempre digo “não faz isso”, “sem auauau” e ele até para, e me olha. Mas está difícil. Será que, com a idade dele, tenho como adestrar esse problema?” – Berenice Vieira Dettmer, dono do Toky, de 11 anos.

“O Marley, meu filhote de nove meses, não gosta de tomar banho… ele pula, dá cambalhota e quer morder! Levamos ao petshop para ele tomar banho e a veterinária teve que dar remédio para ele se acalmar, e só assim, conseguiu dar banho nele! O que posso fazer?” – Márcia Chiara da Silva Costa, dona da Marley, de 9 meses.

Por Carol Fraga, adestradora da equipe Cão Cidadão.

Olá Simeão, Berenice e Márcia, tudo bem? O tema que vamos abordar hoje é, com certeza, um dos mais delicados e abrangentes do comportamento animal: o medo. O medo aparece, às vezes, de maneira muito sutil, quando o cão tenta simplesmente evitar uma situação, da maneira mais comum, quando o cão se encolhe em algum canto da casa, com o rabo entre as pernas, ou da maneira mais extrema, que é rosnando ou até mesmo mordendo pessoas, os próprios donos ou outros cães.

Ao contrário do que muita gente pensa, o medo não precisa estar obrigatoriamente relacionado a um evento ruim. Para ter medo de cães, por exemplo, um cão não precisa ter sido atacado, ou se ele tem medo de vassoura, não quer dizer que ele tenha apanhado com uma. É claro que, se de fato algo ruim acontece, pode sim gerar um trauma, mas, esse não é o único motivo para um cão ter medo de alguma coisa.

Na maioria das vezes, a causa do medo é o desconhecido. Isso mesmo, medo do desconhecido. Até para nós, humanos, nem sempre é fácil lidar com o desconhecido, não é verdade? Por isso, é bastante comum que os cães mais sensíveis tenham medo de fogos, de trovões, de motos, de caminhões, de ônibus e de barulhos em geral. Os peludos não entendem qual a origem desses sons e os interpretam como ameaça. E nessa situação, instintivamente, eles recorrerão a duas alternativas: fuga ou ataque. Ou seja, ao ser exposto a esse determinado estímulo, alguns tentarão fugir, outros poderão empacar durante o passeio, outros latirão muito ou até tentarão morder o ‘objeto’ do medo.

O mesmo acontece com os cães que têm medo de pessoas desconhecidas, visitas, outros cães, de tomar banho, visitar o veterinário, andar de carro etc. Tanto a fuga como o ataque são reações normais, nas quais os cães estão demonstrando que estão inseguros e não sabem como reagir nesses momentos!

A razão para tudo isso é que, provavelmente, esses cães não tiveram um bom período de socialização, que é quando o animal tem de dois a três meses e meio de idade, e deve ser exposto, de maneira gradual e positiva, aos estímulos aos quais os mascotes serão expostos durante a vida. Mas nem tudo está perdido! Agora que você já sabe porque seu melhor amigo tem esse tipo de reação, comece já a treiná-lo!

A socialização tardia é, sim, mais difícil, pois o cão, depois desse período, já se preocupa bem mais com a sua sobrevivência, mas não quer dizer que essa situação não possa ser revertida. Você vai precisar de sensibilidade e dedicação, mas, ao final, valerá a pena. Depois de identificar o que deixa seu cão desconfortável, a ideia é diminuir esse estímulo, apresentar aquilo que o incomoda de forma gradual, fazendo uma associação positiva.

É importante encontrar o ponto que demonstre que ele ainda não está no limite. Por exemplo, verifique a qual distância ele ainda não reage a outros cães, ou no caso dos sons, tente reproduzir de maneira abafada, em um cômodo distante da casa. Se ele reagir bem, recompense-o, fazendo bastante festa, elogie, ofereça um petisco ou seu brinquedo favorito. Pare enquanto ele ainda estiver bem e curtindo o momento, para que ele sempre mantenha o interesse.

Vá aumentando a dificuldade aos poucos, sempre recompensando, mostrando que está tudo bem, mas, ao mesmo tempo, respeitando o tempo do seu cão. Caso, em algum ponto, ele não reagir bem, é porque você adiantou demais o treino. É importante nunca recompensar o cão quando ele agir de maneira inapropriada, para que o mau comportamento não aumente, certo?

Se isso parecer um pouco complexo e você quiser ajuda profissional, não hesite em chamar um profissional da Cão Cidadão para te ajudar. Boa sorte!

Fonte: Portal do Dog

Como ajudar o pet a superar o medo de tosa?

Photo credit: latteda / Foter.com / CC BY
Photo credit: latteda / Foter.com / CC BY

Por Malu Araújo, adestradora e consultora comportamental da Cão Cidadão.

O cachorro não entende o que é todo aquele barulho produzido pelas máquinas e secadores do petshop, o porquê de tanto manuseio do banhista, que o vira para lá e para cá, a razão de ficar molhado e com cheiro diferente. Por isso, é comum alguns deles terem medo dessa situação! Mas, quem é que não gosta de ter o seu pet cheirosinho? Então, não se preocupe, pois é possível lidar com esse dia sem tanto estresse!

Em casa, onde o pet está mais tranquilo e relaxado, é o melhor local para acostumá-lo com as coisas que envolvem o banho. Faça uma massagem no cão, simulando a parte em que ele é ensaboado e ofereça para ele um petisco bem gostoso. Depois, você pode acostumá-lo ao toque da toalha, fazendo carinho nele e, posteriormente, imitando o movimento de secar.

O secador de cabelo também é importante no processo, então, não deixe para acostumar o pet apenas no dia do banho, quando ele estiver todo molhado. Você pode mantê-lo sempre por perto e, quando for secar o seu cabelo, apontar o jato alguns segundinhos para ele e à distância. Vá se aproximando devagar e aumentando o tempo também. Enquanto você faz isso, dar um petisco para o animal tornará tudo mais fácil e agradável.

A escovação também é muito importante, e não apenas no petshop. A maioria dos cães precisa ser escovada de tempos em tempos, dependendo do tipo de pelo. Da mesma forma que o secador, não deixe para escová-lo inteiro em um único momento. Pegue um pedacinho de petisco, uma fruta ou algo que ele goste bastante e, com uma mão, ofereça para ele, com a outra, você passa a escova devagar. Caso tenha algum nó, não puxe para desembaraçar. Passe a escova com calma até desfazer o nó.

Você não deve tosar seu pet ou cortar as unhas se não tiver conhecimento sobre isso, mas pode usar alguma ferramenta parecida, para acostumá-lo com o som e a aparência dos equipamentos. Faça carinho nele, mexa nas patas, imitando o que o tosador faria para que ele perca o medo e se acostume com a situação.

Tudo que é previsível e faz parte da rotina do cão ou do gato vai deixar o pet mais tranquilo e habituado, melhorando a situação para todos: você, seu bichinho e o tosador!

Fonte: Mercearia do Animal

Medo de banho: o que fazer?

medo-de-banhoSe o seu pet morre de medo de banho, é possível ajudá-lo a superar esse desafio!

Com paciência e carinho, você pode começar a fazer associações positivas e deixá-lo mais habituado à rotina de banhos. Confira algumas dicas:

• Comece o treinamento sempre com pouca água. Molhe um pouco o chão do seu quintal (ou área) e brinque com o animal por perto. Mesmo que inicialmente ele não pise no molhado, faça tudo para ser agradável, como se fosse uma brincadeira. Jogue bolinhas e dê petiscos.

• Assim que essa etapa estiver cumprida, você pode começar a estimular o cão a chegar cada vez mais perto da água. Pode ser que ele comece a pisar até “sem querer”, durante a própria brincadeira.

• Aproveite e comece a molhar algumas partes do corpo do cão, fazendo carinho e massagem para que ele se sinta bem confortável. Ele pode ganhar recompensas também.

• Com o tempo, você pode ir acrescentando outros itens como mangueira e chuveiro, mas gradativamente.

Importante: respeite o limite do seu pet, baixe sua expectativa e seja bem calmo e paciente com esse processo!

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