Compulsões: como solucioná-las?

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Por Nathália Camillo, adestradora e franqueada da Cão Cidadão

Os comportamentos compulsivos podem ser muito nocivos, tanto para o animal como para o seu tutor, por isso é importante reconhecê-los para tratá-los. Esses comportamentos podem ser:

Motores: andar em círculos, perseguir a própria causa, pular incessantemente no mesmo lugar e perseguir luzes.

Orais: lamber as patas, o nariz ou outras partes do corpo até causar feridas, arranhar, roer ou lamber objetos, podendo chegar ao ponto de se machucar.

Agressivos: redirecionada ao próprio animal (rosnar e morder partes do próprio corpo).

Vocais: latir, miar ou uivar constantemente.

Alguns motivos recorrentes para esses tipos de comportamento são o tedio, o estresse e a frustação.

O estresse pode ocorrer com alguma mudança súbita no ambiente do animal, como a chegada de um bebê, o falecimento de algum membro da família ou uma mudança brusca na rotina da casa. Para resolver o problema devemos ajudar o animal a se adaptar às novas mudanças com atenção, exercícios físicos e mentais e disciplina com treinos de comandos.

O tédio também necessita de atenção parecida. Em ambos os casos o animal se beneficiará de brinquedos interativos (que colocamos ração ou petiscos dentro) para se distrair durante os períodos em que precisar ficar sozinho ou com menos atenção das pessoas da família.

Além dos brinquedos, da atenção e dos passeios, adestrar seu cão será uma ótima opção para vocês estabelecerem uma melhor comunicação e assim prezar pelo seu amigo, deixando-o menos frustrado ao tentar lhe dizer o que ele quer ou precisa para se sentir bem.

Alguns comportamentos podem ser mais complexos, como a lambedura excessiva devido à ansiedade de separação, então, nesses casos, a orientação de um profissional em comportamento poderá te ajudar a seguir o caminho certo.

Entenda o estresse canino e saiba como evitá-lo

Photo credit: BPPrice / Foter / CC BY
Photo credit: BPPrice / Foter / CC BY

O estresse canino é um problema muito subjetivo, pois nem sempre o que estressa o seu cão pode estressar o animal do seu amigo. Esse mal pode ser originado de várias maneiras, como, por exemplo, a partir de uma rotina que não atenda às necessidades do pet, um ambiente que faça com que ele sinta medo ou que não esteja de acordo com o perfil dele.

“Um cão muito ativo, que gosta de correr e brincar e que está acostumado a realizar atividades como essas todos os dias, pode ficar estressado em um ambiente em que ele se sinta preso e que não proporcione momentos em que ele possa gastar toda a energia acumulada”, explica Tarsis Ramão, adestradora da equipe Cão Cidadão.

Sinais

A ansiedade e o estresse provocam comportamentos pouco comuns nos pets, por isso, identificar o problema não é muito difícil.

Alguns dos sintomas são os latidos excessivos, comportamento compulsivo como, por exemplo, andar em círculos, correr atrás do rabo e lambedura excessiva.

O estresse também pode causar depressão e apatia, ou falta de apetite, então, se o pet estiver muito silencioso e cabisbaixo, fique de olho!

Como evitar

Prestar atenção na personalidade do pet e adaptar a rotina a isso é crucial para o bem-estar do amigo. Se o cão for cheio de energia, proponha atividades para que ele possa gastar a energia; se ele for medroso, evite colocá-lo em situações que possam intensificar o medo ou causar ansiedade.

“Passeios diários, atividades recreativas dentro de casa, brincadeiras com bola ou brinquedos da preferência do animal, adestramento e ensinamento de comandos para propiciar, entre outras coisas, concentração e autocontrole ajudam bastante”, sugere a adestradora.

O enriquecimento ambiental também é uma maneira de tornar o espaço mais interessante e estimulante para que o cão passe seu dia se divertindo. Isso ajuda o pet a tirar o foco do que está causando toda essa ansiedade.

“O ideal é descobrir qual o fator que desencadeia o estresse. Um profissional pode auxiliar nesse processo. Em alguns casos, além das atividades citadas acima, pode ser indicado o uso de medicamentos por um veterinário, para auxiliar no tratamento”, esclarece Tarsis.

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