Adoção só é boa se for responsável

dicas_interna-adocaoPor Tiago Cardoso, adestrador e franqueado da Cão Cidadão.

O texto de hoje, como mostra o título, é sobre adoção responsável. Entretanto, vou falar sobre o assunto sob uma ótica um pouco diferente.

Sabemos que os cães são amigos fiéis e grandes companheiros. Eles dispensam a nós um amor incondicional. Ouvimos por aí que o cão é o único ser capaz de amar mais ao seu dono do que a si mesmo. E eu não duvido, pois os benefícios desta amizade de tantos séculos são incalculáveis.

Mas quero deixar uma reflexão importante e, para isso, vou listar o que é ser um tutor de verdade. Acompanhe!

1. Beleza não se põe na mesa

Escolher um cão não é um processo fácil, embora muitas pessoas pensem diferente. Normalmente, essas pessoas escolhem adotar um pet considerando apenas sua estética.

Esquecem, por exemplo, de verificar (em cães de raça) quais são as pré-disposições que ele tem para doenças degenerativas. Não se preocupam em conhecer o temperamento daquele animal, se é agitado, medroso.

Quem adota ou compra por impulso não pensa como fará a sociabilização do animal, o que é fundamental, afinal, ele é um bicho que vive na cidade. É preciso se adaptar às regras gerais de boa convivência.

Se você nunca pensou nas questões acima e não pretende levá-las em consideração, não tenha um pet.

2. Animal não é brinquedo! Sim, ele dá trabalho!

Quando um bichinho é adotado não é só a vida dele que muda. A vida de todos que conviverão com ele também. A rotina dos membros da casa mudará e é fundamental saber disso.

É espantosa a falta de compreensão sobre estes pontos quando as pessoas decidem adotar um animal. A consequência da falta de conhecimento e de preocupação resulta, muitas vezes, em animais abandonados: sem comida, carinho e um lar. Ele depende inteiramente de seu tutor para se alimentar, praticar exercícios e estar com sua saúde boa.

Ter um animal te coloca em constante compromisso com a vida dele. Portanto, se você não pode ficar com este amigo por 29 anos (sim, já teve cachorro que viveu por 29 anos), então, não tenha um cão.

Se você não deseja e/ou não pode bancar gastos com comida, vacinas, castração, veterinário, remédios, banho, tosa, entre outros, não tenha um cão.

Se você não tem tempo para sua família, para seus amigos e nem para você mesmo, por que ter um cão? Ele demandará tempo!

Se você não quer limpar cocô, xixi e vômito, então, não tenha um cão.

3. A responsabilidade é sua

Se você deseja que seu filho tenha mais responsabilidade, então, eduque ele. O cão será, sem intenção, uma grande válvula para que a criança adquira alguns valores fundamentais para a vida. Mas o responsável pelo animal é você!

No início, o cãozinho será novidade e todos vão achar legal limpar sua sujeira e levar ele para passear. Mas com o passar do tempo, essas tarefas tendem a se tornar rotineiras e desinteressantes, então, tenha em mente que essas tarefas são de responsabilidade dos adultos, acima de qualquer coisa.

Enfim, antes de levar um cãozinho para a casa pense, reflita e discuta com a família. Nunca, em hipótese alguma, haja por impulso, pois o pet sentirá demais a sua falta se um dia for abandonado.

Enriquecimento ambiental: o que é e qual a importância?

dicas_interna-enriquecimento-ambientalPor Thalita Galizia, adestradora e franqueada da Cão Cidadão

Enriquecimento ambiental é uma técnica que consiste em deixar o ambiente que nossos peludos vivem mais divertido, de forma lúdica e saudável, evitando muitos problemas comportamentais, como ansiedade de separação, compulsões e destruições de móveis e objetos.

Existem diversas formas legais para entreter nossos pets quando estão sozinhos ou quando não podemos dar atenção naquela hora. Além de brinquedos interativos, podemos criar nossos próprios com garrafas PETs, papelões e cordas, por exemplo, que são ferramentas que nos ajudam bastante na hora de criarmos brincadeiras lúdicas, seja para cães filhotes ou adultos.

Se você tem um pet filhote, provavelmente já sabe que eles adoram morder tudo, certo? Podemos direcionar essas mordidas para algo legal, como um brinquedo que faz barulho ou que se movimente, ou podemos fazer com que ele coma sua ração dentro de um brinquedo interativo, assim, ele vai precisar descobrir como fazer a ração sair para se alimentar.

Se for um cão adulto, podemos colocar petiscos enrolados no papelão, fazendo com que ele destrua o papelão para poder pegar sua recompensa. Com essa brincadeira estimulamos a parte física e mental do nosso pet.

Coco verde também é uma ótima opção para entreter o seu cão, é comestível e não faz mal para a saúde deles. Atente-se apenas ao fato de que o coco pode estragar rápido, então, sempre supervisione as brincadeiras.

Todo brinquedo novo deve ser supervisionado nas primeiras vezes que for introduzido no ambiente. Verifique se seu pet não engole pedaços de plásticos dos brinquedos interativos, para não causar nenhuma reação em sua saúde.

Se for o caso, troque por coisas comestíveis como brinquedos de roer e ossos.

Podemos deixar nossa imaginação correr solta para alegramos o dia dos nossos bichinhos e deixarmos eles mais saudáveis e gastando energia com coisas legais.

Seu cão não quer comer. E agora?

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Por Paula Nery, adestradora e franqueada da Cão Cidadão

Existem vários motivos para que seu cão não sinta vontade de comer, portanto, é preciso avaliar alguns fatores para determinar o porquê deste problema.

Para tentar descobrir, você pode fazer algumas perguntas a si mesmo. Veja:

1. Seu cão, além de não comer, está apresentando sintomas como vômito, diarreia, prostração e mucosas esbranquiçadas? Caso a resposta seja positiva para qualquer um destes sintomas, leve o amigo ao veterinário com urgência, pois ele precisa realizar alguns exames que somente o médico veterinário poderá pedir corretamente.

2. Foi vacinado há pouco tempo? Caso positivo, é normal que eles se sintam um pouco desanimados. Alguns, chegam a apresentar febre. Isso quer dizer que o organismo está reagindo à vacina, ou seja, é um efeito colateral.

3. Ele está com muito tártaro, com as gengivas vermelhas ou dentes moles? Observe a boca do seu cãozinho, ele pode estar com problemas odontológicos que causam bastante dor ao mastigar. Neste caso, é fundamental consultar um veterinário.

4. Você viajou, se mudou ou houve alguma mudança de ambiente? Ele pode estar deprimido e precisa ser readaptar à rotina. Até lá, ele pode não comer.

5. Houve perda de algum membro da família (tanto humano quanto de outro animal)? A perda de um ente querido pode afetar até mesmo o cãozinho, que precisa de tempo e reforço para a readaptação.

6. Está muito calor? É normal perder o apetite quando a temperatura está muito elevada. Tente refrescar seu cão, deixá-lo em algum lugar mais fresco e então tente oferecer a comida quando ele recuperar o fôlego.

Se você já levou seu cão ao veterinário e ele descartou qualquer problema de saúde e, além disso, o animal não se enquadra em nenhuma das possibilidades acima, você deve estar se perguntando: e agora? O que pode estar acontecendo é que ele enjoou da ração ou simplesmente é um cão com paladar mais complexo.

Se o seu jeito de oferecer a comida é deixar a ração exposta durante todo o dia, esta também pode ser a razão pela falta de apetite. A ração passa a não ser tão interessante se ele pode obtê-la a qualquer momento, principalmente porque seu gosto não será o mesmo depois de algumas horas, podendo perder nutrientes e ocorrer até contaminação por proliferação de bactérias.

Além disso, se você encher o pote de ração não saberá o quanto seu cão está comendo.

Para saber ao certo como alimentá-lo, leia o conteúdo da embalagem de ração. Lá, você encontrará a tabela indicando a quantidade por peso, atividade e idade. Utilize uma balança para fazer o cálculo e fracione os grãos em duas ou três refeições ao dia.
Peso ideal de um cão: ele deve ter uma cintura visível e costelas palpáveis, mas sem estar envolta de muita gordura.

Caso você ainda tenha dúvidas, consulte um veterinário para acompanhar a saúde do melhor amigo.

Petiscos X Ração

É muito comum os cães recusarem a ração quando recebem outros tipos de alimento no lugar. Se ele ganha frango ou salsicha quando não come sua comida, por que ele a comeria depois, se o que você oferece é muito mais gostoso? Você mesmo acaba ensinando o bichinho a não se alimentar adequadamente.

A ração possui todos os nutrientes balanceados para a nutrição completa do seu cão, portanto, é a melhor opção para ele.
Lembre-se de sempre manter a ração bem embalada para que os grãos permaneçam frescos.

Se você tem a intenção de oferecer um alimento natural, preparado em casa, consulte o médico veterinário para que ele lhe passe as recomendações necessárias.

Como fazer seu cão comer a ração?

Primeiramente, depois de descobrir qual a quantidade ideal para seu animalzinho, fracione esse total em duas ou três porções para serem ofertadas ao dia, como dito anteriormente.

Ofereça uma porção e deixe ela lá por até 10 minutos. Se ele não se interessar, retire e deixe-o sem. É importante não oferecer outro alimento no lugar. Não se sinta mal, ele não está morrendo de fome. Mais tarde, ofereça a segunda porção do dia e observe se ele valorizará o alimento. Novamente, deixe a ração à disposição por 10 minutos, se ele comer, sucesso! Se não, retire e deixe-o novamente sem a ração. Alguns cães podem testar sua fragilidade e isso pode durar até alguns dias, é importante se manter forte e continuar não oferecendo outro alimento no lugar.

Caso seu cão seja de porte pequeno e corra risco de ter hipoglicemia, não o deixe ficar muito tempo sem comer. Ou caso tenha estômago sensível e apresente vômito por ter ficado o dia todo em jejum, ofereça uma pequena quantidade de alimento do interesse dele a noite, depois de pedir alguns comandos como o “Senta”, o “Deita” ou a “Pata”, assim ele saberá que ganhou o alimento por obedecer e não por ter recusado a ração anteriormente.

Ofereça a ração normalmente pela manhã no dia seguinte e repita os passos citados anteriormente.

Se você não estiver conseguindo fazer seu cãozinho comer a ração, procure um adestrador profissional para ajudá-lo!

O que é catnip e quais seus efeitos?

dicas_interna-catnipPor Sheila Leme, adestradora e franqueada da Cão Cidadão

Muitas pessoas não conhecem ou acham que a erva do gato é algo que vicia o animal, mas ela não é uma droga.

Catnip ou erva do gato é uma planta aromática da família da hortelã, cujo nome original é nepeta cataria. A erva contém uma substância chamada nepetalactona que dá uma sensação de prazer e êxtase no gato quando ele a cheira. Esse aroma desperta estes efeitos não somente no gato, mas em todos os felinos, como tigres e leões.

Quando o gatinho inala este odor o efeito é completamente inofensivo e as reações podem variar de gato para gato.

Depois de inalar a planta você pode ver o bichano se esfregando nela. Alguns, preferem comê-la (o que não tem problema). Entre seus efeitos mais comuns podemos considerar que a vocalização pode aumentar, eles podem friccionar a bochecha contra a erva e dar umas reboladas.

Em média 75% dos felinos reagem ao efeito da erva, mas, por um fator hereditário, alguns não sentem os efeitos. O uso contínuo dela não vicia, mas o felino pode criar resistência e não sentir mais os efeitos da erva.

Você pode passar a erva do gato em vários locais para atraí-lo, como no arranhador (para estimular o uso), nos brinquedos, nos cobertores, na caixa de transporte etc.

Que tal experimentar com seu gatinho?

Quais os benefícios de tratamentos com cães?

 

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Por Tiago Cardoso, adestrador e franqueado da Cão Cidadão.

Cães possuem inúmeras habilidades e aptidões que permitem que eles executem diversas tarefas. As mais comuns são caça, guarda, pastoreio e companhia. Entretanto, eles realizam muitas outras, como atores, blogueiros, dorminhocos profissionais, amigos, facilitadores de sorrisos, limpadores de comida caída no chão entre tantas outras.

Com tantos talentos, muitos cachorros vêm sendo utilizados, com muito sucesso, como auxiliares na terapia de reabilitação de pessoas enfermas.

A utilização de cães com pessoas doentes tem se revelado um poderoso antídoto contra a depressão, pois eles levam alegria aos pacientes e promovem a interação daqueles que precisam passar por um período de internação.

Estudos científicos já comprovaram que o contato com os bichinhos aumenta a produção de endorfina e serotonina, que são considerados os “hormônios do bem” e reduzem as taxas de cortisol que é relacionado ao estresse. Com isso, o que é possível notar é que os pacientes têm considerável redução dos sintomas da depressão, tem menos episódios de dor, tem diminuição da ansiedade e a baixa da pressão sanguínea. A presença dos animais também ajuda a aumentar a capacidade motora e a melhora no sistema imunológico.

Pessoas que sofrem de câncer e precisam submeter-se a quimioterapia e/ou radioterapia, cujo os efeitos colaterais são muito desgastantes, podem contar com os animais que ajudam a desviar o foco da doença e, consequentemente, podem promover uma melhora emocional do paciente.

Alguns dos motivos que explicam o sucesso dos cães com os pacientes é que eles não julgam, não tentam dar conselhos ou contar suas histórias. Eles simplesmente oferecem conforto para as pessoas que enfrentam circunstâncias difíceis.

Em resumo, os cães oferecem algo que nem mesmo a pessoa mais bem-intencionada pode oferecer, eles oferecem amor e amizade incondicional.

Que mais instituições utilizem esse dom dos nossos amigos peludos.

O que leva um cão a ser antissocial?

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Os cães podem se tornar antissociais por diversas razões e, como consequência, desenvolver comportamentos agressivos. O Hachiko, aluno do adestrador e franqueado da Cão Cidadão, Leonardo Braga, que atende na região de São Bernardo do Campo, é um exemplo.

Segundo Leonardo, são muitos motivos que podem fazer com que o cão demonstre agressividade. O medo é um deles. “Um cão medroso pode dar vários sinais corporais que, muitas vezes, não observamos. No momento em que ele rosna, nos afastamos e acabamos recompensando esse comportamento”, afirma. “Assim, o cachorro entende que ser agressivo é a melhor forma que ele tem para conseguir o que quer”, afirma.

Cães que apanham também costumam ser bem agressivos, pois é a forma que aprenderam a lidar com as situações. Outros motivos que podem levar a este comportamento são: posse em relação a uma pessoa ou objeto, territorialismo, dor, falta de liderança em casa, dominância e convivência em ambientes tensos.

Um exemplo de como o cão pode se tornar agressivo em um ambiente tenso foi mostrado no programa É de Casa, da Rede Globo, pelo zootecnista e especialista em comportamento animal Alexandre Rossi. No programa, Alexandre realizou a aproximação entre o cachorro Duque de seu “inimigo” de rua.

Já em um ambiente em que o cão se sente seguro, as chances de demonstrar agressividade diminuem. Por isso, antes de tentar qualquer tipo de aproximação com cães agressivos, é muito importante contar com a ajuda de um adestrador.

Treinamento preciso

O primeiro passo para uma convivência harmoniosa é saber como lidar com o cão nestas situações. Neste sentido, o adestramento é um recurso muito importante.

Segundo Leonardo, os primeiros comandos ensinados são os básicos, como o “senta”, “fica”, “deita”, “vem”, que servem para melhorar a comunicação com os cães, estabelecendo uma relação de confiança. Outro comando muito importante é o “não”, que é fundamental para ensinar limites ao cão.

O adestrador conta que a participação dos tutores durante o treinamento é essencial para o sucesso e para que o pet possa ser inserido na família e na sociedade, propiciando uma melhor qualidade de vida. “No caso de Hachiko, foram feitos alguns treinos de aproximação com as pessoas da família, para que fossem ganhando a confiança dele”.

A tutora de Hachiko, Eliete Garcez, comenta que esse treinamento está sendo muito útil, pois ajudou a família a lidar melhor com o cãozinho e o tornou mais sociável. “Estou conseguindo aplicar todos os comandos com a ajuda do Léo”, acrescenta.

 

Necessidades fora do lugar

dicas_interna-xixiPor Thalita Galizia, adestradora e franqueada da Cão Cidadão

É sempre uma alegria a chegada de um cãozinho em nossa casa. Um problema muito comum que vem acompanhado do novo amigo são as necessidades fora do lugar. Alguns tutores, principalmente os de primeira viagem, ficam perdidos sem saberem por onde começar.

Devemos ter muita paciência, pois nossos bichinhos não sabem qual é o local correto de fazer suas necessidades. Cabe a nós termos muita paciência e amor para ensinarmos a eles.

É importante ter como primeiro passo a ideia de nunca dar bronca, caso o seu amigo erre. Além de atrapalhar, o cão pode entender que o ato de fazer xixi e cocô é errado, então, passará a fazer em locais escondidos. A atitude correta, nessas horas, é ignorar o cão e esperar ele sair do local para só depois limpá-lo.

É importante também escolher um local com pouco trânsito de pessoas e longe de onde o pet dorme e se alimenta. No começo, se você tiver tapetes por sua casa, o ideal é retirá-los, pois os cães gostam de fazer xixi em superfícies absorventes. Até que o peludo aprenda a fazer suas necessidades no local correto, é melhor não deixar que ela tenha acesso aos tapetes da casa.

Por outro lado, no local onde você quer que ele faça as necessidades, coloque coisas que absorvam, como jornais, tapetes higiênicos ou até graminhas. Os cães normalmente fazem suas necessidades quando acordam, depois que comem e após as brincadeiras. Sabendo disso, fica mais fácil pegarmos nossos amiguinhos e levarmos até o local correto para ensinarmos.

Tenha sempre um petisco gostoso quando for realizar este treino, assim, logo que o cão acertar você pode recompensá-lo com petiscos, carinhos e elogios, fazendo uma associação positiva. Nos momentos em que não estiver em casa, limite o acesso do cão a outros cômodos para evitar que ele faça as necessidades fora do local. Deixe-o em um ambiente confortável: de um lado o banheirinho e do outro sua comida, água e caminha.

Outra dica para ter um treino eficiente é deixar tapetes higiênicos espalhados pela casa sempre que quiser permitir o acesso do amigo a outros cômodos. Dessa forma, você ajuda seu cão a acertar cada vez mais e, a medida que ele for acertando, você pode recolher estes tapetes de forma gradual.

É natural que durante os treinos ocorram alguns erros, mas devemos sempre ter muita paciência e persistir, pois, aos poucos, seu cão vai errar cada vez menos.

A importância da massagem no pet

dicas_interna-massagem-no-petPor Sheila Leme, adestradora e franqueada da Cão Cidadão

Quem não gosta de uma massagem? Ela relaxa, libera serotonina e endorfina. A serotonina atua como um mediador para acalmar o corpo, enquanto a endorfina atua como um estimulador de prazer para o cérebro.

A massagem também ajuda na circulação, proporcionando uma melhor oxigenação sanguínea, além da relação de afeto que ocorrerá entre vocês nestes momentos. Outro ponto bacana, é que com essa atividade é possível descobrir probleminhas com seu pet, como verificar se ele tem parasitas, algum problema de pele, nódulos, alguma região do corpo mais sensível e com dor. A massagem pode e deve servir como um método de identificar qualquer alteração nele e, consequentemente, evitar que piore qualquer coisa que aparecer.

Além de tudo isso, a massagem ainda ajuda nas visitas ao veterinário, pois o pet já vai se acostumando a ser manipulado. Sendo assim, ele vai ficar mais tranquilo quando o veterinário for investigar o corpinho dele, afinal, já estará mais acostumado a ser manipulado.

Você pode associar a massagem com petisco no começo do treinamento, para ele ir se acostumando, mas também vale conversar com ele, agradá-lo e deixá-lo mais relaxado.

Em um lugar calmo e tranquilo comece a fazer carinho no corpinho dele. Pegue nas orelhinhas, patinhas, rabinho, pescocinho, barriguinha, nas costinhas e, aos poucos, ele vai ficando mais relaxado. Com o tempo você pode intensificar e apalpar ele com uma massagem bem gostosa, mas cuidado para não apertar demais e machucar o amigo.

Fazendo massagem no seu pet a interação entre vocês dois vai melhorar bastante, porque é um momento de vocês, único, agradável e relaxante. Depois da massagem ele vai poder dormir mais tranquilo e você também, pois você vai conhecer melhor seu amigo e vai ficar tranquilo por estar acompanhando a saúde e o bem-estar dele de uma maneira diferente.

E aí, que tal uma massagem?

O que fazer com cães que têm medo de tosa e banho?

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Por Tiago Cardoso, adestrador e franqueado da Cão Cidadão.

A higiene com nossos cãezinhos é muito importante e vai além de deixar o peludo cheiroso e com os pelos bonitos. O banho e a tosa são importantes para diminuir a sensação de calor nos dias quentes, manter as unhas no tamanho adequado e ajudar a preservar o pet livre do acúmulo de sujeira, o que, consequentemente, inibe a proliferação de bactérias e parasitas que podem prejudicar a saúde do nosso fiel amigo.

Apesar da importância desses cuidados, devemos ter em mente que ser tosado e tomar banho não são atividades naturais para os cães. Sendo assim, é compreensível que alguns queiram fugir, evitar ou confrontar esses momentos. E o que leva os cachorros a ter tais comportamentos é o medo. Isso mesmo, medo!

O medo pode ser causado por vários motivos. Alguns cães são desconfiados por natureza e se assustam mais facilmente. Cães com esse temperamento, muito provavelmente ficarão desconfortáveis com a altura da mesa e da banheira do pet shop, com os barulhos dos sopradores, dos secadores e das máquinas de tosa, e com as pessoas estranhas os manipulando.

Muitos cães se assustam com o que é novo, por isso, a apresentação do ambiente e dos materiais utilizados deve ser realizada de maneira gentil e cuidadosa, a fim de deixar uma primeira impressão boa e sem traumas.

Cães que não tiveram boas experiências na hora do banho e da tosa ou que associaram o pet shop a algo ruim poderão vir a ter medo. Aquele cão que só vai ao pet shop para tomar vacina, possivelmente, não vai gostar de tomar banho e ser tosado em um local que te traga lembrança ruim.

Treino

Caso 1 – cão que nunca foi ao pet shop

Se o seu cãozinho é filhote e nunca foi ao pet shop, apresente o local e os instrumentos utilizados de maneira gradual, cuidadosa e positiva.

Comece o treino em casa, pois o pet estará em um ambiente conhecido e se manterá mais calmo e relaxado. Faça uma massagem no cão, como se ele estivesse sendo ensaboado, e ofereça uma guloseima que ele goste. Depois, tente acostumá-lo ao toque da toalha, ao movimento de secar, ao secador, à máquina de tosa e assim por diante.

Todo o processo deve ser realizado com calma e associando cada elemento do banho e da tosa a algo agradável (petiscos, brinquedos, brincadeiras etc).

Associe o pet shop a algo positivo. Não deixe para ir ao local somente quando tem que dar banho, tosar ou vacinar o cão. Leve-o para passear ao pet shop e compre um brinquedo, um ossinho, um petisco ou simplesmente leve-o até lá e solicite às pessoas que trabalham no local que façam carinho no seu peludo. Assim, seu animalzinho vai se acostumando com o pet shop e terá experiências agradáveis lá.

Caso 2 – cão que já foi ao pet shop e não gostou

Se o seu cão já não gosta do banho e/ou tosa, o primeiro passo é identificar o que deixa ele desconfortável. Por exemplo, alguns não gostam que segure suas patas e, consequentemente, não gostam de cortar as unhas. Outros, associaram algum instrumento a algo negativo, como cães que tiveram suas unhas cortadas e sangraram. Estes, às vezes, se sentem desconfortáveis só de ver a tesoura.

Em ambos os casos será necessário realizar a dessensibilização, ou seja, diminuir ou retirar a sensibilidade daquilo que causa desconforto ao animal. No caso das patas, podemos começar tocando-as levemente, enquanto recompensamos com um petisco que o cão goste. Conforme ele for sentindo-se confortável nesse estágio, passamos para os próximos, que seriam toques mais demorados ou longos, pressionar sutilmente as patas, depois com um pouco mais de força e assim ir evoluindo.

Em relação aos materiais, como tesoura, máquinas de tosa, secadores e outros, o treino segue a mesma lógica, um passo de cada vez. Por exemplo, mostre o secador desligado ao cão e associe a algo bom, como um petisco ou uma brincadeira. Depois, ligue e desligue em seguida, mas mantenha certa distância. Depois, ligue e vá aproximando gradativamente. Direcione o vento para o cão e em seguida desligue. Direcione o vento por mais tempo e desligue. Aproxime o secador ligado e com vento direcionado para o cão e assim por diante, sempre recompensando e respeitando seu tempo. Não tenha pressa e, se for necessário, retroceda o treino.

Tudo o que é previsível e faz parte da rotina do cão vai deixá-lo mais tranquilo, possibilitando mudar as reações de medo para reações positivas. Assim, melhoramos a situação para todos: você, seu bichinho e para os funcionários do pet shop.

Bons treinos!

Como treinar o cão para ele não pular nas visitas?

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Por Thalita Galizia, adestradora e franqueada da Cão Cidadão

Os cães são animais muito sociáveis com os seres humanos, e uma forma de eles conseguirem atenção e inteiração é pulando.

Sem querer, os tutores acabam encorajando os pulos, principalmente se o cão é um filhote, pois acabam dando atenção e pegando no colo, reforçando ainda mais esse comportamento. Como o cão teve a recompensa que estava procurando, passa então a repetir a atitude, aumentando a frequência sempre que desejar interagir.

O melhor a se fazer é treiná-lo para que ele não pule desde pequeno, pois se for um cão que no futuro terá um tamanho de médio a grande porte, os pulos podem causar um acidente e até derrubar uma pessoa, por exemplo.

Para treinarmos nossos amigos de quatro patas desde filhotes, podemos ensinar o comando “Senta” e, toda vez que chegarmos em casa, seguramos o petisco na mão e pedimos que ele sente, assim que o fizer, recompensamos com um pedaço do petisco e podemos fazer carinho.

Com o tempo, o cão passará a entender que para ganhar atenção ele precisa estar calmo e sentado, assim, toda vez que ele quiser interagir, sentará e aguardará.

Outra maneira de ensinarmos que nossos amigos não ganharão atenção pulando em nós é ignorando (desviando do mesmo ou virando as costas). A tendência é que ele se canse e pare de pular. Só após, poderemos interagir e dar carinho, mostrando que o comportamento de pular é errado e que ele só conseguirá interação se mantendo calmo e com as quatro patas no chão.

Lembre-se sempre de ter muita paciência e ensiná-lo com bastante carinho, assim, os treinos ficarão divertidos para você e para seu melhor amigo, e ele passará a se comunicar cada vez melhor.

Caso precise de ajuda, procure um adestrador profissional.

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