Como ensinar seu cachorro a expressar desejos

Photo credit: Canfield3 / Foter / CC BY-ND
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Por Alexandre Rossi, especialista em comportamento animal. 

Há milhares de anos, homem e cão vivem uma relação estreita. Os cães mais eficientes nas atividades em parceria, como caça, companhia e guarda, eram os que se comunicavam melhor e foram os selecionados para procriar. Isso pode ter aumentado a inteligência da espécie e desenvolvido a sua comunicação com os seres humanos.

Como o cão se comunica com o homem
São muitas as possibilidades de os cães se comunicarem com os humanos. Desde por sinais típicos da espécie, como latir, chorar, rosnar, mostrar os dentes e abanar a cauda, até por sinais aprendidos durante a relação com o proprietário. É o que podemos notar no seguinte depoimento, dado por um dono cão: “Se ele quiser ossinhos que ficam num armário da cozinha e eu estiver na sala, me cutuca com a pata e tenta me levar para a cozinha. Quando chego lá, ele bate com a pata no armário para deixar claro o que quer. Quando mostro que entendi, fica todo feliz e, em geral, senta para esperar que eu dê o que pediu”.

Para entender melhor como acontece a comunicação entre cão e pessoas da casa, colhemos mais de quatro mil relatos relacionados ao assunto. Embora possam não exprimir exatamente a realidade, mostram pontos importantes sobre o comportamento canino e sobre como o ser humano o interpreta.

Como evolui a comunicação
A maioria dos proprietários acaba criando sem querer, um sistema de sinais que permite ao cão expressar desejos e pedir objetos e atividades. Mas como isso ocorre? Quando um proprietário vê o cão lambendo as últimas gotas de água do bebedouro, coloca mais água no pote. Com o tempo, o cachorro percebe que pode pedir água simplesmente lambendo o porte. Não é difícil imaginar que, por meio do mesmo processo, o cão aprenda a pedir comida, brinquedo, etc.

Dicas para ensinar o cão a pedir o que deseja
Ao compreender o processo que permite ao cão se comunicar, podemos criar situações propícias para que a comunicação se desenvolva. Primeiro, procure evitar que os sinais produzidos pelo cão sejam muito parecidos, dificultando a interpretação. Para saber se ele sta com sede ou fome ao encostar o focinho no pote vazio, use potes diferentes para dar água e comida. Pelo mesmo motivo, deixe a guia para passear em local diferente do dos biscoitos, já que o cão se aproximará da guia para pedir passeio e dos petiscos quando estiver interessado neles.

Crie situações em que o cão possa “pedir” o que deseja. Por exemplo, coloque menos comida no prato dele. E quando ele estiver lambendo os farelinhos das sobras, ponha mais. Aos poucos, o cão lamberá o prato para fazer um pedido. Outro treino é perguntar ao cão que chega perto da guia se quer passear e, em seguida, levá-lo para dar uma volta. Assim, ele perceberá que pode influenciar com atitudes o comportamento do dono

Cuidado para não ser totalmente manipulado pelo cão
Ensinar um cão a se comunicar não significa se tornar escravo dele. Ou seja, não é porque o cão pediu determinada coisa que você precisa servi-lo. Com o tempo, ele percebe o que pode pedir e quando. Minha cadela Sofia, por exemplo, sabe que existe chance de sairmos para passear quando estou me vestindo.

Sempre que começo a me calçar, Sofia corre para o painel eletrônico e aperta um dos oito compartimentos do painel (veja foto), aquele que corresponde a “PASSEAR” (nesse momento, uma gravação diz a palavra “Passear”). Mas na maioria das vezes eu não posso levá-lo comigo e tenho de dizer “Passear, não!”. Há ocasiões em que ela insiste, mas em geral desiste e vai deitar-se no sofá predileto.

A comunicação mais eficiente com nosso animal é muito gostosa. Por isso, recomendo a todos os proprietários de cães que ponham em prática um programa nesse sentido.

Resumo

– O cão tem predisposição genética para se comunicar com o ser humano.
– Você pode criar sinais para permitir ao seu cão que peça objetos e atividades a você.
– Durante o treino, quando o cão se aproximar do prato de comida, coloque mais alguns grãos de ração. Quando ele lamber as últimas gotas de água do pote, ponha mais água. Quando ele manifestar interesse em pegar a coleira, leve-o para passear.
– Se você não quiser fazer a atividade relacionada ao sinal produzido pelo cão, diga simplesmente “não”.

Disputas pelo amor do cachorro

Photo credit: nathanmac87 / Foter / CC BY
Photo credit: nathanmac87 / Foter / CC BY

Por Alexandre Rossi, especialista em comportamento animal. 

É de mim que ele mais gosta! Querer ser especial e amado faz parte da natureza humana.  Você já desejou que o seu cão gostasse mais de você do que de alguma outra pessoa?  Se sim, não se acanhe. Disputas pelo amor do bicho de estimação  são comuns, principalmente no caso de cães, por suas demonstrações explícitas de carinho e apego. O ser humano também tem as necessidades dele, e uma é se sentir especial e querido.

Dar comida ao cão sob a mesa; permitir que ele suba na cama enquanto quem não gosta disso está ausente; evitar dar broncas no cão para não magoá-lo – essas são algumas das formas que assumem as disputas não declaradas na guerra pelo amor do animal. Neste artigo, você entenderá os motivos que levam o cão a gostar mais ou gostar menos de uma pessoa e saberá como ganhar o amor dele, sem prejudicá-lo.

Seja amado sem ser egoísta
O animal de estimação depende enormemente de nós. Por isso, temos a responsabilidade de proporcionar a ele uma vida agradável e um tratamento adequado às suas necessidades. Deixar o cão preso num canil durante o dia , em vez de solto com a empregada, para não se apegar a ela, é um gesto de egoísmo praticado por algumas pessoas. Cuidado para não prejudicar seu bicho por ciúmes. Não faça nada que reduza o bem-estar do cão para ele gostar mais de você. Não é justo nos preocuparmos somente conosco!

Predisposição ao apego
Por que os cães se apegam? Essa predisposição é herdada. Para os ancestrais dos cães – os lobos – pertencer a um grupo é essencial para caçar e sobreviver. Apegar-se é a estratégia que mantém juntos os membros de uma alcatéia.

O apego mais vantajoso é aquele que liga o lobo ao exemplar mais dominante do grupo. Afinal, é o líder quem dita as regras, defende os “protegidos” e até permite que se alimentem junto com ele. Não é à toa que os lobos fazem festa para o exemplar dominante, lambendo-o e querendo estar junto dele, mesmo quando tais comportamentos parecem ser ignorados ou desprezados. Exigir que os cães tenham determinados comportamentos e se sujeitem a limites não vai diminuir a predisposição natural deles de gostar de quem lhes dá ordens. Pelo contrário, se o humano tiver características de líder, a atração dos cães por ele pode ser maior. Portanto, a maneira como agirmos com relação aos demais membros da casa e o modo como damos ordens ao cão podem influir no quanto ele gosta de nós.

Cuidado com contra-ordens
Se alguém ordenar ao cão para descer do sofá e se outra pessoa, ao contrário, disser para continuar onde está, ele tenderá a permanecer no sofá e perceberá aquilo como um conflito hierárquico. Se as contra-ordens forem freqüentes, o cão poderá agredir a pessoa cujas atitudes o contrariem, tomando partido de quem defende os interesses dele. É fundamental que o cão tenha a situação hierárquica bem definida, para que se sinta tranqüilo.

Como aumentar o apego do seu bicho por você
O cão relaciona pessoas a acontecimentos causados por elas. O seu cão pode ter você em ótimo conceito se o associar a petiscos deliciosos, a brinquedos novos, a passeios ou a carinhos. Uma única dessas associações já pode fazer efeito estrondoso. Basta ver como há cães que adoram quando o passeador chega para irem passear, mesmo que o profissional não interaja com eles, não brinque e nem demonstre afetividade.

Construa com amor
Para tornar a vida do seu cão mais agradável e deixá-lo psicologicamente mais saudável, faça-o sentir que o líder é você. Essa situação vem da imposição de limites e da exigência de comportamentos específicos. O adestramento por meio de reforços positivos e os esportes, como o agility, são excelentes meios de atingir esse fim. E, se você participar pessoalmente dos treinos, terá a vantagem de a sua presença ser associada pelo cão ao acontecimento agradável de ganhar uma recompensa a cada comportamento correto.

Resumo
– Não prejudique o bem-estar do cão só para ele se apegar mais a você
– Alguns cães se apegam mais facilmente a pessoas que demonstram liderança em suas atitudes
– Evite que pessoas desautorizem você; o grupo deve ser unido
– Petiscos, carinhos e passeios podem aumentar o apego do seu cão por você
– Adestramento por reforços positivos e esportes são maneiras ótimas e saudáveis para ganhar o carinho do cão

Como fazer seu cachorro gostar de ir ao veterinário

Photo credit: LeahLikesLemon / Foter / CC BY
Photo credit: LeahLikesLemon / Foter / CC BY

Por Alexandre Rossi, especialista em comportamento animal.

Muitos cães morrem de medo de ir ao veterinário. Ao verem o profissional se aproximar ou ao entrarem na sala dele, colocam a cauda entre as pernas, tremem ou mostram agressividade. Resultado: todos se estressam – o cão, o proprietário e o veterinário. A qualidade do exame é comprometida diante da dificuldade de avaliar o cão aflito e, ao mesmo tempo, tentar controlá-lo. De tão traumática a experiência, o cão pode mudar de comportamento para sempre. A boa notícia é que existem diversas técnicas capazes de tornar as consultas mais agradáveis ou, no mínimo, menos traumáticas. Também dá para amenizar a sensação de dor durante os tratamentos, o que é especialmente importante para os filhotes, já que um trauma pode torná-los desconfiados e agressivos quando adultos.

Basta uma experiência para traumatizar

Muitas pessoas acreditam que os cães só aprendem por meio de repetições e que, portanto, a experiência dolorosa será esquecida se não ocorrer várias vezes. É verdade que grande parte dos aprendizados caninos necessita de um bom número de repetições para acontecer, mas nem sempre. Há experiências que depois de vivenciadas uma única vez já ficam registradas. Portanto, não subestime a importância de evitar traumas no cão que vai ao veterinário.

O medo pode aumentar a dor

Acalmar o cão nas consultas é uma estratégia importante. Quanto mais aflito e tenso estiver, maior será a chance de se assustar e ficar traumatizado. Um cão que se apavora sente muito mais dor. Até um procedimento simples, como o da vacinação, pode se tornar um evento terrível para eles.

Acostume o cão aos procedimentos

A melhor maneira de manter o cão tranqüilo durante o tratamento é acostumá-lo ao veterinário e a ser manejado durante as consultas.

Na primeira visita dele à clínica, habitue-o ao novo ambiente e ao veterinário. Para que permaneça calmo, deixe-o com os brinquedos preferidos e proporcione momentos agradáveis, oferecendo carinhos e petiscos. Peça ao veterinário para participar, brincando com o cão e dando também petiscos a ele.

Quanto aos procedimentos médicos, o melhor é simulá-los antecipadamente, de maneira gradativa. O treino pode ser feito no início da própria consulta – não costuma levar mais de 10 minutos. A simulação deve ser a mais parecida possível ao que acontece na realidade. Se o objetivo for vacinar o cão, por exemplo, contenha-o firmemente e simule uma picadinha de agulha com uma chave ou tampinha de caneta.

A cada simulação, procure recompensar o cão com algo agradável, como petiscos e elogios. Alguns cães treinados dessa maneira chegam a lamber os beiços quando vêem uma seringa. Só se passa para a próxima etapa do treino depois de o cão aceitar com tranqüilidade aquela na qual está sendo exercitado.

Outra prática útil para ajudar o cão a se adaptar às consultas é acostumá-lo, no dia-a-dia, a determinadas situações. Ter o hábito de ser massageado evita sustos ao ser apalpado pelo veterinário. Brincar em casa sobre superfícies lisas ajuda a não estranhar a mesa metálica da clínica.

No desconforto, redirecione a atenção

Quando um procedimento incômodo estiver em andamento, procure distrair o cão. Quanto menos atenção ele prestar ao desconforto, menos será a sensação de dor. Uma maneira de conseguir isso é brincar com um petisco, deixando o cão abocanhá-lo de vez em quando.

Não reforce a agressividade

Um erro comum é subestimar a reação do cão aos exames. O certo é contê-lo com firmeza nesses momentos. Até um exemplar dócil pode morder se ficar assustado ou com dor. E, se ele tiver sucesso ao tentar se desvencilhar ou assustar e ameaçar a pessoa que se aproximou, aprenderá a repetir tais comportamentos. Não permita, portanto, que ele tenha êxito nessas tentativas.

Resumo das dicas

  1. Associe coisas agradáveis (petiscos, brincadeira, carinho) a todo procedimento que possa ser desagradável ou assustador ao cão.
  2. Procure dessensibilizá-lo aos procedimentos veterinários.
  3. Acostume-o a ser contido firmemente.
  4. Tome as precauções necessárias para evitar que o cão controle a situação.

Malcriação com visitas

Photo credit: hello yoshi / Foter / CC BY-ND
Photo credit: hello yoshi / Foter / CC BY-ND

Por Alexandre Rossi, especialista em comportamento animal.

Quando chega visita em casa, seu cachorro salta para cima da pessoa, com as patas sujas de barro? Não dá sossego, pula no colo, morde a mão que tenta lhe fazer um carinho, late sem parar ou, pior, usa a perna das pessoas para esboçar atos sexuais? Ou tem o hábito de regar o tapete da sala com uma bela esguichada de xixi?

Essas atitudes fazem parte do repertório comportamental de cães nada bem-educados quando na presença de estranhos. São cachorros que associam a visita com entretenimento, oportunidade de aprontar, ou simplesmente querem chamar a atenção, por se sentirem enciumados ou ignorados.

Muitos donos não entendem por que o cão, muitas vezes comportado, se transforma no diabo-da-tasmânia quando chega estranho em casa. É importante observar que ele entende o contexto do que acontece. No dia-a-dia, quando seu cão apronta, você constata o flagrante e já lhe dá uma boa bronca, mas, diante da visita, fica chato soltar aquele berro costumeiro. Aí, pronto! O cachorro percebe que a bronca não vem e transforma esses momentos em ótimas oportunidades para aprontar!

Muitas pessoas conseguem resolver tais problemas sem lançar mão de punições. Há métodos inteligentes e muito eficientes que oferecem alternativas de comportamento para o seu cão, o que não quer dizer que a punição nunca seja necessária.

Em primeiro lugar, você deve ensiná-lo a se comportar bem com você e as demais pessoas da casa para ser bem-sucedido diante das visitas. Não se iluda achando que seu cão ficará obediente durante uma ceia especial se ele costuma latir todos os dias durante o jantar, ou que ele não vá pular e sujar as visitas de barro se é assim que ele recebe você diariamente.

Temos de entender que, quando os cães apresentam determinados comportamentos, eles não querem nos irritar, apenas chamar a atenção.

Um bom truque é escolher um brinquedo que pertença ao seu cão e, sempre que ele tentar chamar a sua atenção com esse brinquedo, pare o que estiver fazendo, corra atrás dele, brinque ou chame-o pelo nome, inclusive quando você estiver recebendo visitas.

Assim, quando ele estiver carente, querendo atenção e carinho, irá brincar ou destruir o tal brinquedo, e não atacar móveis ou almofadas.

Antes que o cão venha urinar ou defecar dentro de casa na presença de visitas, a dica é, assim que perceber suas atitudes, recompensá-lo com atenção e petiscos. Apesar de ser obrigado a deixar a visita sozinha para dar a recompensa ao bicho, você não terá de enxugar o tapete da sala nem pedir desculpas pelo mau cheiro.

Agora, o que fazer quando o cão tenta copular com a perna da visita? Nesse caso, a ação deve ser impedida exatamente no momento em que começa, já que cada segundo que passa o cachorro estará sendo recompensado pelo próprio prazer gerado pela atividade. O simples fato de seu cachorro ser interrompido de forma brusca, e no instante exato em que iniciar “aquela atividade”, já cria grandes chances de resolver o problema.

Espirrar água

Em caso de insistência do cão, e ele não largar a perna da visita, espirrar água na cara dele (cuidado para não atingir os ouvidos), pode ser uma saída mais imediata e refrescante. Porém, lembre-se de não fazer isso em tom de brincadeira, pois em pouco tempo ele vai adorar e querer repeteco.

Misturar substâncias amargas à água para aumentar a eficiência da bronca. Nesse caso, é melhor consultar o veterinário sobre o que usar, para não provocar alergia. As mais inofensivas são a citronela (pura, sem óleo) e alguns produtos amargos não-tóxicos.

Arranhadores para gatos

http://foter.com/f/photo/7614906548/dafa3fae05/
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Por Malu Araújo, adestradora da Cão Cidadão.

Gatos precisam afiar as unhas, e arranhar também ajuda eliminar o estresse e relaxar. Se você não tiver arranhadores para eles, com certeza um sofá, um encosto de cadeira ou algum outro móvel será escolhido. Arranhar é uma forma de marcar território, assim, ele solta hormônios e deixa o seu cheiro nesses lugares.

Para saber qual é a preferência de arranhador para o seu gatinho, observe o comportamento dele. Muitos gostam de arranhadores altos na vertical, para poderem se espreguiçar, enquanto outros curtem arranhadores na horizontal. Analise a preferência da textura também, teste brinquedos e arranhadores de papelão, de corda e revestido com tecido. Mas, com certeza, uma coisa que todos eles procuram é que os arranhadores sejam firmes. Então, escolha um modelo que pode ser fixado em algum lugar ou que seja pesado e transmita segurança na hora do seu gatinho usar.

Também é possível fabricar em casa um arranhador com coisas simples, como uma caixa de papelão de uma encomenda que você recebeu, com cordas de sisal, que são facilmente encontradas e são vendidas por metro. Um pedaço de tapete também costuma ser muito atraente.

Outra coisa importante para ser levada em consideração é o ambiente que você colocará esse arranhador. Ele não deve ficar, por exemplo, na área de serviço, se o seu gatinho não frequenta muito esse ambiente. O ideal é colocá-lo onde o gato gosta de ficar, em um cômodo que ele sempre está.

Apesar de arranhar ser um comportamento natural do gato, se possível, estimule-o a usar o arranhador desde pequeno. Sempre que ele estiver brincando com ele, elogie, fale com ele, dê atenção.

Não esqueça que o arranhador não é para a vida inteira. Eles podem estragar ou ficar com mau cheiro e, se isso acontecer, troque! O gatinho deixará de usá-lo com tanta frequência, podendo voltar a arranhar o sofá.

Fonte: PetShop Magazine.

Dicas para viajar com o gato

Photo credit: Team Erin Sucks / Foter / CC BY-SA
Photo credit: Team Erin Sucks / Foter / CC BY-SA

Por Malu Araújo, adestradora da Cão Cidadão. 

Vai viajar nessas férias e o seu gatinho vai te acompanhar? Primeiro, faça uma consulta com o veterinário, para verificar o estado de saúde do animal e deixar as vacinas em dia.

Vai viajar de carro?

O seu gato deve se acostumar a sair de carro, então, sempre que possível, leve-o com você em trajetos curtos. Assim, quando for para ele passar mais tempo no veículo, já estará adaptado.

O animal também deve viajar com segurança. Nunca o deixe solto no carro. Leve-o na caixinha de transporte, evitando, assim, um acidente, caso ele pule em você ou tente sair pela janela. Dessa forma, você garante a sua segurança e a dele também.

A caixa deve deixar o gato confortável. Ela precisa ser arejada, para que ele fique tranquilo durante o trajeto. O animal deve estar acostumado a usá-la antes de viajar também – mesmo gatos muito tranquilos podem ficar estressados em ambientes diferentes.

Faça algumas pausas durante o caminho. Deixe o animal relaxar um pouco e sair do carro, mas sempre use uma coleira para que ele não tente fugir. Não se esqueça também de deixá-lo devidamente identificado com uma plaquinha na coleira, na qual conste o seu telefone. Procure sempre as paradas onde animais sejam bem-vindos. Ofereçam água durante esses intervalos.

Vai viajar de avião?

Verifique com antecedência com a companhia aérea as regras de como transportar seu gatinho, se ele pode ir com você na cabine ou se ele terá viajar no bagageiro. Veja também a documentação necessária para a viagem, como carteira de vacinação, atestado de saúde, etc. Algumas empresas também têm regras com relação ao tamanho da caixa de transporte. Preparando-se antes, o passeio será agradável a todos.

Lembre-se de que, além de deixar o seu gato identificado, você também deverá identificar a caixa de transporte dele. Coloque seu nome, endereço, telefones para contato, cidade, estado, além de algum telefone de emergência ou de algum amigo ou familiar.

Bagagem

Viajando de carro ou de avião, não importa: faça as malas do gatinho também. Não se esqueça de levar os potes para água e comida, os brinquedos que ele gosta, a ração e petiscos. Leve também o atestado de saúde e a carteirinha de vacinação.

Tente não dar comida para o gato seis horas antes da viagem, para evitar enjoos. Caso seja necessário, somente o médico veterinário deverá fazer a aplicação de algum tranquilizante. Nunca o medique sozinho.

Se a viagem for para o exterior, é necessário ir ao Ministério da Agricultura retirar um Certificado Zoo Sanitário Internacional e consultar, no consulado do país de destino, quais são as exigências necessárias para a entrada do pet.

Fonte:PetShop Magazine.

Hora do banho

Photo credit: Raelene G / Foter / CC BY
Photo credit: Raelene G / Foter / CC BY

Por Malu Araújo, adestradora da Cão Cidadão.

O processo pode ser menos complicado se os treinos forem iniciados desde cedo, quando o gato ainda é um filhotinho.

O banho deve ser algo agradável e gostoso, então, cuidado com a temperatura da água. Prepare uma bacia com uma borracha de EVA no fundo, para evitar que ele escorregue. Não deixe a bacia muito cheia de água e não dê o banho se você estiver com pressa, pois, o ideal é ter tempo para acostumá-lo aos poucos. Não tente secá-lo com o secador, pois essas coisas podem assustá-lo muito. Faça tudo com calma, já que você quer que ele goste de tomar banho.

Apresente-o primeiro a tudo que possa envolver o momento do banho. Comece por pequenas etapas: faça com que ele se habitue ao som do secador, com ele ligado em outro ambiente, depois, com calma, aproxime-o do seu gato, nunca direcionando o jato para a cara dele, para não assustá-lo. Faça carinho nele com a toalha, deixe que ele sinta o cheiro dos produtos que você vai usar, como o xampu; use a escova para fazer carinho bem devagar. Procure sempre associar esses momentos com algo agradável, oferecendo um petisco, brincando, fazendo carinho e falando com ele com um tom de voz suave.

Outra opção é dar preferência aos dias mais quentes e secar bem o gatinho com a toalha. Depois, deixe que ele termine de se secar com o calor do sol, principalmente se o gato apresentar muita resistência ao secador. Depois que o seu gato já estiver mais habituado com os objetos, sons e tudo o que envolve esse momento, você pode dar um banho completo nele.

Organize-se! Um dia antes você pode cortar as unhas do gato. Você também pode escová-lo antes de dar banho, o que evita que ele solte muito pelo.

Proteja o ouvido dele com um chumaço de algodão. Tome cuidado também com os olhos e nariz: não jogue água diretamente nesses locais.

Use sempre produtos recomendados pelo médico veterinário.

Fonte: PetShop Magazine.

Compulsão em gatos

Photo credit: Josh Antonio / Foter / CC BY
Photo credit: Josh Antonio / Foter / CC BY

Por Malu Araújo, adestradora da Cão Cidadão.

Classificamos como compulsão, comportamentos repetitivos, que não possuem motivo aparente ou objetivo. Se lamber muito, miar em excesso, arrancar pelos, andar em círculos e comer tecidos podem ser alguns exemplos de comportamentos compulsivos. Se lamber, miar, entre outras ações são comportamentos normais dos gatos, porém, o que chamamos de compulsão é o excesso.

A compulsão pode aparecer por diversos motivos: uma reforma barulhenta e fluxo de pessoas no ambiente, aos quais o gato não está acostumado; pela presença de outro animal; por situações que acontecem e que deixam o gato muito ansioso ou estressado. Existe também o fator genético e, nesse caso, o ideal é não permitir que um gato compulsivo se reproduza, pois a chance dos filhotes apresentarem os mesmos comportamentos é alta.

A sociabilização do gato é a melhor forma de evitar que comportamentos compulsivos apareçam. Apresentá-lo para pessoas, sons, cheiros, e sempre de uma forma agradável, associando essas situações a um petisco ou um carinho, pode fazer com ele se habitue às possíveis mudanças que ocorrerão durante a vida. Tratar é mais complicado do que prevenir, portanto, faça uma sociabilização com seu bichano.

Parar ou interromper uma compulsão nem sempre é o melhor a se fazer, pois pode fazer com que o gato deixe de apresentar determinado comportamento e parta para outro, que pode ser pior. A interrupção da compulsão só deve ser feita se o que o animal faz for muito perigoso para ele – se está causando algum tipo de machucado ou no caso de ele estar comendo algum objeto, por exemplo.
Conversar sobre o que está acontecendo com o veterinário é sempre válido. Em alguns casos, é necessária a introdução de medicamentos e feromônio.

Evite expor o gato a situações de estresse. Se ele tem medo de pessoas e você vai oferecer um jantar, deixe um cômodo da casa para ele e não permita que as pessoas entrem lá sem motivo. Você adotou um novo amigo, então, conte com a ajuda de um profissional de comportamento para auxiliar na interação entre eles.

Ofereça também alternativas para o gato gastar energia. Brinquedos interativos e jogos são um excelente estímulo mental e uma forma de atividade para ele. Brincadeiras em que ele possa “caçar” a comida são ótimas.

Proporcionar uma rotina previsível para o gato influenciará na mudança comportamental dele.

Fonte: PetShop Magazine.

Preparando o gato para uma mudança

Photo credit: Douglas J O'Brien / Foter / CC BY-SA
Photo credit: Douglas J O’Brien / Foter / CC BY-SA

Por Katia de Martino, adestradora da equipe Cão Cidadão.

Você e sua família vão se mudar para uma casa nova e, claro, o gatinho vai junto. Como proceder para que o animal fique o menos estressado possível com a mudança?

Mesmo com todas as precauções, é natural que seu felino se sinta desconfortável no início. Porém, com alguns cuidados simples, é possível diminuir o estresse até que ele esteja à vontade no novo ambiente.

Gatos gostam de lugares altos e com pouco movimento. Caso ele prefira ficar dentro de algum armário, deixe-o. Entenda que lá é o local que ele escolheu e que, aos poucos, principalmente durante à noite, ele conseguirá explorar o território.

Coloque a caminha e brinquedos bem perto do local que ele tiver escolhido. Apenas quando você sentir que ele está mais adaptado, coloque os objetos no lugar definitivo.

Florais e feromônios sintéticos, vendidos em pet shop, também podem auxiliar no processo de adaptação. Tenha paciência e lembre-se de que é preciso tempo para que seu amigo esteja completamente à vontade em seu novo lar.

Fonte: Pet Center Marginal.

Cuidados com a caixa higiênica

Photo credit: René (and then some) / Foter / CC BY
Photo credit: René (and then some) / Foter / CC BY

Por Malu Araújo, adestradora da Cão Cidadão. 

O bichano deve se sentir confortável para usá-la, pois, caso não esteja, poderá urinar e defecar em locais inapropriados. Ou ainda, utilizar o banheiro menos vezes do que é recomendado, o que pode ocasionar problemas de saúde!

O ideal é oferecer uma caixa a mais do que a quantidade de gatos que há na casa, ou seja, se você tem um gato, deve ter duas caixas. Se tem dois gatos, deve proporcionar a eles pelo menos três caixas higiênicas. Outra dica é não colocar a caixa em locais que possam deixá-lo desconfortável, por exemplo, um lugar muito barulhento, que pode ser próximo à máquina de lavar ou da janela da casa, se sua rua for muito movimentada.

Também não a deixe perto da água, comida ou do local onde o gato dorme. A caixa pode ficar no chão ou em um local mais alto, e a frequência de uso do bichano é o que vai indicar para você a preferência dele.

Faça, ainda, testes com relação ao tipo de areia que será usado. Muitas delas têm um preço mais econômico ou certa facilidade de limpeza, mas, a “opinião” do gato é muito importante e deve ser levada em consideração. Assim, você vai evitar que ele, por não gostar do material usado, deixe de usar a caixa e faça as necessidades em local errado.

As caixas também não devem ficar muito sujas. Os gatos são higiênicos e evitam usar o banheiro, caso ele esteja muito sujo.

Cuidado com o produto que será usado para a limpeza da caixa: os que possuem o cheiro muito forte podem afastar o bichano.

Não se esqueça, também, de trocar periodicamente a areia. Com o tempo, ela pode ficar com odor e afastar o pet.

Fonte: PetShop Magazine.