Cães e gatos podem ser amigos?

Photo credit: gchampeau / Foter / CC BY
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Por Cassia Rabelo Cardoso dos Santos, adestradora da Cão Cidadão.

Quem nunca ouviu o velho ditado “brigam como cão e gato…”? Pois é, apesar do ainda tão corrente mito de que o cão e o gato não podem se dar bem, uma convivência harmoniosa é possível, sim! As duas espécies podem se tornar bons amigos!

Uma boa dica para que essa se torne uma realidade fácil de ser alcançada, em qualquer época da vida do cão ou do gato, é permitir que eles tenham contato com a outra espécie na fase de sociabilização primária, ou seja, quando filhotes – nos gatos, essa fase vai da 3ª a 8ª semana de vida, e nos cães, até o 85º dia de vida. Nesse período, em que todas as experiências vividas ficarão marcadas, é importante que os filhotes sejam apresentados a outras espécies, de forma positiva e sempre zelando pela segurança, para que, na fase adulta, essa eventual convivência possa se tornar algo que o cão ou gato já tenham vivenciado.

Essa é, portanto, a melhor forma de ter sucesso na aproximação entre o cão e o gato, mesmo na fase adulta: permitindo que o filhote possa ter essa experiência ainda na tenra idade! Mas, e se por acaso, quando filhote, o cão ou gato não tenha sido apresentado a algum indivíduo da outra espécie? É impossível que vivam juntos? Não, mas pode ser necessário mais tempo e paciência para que a aproximação seja feita com sucesso.

Nesse caso, o ponto mais importante a ser levado em consideração quando se quer aproximar um cão e um gato que antes não se conheciam, é tornar a experiência positiva para ambos. Um cão que nunca teve contato com felinos pode ter despertado seu instituto predatório ao se deparar com um bichano correndo à sua frente. Tal situação, certamente,
seria muito estressante para o gato.

Assim, se for o caso de introduzir um cão em uma casa que já tinha um gato, ou vice-versa, o ideal é fazer a aproximação de forma gradual, sem estresse excessivo para nenhum dos dois. Para tanto, o ideal é que o bichano seja mantido dentro de uma caixa de transporte, a qual já esteja acostumado, e o cão, contido na guia.

Utilizar petiscos que o cão e o gato gostem bastante vai ajudar nessa fase, para associação positiva da presença do outro e, também, para que seja possível perceber se algum deles está ansioso demais – a falta de interesse em algo que, normalmente, despertaria o apetite, pode indicar que o estímulo está muito alto, ou seja, a distância entre os dois deve ser aumentada.

A caixa de transporte só deve começar a ficar aberta quando ambos, cão e gato, demonstrarem já estarem habituados à presença um do outro.

Nessa fase, ainda é importante manter o cão na guia, para que seja preservada a segurança. Ambos devem ser bastante recompensados quando estiverem calmos e demonstrando tranquilidade na presença do outro.

O importante é sempre prezar pelo bem-estar de ambos e se certificar de que a situação não está estressante demais. Os dois só devem ser deixados livres para circular quando não houver sinais de estresse ou tentativas de ataques mútuos.

Esse treinamento pode demorar ou não, tudo depende das reações do gato e do cão. Não se deve hesitar em contatar um profissional especializado em comportamento animal, caso o treinamento não evolua ou algum dos dois esteja demonstrando excitação ou ansiedade excessiva.

Introduzindo um novo gato ao grupo

Photo credit: hyakushiki_thebest / Foter / CC BY
Photo credit: hyakushiki_thebest / Foter / CC BY

Por Cassia Rabelo Cardoso dos Santos, adestradora da Cão Cidadão.

Gatos domésticos são animais sociais, apesar do entendimento amplamente difundido em contrário. São capazes de uma ótima convivência com animais de outras espécies, inclusive o ser humano e também com outros gatos. Mas, a introdução de um novo membro ao grupo de gatos pode ser estressante, caso os felinos se sintam desconfortáveis, podendo até ocorrer ataques. Assim, é preciso muita paciência no processo de habituação, que pode realmente demorar.

Antes de apresentá-los, o ideal é deixar o novo gatinho em um cômodo da casa, sem acesso aos demais (gatos e cômodos), para que ele se habitue com os sons e objetos do novo ambiente. É importante disponibilizar água, comida e caixa de areia para todos. Acostumar-se ao odor dos outros membros da colônia é um passo importante na habituação dos gatos, já que a linguagem odorífera é muito importante para eles. Daí a necessidade de habituação com os odores dos felinos, que deverão conviver juntos. Assim, durante esse estágio, deve-se esfregar regularmente cada um dos gatos com uma flanela e deixar esses paninhos embaixo do pratinho de comida do outro gato, para que eles já associem o cheiro dos demais com algo prazeroso (a hora de comer).

A utilização de feromônios sintetizados artificialmente pode ser muito eficaz no processo de habituação de um novo gato ao ambiente. O Felifriend® presta-se exatamente a esse propósito, mas, infelizmente, esse produto ainda não é fabricado no Brasil.

Quando perceber que o gato (ou gatos), que já morava na casa, está apresentando seu comportamento normal e se mostrando curioso e confortável em relação aos sons do novo hóspede no cômodo dele, é hora de aproximá-los. Antes disso, seria interessante trocá-los de cômodo: ainda sem se verem, deixar o gato mais antigo no quarto do novo habitante, para que ele explore todos os cheiros deixados, e fazer o mesmo com o novo gato, deixando-o livre para explorar os demais cômodos da casa (ainda sem se verem!).

A aproximação efetiva pode ser feita por uma fresta da porta ou mesmo através de um portão telado, para que eles se vejam, mas ainda sem conseguirem se tocar. Uma barraca como a da foto abaixo também pode ser uma boa solução para ambientação do novo gato com os demais, garantindo-se a segurança de todos.

Outra opção é usar caixas de transporte, colocadas perto uma da outra, para que os gatos possam se ver. É importante sempre avaliar o nível de estresse e insegurança de todos os envolvidos: se constatado que o estímulo está alto demais e algum deles não está se sentindo confortável, deve-se recuar. Utilizar ração úmida para gatos neste momento é uma boa opção para uma associação positiva entre eles. Ou seja, enquanto estão no mesmo ambiente, pode-se oferecer a guloseima. Lembrando que, caso um dos gatos não aceite nem a comidinha deliciosa, significa que não está ainda confortável com a situação.

Só é conveniente soltá-los no mesmo ambiente quando todas as etapas acima forem seguidas e tiver sido constatado que todos estão confortáveis. A utilização de coleiras peitorais, próprias para gatos (desde que já estejam habituados ao uso deste acessório), ajuda, e muito, no controle em caso de ataques.

Finalmente, para que a convivência seja harmoniosa, é importante para os gatos que, no ambiente onde vivem, se sintam seguros e no controle das fontes de sobrevivência (caixas de areia, água e comida). Isso fará com que não tenham necessidade de manter o controle forçado sobre essas fontes, muitas vezes usando de agressividade. Nesse sentido, é relativamente comum que um gato se sinta intimidado ao usar a caixa de areia ou tomar água e comer quando outro mais dominante fica à espreita, observando-o.

Por isso, no que diz respeito às caixas de areia, o ideal é oferecer, no mínimo, uma caixa a mais que o número de gatos da casa, e deixá-las à disposição em locais estratégicos, preferencialmente em lugares onde se perceba que cada um dos gatos prefere se aliviar. Além disso, vários potes de água fresca e/ou fontes de água, locais tranquilos para cada um se alimentar, prateleiras para que possam escalar e esconderijos onde possam ficar quando assim desejarem.

Tomando esses cuidados, a tendência é que a habituação seja um sucesso e todos possam viver em harmonia daí para frente!

A importância da socialização para o gato

Photo credit: Cats 99 / Foter / CC BY
Photo credit: Cats 99 / Foter / CC BY

Por Cassia Rabelo Cardoso dos Santos, adestradora da Cão Cidadão.

Atualmente, os gatos vêm se tornando companhia cada vez mais presente nos lares brasileiros. Ainda perdem em número para os caninos, mas é crescente o número de pessoas desse imenso país que vêm se apaixonando pela companhia cativante desse ronronante animal de estimação.

Esse aumento acaba gerando, também, mudança na mentalidade das pessoas quanto à forma com que abrigam os felinos de estimação. Especialmente nos grandes centros urbanos, vem sendo afastada a ideia de que os gatos domésticos devem ter vida livre, ou seja, podem ir e voltar para casa, a seu bel prazer. É indiscutível que criar um gato dessa forma aumenta as chances de acidentes e morte prematura, razão pela qual vem sendo difundindo que aos gatos não se deve permitir sair livremente, mas sim serem mantidos em nossos lares, protegidos dos perigosos agentes externos. Mas, por outro lado, gatos criados nessas condições podem acabar sendo privados, durante toda a vida, do convívio saudável com outros de sua espécie, cães e seres humanos em geral.

Gatos, por natureza, são animais retraídos, que costumam se sentir mais confiantes com pessoas e ambientes conhecidos, ou seja, onde detenham o controle do ambiente. Ora, privar um gatinho do convívio com companheiros de sua espécie, bem como outros animais e seres humanos pode prejudicar, no futuro, sua adaptação a situações, locais e pessoas diferentes, gerando alto grau de estresse toda vez que for obrigado a se deparar com circunstâncias diferentes daquelas a que esteja habituado.

Assim, uma medida essencial para garantir ao gato uma vida adulta sem grandes sobressaltos quando deparado com novas realidades, é providenciar uma boa socialização na fase de filhote. Isso significa permitir a esse filhote que seja apresentado ao maior número possível de pessoas e animais diferentes, sempre de forma positiva, objetivando fazê-lo se acostumar mais facilmente a essas novidades. No período de socialização, todos os laços afetivos (com animais da mesma ou de diferentes espécies) são formados e, por esse motivo, constitui-se no período mais importante na vida do gato.

A chamada fase de socialização primária é bastante curta nos filhotes de felinos domésticos, ocorrendo, em média, da 2ª a 9ª semana de vida do bichano. Nem sempre é possível que o gatinho que iremos adotar esteja em casa dentro desse período. Mas, caso seja possível conhecê-lo durante essa fase (mesmo que esteja ainda com a mãe), é importante prezar por um bom trabalho de socialização.

E o que significa fazer um bom trabalho de socialização? Essa tarefa consiste em permitir ao filhote vivenciar o maior número de experiência envolvendo várias pessoas diferentes, outros gatos e animais (como cães e pássaros). E isso deve envolver, sempre, manuseio gentil e bastante frequente dos filhotes, que deve ser recompensado por todos os comportamentos amigáveis que demonstrar. Essa recompensa pode consistir em ração úmida para filhotes, que eles costumam adorar! Gatos manuseados por vários seres humanos na fase de socialização primária costumam ser muito menos arredios a pessoas, se comparados àqueles que tiveram pouco contato com humanos na fase de socialização.

Um bom exemplo de trabalho de socialização entre filhotes de gatos e crianças é colocar um pouco de ração úmida numa colher e deixar que a criança vá oferecendo ao gatinho, enquanto brincam. Da mesma forma com pessoas que tenham contato com o gatinho, que deve ser pego no colo e acariciado gentilmente.

Prezar por uma boa socialização permitirá que o gatinho se torne facilmente adaptável a presença de seres humanos, sendo receptível às visitas que chegam ao seu “território”. Assim, tenderá a se mostrar tranquilo e receptivo sempre que pessoas novas visitem a casa da família, sem que esta experiência se torne algo amedrontador e o faça se esconder em um cômodo até que os “invasores” deixem o ambiente…

Dessa forma, conclui-se que fazer um bom trabalho de socialização com um filhote de gato que acaba de chegar ao novo lar é essencial para que se torne um adulto equilibrado e facilmente adaptável a novas pessoas e animais, sem que tal fato seja sinônimo de alto nível de estresse, tornando a convivência mais harmônica para todos!

Como acostumar o seu gato a tomar banho?

Photo credit: yoppy / Foter / CC BY
Photo credit: yoppy / Foter / CC BY

Por Alexandre Rossi e Malu Araújo – adestradora da equipe Cão Cidadão.

Gatos são muito higiênicos, passam uma grande parte do dia se lambendo, mas eles também podem tomar banho, e melhor ainda, gostar de tomar banho. Preferencialmente, esse hábito deve começar desde cedo, quando o gato ainda é um filhotinho.

Para que ele goste deste momento e associe o banho a uma situação bacana, nunca contenha o gato contra sua vontade, não o coloque logo na primeira vez numa banheira cheia de água e não tente secá-lo com o secador, pois essas coisas podem assustá-lo muito. Faça tudo com calma, já que você quer que ele goste de tomar banho, e, para isso, apresente-o primeiro a tudo que possa envolver o momento do banho.

Os primeiros banhos devem ser dados em etapas: comece molhando só as patinhas, depois vá aos poucos molhando o restante do corpo dele, em outro momento passe uma toalha nele, depois, deixe ele sentir o cheiro dos produtos que você irá usar, sempre associando esses momentos com algo agradável, oferecendo para ele um petisco, brincando, fazendo carinho e falando com ele com um tom de voz suave.

Se você quer secá-lo com secador de cabelo, primeiro ligue o secador distante dele para que ele acostume com o barulho, ofereça um petisco, deixe o secador na potência mínima, aos poucos direcione o jato de ar na direção dele, ainda mantendo uma distância para não assustá-lo, e, aos poucos, passe o secador por todo o pelo do gato. Outra opção é dar preferência aos dias mais quentes e secar bem o gatinho com a toalha. Depois, deixe que ele termine de se secar com o calor do sol, principalmente se o gato apresentar muita resistência ao secador. Depois que o seu gato já estiver mais habituado com os objetos, sons e tudo o que envolve o momento do banho, você pode dar um banho completo nele.

Prepare-se! Um dia antes você pode cortar as unhas do gato, não dê banho se você não tiver tempo, não faça nada com pressa! Você também pode escová-lo antes de dar banho, evitando assim que ele solte muito pelo, proteja o ouvido dele com um chumaço de algodão. Tome cuidado também com os olhos, nariz, não jogue água diretamente nesses locais. Deixe tudo o que você vai usar separado, inclusive a toalha e o secador, o xampu e todos os produtos que você vai usar no banho; use sempre produtos recomendados pelo médico veterinário.

Uma dica é colocar uma borracha de EVA no fundo de uma bacia ou da banheira, para evitar que o gato escorregue.

Lembrando-se de tomar alguns cuidados, acostumando seu bichano desde cedo com essa situação, falando com ele durante o banho e oferecendo alguns petiscos, com certeza é uma receita que fará com que ele goste do banho! E, além de tudo, você terá um amigão bem cheiroso.

Gatos: demarcação de território com xixi

Photo credit: eva101 / Foter / CC BY
Photo credit: eva101 / Foter / CC BY

Por Alexandre Rossi, especialista em comportamento animal.

Entre os comportamentos do gato com maior potencial para incomodar seus proprietários está a demarcação com urina. Saiba como preveni-la e corrigi-la

Consultores comportamentais americanos e ingleses reportam que 50% das queixas recebidas de proprietários de gatos estão relacionadas com a demarcação feita com urina, conhecida como “spray marking”. Infelizmente, muitos gatos são abandonados ou sacrificados quando começam a apresentar esse tipo de comportamento.

Demarcação típica
O gato que está em pé e borrifa urina para trás, em superfícies verticais e com a cauda erguida e vibrando, encontra-se na mais clássica posição de demarcação territorial. Essa postura difere bastante daquela adotada pelos gatos para simplesmente se aliviar. Outras diferenças típicas da demarcação são a menor quantidade de urina eliminada com os borrifos e o fato de a urina geralmente não ser enterrada, por se tratar de uma forma de comunicação.

Prevenção via bem-estar
A demarcação com urina pode estar associada à tensão e ao estresse do gato por diferentes motivos. Tanto que muitos felinos param de demarcar quando o ambiente fica mais de acordo com as necessidades deles. Alguns cientistas consideram que a demarcação com urina seja uma maneira agressiva de os gatos protegerem o território.

Efeito da castração
É altamente recomendado castrar, especialmente os gatos machos, para se obter controle sobre a demarcação com urina, tanto preventivamente quanto para “curá-la”, se já se tornou problema. Pesquisas demonstram que cerca de 90% dos gatos machos param de demarcar apenas alguns meses após a castração. Mesmo que o gato continue a demarcar, a castração aumenta as chances de bom resultado no uso de técnicas comportamentais e medicamentosas para solucionar o problema, já que a redução dos hormônios sexuais costuma diminuir a predisposição para a demarcação.

Quanto às fêmeas, a castração faz com que elas não entrem no cio e reduz as chances de demarcarem, além de evitar a demarcação feita pelos machos, já que eles são incentivados pelo cio e pela demarcação praticada pelas gatas.

“Calmantes”
Drogas que reduzem a tensão, como o Valium, podem ajudar a controlar a demarcação com urina, ainda mais quando o motivo principal estiver associado a situações estressantes, como invasão de território feita por outro gato ou animal, uma grande faxina ou mudança de casa. De maneira geral, essas drogas, conhecidas, como ansiolíticos, são recomendadas por períodos não muito longos. Seu uso deve sempre ser acompanhado por um médico-veterinário e um especialista em comportamento. Normalmente, o efeito relaxante desse tipo de medicamento é quase instantâneo, diferentemente da maioria dos antidepressivos, os quais também são bastante recomendados.

Antidepressivos
Ao contrário do que muita gente acredita, os antidepressivos são receitados não só para pessoas, mas também para animais deprimidos, inclusive para o tratamento de vários problemas comportamentais, alguns deles em nada relacionados com o famoso estado depressivo.

Para o controle da agressividade, compulsão e ansiedade em gatos, bem como da demarcação territorial, são bastante recomendados princípios ativos como a fluoxetina e a clomipramina. Estudos demonstram uma eficácia de quase 90% em tais medicações no controle da demarcação territorial. Mas essa porcentagem varia bastante de estudo para estudo. Normalmente, o uso de antidepressivos é recomendado por longos períodos e o efeito pode demorar algumas semanas para aparecer.

Para o tratamento medicamentoso ser iniciado, é necessário que haja acompanhamento médico-veterinário. Após ter sido encerrado o tratamento, se o ambiente não foi alterado de modo a deixar o gato mais seguro e relaxado, o problema tende a voltar.

Feromônio
Existe ainda a possibilidade de uso do feromônio sintético Feliway, disponível em alguns pet shops. A taxa de sucesso, segundo um experimento inglês, é de cerca de 80%. Esse feromônio pode ser colocado nos locais onde o gato borrifa urina. Há também a opção de aplicá-lo no ambiente, por meio de difusores nas tomadas da casa. Na presença desse “cheiro”, os gatos tendem a ficar mais relaxados e a demarcar menos.

Controlando a obesidade

Sabia que a obesidade pode fazer muito mal para o seu cãozinho? Sim, isso mesmo! Sabe aquele comportamento de não correr, brincar e, às vezes, sentir preguiça de até subir as escadas da sua casa? Então, isso pode ser muito prejudicial para a saúde dele.

Melhore o hábito do seu pet

Se o seu pet for daqueles que comem e nunca estão satisfeitos, o ideal é mudar esse comportamento. O correto é sempre dar a quantidade certa de alimento para ele. Pegue como base a quantidade que vem estabelecida na embalagem da ração. A qualidade do produto também não deve ser esquecida.

Resista, resista e resista!

Por mais difícil que possa ser resistir à carinha de pidão do peludo, é essencial que você a ignore. A determinação necessária para controlar o peso do cão aumenta quando a oferta de alimento é reduzida.

Atividades

Faça sempre exercícios e brincadeiras com o seu cão. Leve-o para passear, deixe-o correr no parque, invente alguma atividade para que ele vá se acostumando com essa rotina. Você também pode esconder pedacinhos de petisco pela casa e estimulá-lo a procurá-los.

Seu gato pode gostar mais de você

Photo credit: mamaloco / Foter / CC BY-ND
Photo credit: mamaloco / Foter / CC BY-ND

Por Alexandre Rossi, especialista em comportamento animal. 

Muitas pessoas me perguntam o que fazer para seus gatos gostarem ainda mais delas. Normalmente apaixonadas pelos felinos que têm, querem reforçar o sentimento recíproco

Afetividade
Diversas iniciativas podem nos tornar mais importantes para nossos gatos. Devemos, porém, levar em conta que cada espécie e cada indivíduo possuem uma maneira diferente de amar. Humanos e cachorros são, na média, muito mais carentes de atenção e de carinho que gatos. Em outras palavras, não devemos esperar de um gato a mesma carência de um cão.

Maior dependência
As dicas a seguir farão o seu gato se ligar mais a você. Mas ele poderá também se tornar mais dependente, com mais chance de sentir a sua falta, quando você não estiver. Antes de pôr em prática as estratégias para se sentir mais amado por ele, pense nisso, para não comprometer o bem-estar do seu animal de estimação.

Tendência genética
Gatos já nascem carentes. Determinadas raças e linhagens são mais dependentes, carentes e carinhosas que outras. Por isso, espere filhotes mais afetivos de pais também mais afetivos.

No útero da mãe
A facilidade de apego ao ser humano começa a se formar no útero materno. Durante a gravidez, hormônios produzidos pela mãe influenciam a formação do cérebro do filhote e o quão propício a desenvolver vínculos afetivos ele será. De maneira geral, filhotes cujas mães ficaram muito estressadas durante a gravidez tendem a ser mais medroso e a gostar menos de carinho.

Idade crítica
O que acontece com o filhote até os 2 meses de idade tem uma enorme influência no comportamento futuro do gato. Por isso, procure acostumá-lo desde cedo à presença, cheiros e barulhos de seres humanos. Também está comprovado que massagear o filhote por alguns minutos aumenta a carência e a tolerância a carinho humano. Quanto mais sociabilizado for o gato, maiores serão as chances de ele demonstrar afeto em público, já que não ficará retraído ou escondido sempre que uma visita chegar!

Represente coisas boas
Gatos nos associam com tudo que sentem ou que percebem quando estamos perto deles. Se nos associarem com coisas boas, gostarão cada vez mais de nós. Portanto, o truque é conhecer quais são as coisas que agradam o seu gato e associá-las a você da melhor forma possível.

Alimentos e petiscos
Essas são ótimas ferramentas para uma aproximação afetiva com o seu felino. Para ele associar você a comidas gostosas, não basta que o veja completar o potinho com mais comida. A não ser que seja daqueles gatos que só querem comer quando a ração acaba de sair do saco…

De qualquer forma, é importante que o felino esteja com apetite quando algo gostoso é ofertado a ele. Por isso, receber uma quantidade controlada de alimento o tornará mais apegado a quem o serve do que ter comida disponível o dia todo.

É impressionante como petiscos dados na hora certa podem melhorar – e muito – um relacionamento. Tente recompensar o seu gato com petiscos sempre que ele atender a um chamado seu, como quando você chega em casa, e até mesmo quando ele vier de maneira completamente espontânea.

Diversão
Brincadeiras, principalmente de caça, são bastante prazerosas para o gato. Sempre que possível, brinque com ele. Assim, você ficará associado também a entretenimento e diversão. Aprenda a mover objetos da maneira que o seu gato mais gosta e descubra brinquedos que ele adore.

Conforto e segurança
Deixe o seu cheiro nos lugares onde o gato gosta de relaxar. Passe simplesmente a mão naquele local ou esfregue-se num pano e ponha-o perto dali.

Procure nunca pegar o gato enquanto ele relaxa nem tente tirá-lo de onde se escondeu, principalmente se estiver assustado com alguma visita. Nesses casos, tente atraí-lo oferecendo algo, mas sem insistir demais.

Ficar junto
Quanto mais tempo você passar com o gato, melhor. Isso inclui deixá-lo dormir com você. O chato é não poder se movimentar muito na cama, pois os felinos costumam reclamar ou ir embora… Normalmente, quando durmo com gatos tento me mexer o mínimo possível, para não incomodá-los.

Como aproximar gatos que brigam

Photo credit: Paul Anglada / Foter / CC BY-NC-SA
Photo credit: Paul Anglada / Foter / CC BY-NC-SA

Por Alexandre Rossi, especialista em comportamento animal.

Princípio da amizade
A lógica do comportamento dos gatos é simples: para serem amigos, um precisa proporcionar vantagens ao outro. Essas vantagens podem ser em forma de lambidas, de alimentos, de carinhos, de aconchego para dormir e até de brincadeiras. Mas há um problema: o gato vê instintivamente seus similares como possíveis fontes de disputas nas áreas de alimentação, sexo e território. Por esse motivo, quem quer aproximar dois gatos precisa ter o objetivo de transformar um possível “competidor” em um “amigo”.

Princípio da tolerância
É bastante comum os gatos simplesmente se tolerarem, sem nunca ficarem “amigos”. Para isso acontecer, basta que um não dê sustos no outro, nem o deixe temeroso de ser expulso facilmente do território. Nesse tipo de relacionamento acontecem pequenos desentendimentos, como quando um chega muito perto do outro e recebe algumas patadas, mas sem perseguições constantes, daquelas que levam um felino a se esconder do outro por grande parte do tempo.

Técnicas de aproximação
Há dicas específicas para reaproximar gatos que tiveram de ser separados, seja por uma briga séria ou apenas por desentendimento.

Durante o trabalho de aproximação, é preciso fazer o gato agressor perceber que não tem poder para afastar o “rival” de seu território e o outro gato compreender que não precisa fugir para não ser atacado. A melhor maneira de fazer isso e de não prejudicar o sucesso da aproximação, evitando sustos e outras sensações desagradáveis, é colocar o gato mais medroso numa caixa de transporte ou numa gaiola à qual esteja acostumado. Com esse cuidado, protegemos o felino menos agressivo e menos corajoso de ser assustado ou afastado por possíveis ataques do outro gato. Impedimos, também, que o gato atacado fuja, o que seria visto como uma “recompensa” pelo agressor e motivaria repetições futuras do gesto.

É preciso também fazer o gato agressor perceber que não deve chegar muito perto da caixa de transporte ou da gaiola. Se ele se aproximar demais ou mostrar clara intenção de atacar, será punido com um spray de água ou de ar comprimido direcionado ao seu focinho (costumo utilizar bombinha de CO2, de encher pneu de bicicleta).

Proporcionar bons momentos aos gatos quando estão próximos é fundamental para que os associem à proximidade entre eles. Alimentá-los nessas ocasiões é uma ótima estratégia. Mas é comum que em situações de estresse os gatos percam um pouco de apetite. Por isso, convém que, ao servi-los, estejam sem comer há algumas horas. Ou, então, podem-se dar petiscos que considerem maravilhosos e que não rejeitem por falta de apetite. Caso aceitem comer, deverão receber também carinho e brinquedos.

Duração e freqüência do exercício
As tentativas de aproximação poderão ser feitas diversas vezes por dia ou apenas algumas vezes por semana, dependendo do tempo disponível. O importante é que toda vez que os gatos se encontrem recebam coisas gostosas e sejam totalmente impedidos de brigar ou de um afugentar o outro. É preciso, ainda, manter-se atento para não estressá-los demais. Assim, em pouco tempo, as aproximações poderão se tornar um evento agradável para eles e deixá-los à espera do próximo encontro.

Finalmente soltos juntos
Só devemos deixar dois gatos soltos juntos quando tivermos segurança de que não brigarão. Isso acontecerá quando conseguirmos que eles se alimentem um perto do outro, sem demonstrar estresse ou agressividade, estando um do lado de dentro da caixa de transporte ou gaiola e o outro, do lado de fora. Ao soltá-los, fique preparado para inibir prontamente qualquer confronto provocado pelo “agressor”. Só deixe os dois sozinhos depois de terem permanecido soltos juntos, várias vezes, sem brigas nem agressões.

Modere suas expectativas
O procedimento de aproximação gradativa é o mais seguro e eficiente que conheço, mas pode levar meses para chegar ao fim, dependendo dos gatos envolvidos. Em alguns casos, o equilíbrio das relações precisará de uma contínua influência humana para a hostilidade não voltar com o tempo. E se a aproximação não evoluir, criam-se dois ou mais grupos de gatos que se tolerem naturalmente ou que sejam amigos.

Gato: fim do medo do veterinário

Photo credit: Paul Rysz / Foter / CC BY
Photo credit: Paul Rysz / Foter / CC BY

Por Alexandre Rossi, especialista em comportamento animal.

Muitos gatos desenvolvem pavor de ir ao veterinário. Saiba como conseguir que eles se estressem menos nessas visitas

Exames comprometidos
Fica difícil dar bom tratamento a um gato com pavor de veterinário. Manuseá-lo e analisá-lo torna-se quase impossível. O pânico modifica os batimentos cardíacos, muda a freqüência da respiração e até altera o resultado de alguns exames de sangue.

Pavor perigoso
Nas campanhas gratuitas de vacinação, quando um gato é levado num saco por estar apavorado, costuma-se fazer a aplicação sem tirá-lo de lá, de tão difícil que é segurá-lo. É o jeito para evitar que escape ou morda e arranhe seriamente as pessoas, agitação que acabaria por deixar o felino ainda mais estressado.

Medo por associação
O sufoco pode começar antes da chegada à clínica, com o gato escondido, arisco e agressivo ainda quando está em casa. Isso acontece se ele associar com consulta veterinária os preparativos para a partida ou a caixa de transporte.

Motivos do pavor
Para grande parte dos gatos, perder o controle sobre o ambiente ou sobre uma situação é suficiente para entrar em pânico. O felino fica ainda mais assustado se for submetido a um procedimento que julgue perigoso, em ambiente não familiar. E o sofrimento dele aumenta com a dificuldade causada para ser segurado pelo médico-veterinário.

Situação ideal
As consultas veterinárias deveriam proporcionar momentos agradáveis e não de tortura para o gato. O ideal é que o proprietário e o veterinário tomem juntos os cuidados para evitar que a consulta cause trauma ou se torne uma experiência negativa para o felino.

Esse procedimento, mesmo que consuma um pouco mais de tempo, faz o gato oferecer menos resistência, o que é uma vantagem, pois permite ao médico-veterinário examiná-lo e tratá-lo melhor.

Alimentação aliada
A comida pode ajudar bastante a acostumar o gato a aceitar as situações diferentes e os procedimentos desagradáveis. Mas, para o alimento se tornar um aliado, será preciso que seja desejado pelo felino. Para intensificar o desejo, precisamos controlar a quantidade de ração que o gato ingere, zelando sempre para não deixá-lo abaixo do peso ideal.

Deixar o gato com comida disponível o dia todo prejudica o treino feito com uso de alimento. Atenção: um gato adulto não deve ser alimentado menos de duas vezes por dia.

Transporte sem medo
Acostume o gato a gostar de entrar na caixa de transporte. Alimente-o lá dentro freqüentemente. Quando ele começar a se enfiar nela espontaneamente, recompense-o com petisco. Aos poucos, comece a simular as etapas de ida para o veterinário. Antes de dar o petisco, simplesmente feche a porta da caixinha com o gato dentro. Na fase seguinte, dê o petisco só depois de erguer a caixa com o gato no seu interior, sacudindo-a levemente. Depois, leve-a para o carro, etc. Evolua etapa por etapa, sempre de maneira gradativa.

Aceitação de novos lugares
Para o gato se acostumar a associar um novo ambiente a uma situação agradável, comece a alimentá-lo em cômodos diferentes da casa. Depois, dê-lhe comida fora de casa, em locais diferentes. Se possível, inclua nessas variantes uma ou mais salas semelhantes às de clínicas veterinárias.

Manipulação por estranho
É possível habituar o gato a ser manejado por uma pessoa desconhecida. Para tanto, comece por segurá-lo firmemente por alguns segundos e recompense-o imediatamente ao soltá-lo. Aos poucos, aumente o tempo de restrição e aproveite para apalpar delicadamente cada pedacinho do corpo dele. Se o gato demonstrar um interesse contínuo pelo alimento oferecido, é sinal de que ele associa o procedimento a algo positivo e de que não está estressado demais.

Ao segurar o gato firmemente, tenha certeza de que não há como ele escapar. Se o gato perceber que existe possibilidade de fuga, ficará mais ansioso e esperneará cada vez mais. Para poder pegá-lo mais facilmente, caso ele saia das suas mãos, deixe-o com um peitoral durante os treinos iniciais. Nessa fase, convém também usar jaqueta jeans, para evitar arranhões nos braços e no peito.

Num estágio mais avançado, o ideal é contar com a ajuda de alguém que saiba segurar gatos corretamente, para verificar se o seu se deixa manusear por diferentes pessoas. Caso isso não ocorra, será preciso acostumá-lo a diferentes manejadores.

Sociabilização e sua importância no desenvolvimento de um cão!

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Por Carlos Antoniolli, adestrador da equipe Cão Cidadão.

Sociabilizar é o processo de se tornar sociável, ou seja, estar apto a viver em sociedade! Redundâncias a parte, pensando em tornar um cão sociável, é fazer com que o mesmo interaja e se adapta a diversas situações do dia a dia de uma forma natural e tranquila.

Na fase inicial da vida do cão, ou seja, nos seus primeiros 3 meses de vida a atividade cerebral está em pleno desenvolvimento e o que apreender nesta fase irá agregar para o resto de sua vida. Por isso, entendemos que essa é a fase primordial no que se refere à sociabilização. Se, neste período, o animal for exposto a diversos estímulos de uma forma gradual e associar a algo positivo (ex. fogos, trovões, pessoas e animais diversos), a probabilidade de levar essa associação para o resto de sua vida é grande.

É verdade também que nesta fase o animalzinho está, em seu aspecto imunológico, mais fragilizado, que é justamente a fase da vacinação. Mas não tenha este argumento como justificativas para não fazer a sociabilização, pois muitos cães passam perfeitamente a fase crítica imunológica e quando adultos são abandonados ou morrem por apresentarem níveis de fobias altíssimos.

Por exemplo, são os cães que se desesperam intensamente com fogos de artifícios, podendo até se colocarem em perigo de morte para fugirem do barulho. Algumas dicas seguras para aplicar o processo de sociabilização, no que se refere às doenças, é instalar em seus dispositivos (Smartphones, celulares, tablets, computadores…) algum aplicativo que emita sons do dia a dia (sons de ambulância, fogos, latidos, miados, aplausos e etc…) e gradativamente ir aumentando o som até que o cãozinho esteja bem familiarizado e tranquilo.

Outra dica é levar o cãozinho no parque, shopping e etc no colo, e deixar que as pessoas o toquem em seu dorso (costas) e que associe positivamente o ambiente e as pessoas. Lembrando que nesta fase ele receberá e compreenderá intensamente esses estímulos e este deverá ser aplicado gradativamente, respeitando a sensibilidade individual do cãozinho. A qualidade de vida de seu cãozinho está intimamente ligada ao grau de sociabilização… cães mais sociáveis, cães e donos mais felizes!!!

Fonte: Publicado no Portal Simba Lovers. 

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