A sociabilização faz parte do processo de desenvolvimento dos pets e é a maneira mais assertiva para apresentá-los aos estímulos do mundo, como outros animais, sons diferentes, pessoas, carros, objetos etc.
Os bichinhos que não passaram por essa fase de adaptação podem apresentar, com o tempo, dificuldade em lidar com situações corriqueiras, além de se tornarem adultos mais medrosos e inseguros.
Como ocorre?
No geral, recomenda-se que a sociabilização seja feita entre o 2º e o 3º mês de vida do animal. Isso porque é nessa fase que o cérebro está aberto a novas experiências e o pet pronto para interagir em situações que ainda são desconhecidas.
“Todos esses novos estímulos estão soltos na mente do pet e a sociabilização nada mais é do que organizar essas novidades e ensinar o animal a maneira correta de se portar em determinadas situações”, diz Joilva Duarte, adestradora da equipe Cão Cidadão.
Contudo, pets de qualquer idade podem ser sociabilizados, caso não tenham passado por essa fase quando filhotes. “A sociabilização pode e deve ser feita com todos os animais, independentemente da idade”, orienta a adestradora. “No caso dos mais velhos, existe uma dificuldade um pouco maior, pois eles já estão com certos comportamentos condicionados”, comenta Joilva.
Associações positivas
Procure associar os objetos e as situações que o pet têm medo a coisas boas e que ele goste, como, por exemplo, petiscos gostosos, carinho ou brinquedos.
“A ideia é que se faça um contracondicionamento, ensinando ao animal uma nova maneira de lidar com as situações”, orienta a adestradora.
Tenha em mente que a exposição a essas situações deve ser gradual e feita com calma e muita paciência, sempre respeitando o limite do animal.
Você também pode contar com um profissional de adestramento para ajudá-lo no processo de sociabilização do seu bicho de estimação.
Gostou desta dica? Se quiser saber mais sobre como adestrar o seu cão, ou contratar um de nossos profissionais, entre em contato com a Central de Atendimento da Cão Cidadão, pelos telefones:11 3571.8138 (São Paulo) e 11 4003.1410 (demais localidades).
Por Tatiana Moreno, adestradora e membro do Grupo de Estudos Científicos da Cão Cidadão.
Sabemos que um dos principais desafios dos abrigos é conseguir um lar para cães considerados agressivos. Muitas vezes, a falta de manejo adequado para a adaptação do cão no abrigo ou até mesmo um certo preconceito em torno desse tema acabam fazendo com que o processo de adoção seja mais difícil. Avaliando alguns estudos, percebemos que é preciso analisar caso a caso, considerando cada cão como um indivíduo, e procurar compreender melhor o comportamento de cada um.
Uma vez agressivo, sempre agressivo?
A chegada ao abrigo é um momento crucial. Algumas vezes, logo após serem resgatados, os cães apresentam um comportamento reativo e, por conta dessa primeira impressão, são isolados e rotulados como agressivos. Entretanto, isolar o animal sem antes procurar identificar o gatilho dessa agressão acaba piorando um quadro que talvez não seja tão grave, dificultando a adoção. É preciso lembrar que um cão que apresentou um único comportamento agressivo não necessariamente será sempre um agressor. A agressividade por posse, uma das mais comuns em ambientes de abrigos por conta da grande quantidade de cães, nada mais é do que o medo de perder alguma coisa – a comida, um brinquedo –, ou seja, a agressividade é a consequência e não de fato o problema comportamental.
Um estudo publicado na renomada revista Applied Animal Behavior Science (e que também foi citado no site da National Canine Research Council), analisou cães com agressividade por posse e a evolução desse comportamento após a adoção.
A pesquisa foi realizada no abrigo Center of Shelter Dogs, no ano de 2013, em Londres. A equipe entrevistou 97 tutores que haviam adotado seus cães há pelo menos 3 meses, para saber se os animais que apresentavam esse tipo de agressividade no abrigo continuavam com esse comportamento em casa. Além disso, os cientistas verificaram também se os cães que nunca haviam apresentado agressividade no abrigo tornaram-se mais hostis após a adoção.
O resultado
Constatou-se que 50% dos cães que apresentavam agressividade por posse no abrigo não continuaram com essa atitude em casa, simplesmente por terem mudado de ambiente, ou seja, por terem saído de um local com vários cães para viverem em uma casa. Imaginem, então, como seria se todos esses animais tivessem passado por treinos específicos! Dos cães que nunca haviam manifestado um comportamento agressivo no abrigo, 78% mantiveram esse padrão na casa nova, sendo que os outros 22% passaram a manifestar a agressividade por posse após a adoção.
Apesar de estarmos falando apenas de uma amostra, essa pesquisa nos ajuda a pensar na importância da conscientização das pessoas que estão adotando um cão e sobre como as formas adequadas de manejo e a simples mudança de ambiente podem contribuir para uma melhora no comportamento do animal, já que, em casa, o cão estará em um ambiente mais controlado, se sentirá mais seguro e criará laços com seus tutores.
Outro estudo – Interação desde os primeiros dias no abrigo
Considerando tudo isso, o GEC acredita ser relevante citar outro estudo que analisou se o contato com humanos pode reduzir o estresse em cães logo após chegarem ao abrigo. O experimento foi realizado em 2005, na cidade de Colorado, EUA. Os pesquisadores avaliaram 55 cães adultos recém-chegados e, no primeiro dia, mediram seus níveis de cortisol, conhecido como o hormônio do estresse.
Depois, os cientistas separaram os animais em dois grupos: um com os cães que passariam a interagir com humanos diariamente, durante um período de 9 dias, e outro com os cães que não teriam a mesma interação. Durante a pesquisa, cada cachorro do primeiro grupo interagia com uma pessoa por volta de 45 minutos, as atividades consistiam em brincadeiras, carinhos e pequenos treinos e os níveis de cortisol foram medidos novamente nos dias 2, 3, 4 e 9.
A partir do terceiro dia, os resultados mostraram uma queda significativa nos níveis de cortisol dos cães que estavam interagindo com humanos. Isso quer dizer que, além de auxiliar na adaptação e socialização dos cães, a equipe percebeu que essa rotina contribuiu para traçar um perfil mais completo de cada animal, definindo suas personalidades e tornando possível uma avaliação de compatibilidade no momento da adoção.
Então, mãos à obra!
Apesar da rotina apertada e difícil dos nossos abrigos, podemos pensar juntos em formas de contribuir para a adoção de todos os animais. Não é muito comum os abrigos promoverem interações planejadas e positivas com os humanos, como as citadas no último estudo, ou terem acesso a protocolos mais completos sobre o manejo mais cuidadoso de alguns cães, mas a conscientização pode começar justamente com as pessoas que trabalham nesses locais e nós adestradores podemos ajudar, e muito! Nesse sentido, vale aquele pensamento de que difundir o conhecimento é a melhor forma de promover mudanças significativas e contribuir para a educação.
Revisão por Juliana Sant’Ana, adestradora e membro do Grupo de Estudos Científicos da Cão Cidadão.
Os cães são animais que podem apresentar diversas personalidades e perfis: mais quietos, mais brincalhões, sérios, divertidos. Além do temperamento, as diferenças também valem para as escolhas do dia a dia, como o tipo de ração que comem, tipos de petiscos, de passatempos e formas de interagir com os donos.
Quando se trata de brinquedos, todas as diferenças de personalidade e gostos devem ser levadas em conta. Utensílios para agradar o animal não faltam no mercado pet. “São diversos barulhinhos de apito, cordas que possibilitam a brincadeira de cabo de guerra, partes próprias para roer com diferentes superfícies e durezas, e brinquedos capazes de dispensar comida ou petiscos”, explica a adestradora da Cão Cidadão, Laraue Motta.
Na hora de procurar agradinhos para o pet, é preciso prestar atenção às preferências dele e se o atrativo é seguro. “Muitos animais têm o hábito de destruir o brinquedo – o que não é ruim, afinal, significa que está interagindo -, porém é preciso atentar-se para o fato de que eles podem ingerir pedaços de plástico, borracha ou enchimento de pelúcias”, alerta a adestradora. “Se o pet for do tipo destruidor, vale investir em brinquedos mais duráveis e próprios para cães que têm esse perfil.”
Esteja atento, também, ao porte do animal. Para evitar sufocamento com brinquedos pequenos demais, ofereça os objetos sempre de acordo com o tamanho e idade do pet. Muitos entretenimentos conseguem unir a brincadeira à alimentação balanceada.
O enriquecimento ambiental nada mais é do que promover para o pet atividades durante o dia, como: passeios, brinquedos de formas e texturas diferentes, cordas, panos, esconder petiscos pela casa, providenciar passatempos com garrafas pet, entre outros. Oferecer atividades lúdicas e explorar os sentidos dos animais é uma excelente maneira de deixar o bichinho feliz e equilibrado.
Oferecer alternativas para um dia agitado, é uma das soluções para minimizar ou evitar problemas comportamentais. Mas não basta apenas oferecer os brinquedos, é preciso incentivá-lo a interagir com esses objetos. “Isso fará com que a energia do cão seja canalizada para os brinquedos e resultará em um animal mais alegre e mais tranquilo”, finaliza.
Verifique os brinquedos adequados para o pet aqui.
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Você sabe o que são comportamentos compulsivos? Será que o seu pet sofre com isso?
Os comportamentos compulsivos são atitudes repetitivas, obsessivas e prejudiciais para o bem-estar físico e psicológico do animal. Assim como os seres humanos, os pets podem apresentar esses sintomas e, muitas vezes, acabar se machucando.
A compulsão pode ser causada por algum problema de saúde, ou então, por questões relacionadas ao comportamento, como tédio, estresse, falta de exercícios, tempo que o pet passa sozinho etc.
Mas, como devemos agir? O que devemos fazer para identificar os motivos da atitude do peludo e ajudá-lo a se livrar desse mal? Reunimos algumas dicas para te ajudar.
Sintomas
As famosas compulsões são hábitos repetitivos e incessantes. Algo incontrolável, que o seu bichinho acaba fazendo involuntariamente.
Normalmente, essas atitudes são causadas por estresse e ansiedade, principalmente em cães que passam muito tempo sozinhos, por conta das longas horas de trabalho de seus tutores.
Essas “manias” podem ser a lambedura das patas, correr atrás do rabo, andar de um lado para o outro sem direção e muito mais. Alguns pets acabam até se machucando, mas continuam a automutilação mesmo assim.
Caso o seu companheiro apresente esses sintomas, leve-o a um veterinário de confiança. Assim, ele poderá examinar o bichinho e avaliar se a situação não está sendo desencadeada por algum problema de saúde.
Lidando com o problema
A melhor solução é a prevenção, porém, caso o seu pet já esteja sofrendo de compulsão, a dica é oferecer atividades que possam servir como válvula de escape para a ansiedade e o estresse do seu animal.
É aí que entra o enriquecimento ambiental, ou seja, oferecer atividades para o animal que o estimulem física e mentalmente.
As opções são diversas. Você pode usar brinquedos que dispensam comida, como garrafas pet cheias de furos e recheadas com petiscos, realizar passeios um pouco mais longos, de forma que o cão possa interagir com outros animais e receber diversos estímulos.
É importante procurar a ajuda de um profissional de comportamento, para que ele te ensine a realizar essas atividades com o peludo. Criando uma rotina diária de atividades estimulantes, seu grande amigo será mais feliz e muito mais saudável. Agora, basta colocar a mão na massa!
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Se você é dessas pessoas atarefadas, sem muito tempo para se dedicar ao seu cão, eis aqui algumas dicas de como entretê-lo enquanto você não estiver por perto:
1. Uma boa opção é deixá-lo em um “day care” ou creche para passar o dia. Lá, ele terá como gastar a energia e interagir com outros cães.
2. Outra opção é procurar um passeador de confiança que possa levá-lo para uma caminhada enquanto você não estiver em casa.
Obs.: Procure sair com o pet antes de trabalhar e depois que chegar em casa, para que ele faça exercício e mude a rotina.
3. Abuse do enriquecimento ambiental – sabe aqueles brinquedos que soltam petiscos? Compre e ensine seu cão a brincar quando estiver por perto ou quando ele estiver sozinho.
4. Lembre-se de que o cão precisa de distração para manter em dia a saúde mental e física. Caso contrário, ele sofrerá de problemas comportamentais como ansiedade ou compulsão.
Avalie sua vida e possibilidades antes de adquirir um cão. Cachorros exigem dedicação e companhia do dono. Ao contrário de outras espécies, para o cão, o contato com humanos é essencial. Procure dedicar sempre seu tempo livre a ele e você certamente receberá muito amor em troca!
Já virou passado aquele pensamento de que cães e gatos são inimigos. Eles apenas são animais diferentes, mas que ao longo da vida aprenderam (em comum) a conviver com nós, humanos. Mas, como tornar essa rotina tranquila para todos os envolvidos, quando se tem um felino e um cão disputando o amor do dono?
Filhotes
Tudo é uma questão de sociabilização. O ideal é que o bichano e o cachorro sejam habituados a conviverem com diferentes espécies ainda filhotes. Contudo, essa é a época de vacinação. Então, procure apresentar para os seus pets animais que você conheça de fato.
Ter contato com crianças, idosos, objetos barulhentos (como o secador de cabelo e o aspirador de pó), cadeira de rodas, entre outros, ajudarão a acostumar os animais com o nosso mundo.
Também é muito importante não ter preferências. Cães precisam de passeios e muito afeto, gatos são mais independentes, mas também gostam de um chamego do dono. Busque brincar com os dois juntos, para que eles percebam que a presença do outro é agradável e não ameaçadora.
Adultos
Agora, se você já tem um cão e quer adotar um gatinho adulto, saiba que o sucesso dessa apresentação dependerá mais de você do que deles.
No primeiro encontro, mantenha o felino na caixa de transporte e o cão com a guia. Faça a aproximação gradativa dos dois, oferecendo petiscos a ambos. Caso repare qualquer alteração de humor de um dos lados, diminua essa proximidade.
Quando perceber que os pets estão relaxados e mais focados nos petiscos do que na presença do outro, permita que o gato saia da caixa. Esse é um treino diário que, se somado a interação com o dono, será muito mais rico e produtivo. Os resultados virão com o tempo.
Importante
Principalmente no início do relacionamento entre o cão e o gato, é importante que um adulto acompanhe a interação dos bichinhos.
As temperaturas têm caído drasticamente nas últimas semanas e as chuvas se tornaram mais frequentes, assim como os raios e trovões.
Para os pets, essa época é um tanto estressante, pois muitos deles sentem medo dos trovões devido ao barulho alto e muito repentino. É comum que os bichinhos fiquem tensos e ansiosos, procurando algum lugar para se esconder da intensidade do barulho.
Todo esse estresse é muito prejudicial para a saúde do seu cãozinho, por isso, é importante que você, dono, encontre maneiras de ajudá-lo a superar esse obstáculo e a se sentir tranquilo e seguro durante os dias de tempestade.
Abaixo, selecionamos algumas dicas para tornar esses dias mais tranquilos para o seu cão. Confira!
1. Não tenha medo
Os animais captam com muita facilidade o estado de espírito dos seus donos. Essas atitudes podem se refletir no pet, que fica ainda mais medroso que você.
Se você está se sentindo inseguro durante as chuvas, o seu cão sentirá que você não tem a situação em controle e que não poderá protegê-lo, deixando-o ainda mais tenso.
Evite movimentos bruscos e não se debruce sobre o cão, pois ele poderá interpretar a sua atitude como um sinal de que o perigo se aproxima. É muito importante que você demonstre tranquilidade e naturalidade, para que o seu cão se sinta seguro na sua presença e saiba que você está no controle da situação.
2. Toca
Em momentos como esse, em que o cão se sente amedrontado, é natural que ele procure um local no qual se sinta seguro, como, por exemplo, a casinha, o vão debaixo da cama ou da escada, ou qualquer cantinho que seja aconchegante para ele.
Permita que ele fique no local que ele escolheu, ou então, crie um novo espaço, onde os sons dos raios e trovões possam ser abafados e ele possa permanecer tranquilo.
3. Crie distrações
Ofereça atividades interessantes, nas quais ele foque a sua energia e que deem vazão a sua ansiedade. Brinquedos divertidos, garrafas pet cheias de buracos e recheadas de ração, um brinquedo que ele possa morder e destruir. Todas essas atividades ajudam o pet a ficar mais relaxado. Escolha o que mais se encaixar ao perfil dele.
4. Procure ajuda
Nenhum animal (ou humano) gosta de sentir medo. O adestramento pode ser uma forma de ajudá-lo, pois um profissional de comportamento é capaz de identificar as causas do problema e, com o treino correto e muito amor e dedicação, diminuir e até eliminar esses medos recorrentes.
As brigas entre cães são um problema relativamente comum e podem acontecer por diversos motivos: territorialismo, ciúme, medo, associação com perda e muito mais. Entre as principais causas desse problema, podemos destacar a sociabilização feita da maneira errada.
A sociabilização nada mais é do que apresentar o seu cão a diversos estímulos e situações diferentes, para que ele aprenda a lidar com elas da melhor forma possível. É uma maneira de fazer com que ele conheça o mundo, as pessoas e os animais, e aprenda a conviver em harmonia com cada uma dessas coisas. Assim, se feita da maneira correta, será mais fácil para ele conhecer outros cães e pessoas diferentes.
Infelizmente, nem todos os cães passam por esse processo e acabam estranhando outros cachorros e situações com as quais não estão acostumados, causando brigas e reações agressivas todas as vezes que se encontra em uma situação na qual ele se sente desconfortável.
Esse processo de adaptação deve acontecer durante os primeiros três meses de vida do animal, pois isso contribui não só para a convivência dele com outros animais e pessoas, mas também para o seu bem-estar, pois evitará que ele sinta medo ou desconforto em certas situações.
Alguns cães são mais medrosos do que outros, porém, com a sociabilização feita da maneira correta, é possível minimizar esses efeitos. Neste artigo, você pode saber um pouco mais sobre o assunto e conferir dicas para realizar esse processo da melhor maneira com o pet.
No caso das brigas entre cães desconhecidos, muitas vezes as pessoas se esquecem de que uma boa apresentação entre os animais e o comportamento do dono em relação a situação influenciam (e muito) na maneira como o bicho encara esses momentos.
A pergunta é: como você reage quando está passeando com o seu cachorro e outros animais se aproximam? Se a resposta for ficar apreensivo e tenso, puxar a coleira e se preparar para conter o cão, está aí o problema. Cães captam muito facilmente o estado de espírito dos donos e reagem de acordo com a situação. Se você está nervoso quando algum cão desconhecido se aproxima, o seu pet perceberá o sinal de perigo no ar e ficará agressivo quando se encontrar com outros bichinhos.
Sendo assim, é imprescindível que você mantenha a calma e aja naturalmente durante esses encontros, pois o seu cão ficará mais calmo se perceber que você também está tranquilo. Além disso, é possível realizar treinos, ensinando o pet a associar a presença de outros animais com coisas positivas e que ele goste.
Para isso, procure utilizar brinquedos ou petiscos e, quando estiverem passeando e avistarem outro animal vindo na sua direção, chame a atenção do seu cão e mostre o brinquedo favorito dele, ou ofereça uma guloseima gostosa, tirando a atenção dele do outro bichinho. A repetição desse treino fará com que o seu pet associe a presença de outros animais a coisas das quais ele curte.
É importante destacar que a sociabilização pode ser aprimorada em qualquer momento da vida do pet, pois os cães são animais que estão em constante aprendizado. Basta dedicação, carinho e paciência!
Por Andrei Kimura, adestrador da equipe Cão Cidadão.
Existe uma recorrência muito grande de tutores de cães e gatos sobre a destruição de objetos por parte dos seus pets. Em primeiro lugar, o que se deve ter em mente é que faz parte da natureza dos animais esse comportamento, pois no habitat dos cães selvagens é preciso caçar, comer e cortar a carne com suas presas. Para tentar solucionar o problema, precisamos entender quais os motivos que podem ocasionar tais atitudes.
Um dos motivos é a ociosidade, que leva ao acúmulo de energia e a necessidade de fazer alguma coisa, levando-os a destruir tudo o que veem pela frente. Sendo assim, o passeio é importante e atividades lúdicas também.
Muitos donos, no entanto, por conta da vida atarefada que levam, não tem tempo para fazer isso. Mas, se tivermos o controle alimentar adequado do animal, com horários e quantidades corretas de comida, podemos oferecer brinquedos para distrair o animal enquanto ele se alimenta. Por exemplo, existem entretenimentos no mercado pet que dispensam alimento de forma a dificultar o acesso deles à comida. Com isso, o animal se esforçará para conseguir comer, simulando uma caçada.
Em casa também é possível fazer brinquedos com essa finalidade. Lave e retire o rótulo, a tapa e o anel da garrafa. Faça buracos, e o deixe se divertir. Em ambos os casos, temos que nos precaver de que o animal não irá arrancar. Mas é bom lembrar que se o animal nunca teve contato com esse tipo de objeto vale ficar de olho para evitar acidentes.
Outra situação é a destruição causada por filhotes, em idade de crescimento e de troca dentária (que ocorre por volta dos seis meses). Nessa fase, existe uma irritabilidade da gengiva que ocasiona um comportamento de mordedura. O que devemos fazer é promover o alívio dessa coceira, disponibilizando objetos gelados (preferencialmente) e que possam ser destruídos. Existem brinquedos de borracha que podem ser levados ao congelador. Caso esteja recheado de alimentos e petiscos, o cão vai se interessar mais ainda.
Objetos sem petiscos devem ser apresentados de forma lúdica ao animal, simplesmente deixá-los no ambiente pode não apresentar resultados, portanto, mostre esse objeto de maneira amigável, interagindo com ele para que surja o interesse.
Como dito anteriormente, é da natureza dos pets destruir objetos. Uma dica é disponibilizar caixas de papelão para ele, observando se não há grampos, verniz ou fitas plásticas. Afinal, é melhor destruir caixas de papelão, que depois podemos simplesmente limpar, do que objetos valiosos dentro de casa.
Alguns desses comportamentos destrutivos podem ser consequência de solidão. É necessário investir um tempo nessa relação, pois somos responsáveis pela integração com os nossos cães.
Com a intenção de eliminar de vez o trauma que os pets têm ao precisarem de uma consulta com o médico veterinário, muitas clínicas têm adotado métodos voltados para o comportamento dos animais, que minimizam o sofrimento, a agitação e o estresse durante esse período.
Além do mais, quando o animal está mais tranquilo, é possível realizar os procedimentos sem complicações e finalizar o trabalho rapidamente.
Recentemente, Alexandre Rossi participou do simpósio da Associação Veterinária Americana de Comportamento Animal (American Veterinary Society of Animal Behavior – AVSAB), em Las Vegas (EUA), para ajudar com questões comportamentais e entender o que esses profissionais podem ganhar trabalhando juntos.
Nos Estados Unidos, por exemplo, no lugar da mesa comum, muitas clínicas utilizam tecidos emborrachados e antiderrapantes, colocam música clássica, para acalmar, mantém a luz da recepção mais baixa e separa salas para cães e gatos, por exemplo.
Aqui no Brasil, o trabalho do veterinário em conjunto com o adestrador/consultor comportamental tem gerado bons resultados para os donos, adestradores, animais e médicos.
Confira algumas dicas de adestramento para você, tutor, junto com o profissional de comportamento e o médico veterinário promoverem momentos de mais tranquilidade para o pet:
1. Em casa, treine o cão. Por exemplo: você pode manejar uma seringa sem agulha e pressioná-la no corpo do pet diariamente, sempre o recompensando. Com algumas repetições, logo ele entenderá que aquele objeto não é tão ruim assim e no dia deixará o médico realizar seu trabalho.
2. Para que ele se habitue a tomar remédios, use um petisco natural com uma ração no meio para que ele não estranhe morder algo mais resistente. Quando for um remédio de verdade, certamente o cão não ligará.
3. Ensine comandos. “Senta”, “fica” e “deita” podem ajudar muito o veterinário na hora de realizar exames.
4. Já na clínica, ofereça brinquedos e petiscos para que o animal ganhe confiança e fique mais à vontade.
Caso tenha dúvidas ou precise de ajuda, conte com um profissional de adestramento.
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