Como aprender a se comunicar com o seu cão?

https://www.flickr.com/photos/mukumbura/15044863012/
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O comportamento dos cães pode ser influenciado por diversos fatores: ambiente, temperamento do animal, genética, estado de saúde, relacionamento com a família, entre outros pontos. Para se comunicar e se relacionar bem com o animal de estimação, é necessário conhecer um pouco mais profundamente o comportamento desses bichinhos.

O workshop de comportamento canino da Cão Cidadão, que será realizado nos dias 24 e 25 de setembro, permitirá aos participantes conhecerem mais a fundo a natureza dos cães.

A adestradora e consultora comportamental da equipe Cão Cidadão, Patrícia Patatula, abordará a técnica do Adestramento Inteligente, baseado no reforço positivo, além de dar dicas práticas para melhorar o relacionamento entre donos e animais.

Quer aprender a se comunicar melhor com o bichinho? Adiantamos abaixo algumas dicas. Confira!

1. O adestramento é uma ferramenta que pode ajudar os donos a se relacionar de forma mais equilibrada com o cão. Isso porque ele ajuda o dono a expressar as suas vontades de forma que o animal compreenda e, ainda, deixa mais claro para o pet as condutas que são esperadas dele.

2. O tom de voz é também muito importante na hora de se comunicar com o pet. Tons festivos são ótimos para recompensá-lo, por exemplo, quando ele se comportar da maneira correta; tons repreensivos e assertivos devem ser usados na hora de corrigir uma conduta do animal, como, por exemplo, destruir objetos.

3. Cuidados com os reforços errados! Quando um cãozinho late para conseguir algo e o dono atende prontamente ao pedido, sempre que o animal quiser algo, ele vai agir dessa forma porque sabe que ele conseguirá o que quer. Evite reforçar os comportamentos errados do pet.

Ficou interessado e quer aprender mais sobre o assunto? Inscreva-se no workshop de comportamento canino da Cão Cidadão! O encontro será no Rio de Janeiro, nos dias 24 e 25 de setembro. Clique aqui e participe!

Gostou desta dica? Se quiser contratar os profissionais em comportamento animal para realizar o adestramento, fale com a Central de Atendimento da Cão Cidadão, pelos telefones: 11 3571-8138 (São Paulo) e 11 4003-1410 (demais localidades).

Como impor limites ao pet?

dicas_interna-impor-limitesSe engana quem pensa que ensinar limites e regras aos bichos de estimação significa privá-los do próprio bem-estar ou transformá-los em robôs.

“Estabelecer limites não é sinônimo de violência. Assim como crianças precisam de regras, o mesmo princípio se aplica aos nossos animais, para que eles sejam mais educados, saibam lidar com frustrações e, também, para evitar acidentes”, explica a adestradora da equipe Cão Cidadão, Amanda Ornelas.

Além de ajudarem na educação do cão, os limites facilitam o entendimento dos comportamentos que são esperados dele pela família.O dono deve agir sempre com coerência, dedicação e consistência.

“Esse comportamento deve ser adotado por todos da família, em tempo integral. Caso contrário, se apenas um membro da família não deixar o animal subir no sofá , pode ter certeza de que a comunicação não estará alinhada o suficiente. O cão continuará testando e não respeitando as regras e, nesse caso, não poderemos culpá-lo, não é mesmo?”, questiona a profissional.

Adestramento

Em momentos como esse, é muito importante buscar a ajuda de um adestrador. O profissional poderá avaliar o problema e ajudar a família a colocar em prática tudo aquilo que o pet precisa aprender.

“Os treinos vão ajudar o tutor a entender melhor a forma como os cães aprendem, a identificar de que maneira estamos reforçando os comportamentos indesejados e como podemos reverter a situação”, esclarece Amanda.

A participação do tutor durante o adestramento é indispensável, pois, assim, o animal aprenderá a respeitar os limites propostos pela própria família, e não apenas pelo adestrador.

“Não adianta o cão respeitar a adestradora e não fazer o mesmo pelos membros da família com quem ele convive diariamente”, reforça. “Por isso, a participação e a execução de tarefas propostas ao longo do adestramento pelos tutores fará toda a diferença no resultado esperado pela família”, finaliza.

Dicas que podem melhorar o processo de educação do pet:

1. O adestramento vai, acima de tudo, ajudar o tutor a estabelecer uma comunicação mais clara com o cão, e estreitará o vínculo entre ele e os membros da família.

2. Ensine alguns comandos básicos, como o SENTA, DEITA e o FICA. Sempre que o cão quiser alguma coisa, peça que ele execute algum dos comandos antes de atendê-lo. Fazer com que o animal “trabalhe” para receber o que quer, além de divertido, irá estimulá-lo física e mentalmente, além de diminuir as chances de ele apresentar comportamentos inadequados para conseguir o que quer.

3. Outra forma de exercitar o limite é, sempre que for alimentar o cão, peça para que ele se sente e espere alguns segundos antes de oferecer a comida. Essa espera o ajudará a adquirir autocontrole.

Essas pequenas atitudes farão com que o animal aprenda a controlar a sua ansiedade e a respeitar regras que existem para garantir o bem-estar dele e a boa convivência com a família.

Gostou desta dica? Se quiser contratar os profissionais em comportamento animal para realizar o adestramento, fale com a Central de Atendimento da Cão Cidadão, pelos telefones: 11 3571-8138 (São Paulo) e 11 4003-1410 (demais localidades).

Coleira de citronela

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Por Claudia Terzian, adestradora e membro do Grupo de Estudos Científicos da Cão Cidadão.

Um estudo da Universidade Queens, na Irlanda do Norte, avaliou a eficácia do uso de coleiras de citronela na redução de latidos em 30 cães que usaram o dispositivo de forma contínua (todos os dias durante 30 minutos) ou de forma intermitente (a cada dois dias durante 30 minutos), por um período de 3 semanas. Os proprietários avaliaram seus cães quanto à intensidade dos latidos uma semana antes do início do estudo, durante o treinamento (semanalmente) e uma semana após o término do treinamento.

Resultados
Comparando os cães com sua condição inicial, observou-se que todos latiram com frequência significativamente menor durante e após o período de treinamento.

Durante o treinamento, a redução dos latidos foi mais eficaz nos cães que usaram a coleira de forma intermitente (dia sim, dia não), do que naqueles que a utilizaram todos os dias.

O comportamento voltou a se repetir após a retirada do dispositivo, principalmente nos cães que o utilizaram todos os dias, mas em níveis menores que os apresentados antes do treino.

Nessas duas formas de uso, a coleira perdeu sua eficácia principalmente por conta da habituação do cão ao dispositivo. Porém, foi constatado um período de eficácia com o uso intermitente.

Como aproveitar essa informação no nosso trabalho
As broncas não precisam ser utilizadas 100% das vezes em que o comportamento indesejado ocorre para garantir o sucesso de um treino. Temos muitas outras ferramentas e estratégias para lidar com essa situação, como por exemplo, descobrir e remover a causa dos latidos, aumentar as atividades do cão, promover o enriquecimento ambiental, mudar o comportamento da família, dentre muitas outras que podem alavancar ainda mais o resultado a nosso favor.

As broncas utilizadas de forma intermitente permitem-nos ganhar tempo no treino quando o aluno é medroso, ansioso ou se trata de um cão superestimulado pela situação em que ocorre o comportamento indesejado. Podemos, por exemplo, escolher primeiro trabalhar a ansiedade, criar associações positivas com a situação, tornando o estímulo menos estressante, e até mesmo utilizar medicação, para depois optar por um treino com punições positivas ou então utilizá-las pontualmente durante todo o processo e em situações específicas. Também é importante orientar o cliente a não usar a bronca continuamente até que o treino esteja mais consistente para o aluno.

Devemos considerar ainda que a bronca testada no estudo era despersonalizada, porém fácil de ser associada pelo cão ao uso da coleira. A punição pode ser mais eficaz, tanto com broncas despersonalizadas (em que o cão não associa a presença de pessoas), quanto com broncas presenciais e diretas, se o cão não souber quando o aversivo será de fato utilizado, já que, quando o cachorro está com a coleira, ele percebe que o desconforto sempre ocorrerá.

Portanto…
Quando o proprietário usa a bronca de forma intermitente (de vez em quando), é possível que demore mais tempo para que o cão se habitue, ou seja, se dessensibilize, à punição. Em contrapartida, o uso contínuo pode fazer com que a bronca perca sua eficácia mais rapidamente. Além disso, devemos sempre nos lembrar das outras medidas para modificação comportamental, que devem ser adotadas para o sucesso do treino.

Revisão realizada por Julianna Sant’Anna, adestradora e membro do Grupo de Estudos Científicos da Cão Cidadão.

Cães medrosos: como agir?

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O medo é um sentimento comum de se sentir, inclusive para os animais. Os cães, quando medrosos, podem desenvolver diversos problemas de comportamento, que dificultam a sua integração com a família no dia a dia.

Esse receio pode se manifestar de muitas maneiras, desde formas mais amenas, como o animal se encolher em um canto com o rabo entre as pernas, até atitudes agressivas, como rosnados e mordidas.

Essa condição se desenvolve por inúmeros motivos. “Os cães podem ter levado um susto durante a fase de sociabilização ou até pela falta de estímulos”, explica a adestradora da equipe Cão Cidadão, Gabi Palmisciano.

É possível também que o pet tenha predisposição genética para ser medroso. “Alguns cães podem herdar esse comportamento por conta dos pais”, esclarece Gabi. Esteja atento também, pois, oferecer agrados e carinhos quando o animal apresenta sinais de medo, pode agravar a condição dele.

E como adestrar?

Com paciência e muito treino, é possível minimizar a situação. No caso dos filhotes, é necessário que eles sejam sociabilizados. Esse momento é crucial para evitar que o cão desenvolva medos de objetos, situações, barulhos e pessoas quando adultos, por isso, é importante apresentá-lo, de forma gradual e sempre respeitando os seus limites, a todos os estímulos possíveis.

No caso de cães adultos que já apresentam um comportamento medroso, o ideal é dessensibilizá-los aos poucos, usando a técnica do reforço positivo. “Quando o cãozinho já tem medo de determinada situação, o ideal é antecipar o acontecimento e mudar o foco dele com algo que ele goste”, orienta a adestradora.

O reforço positivo, se feito da maneira correta, ajuda o pet a se relacionar muito melhor com o ambiente ao seu redor. Essa técnica é um recondicionamento – uma forma de relacionar o que causa medo no cão com algo do qual goste, para que ele perca o medo aos poucos.

O ideal, nesses casos, é realizar o adestramento de forma consistente e cautelosa, para evitar estresse e traumas ainda maiores. “Por exemplo, para um cão que tem medo do barulho da campainha, a dica é estimulá-lo com outra atividade que ele goste muito, como jogar bolinha ou fazer uma chuva de petisco, associando a chegada da visita com algo agradável para ele.”

Buscar a ajuda de um profissional especializado em comportamento animal é importante. O adestrador poderá analisar o comportamento do seu cão e indicar o treinamento correto para que ele consiga superar esses medos.

Gostou desta dica? Se quiser contratar os profissionais em comportamento animal para realizar o adestramento, fale com a Central de Atendimento da Cão Cidadão, pelos telefones: 11 3571-8138 (São Paulo) e 11 4003-1410 (demais localidades).

Quanto vale o seu cheiro?

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Por Laraue Motta, adestradora e integrante do Grupo de Estudos da Cão Cidadão.

Quem trabalha com cães percebe que a comunicação olfativa é muito importante na vida deles. Sabemos que eles podem captar muitas informações farejando, vemos a felicidade dos peludos quando exploram os lugares com o focinho e notamos como aquelas narinas realmente podem ser potentes.

Gregory Berns, neurocientista americano que treinou cães a permanecer imóveis, sem sedação, dentro de uma máquina de ressonância magnética, publicou outro estudo em que avaliou a resposta cerebral de 12 cachorros, também via ressonância magnética, diante de 5 odores distintos: (1) de um humano conhecido; (2) de um humano desconhecido; (3) de um cão conhecido; (4) de um cão desconhecido; e (5) o próprio odor de cada cão.

O que ele descobriu com isso?

Analisando a área iluminada no exame de ressonância dos animais, Berns concluiu que, diante do cheiro de um humano conhecido, o cérebro acionava a mesma área que é ativada quando o cão recebe um petisco. Isso mesmo!! Os cães tiveram uma “sensação” de recompensa quando sentiram o odor de uma pessoa querida.

É importante falarmos que os cientistas tiveram o cuidado de usar o odor de um humano conhecido, mas que não fosse o cheiro da pessoa que fazia o manejo diário do cão. Isso talvez indique que a pessoa que fornece comida e água ao cachorro todos os dias não necessariamente seja “o humano referência” da casa, mas não podemos afirmar isso de fato!

Como isso pode nos ajudar

Considerando o quanto um odor específico pode significar ao cão, podemos planejar treinos que valorizem mais o olfato dos nossos alunos. Por exemplo, é comum pedirmos ao tutor que, ao sair, deixe uma peça de roupa usada próximo a um cão que tem ansiedade de separação, mas não seria mais eficaz se todas as pessoas da casa deixassem um pouco do seu cheirinho espalhado pelo ambiente, para que o cão se sinta “recompensado” pelo odor de todos que conhece? Além disso, por que não tentar nos aproximar de um cão medroso com algum objeto que tenha o “odor recompensador” de um humano conhecido? Ou então, que tal pedirmos ao tutor que manipule os petiscos que vamos usar no treino para valorizarmos ainda mais aquela recompensa e fazermos com que o cão tenha associações positivas com a nossa presença?

Nesse sentido, sabemos que os odores de algumas partes do nosso corpo são bem mais intensos, então poderíamos também usar cheiros específicos, como o suor das mãos e dos pés, manipulando o petisco depois de uma corrida ou guardando a meia “cheia de chulé” para os treinos. Tudo em prol do adestramento! Podemos ainda ir mais fundo e nos arriscarmos a pedir para que o cliente use a caminha do cachorro como assento por uns dias, por exemplo. Assim, o tutor vai deixar na caminha odores bem pessoais e podemos alegar que, dessa forma, vai ser mais fácil “convencer” o cão a não frequentar tanto o sofá!

Com tudo isso, concluímos que…

Saber o real valor de um determinado odor para o cachorro pode nos ajudar com a evolução de um treino e aumentar a sensação de bem-estar de um aluno inseguro ou ansioso. Aliás, é nosso papel explicar aos tutores o quanto o olfato é importante para os cães e o quanto esse sentido influencia a vida dos peludos. Assim, os clientes poderão entender melhor alguns comportamentos que talvez os incomodem e que muitas vezes são interpretados como travessuras sem sentido.

Revisão por Juliana Sant’Ana, adestradora e membro do Grupo de Estudos Científicos da Cão Cidadão.

Gravidez psicológica: o que é preciso saber

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Muito comum entre cadelinhas que ainda não foram castradas, a gravidez psicológica ou pseudociese pode ocorrer em qualquer momento da vida do animal. “Esse problema é causado por uma alteração do hormônio progesterona, que envia para o cérebro das fêmeas a informação de que estão prenhas, mesmo sem terem cruzado”, explica o adestrador da equipe Cão Cidadão, Paulo César.

Esse problema afeta a fêmea de maneira psicológica e física, causando nela mudanças comportamentais. “Ela chega a produzir leite e adotar um filhote, que pode ser um bicho de pelúcia ou qualquer outro objeto”, detalha o adestrador.

Apesar de comum, a maioria dos tutores não sabe o que fazer quando a gravidez psicológica ocorre. Por isso, o profissional Paulo César deu dicas de como lidar com esse comportamento.

1. A castração é a melhor maneira de evitar o problema, pois retira os órgãos produtores do hormônio que causa a gravidez psicológica.

2. Após essa fase, deve-se procurar um veterinário e verificar os níveis hormonais da cadelinha. Em caso de desequilíbrio, um tratamento pode ser indicado.

3. Durante a gravidez psicológica, que dura em média duas semanas, deve-se deixar o animal bastante confortável e evitar retirar o seu “filhote” imaginário.

4. Esses sintomas podem se manifestar em intensidades diferentes em cada animal.

5. Apesar de ser um problema comum, não é recomendado que a cadelinha passe por isso muitas vezes. Isso porque ela pode desenvolver estresse, além de mastite (inflamação das glândulas mamárias).

Evitar o convívio com cadelinhas que estejam de fato prenhas pode ajudar muito a controlar esses sintomas na sua cachorra. “Apesar de não haver comprovação científica definitiva, existem relatos de cadelas que entraram nesse estado ao conviver com outras prenhas”, informa o adestrador.

É indispensável não mudar a rotina da cadelinha durante esse período e respeitar o espaço dela. Com muito carinho, paciência e cuidados especiais, sua peluda voltará ao normal rapidamente. Vale sempre consultar um veterinário, principalmente nesses casos, ok?

Gostou desta dica? Se quiser contratar um de nossos profissionais de adestramento e comportamento animal, fale com a Central de Atendimento da Cão Cidadão, pelos telefones: 11 3571-8138 (São Paulo) e 11 4003-1410 (demais localidades).

Como lidar com cães que latem muito?

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Que o latido é a forma como os cães se comunicam, todos sabemos. Essa é a maneira que eles têm de nos informar sobre alguma vontade, algo que esteja errado e até de problemas de saúde. Mas, algumas vezes, esses latidos se tornam uma barreira entre a boa convivência do pet junto à família (e os vizinhos).

“O latido em excesso pode ser causado por vários motivos”, explica a adestradora da equipe Cão Cidadão, Sophie Kessar. “Alguns cães apresentam esse comportamento para chamar a atenção de seus tutores. Outra causa comum é a ansiedade de separação”, relata.

Os cães que latem demais podem estar passando por alguns distúrbios comportamentais ou até problemas físicos. O ideal é que o dono preste atenção nas atitudes do seu cãozinho para saber se algo está errado.

O problema

O latido em excesso, muitas vezes, pode ser motivado pelo próprio dono. “Essa conduta pode ser reforçada, já que, normalmente, as pessoas acabam valorizando os latidos, pedindo ao cão que pare com o barulho e dando a ele o que ele quer: atenção”, conta Sophie.

Isso acontece porque, independentemente de ser uma bronca, a atenção ofertada ao pet nesse momento já é, para ele, uma grande recompensa. Quando o animal é corrigido da maneira errada, ele entende que ao se comportar daquela forma, conseguirá o que quer.

“Essa falha de comunicação entre o tutor e o animal pode desenvolver problemas sérios compulsivos, como lambeduras excessivas, a ponto de o animal se machucar bastante. O ato se dá, no geral, por conta de um alto nível de estresse”, confirma.

Solução

Para resolver esse problema, é necessário que o tutor saiba primeiro o que está motivando o comportamento no pet. Pode ser por tédio, estresse, ansiedade, solidão, saúde debilitada, entre outros.

“É essencial contar com a ajuda de um profissional especialista em comportamento animal, para que ele auxilie o tutor a detectar o motivo que faz com que o cão tenha esse hábito”, aconselha a adestradora. “Após encontrar a razão, algumas alterações na rotina do cãozinho e da família ajudam a eliminar o problema.”

Atenção, amor, carinho e muitos passatempos ajudam o pet a superar essa fase. “É importante que sejam oferecidos brinquedos e passeios diários, para que toda a energia acumulada seja extravasada de forma positiva”, afirma Sophie. “É muito comum que eles venham a latir muito quando ficam ociosos, portanto, é importante que eles brinquem, passeiem e sociabilizem”, completa.

O adestramento é uma forma de oferecer todas essas atividades para o pet, pois o aprendizado é um estímulo tanto mental quanto físico para o bichinho. Com a ajuda do adestrador, será muito mais fácil eliminar esse problema e ter uma convivência harmoniosa com ele.

“É importante que o dono se envolva e se comprometa nos treinos propostos pelo profissional. Seguir exatamente os protocolos sugeridos faz toda a diferença. É preciso paciência e dedicação para condicionar e mudar o comportamento de um animal, mas, certamente, com treinos frequentes e consistentes, o problema será eliminado.”

E não se esqueça: o latido em excesso pode significar um problema de saúde, portanto, leve o pet a um médico veterinário de confiança para checar se está tudo certinho com o pet.

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Animais podem entrar em depressão?

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A depressão em animais é assunto de muitos estudos e, até hoje, não se chegou a uma conclusão se os bichos podem ou não passar por esse problema. Eles podem ficar apáticos e até um pouco tristes quando vivem em um ambiente não muito agradável para eles.

“Muitas vezes, não ter as suas necessidades atendidas como espécie pode fazer com que alguns animais desenvolvam ansiedade ou fiquem entediados e, assim, eles apresentam alguns comportamentos que podem ser confundidos com os sintomas da depressão”, explica Fabio Antonio, adestrador e membro do Grupo de Estudos Científicos da Cão Cidadão.

Mudança de comportamento

O especialista explica que algumas pessoas também confundem e interpretam um animal muito quieto como deprimido, mas, na maioria das vezes, pode haver algum problema de saúde envolvido. Por isso, é importante levar o pet ao veterinário sempre que notar alguma mudança de comportamento.

A apatia pode ser provocada por diversos motivos, entre eles, a falta de um ambiente saudável e próprio para o pet. Os animais precisam ter as suas necessidades atendidas para manter a saúde física e, principalmente, a mental em dia. “O ambiente é fundamental para o bem-estar do pet, e precisa trazer atividades e desafios diários”, comenta Fabio.

O adestrador informa ainda que cada espécie demanda uma atenção diferenciada. “Não podemos esperar que um gato se sinta bem em um ambiente preparado para um cão ou que um roedor fique tranquilo em um local pensado para gatos”, adverte. “Isso pode gerar uma ansiedade excessiva, além de problemas comportamentais decorrentes do estresse crônico, como agressividade, latidos em excesso, medos e fobias”, completa.

Outro motivo que pode gerar a apatia é a solidão. Animais, como os cães, são “programados” para viverem em grupo e, quando passam muito tempo sozinhos, podem desenvolver problemas comportamentais, físicos e psicológicos simplesmente porque a solidão não é um comportamento natural da espécie.

Como agir

O melhor tratamento para a apatia é a prevenção. “Habituar o pet desde filhote às situações que ele vai passar durante a sua vida é fundamental”, indica Fabio. “Eles precisam aprender a ficarem sozinhos aos poucos, o ambiente precisa ser rico em atividades e é necessário que os cães tenham passeios diários. No caso dos gatos, o seu espaço deve ser respeitado. Eles devem ter a opção de se esconderem em tocas quando quiserem ou de interagir com algum brinquedo que estimule a caça.”

Uma boa dica também é a castração. “Do ponto de vista comportamental, a castração geralmente traz mais benefícios para os cães machos e, no caso dos gatos, para ambos os sexos”, informa o adestrador. “O procedimento ajuda a reduzir a ansiedade no caso dos machos, evitando problemas comportamentais. Para as cadelinhas, pelo que se sabe hoje, a castração traz benefícios para a saúde, ajudando a prevenir problemas, como a infecção de útero.”

O importante é manter o bem-estar do seu amigão em dia, atendendo as suas necessidades e oferecendo atividades que o estimulem.

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Como saber se o cão está com frio?

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Com a frente fria que está chegando para derrubar as temperaturas em alguns estados do país, as blusas de frio começam a dar novamente o ar de sua graça e sair dos armários, a fim de esquentar os brasileiros. Mas, e os pets? Será que eles também sentem o frio que sentimos? Como descobrir?

Na verdade, os animais são protegidos por seus pelos e, por isso, sentem frio com muito menos intensidade que os humanos. De qualquer forma, é importante lembrar que ainda assim o pet sente frio e não é imune à doenças respiratórias e outras relacionadas ao inverno, por exemplo.

Dicas para cuidar com muito amor e aconchego do bichinho:

1. Como sei que meu pet está com frio?

“Uma das maneiras de descobrir se o animal está sofrendo de frio é prestar atenção se está tremendo ou se está procurando ficar bem encolhidinho”, alerta Alexandre Rossi, zootecnista e especialista em adestramento e comportamento animal.

2. Posso colocar roupinhas no meu cãozinho?

Na maioria das vezes, mesmo que os pets não estejam apresentando nenhum dos sinais citados acima, os tutores, ao sentirem frio, imediatamente colocam uma roupinha no animal, para protegê-lo da friagem. Mas isso nem sempre é necessário. “A verdade é que a maioria dos cães, quando estão em atividades de adestramento, andando ou fazendo algum outro exercício, estão passando calor, principalmente quando estão com roupas”, comenta Alexandre.

Descobrir se o pet está incomodado com o calor é fácil, assim como no frio: basta prestar atenção nas atitudes dele, como observar a respiração e checar se ele está com a boca aberta e a língua um pouco para fora. “Colocar a roupinha no pet nesse momento não é ideal. É importante antes de deduzir se o bichinho está com frio ou calor, verificar, por meio de suas atitudes, o que de fato ele está sentindo”, finaliza Alexandre.

Atenção redobrada ao comportamento do animal é a chave para fazer a escolha acertada e oferecer ao bichinho bem-estar, saúde e segurança. Se ele apresentar resistência para se adaptar não somente às roupas, mas também aos acessórios úteis, o adestramento costuma ser um excelente exercício de dessensibilização.

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Sociabilização: apresente o mundo ao filhote

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A sociabilização faz parte do processo de desenvolvimento dos pets e é a maneira mais assertiva para apresentá-los aos estímulos do mundo, como outros animais, sons diferentes, pessoas, carros, objetos etc.

Os bichinhos que não passaram por essa fase de adaptação podem apresentar, com o tempo, dificuldade em lidar com situações corriqueiras, além de se tornarem adultos mais medrosos e inseguros.

Como ocorre?

No geral, recomenda-se que a sociabilização seja feita entre o 2º e o 3º mês de vida do animal. Isso porque é nessa fase que o cérebro está aberto a novas experiências e o pet pronto para interagir em situações que ainda são desconhecidas.

“Todos esses novos estímulos estão soltos na mente do pet e a sociabilização nada mais é do que organizar essas novidades e ensinar o animal a maneira correta de se portar em determinadas situações”, diz Joilva Duarte, adestradora da equipe Cão Cidadão.

Contudo, pets de qualquer idade podem ser sociabilizados, caso não tenham passado por essa fase quando filhotes. “A sociabilização pode e deve ser feita com todos os animais, independentemente da idade”, orienta a adestradora. “No caso dos mais velhos, existe uma dificuldade um pouco maior, pois eles já estão com certos comportamentos condicionados”, comenta Joilva.

Associações positivas

Procure associar os objetos e as situações que o pet têm medo a coisas boas e que ele goste, como, por exemplo, petiscos gostosos, carinho ou brinquedos.

“A ideia é que se faça um contracondicionamento, ensinando ao animal uma nova maneira de lidar com as situações”, orienta a adestradora.

Tenha em mente que a exposição a essas situações deve ser gradual e feita com calma e muita paciência, sempre respeitando o limite do animal.

Você também pode contar com um profissional de adestramento para ajudá-lo no processo de sociabilização do seu bicho de estimação.

Quer saber mais sobre o assunto? Clique aqui.

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