Sabia que a obesidade pode fazer muito mal para o seu cãozinho? Sim, isso mesmo! Sabe aquele comportamento de não correr, brincar e, às vezes, sentir preguiça de até subir as escadas da sua casa? Então, isso pode ser muito prejudicial para a saúde dele.
Melhore o hábito do seu pet
Se o seu pet for daqueles que comem e nunca estão satisfeitos, o ideal é mudar esse comportamento. O correto é sempre dar a quantidade certa de alimento para ele. Pegue como base a quantidade que vem estabelecida na embalagem da ração. A qualidade do produto também não deve ser esquecida.
Resista, resista e resista!
Por mais difícil que possa ser resistir à carinha de pidão do peludo, é essencial que você a ignore. A determinação necessária para controlar o peso do cão aumenta quando a oferta de alimento é reduzida.
Atividades
Faça sempre exercícios e brincadeiras com o seu cão. Leve-o para passear, deixe-o correr no parque, invente alguma atividade para que ele vá se acostumando com essa rotina. Você também pode esconder pedacinhos de petisco pela casa e estimulá-lo a procurá-los.
Por Alexandre Rossi, especialista em comportamento animal.
Muitas pessoas me perguntam o que fazer para seus gatos gostarem ainda mais delas. Normalmente apaixonadas pelos felinos que têm, querem reforçar o sentimento recíproco
Afetividade
Diversas iniciativas podem nos tornar mais importantes para nossos gatos. Devemos, porém, levar em conta que cada espécie e cada indivíduo possuem uma maneira diferente de amar. Humanos e cachorros são, na média, muito mais carentes de atenção e de carinho que gatos. Em outras palavras, não devemos esperar de um gato a mesma carência de um cão.
Maior dependência
As dicas a seguir farão o seu gato se ligar mais a você. Mas ele poderá também se tornar mais dependente, com mais chance de sentir a sua falta, quando você não estiver. Antes de pôr em prática as estratégias para se sentir mais amado por ele, pense nisso, para não comprometer o bem-estar do seu animal de estimação.
Tendência genética
Gatos já nascem carentes. Determinadas raças e linhagens são mais dependentes, carentes e carinhosas que outras. Por isso, espere filhotes mais afetivos de pais também mais afetivos.
No útero da mãe
A facilidade de apego ao ser humano começa a se formar no útero materno. Durante a gravidez, hormônios produzidos pela mãe influenciam a formação do cérebro do filhote e o quão propício a desenvolver vínculos afetivos ele será. De maneira geral, filhotes cujas mães ficaram muito estressadas durante a gravidez tendem a ser mais medroso e a gostar menos de carinho.
Idade crítica
O que acontece com o filhote até os 2 meses de idade tem uma enorme influência no comportamento futuro do gato. Por isso, procure acostumá-lo desde cedo à presença, cheiros e barulhos de seres humanos. Também está comprovado que massagear o filhote por alguns minutos aumenta a carência e a tolerância a carinho humano. Quanto mais sociabilizado for o gato, maiores serão as chances de ele demonstrar afeto em público, já que não ficará retraído ou escondido sempre que uma visita chegar!
Represente coisas boas
Gatos nos associam com tudo que sentem ou que percebem quando estamos perto deles. Se nos associarem com coisas boas, gostarão cada vez mais de nós. Portanto, o truque é conhecer quais são as coisas que agradam o seu gato e associá-las a você da melhor forma possível.
Alimentos e petiscos
Essas são ótimas ferramentas para uma aproximação afetiva com o seu felino. Para ele associar você a comidas gostosas, não basta que o veja completar o potinho com mais comida. A não ser que seja daqueles gatos que só querem comer quando a ração acaba de sair do saco…
De qualquer forma, é importante que o felino esteja com apetite quando algo gostoso é ofertado a ele. Por isso, receber uma quantidade controlada de alimento o tornará mais apegado a quem o serve do que ter comida disponível o dia todo.
É impressionante como petiscos dados na hora certa podem melhorar – e muito – um relacionamento. Tente recompensar o seu gato com petiscos sempre que ele atender a um chamado seu, como quando você chega em casa, e até mesmo quando ele vier de maneira completamente espontânea.
Diversão
Brincadeiras, principalmente de caça, são bastante prazerosas para o gato. Sempre que possível, brinque com ele. Assim, você ficará associado também a entretenimento e diversão. Aprenda a mover objetos da maneira que o seu gato mais gosta e descubra brinquedos que ele adore.
Conforto e segurança
Deixe o seu cheiro nos lugares onde o gato gosta de relaxar. Passe simplesmente a mão naquele local ou esfregue-se num pano e ponha-o perto dali.
Procure nunca pegar o gato enquanto ele relaxa nem tente tirá-lo de onde se escondeu, principalmente se estiver assustado com alguma visita. Nesses casos, tente atraí-lo oferecendo algo, mas sem insistir demais.
Ficar junto
Quanto mais tempo você passar com o gato, melhor. Isso inclui deixá-lo dormir com você. O chato é não poder se movimentar muito na cama, pois os felinos costumam reclamar ou ir embora… Normalmente, quando durmo com gatos tento me mexer o mínimo possível, para não incomodá-los.
Por mais estranho que pareça, é possível levar o gato para dar uma volta e ele tirar um bom proveito do passeio
Passear com o gato é bem diferente do que passear com o cão. Exige, portanto, procedimentos específicos. E o resultado pode ser um programa prazeroso e seguro para o felino.
Vantagens para o gato
Gatos são curiosos e precisam ser estimulados. A situação torna-se crítica quando ficam restritos a um espaço pequeno, quase sem atividade. Um experimento inglês constatou que gatos em liberdade chegam a andar mais de dois quilômetros por noite e caçam dezenas de pequenos animais, como insetos, répteis e ratos. Os passeios podem devolver aos gatos um pouco de liberdade, sem haver risco de serem atropelados, envenenados ou machucados por cães de vizinhos.
Nem todo gato curte
Exemplares mais tímidos e medrosos poderão nunca curtir um passeio, apavorados com o ambiente aberto e com o qual não têm ainda intimidade. É importante você conhecer bem o seu gato. Ao tentar passear com ele, fique atento. Observe se os sinais que ele dá são de bem-estar ou de estresse.
Passeio apreciado
Gatos são obcecados por controle do território. Só costumam relaxar depois de conhecer detalhadamente o ambiente onde estão. Gostam também de ter um lugar no qual confiam, para se esconderem caso apareça algo que, na concepção deles, seja muito perigoso. Por esses motivos, sugiro levar o gato sempre aos mesmos lugares. Deixe a caixinha de transporte por perto. Assim, ele poderá voltar ao “esconderijo” sempre que desejar.
Experiência com minhas gatas
Apesar de o passeio com gato ser bem limitado, é muito gratificante vê-lo explorando o ambiente e interagindo. Eu tinha duas Siamesas que adoravam passear em um praça. Sempre as levava para o mesmo canto, ajeitava a caixinha de transporte e as deixava à vontade, presas com guia. Elas subiam num arbusto, caçavam insetos e brincavam. Iam correndo para a caixa de transporte, como se fosse um treino para emergência! Quando passava um cão, a mais nova ficava mais acuada ou ia para a caixinha, enquanto a mais velha fazia questão de interagir com ele. Claro que eu só deixava esse contato acontecer quando tinha certeza que a aproximação era amistosa.
Pré-requisitos
Antes de levar o gato para passear, acostume-o a usar peitoral e guia dentro de casa ou num ambiente ao qual esteja acostumado. Procure deixá-lo com o peitoral enquanto come ou brinca. Aumente aos poucos o tempo de uso do acessório e procure manter o felino sempre sob supervisão, nessas ocasiões. Deixe o peitoral justo, de modo que o gato não consiga tirá-lo – uma escapada pode colocar em risco a vida dele. Peitorais com uma coleira em torno do pescoço aumentam muito a segurança.
O gato deverá também estar curtindo a caixinha de transporte, que será o porto seguro dele. Para estimulá-lo a entrar nela, coloque dentro petiscos gostosos. Deixe-a em lugares nos quais ele goste de ficar.
Primeiros passeios
Ao marinheiro de primeira viagem, sugiro levar o gato para um ambiente fechado e totalmente seguro. Por exemplo, ao apartamento de um amigo sem outros animais de estimação. Mesmo que seja possível deixar o gato sem peitoral e guia, não o faça. Aproveite essa segurança extra para verificar se está tudo em ordem. Leve sempre o gato na caixinha de transporte. Nela, ele se sentirá mais seguro e diminuirão as chances de escapar e machucar quem tentar contê-lo. Ponha a caixinha num canto e abra a portinha. Não force o gato a sair. Se desejar, estimule-o com um petisco, brinquedo ou fale carinhosamente com ele. E respeite-o se ele não quiser sair.
Novos lugares
Sempre que levar o gato a um novo ambiente, aja como se fosse o primeiro passeio. Enquanto ele preferir ficar dentro da caixinha, estará se acostumando com os cheiros, barulhos e a movimentação do lugar.
Avaliando estresse e prazer
Procure avaliar o comportamento do seu gato durante o passeio. Normalmente, quando ele estiver estressado não se interessará por alimento, água, carinho ou brincadeiras. Também evitará fazer as necessidades. Se ele estiver interessado em petiscos, brincando, gostando de receber carinho, etc., é quase uma garantia de não estar estressado – provavelmente o passeio está fazendo bem para ele. Já o oposto não é verdadeiro. Diante da variedade de estímulos oferecidos por um ambiente diferente, o gato pode preferir explorar as novidades a brincar, comer ou receber carinho. Na dúvida, consulte um especialista em comportamento anima para ajudar na avaliação.
Por Alexandre Rossi, especialista em comportamento animal.
Princípio da amizade
A lógica do comportamento dos gatos é simples: para serem amigos, um precisa proporcionar vantagens ao outro. Essas vantagens podem ser em forma de lambidas, de alimentos, de carinhos, de aconchego para dormir e até de brincadeiras. Mas há um problema: o gato vê instintivamente seus similares como possíveis fontes de disputas nas áreas de alimentação, sexo e território. Por esse motivo, quem quer aproximar dois gatos precisa ter o objetivo de transformar um possível “competidor” em um “amigo”.
Princípio da tolerância
É bastante comum os gatos simplesmente se tolerarem, sem nunca ficarem “amigos”. Para isso acontecer, basta que um não dê sustos no outro, nem o deixe temeroso de ser expulso facilmente do território. Nesse tipo de relacionamento acontecem pequenos desentendimentos, como quando um chega muito perto do outro e recebe algumas patadas, mas sem perseguições constantes, daquelas que levam um felino a se esconder do outro por grande parte do tempo.
Técnicas de aproximação
Há dicas específicas para reaproximar gatos que tiveram de ser separados, seja por uma briga séria ou apenas por desentendimento.
Durante o trabalho de aproximação, é preciso fazer o gato agressor perceber que não tem poder para afastar o “rival” de seu território e o outro gato compreender que não precisa fugir para não ser atacado. A melhor maneira de fazer isso e de não prejudicar o sucesso da aproximação, evitando sustos e outras sensações desagradáveis, é colocar o gato mais medroso numa caixa de transporte ou numa gaiola à qual esteja acostumado. Com esse cuidado, protegemos o felino menos agressivo e menos corajoso de ser assustado ou afastado por possíveis ataques do outro gato. Impedimos, também, que o gato atacado fuja, o que seria visto como uma “recompensa” pelo agressor e motivaria repetições futuras do gesto.
É preciso também fazer o gato agressor perceber que não deve chegar muito perto da caixa de transporte ou da gaiola. Se ele se aproximar demais ou mostrar clara intenção de atacar, será punido com um spray de água ou de ar comprimido direcionado ao seu focinho (costumo utilizar bombinha de CO2, de encher pneu de bicicleta).
Proporcionar bons momentos aos gatos quando estão próximos é fundamental para que os associem à proximidade entre eles. Alimentá-los nessas ocasiões é uma ótima estratégia. Mas é comum que em situações de estresse os gatos percam um pouco de apetite. Por isso, convém que, ao servi-los, estejam sem comer há algumas horas. Ou, então, podem-se dar petiscos que considerem maravilhosos e que não rejeitem por falta de apetite. Caso aceitem comer, deverão receber também carinho e brinquedos.
Duração e freqüência do exercício
As tentativas de aproximação poderão ser feitas diversas vezes por dia ou apenas algumas vezes por semana, dependendo do tempo disponível. O importante é que toda vez que os gatos se encontrem recebam coisas gostosas e sejam totalmente impedidos de brigar ou de um afugentar o outro. É preciso, ainda, manter-se atento para não estressá-los demais. Assim, em pouco tempo, as aproximações poderão se tornar um evento agradável para eles e deixá-los à espera do próximo encontro.
Finalmente soltos juntos
Só devemos deixar dois gatos soltos juntos quando tivermos segurança de que não brigarão. Isso acontecerá quando conseguirmos que eles se alimentem um perto do outro, sem demonstrar estresse ou agressividade, estando um do lado de dentro da caixa de transporte ou gaiola e o outro, do lado de fora. Ao soltá-los, fique preparado para inibir prontamente qualquer confronto provocado pelo “agressor”. Só deixe os dois sozinhos depois de terem permanecido soltos juntos, várias vezes, sem brigas nem agressões.
Modere suas expectativas
O procedimento de aproximação gradativa é o mais seguro e eficiente que conheço, mas pode levar meses para chegar ao fim, dependendo dos gatos envolvidos. Em alguns casos, o equilíbrio das relações precisará de uma contínua influência humana para a hostilidade não voltar com o tempo. E se a aproximação não evoluir, criam-se dois ou mais grupos de gatos que se tolerem naturalmente ou que sejam amigos.
Por Alexandre Rossi, especialista em comportamento animal.
Muitos gatos desenvolvem pavor de ir ao veterinário. Saiba como conseguir que eles se estressem menos nessas visitas
Exames comprometidos
Fica difícil dar bom tratamento a um gato com pavor de veterinário. Manuseá-lo e analisá-lo torna-se quase impossível. O pânico modifica os batimentos cardíacos, muda a freqüência da respiração e até altera o resultado de alguns exames de sangue.
Pavor perigoso
Nas campanhas gratuitas de vacinação, quando um gato é levado num saco por estar apavorado, costuma-se fazer a aplicação sem tirá-lo de lá, de tão difícil que é segurá-lo. É o jeito para evitar que escape ou morda e arranhe seriamente as pessoas, agitação que acabaria por deixar o felino ainda mais estressado.
Medo por associação
O sufoco pode começar antes da chegada à clínica, com o gato escondido, arisco e agressivo ainda quando está em casa. Isso acontece se ele associar com consulta veterinária os preparativos para a partida ou a caixa de transporte.
Motivos do pavor
Para grande parte dos gatos, perder o controle sobre o ambiente ou sobre uma situação é suficiente para entrar em pânico. O felino fica ainda mais assustado se for submetido a um procedimento que julgue perigoso, em ambiente não familiar. E o sofrimento dele aumenta com a dificuldade causada para ser segurado pelo médico-veterinário.
Situação ideal
As consultas veterinárias deveriam proporcionar momentos agradáveis e não de tortura para o gato. O ideal é que o proprietário e o veterinário tomem juntos os cuidados para evitar que a consulta cause trauma ou se torne uma experiência negativa para o felino.
Esse procedimento, mesmo que consuma um pouco mais de tempo, faz o gato oferecer menos resistência, o que é uma vantagem, pois permite ao médico-veterinário examiná-lo e tratá-lo melhor.
Alimentação aliada
A comida pode ajudar bastante a acostumar o gato a aceitar as situações diferentes e os procedimentos desagradáveis. Mas, para o alimento se tornar um aliado, será preciso que seja desejado pelo felino. Para intensificar o desejo, precisamos controlar a quantidade de ração que o gato ingere, zelando sempre para não deixá-lo abaixo do peso ideal.
Deixar o gato com comida disponível o dia todo prejudica o treino feito com uso de alimento. Atenção: um gato adulto não deve ser alimentado menos de duas vezes por dia.
Transporte sem medo
Acostume o gato a gostar de entrar na caixa de transporte. Alimente-o lá dentro freqüentemente. Quando ele começar a se enfiar nela espontaneamente, recompense-o com petisco. Aos poucos, comece a simular as etapas de ida para o veterinário. Antes de dar o petisco, simplesmente feche a porta da caixinha com o gato dentro. Na fase seguinte, dê o petisco só depois de erguer a caixa com o gato no seu interior, sacudindo-a levemente. Depois, leve-a para o carro, etc. Evolua etapa por etapa, sempre de maneira gradativa.
Aceitação de novos lugares
Para o gato se acostumar a associar um novo ambiente a uma situação agradável, comece a alimentá-lo em cômodos diferentes da casa. Depois, dê-lhe comida fora de casa, em locais diferentes. Se possível, inclua nessas variantes uma ou mais salas semelhantes às de clínicas veterinárias.
Manipulação por estranho
É possível habituar o gato a ser manejado por uma pessoa desconhecida. Para tanto, comece por segurá-lo firmemente por alguns segundos e recompense-o imediatamente ao soltá-lo. Aos poucos, aumente o tempo de restrição e aproveite para apalpar delicadamente cada pedacinho do corpo dele. Se o gato demonstrar um interesse contínuo pelo alimento oferecido, é sinal de que ele associa o procedimento a algo positivo e de que não está estressado demais.
Ao segurar o gato firmemente, tenha certeza de que não há como ele escapar. Se o gato perceber que existe possibilidade de fuga, ficará mais ansioso e esperneará cada vez mais. Para poder pegá-lo mais facilmente, caso ele saia das suas mãos, deixe-o com um peitoral durante os treinos iniciais. Nessa fase, convém também usar jaqueta jeans, para evitar arranhões nos braços e no peito.
Num estágio mais avançado, o ideal é contar com a ajuda de alguém que saiba segurar gatos corretamente, para verificar se o seu se deixa manusear por diferentes pessoas. Caso isso não ocorra, será preciso acostumá-lo a diferentes manejadores.
Por Alexandre Rossi, especialista em comportamento animal.
É quase impossível encontrar pessoas que já tenham ensinado truques a seus gatos. Embora esse tipo de treino demande um pouco mais de paciência e de tempo do que ensinar cães, o resultado é muito mais impressionante. Até truques simples deixam as visitas de boca aberta!
Quando um gato é ensinado com reforços positivos cria-se um maior entendimento entre ele e o proprietário. Não só porque o felino associa a pessoa com momentos agradáveis e estimulantes, mas também porque ao ensiná-lo prestamos mais atenção ao comportamento dele e, com isso, passamos a compreendê-lo melhor.
Buscar bolinha e entregá-la ao proprietário é uma brincadeira que entretém e exercita o gato. Quando se sabe ensinar, não é difícil obter êxito. É apenas necessário ter paciência.
Nunca force o gato a fazer algo contra a vontade. Isso não funciona e pode atrapalhar o convívio com ele. Gatos possuem ótima memória. Se você tiver de interromper o treino por dias, eles irão se lembrar perfeitamente do que já aprenderam. Já treinei gatos para comerciais que lembraram dos comandos depois de ficarem um ano sem tê-los recebido! Na média, em duas semanas um bom treinador adestra o bichano a buscar bolinha e a entregá-la, com meia hora de treino por dia. Acho que uma pessoa leiga, mas que leve jeito, consiga bom resultado em um mês. Não há necessidade de adestrar todos os dias e nem de estabelecer um tempo mínimo ou máximo para os treinos. Enquanto o gato estiver interessado ou se divertindo, o adestramento poderá continuar.
O primeiro ponto importante é que haja uma troca positiva para o gato sempre que ele fizer o que esperamos. Para motivá-lo, o que mais funciona é dar a ele um petisco que adore.
Quanto mais o gato demorar a saciar a gula, por mais tempo será possível treiná-lo. Por isso, o petisco deverá ser bem pequeno. Gatos com comida disponível o tempo todo costumam ser mais difíceis de treinar, pois passam a não dar valor ao alimento. Na natureza, os animais precisam caçar para comer. Por isso, alimentá-los durante brincadeiras ou dificultar um pouco o acesso à comida costuma aproximá-los mais do seu instinto. Não se sinta mal, portanto, ao restringir um pouco a alimentação.
O principal erro cometido por quem não sabe como ensinar o truque é querer recompensar o gato só se ele fizer o exercício completo, depois de buscar a bolinha e de entregá-la. A técnica correta é recompensar cada pequeno comportamento que contribui para o que queremos. Aumentar muito a dificuldade do treinamento frustra o proprietário e o gato. Avance, portanto, aos poucos. E incremente a dificuldade somente quando o gato entender exatamente o que se espera dele, na fase em que se encontra.
No início, devemos deixar o gato interessado na bolinha. Não só em brincar com ela, e sim realmente em capturá-la. Para isso, você pode usar uma bolinha de papel com um petisco bem gostoso dentro. Depois de arremessá-la, o gato a agarrará e, ao perceber que há um petisco dentro, o comerá. Se não perceber, podemos deixar o petisco mais óbvio no início, ou seja, não tão embrulhado no papel.
Com o tempo, o gato se interessará em ir atrás de qualquer bolinha de papel, para checar se há petiscos dentro. Quando isso acontecer, você poderá passar para a nova fase. Nela, o objetivo é mostrar ao gato que quando ele estiver com a bolinha de papel na boca pode ganhar de você uma guloseima melhor ainda, pois não precisa ser desembrulhada. Para tanto, é preciso agir rápido assim que o gato pegar a bolinha. Coloca-se praticamente o petisco na boca dele, para que o coma e solte a bolinha.
Nessa fase, a bolinha continua com a guloseima dentro, para o gato não perder o interesse por ela. Caso contrário, ele preferirá seguir você e ignorar o brinquedo. Mesmo assim, ao perceber que é muito mais fácil saborear o petisco que vem de você, ele poderá ignorar a bolinha. Se isso acontecer, não deixe que ele veja o petisco na sua mão e espere que se interesse novamente pela guloseima dentro da bolinha.
Somente quando o gato pegar a bolinha com a boca você revelará que tem um petisco e o dará. Depois de várias repetições, o gato perceberá que, para ganhar o petisco da sua mão, deve ficar com a bolinha na boca.
A fase final começa quando o gato passa a se aproximar de você depois de ter agarrado a bolinha. A partir daí, é só recompensá-lo toda vez que ele lhe trouxer a bolinha, que não precisará mais conter petisco. Boa sorte e bom divertimento para você e seu gato!
Educar ou adestrar o bichinho de estimação nem sempre é uma tarefa fácil. Antes de mais nada, é preciso ter muita paciência, saber respeitar o espaço dele e, ainda assim, ser persistente na hora de ensiná-lo.
Algumas atitudes do dono podem influenciar negativamente na educação do animal, pois, algumas vezes, ele pode não entender o que queremos passar para ele.
O que não fazer?
– Broncas desnecessárias: evite-as! Se o cachorro fez algo errado, não dê bronca após o acorrido, assim ele ficará sem entender. O certo é corrigi-lo no ato.
– Uso da palavra “não”: não use a palavra “não” toda hora. Muitas vezes, ao fazer algo errado, o animal está apenas tentando chamar a sua atenção. Cair na armadilha de correr atrás dele vai reforçar esse comportamento!
– Violência: não use violência física para ensinar! Isso pode levar o animal a desenvolver distúrbios comportamentais.
Por Carlos Antoniolli, adestrador da equipe Cão Cidadão.
Sociabilizar é o processo de se tornar sociável, ou seja, estar apto a viver em sociedade! Redundâncias a parte, pensando em tornar um cão sociável, é fazer com que o mesmo interaja e se adapta a diversas situações do dia a dia de uma forma natural e tranquila.
Na fase inicial da vida do cão, ou seja, nos seus primeiros 3 meses de vida a atividade cerebral está em pleno desenvolvimento e o que apreender nesta fase irá agregar para o resto de sua vida. Por isso, entendemos que essa é a fase primordial no que se refere à sociabilização. Se, neste período, o animal for exposto a diversos estímulos de uma forma gradual e associar a algo positivo (ex. fogos, trovões, pessoas e animais diversos), a probabilidade de levar essa associação para o resto de sua vida é grande.
É verdade também que nesta fase o animalzinho está, em seu aspecto imunológico, mais fragilizado, que é justamente a fase da vacinação. Mas não tenha este argumento como justificativas para não fazer a sociabilização, pois muitos cães passam perfeitamente a fase crítica imunológica e quando adultos são abandonados ou morrem por apresentarem níveis de fobias altíssimos.
Por exemplo, são os cães que se desesperam intensamente com fogos de artifícios, podendo até se colocarem em perigo de morte para fugirem do barulho. Algumas dicas seguras para aplicar o processo de sociabilização, no que se refere às doenças, é instalar em seus dispositivos (Smartphones, celulares, tablets, computadores…) algum aplicativo que emita sons do dia a dia (sons de ambulância, fogos, latidos, miados, aplausos e etc…) e gradativamente ir aumentando o som até que o cãozinho esteja bem familiarizado e tranquilo.
Outra dica é levar o cãozinho no parque, shopping e etc no colo, e deixar que as pessoas o toquem em seu dorso (costas) e que associe positivamente o ambiente e as pessoas. Lembrando que nesta fase ele receberá e compreenderá intensamente esses estímulos e este deverá ser aplicado gradativamente, respeitando a sensibilidade individual do cãozinho. A qualidade de vida de seu cãozinho está intimamente ligada ao grau de sociabilização… cães mais sociáveis, cães e donos mais felizes!!!
Por Alexandre Rossi, especialista em comportamento animal.
Bom, agora que acabamos de trabalhar, fazer coisas sérias e produtivas, podemos finalmente brincar! É assim que a maioria das pessoas encara a brincadeira: algo que deve ser feito apenas ao término das “coisas importantes” – quando elas terminam. Ou, então, simplesmente como uma recompensa para estimular as atividades “mais úteis”.
Nós menosprezamos a importância da brincadeira para a saúde mental e física das pessoas e dos animais. Brincar prepara a pessoa ou o animal para enfrentar o mundo real, ajuda a estabelecer vínculos, a aceitar papéis, regras sociais e morais.
E como simples brincadeiras podem nos ensinar tudo isso? A saúde física é estimulada pelos exercícios, quase sempre presentes nas atividades em espaços abertos, e também pelos movimentos que estimulam e treinam a coordenação motora. As atividades físicas durante esses momentos são feitas com prazer, o que colabora muito para um aprendizado motor mais duradouro e sem frustrações.
A saúde mental também é beneficiada. Aprender a respeitar regras, estabelecer um contato íntimo com um outro organismo, integrar-se socialmente, aprender a se colocar no lugar do outro etc., são algumas das lições que essas atividades de lazer são capazes de ensinar.
Troca de lugares
A ciência está descobrindo, cada vez mais, o quanto é importante a relação homem/animal. As atividades com animais trazem inúmeros benefícios para o ser humano e para o animal de estimação. Brincando com nossos pets, aprendemos a nos colocar no lugar dele e tentamos perceber o mundo da maneira que eles percebem.
Ao conseguirmos prever atitudes e estratégias do animal, como o escape da “perseguição”, conseguimos entender o processo de tomada de decisão do animal, ou seja, nos colocamos no lugar dele. Muitos pets são capazes de, também, interpretar nossas reações e prever comportamentos, tornando um jogo cada vez mais interessante para ambas as partes e permitindo um conhecimento sobre o outro cada vez maior. Esse processo gera um sistema de comunicação novo, estimulado por novas percepções, colaborando para a criatividade e a adaptabilidade da pessoa e do animal.
Os pets também ensinam o ser humano a entender e a lidar com as emoções. Durante as brincadeiras com eles, as emoções são vivenciadas de uma maneira mais pura, simples e direta, pois os animais não sofrem de personalidade dividida pela tentativa de se adaptar aos padrões da sociedade. Ao lidarmos com emoções puras, aprendemos suas verdadeiras características, e ganhamos com ferramentas essenciais para enfrentarmos um mundo cheio de emoções e vontades camufladas por restrições da nossa complicada civilização. Correr com seu animal, fazer carinhos, jogar com brinquedos ou mesmo criar brinquedinhos são pequenas coisas que podem trazer grandes mudanças – para você e para ele.
Antes de adotar um animal de estimação, é preciso ficar atento a alguns detalhes, como, por exemplo, ao temperamento do pet.
Se você já avaliou os prós e contras, e está determinado a procurar um amigo, algumas ONGs e instituições, apoiadas pela Cão Cidadão, ajudam a integrar novamente os animais na sociedade.
Escolhendo o seu pet
Ao procurar seu novo bichinho, não se deixe levar apenas pela idade dele, afinal, cães adultos podem se tornar também grandes amigos. Considere o comportamento do animal e veja se ele vai se adaptar à rotina e ao perfil de sua família.
Primeiros dias
Ao mudar de ambiente, o seu novo amigo precisará de um tempo para se adaptar. Como a mudança de local é repentina, é preciso reduzir, ao máximo, o nível de estresse dele, fazendo companhia e cuidando bem de sua alimentação.
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