Segredo do reforço positivo

https://www.flickr.com/photos/everydaypants/3429618909/
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Você sabe o que é o reforço positivo? Apesar de ser uma técnica muito utilizada no adestramento de cães, algumas pessoas ainda não sabem do que se trata ou como funciona.

O reforço positivo é um método que tem como objetivo recompensar as atitudes corretas do cão e tornar o aprendizado muito mais prazeroso, divertido e dinâmico. A eficiência desse método foi comprovada cientificamente.

“O reforço positivo nada mais é do que criar situações agradáveis para o pet, em troca de um bom comportamento sempre que ele for repetido”, explica a adestradora Joilva Duarte. “É baseado em recompensar os bons comportamentos, mantendo os tutores como líderes e ajudando os animais a terem mais confiança e obediência, fortalecendo assim o vínculo entre donos e pets”, completa.

O fator mais importante deste método é conhecer as preferências do bicho, ou seja, saber o que é que ele mais gosta: carinho, petiscos, brinquedos, entre outros. Sabendo tudo isso, fica muito mais fácil aplicar o reforço positivo no dia a dia do seu animalzinho.

A técnica

O reforço positivo significa recompensar o pet sempre que ele realizar um bom comportamento, para que assim ele passe a repeti-lo por diversas vezes e deixe de lado os maus hábitos. Como dito anteriormente, antes de qualquer coisa, é preciso conhecer o seu cão, pois esse prêmio deve ser algo importante e especial para ele.

“Devemos sempre recompensar uma boa atitude e ignorar as que não forem”, conta a adestradora. Mas como fazemos isso? Se uma visita chegou e o seu cão não latiu para o interfone, nem pulou ou rosnou para a pessoa, ele deve ser recompensado com aquilo que mais gosta.

O segredo do sucesso dos treinos, como diz Joilva, é a paciência e a dedicação. “Não é necessário treinos de uma hora todos os dias”, esclarece. “Normalmente, treinos curtos e divertidos surtem muito mais efeito, pois mantemos o foco e o interesse do pet, que são fundamentais para um bom resultado.”

Treinos

Um dos pilares desta técnica é a criação de situações nas quais o animal possa associar o bom comportamento a coisas boas. Assim, é necessário evitar situações que ele fique traumatizado.

Digamos que você pegou o seu cão fazendo xixi no tapete da sala. Sua primeira reação é ir atrás dele ou dar uma bronca, não é mesmo? Pois é aí que mora o erro. Quando isso acontecer, ignore-o.

Muitas vezes, o seu pet está fazendo isso como forma de chamar atenção e, ao dar uma bronca ou correr atrás dele toda vez que ele faz algo errado, ele consegue exatamente aquilo que queria: sua atenção. Corre-se o risco de o seu cão repetir os maus hábitos simplesmente porque sabe que, dessa maneira, conseguirá o que quer.

“Devemos evitar causar confusões na cabecinha do pet”, diz Joilva. “Imagine a mesma situação só que em vez de ignorar, você brigou ou até bateu nele por causa do xixi fora do lugar. Ele pode entender que é errado fazer xixi quando você está presente e, então, passará a se esconder para se aliviar, o que acaba dificultando o treino correto para essa situação e causando um medo desnecessário ao bichinho.”

O que devemos recompensar?

Todas as atitudes corretas do seu cão. Se você está tentando eliminar o xixi no lugar errado, recompense o seu cão sempre que ele fizer no tapete higiênico ou o local escolhido por você.

No caso do xixi, é importante lembrar que o seu cão precisa de um local fixo, longe da comida e da cama, pois cães não gostam de fazer as suas necessidades perto de onde eles se alimentam. Não mude o banheirinho dele de lugar diversas vezes, pois isso pode confundi-lo também.

“Todos da família podem aplicar o método no dia a dia. Com supervisão, uma criança pode ser ensinada a premiar o seu pet sempre que chegar uma visita e ele não latir ou pular”, sugere Joilva. “Com a participação de todos da família, fica muito mais fácil e até divertido ensinar o pet a se comportar”, finaliza.

Dicas de adestramento animal para profissionais do mundo pet

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Com o objetivo de apresentar técnicas, dinâmicas e ideias sobre como tratar cães e gatos nos estabelecimentos e clínicas voltadas ao universo animal, o veterinário e sócio-diretor da Cão Cidadão, Daniel Svevo, palestrou no Workshop de Gestão para Pet Shop e Clínica Veterinária do Sebrae, em abril, sobre o tema “Como o profissional de adestramento e comportamento pode ajudar o veterinário?”, para conhecimento dos profissionais da área que estavam presentes no escritório regional da entidade em Santo Amaro.

A principal questão abordada por ele durante a apresentação foi a sociabilização de filhotes e de cães medrosos. Para aprimorar o trabalho desses profissionais, métodos para minimizar medos e inseguranças foram trabalhados de forma simples e dinâmica:

– Sempre fazer associações positivas para o animal durante consultas. Ou seja, oferecer um petisco bem gostoso, brinquedos e paciência, para que ele lembre do veterinário com carinho e não com medo.

– Explorar o ambiente. Um animal sem medo tendem a se soltar mais e deixar o profissional fazer seu trabalho. Deixe que o seu animal cheire tudo, espalhe petiscos formando um caminho pela clínica, para que ele passeie por ela e se familiarize.

– Dessensibilização do toque nada mais é do que tirar a má impressão que o animal tem de algo ou de alguém e fazer boas associações, para que ele “mude de ideia” sobre aquela pessoa ou procedimento e aceite a aproximação de bom grado.

O profissional da Cão Cidadão finalizou a palestra lembrando que todo esse processo requer muito amor e paciência. Com isso em mente, todo o esforço será recompensado!

Dicas para deixar o passeio com o pet mais divertido

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O cão que passeia regularmente, frequentando parques, praças e ruas, tem a oportunidade de encontrar outros amigos, tornando-se cada vez mais sociável, recebe diversos estímulos e, ainda, coloca os seus instintos em ação.

Aproveite essas dicas para tornar as voltinhas mais prazerosas e tranquilas!

1. Conduza o seu pet sempre pela guia. Não é totalmente seguro deixá-lo solto.

2. Use uma placa de identificação no seu amigão. Qualquer descuido poderá resultar em uma fuga.

3. Leve água e petiscos para o pet. É importante que ele esteja sempre hidratado e que receba recompensas pelo bom comportamento.

4. Cuidado com os horários em que você costuma sair de casa para o passeio. Lembre-se de que cães não usam sapatos e as suas patas podem sofrer queimaduras em função do asfalto quente.

5. Leve os brinquedos que ele mais gosta e tire um tempinho para parar no parque e realizar brincadeiras com o seu cãozinho. Assim, ele poderá interagir com outros animais e se divertir com os seus objetos favoritos.

Agora é só aproveitar o ar livre para se divertir com seu mascote. Boa sorte!

Inteligência dos animais

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Por Cassia Rabelo, adestradora e consultora comportamental da Cão Cidadão.

Há não muito tempo atrás, era corriqueiro ouvir que os únicos seres racionais no planeta seriam os humanos. Essa, obviamente, era uma afirmação que partia dos… seres humanos!

Ocorre que, com o aumento do número de estudos envolvendo a capacidade cognitiva e emocional dos animais, foi possível constatar que várias espécies possuem capacidades até então totalmente desconhecidas e também, surpreendentes!

Já se sabe que cetáceos (baleias e golfinhos), possuem uma complexa capacidade de comunicação social, que vem sendo amplamente estudada pelos cientistas. Elefantes são animais que mostram sinais de luto quando um membro do grupo falece. Primatas já se mostraram capazes de aprender uma linguagem de sinais em um painel e se comunicar com os humanos através dela. E agora, passando para as aves, muitos estudiosos têm voltado seus olhos para os corvos, animais capazes de modificar objetos para lhes serem mais úteis, como por exemplo, entortar um pedaço de ferro para facilitar a pesca.

No caso dos animais de estimação, qualquer um que conviva com um cão ou gato, por exemplo, geralmente é capaz de elencar inúmeros exemplos que comprovam a inteligência de seus peludos.
E a ciência também já se voltou para esse lado, cada vez mais buscando entender como funciona a mente dos cães e gatos que vivem tão próximo das famílias nos dias atuais.

Quando se fala em inteligência, algumas capacidades são sempre lembradas: a de sentir emoções e a relacionada com resolução de problemas são algumas delas. E cachorros e gatos já se mostraram plenamente capazes de tanto.
Sabe-se que gatos domésticos se comunicam muito mais com os humanos com que convivem através de miados do que com membros da mesma espécie. E que essa se trata de uma linguagem aprendida, pois cada gato é capaz de desenvolver miados específicos de acordo com sua convivência cotidiana com os donos. Ou seja, consegue identificar qual tipo de miado funciona melhor para esta ou aquela situação, aprimorando, assim, a forma como se comunicam com os tutores.

Cães também são animais de estimação extremamente hábeis na arte de observar o mundo ao seu redor, especialmente os humanos da família. No dia a dia, todos que têm um cachorro a seu lado sabem de sua habilidade em saber com qual membro da família um pedido de comida vai funcionar mais!
Estas capacidades podem ser muito bem exploradas com treinos de adestramento baseados em reforço positivo, onde o aprendizado ocorre de forma prazerosa e divertida, estimulando ainda mais a capacidade cognitiva dos queridos pets.

Portanto, considerando que o número de animais de estimação é cada vez maior nos lares brasileiros, é muito importante ter em mente que, além das inúmeras delícias cotidianas que temos ao conviver com um, devemos procurar entender seus comportamentos levando em conta que são animais inteligentes e plenamente capazes de novos aprendizados.

Como o adestramento pode ajudar o relacionamento da família

Photo credit: Amy Loves Yah / Foter / CC BY
Photo credit: Amy Loves Yah / Foter / CC BY

Por Katia de Martino, adestradora da equipe Cão Cidadão.

Há até algumas décadas, o cão era visto pela família como um animal responsável pela guarda da casa, que se alimentava com comida caseira, por muitas vezes, resto do almoço ou jantar, e ficava apenas no quintal. Ou seja, o vínculo humano-cão era bem restrito.

Hoje, em grandes metrópoles, as pessoas vivem em apartamentos ou casas menores, fazendo com que o contato com o cão seja muito mais próximo. Com isso, os problemas de comunicação começam a aparecer com maior frequência.

Os cães têm uma comunicação própria, nem sempre identificada e/ou compreendida pelo homem. É essa falta de entendimento que leva a problemas comportamentais.

O adestramento é a melhor ferramenta para ajudá-lo a lidar com isso. Sua principal função é melhorar o convívio entre cães e seus donos, proporcionando um melhor relacionamento. Mostrar para o homem os sinais que o cão está emitindo e apresentar para o cão o que seu dono quer, tornando a comunicação mais fluida.

Muitas vezes, se escuta sobre o adestramento frases como: “Não quero que meu cão seja de circo, eu só quero que ele me obedeça”; “Adestramento é para cachorros grandes, de guarda e o meu é bonzinho”; “Tenho medo de que meu cão não goste mais de mim”.

De fato, seu cachorro será treinado por meio de truques e recompensas, porém, isso estimula tanto física como mentalmente o seu cão. Essa é a melhor ferramenta para trabalhar com a comunicação de duas espécies completamente distintas, com uma convivência cada vez mais estreita.

Com treinos de comandos, passeios, socializações e brincadeiras, treinamos limites e autocontrole. Reforçamos o comportamento correto e alteramos o errado.

O adestrador pode te orientar sobre a melhor atividade para o seu cão, a como se exercitar tendo seu pet como companheiro, ou então, a como fazer para que ele aprenda a obedecer e a respeitar os limites.

Aos poucos, a sintonia entre vocês ficará cada vez melhor, proporcionando um bem-estar para vocês e todos a sua volta.

Agressividade tem solução

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Quando temos um cão, esperamos que ele seja dócil, educado e companheiro. Mas nem sempre a realidade é assim. Cada animal, independentemente da raça e do porte, tem a sua personalidade. Alguns cachorros se tornam agressivos com o passar do tempo, mesmo você dedicando amor, cuidados e carinho a eles.

O cão agressivo pode desenvolver esse comportamento por diferentes razões. O primeiro passo para uma convivência harmoniosa é saber como lidar com esse animal. Para isso, é preciso identificar os motivos pelos quais ele se tornou assim.

Alguns dos tipos mais comuns de agressividade:

Posse: é quando o cão acredita que tudo é seu e passa a “defender” essas coisas, como a comida, o brinquedo, os ambientes, a cama etc. Normalmente, o animal age dessa maneira por relacionar pessoas à perda de coisas. O indicado é mostrar que você não está competindo com ele. Ao se aproximar da comida, por exemplo, caso ele se mostre irritado, jogue um petisco. Assim, ele vai aprender que é você quem cuida dele. Que você soma e não subtrai. Mas, bastante cuidado com essa aproximação.

Dominância: começa quando o cão não tem limites e se sente o dono da casa. Muitas vezes, isso ocorre por culpa dos próprios tutores, que o deixam livre demais. Se sentindo o líder, esse animal certamente não gostará de ser contrariado. Logo, age com agressividade.

Medo: é uma das mais perigosas formas de agressividade, pois o cão ataca para se defender. Nessa situação, nenhuma forma de punição é ideal. Mostre a ele que você é fonte de amor, carinho, passeios e recompensa. Paciência é fundamental. Você precisa resgatar a confiança do pet e isso pode levar um tempo.

A maneira mais eficiente para evitar que o seu amigão se torne um eterno desconfiado, é sociabilizá-lo ainda filhote. Levando-o para conhecer gente nova, barulhos e sons diferentes. Ensinando o certo e o errado.

Antes de qualquer passo, é imprescindível que os tutores façam uma visita ao veterinário, para que ele possa examinar o pet e encontrar qualquer problema de saúde que possa estar gerando esse comportamento.

A ajuda de um profissional em comportamento animal é bem-vinda nesses casos. Lembre-se de que, dependendo do porte do animal, essa situação pode causar um grave acidente. Além de que o peludo também merece ter mais qualidade de vida. Boa sorte!

Passeio com o pet pela primeira vez: dicas e cuidados

Photo credit: mrhayata / Foter / CC BY-SA
Photo credit: mrhayata / Foter / CC BY-SA

A hora do passeio para o seu cãozinho é a melhor parte do dia. Nada como ar fresco e uma voltinha divertida, na qual ele pode conhecer outros animais, sentir cheiros e texturas diferentes, ver lugares e pessoas novas.

Esse momento divertido é essencial para a saúde do seu pet. Além dos estímulos psicológicos, é uma maneira de manter o peludo saudável e exercitado, incentivando-o a gastar a energia acumulada durante as horas de descanso.

Se você acabou de adotar seu peludo e ainda não sabe a melhor forma de lidar com o passeio, é preciso compreender que alguns cuidados devem ser tomados. Confira as dicas!

Duração

Como diz o ditado, cada caso é um caso. Os cães de maior porte precisam de mais exercício e tempo de passeio do que os cachorrinhos menores.

Além disso, as peculiaridades de cada raça devem ser levadas em consideração. Um Beagle, que é uma raça que já foi utilizada como cão de caça, tem muito mais energia para gastar do que um Chow Chow, que era usado como um cão de guarda.

Por isso, é preciso considerar a raça, o temperamento e o porte do cão ao calcular a duração do passeio.

Idade

Se o seu novo cão é um filhote, é preciso tomar algumas precauções. Antes de levá-lo para passear, realize alguns treinos, para que ele se acostume e saiba o que pode ou não fazer. Para mais dicas sobre o assunto, confira este artigo.

Filhotes precisam de passeios mais curtos no início. Aumente esse tempo gradativamente, para que ele se acostume.

Cuidado com o período de vacinas! Consulte sempre o médico veterinário e saiba quando o pequeno já está liberado para das as voltinhas na rua.

Já os cães mais velhos não possuem tanto pique quando os filhotes, além da probabilidade de apresentarem problemas de saúde. Por isso, os passeios devem ser mais curtos e tranquilos.

Horário

O horário do passeio varia de acordo com o dia a dia do tutor, porém, é preciso ter em mente algumas coisas antes de sair com o seu cãozinho.

Em dias quentes, o seu cão pode queimar as patas no asfalto, ficar desidratado, entre outros. Por isso, dê preferência aos horários em que o sol esteja mais ameno, pois os animais também sofrem com o calor. Leve água fresca para mantê-lo sempre hidratado.

Regras

Apesar de o passeio ser um momento de lazer para o seu bichinho, ensine a ele que existem regras a serem seguidas.

Antes de sair, acostume o cão a ser contido com a coleira e a caminhar ao seu lado o tempo todo, acompanhando o seu ritmo, para que ele entenda que você está no comando.

Esse treinamento deve ser realizado dentro de casa, antes do passeio, assim o seu cachorro entenderá que não deve sair correndo por aí.

Equipamento

É muito importante que o dono tenha em mãos equipamentos nos quais ele pode confiar. É perigoso comprar guias ou coleiras que possam rasgar, pois o cão pode sair correndo e sofrer um acidente. Para evitar isso, procure adquirir produtos de qualidade, que sejam seguros tanto para o cão, quanto para você.

Depois, é só curtir com o pet! Bom passeio!

Cinco coisas que você precisa saber sobre latido em excesso

https://www.flickr.com/photos/alpharios101/3341315957/
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O latido excessivo é uma das grandes reclamações dos donos de cães, principalmente quando a família mora em apartamento. Saiba o que pode motivar esse comportamento, para poder ajudar o seu cão.

1. Comunicação

A única forma que os cães encontram para se comunicar é latindo. O pet pode estar feliz demais, irritado, sentindo-se mal, ansioso e por aí vai.

2. Falta de atividades

Muitas vezes, por tédio e falta do que fazer, os cães começam a latir para chamar a atenção, brincar e ocupar o tempo, pois estão com energia acumulada.

3. Latindo para um alvo

Quando o seu cão está latindo na direção de alguém ou de algum objeto, pode significar que aquela situação está causando desconforto a ele. Pode ser um automóvel, outro bicho, alguém desconhecido ou algum estímulo que venha de fora.

4. O excesso prejudica

Os latidos em excesso podem, sim, fazer mal ao seu cãozinho. Portanto, se ele começar a apresentar esse tipo de comportamento, faça uma visita ao veterinário de confiança. O profissional poderá examinar se há algo errado com ele.

5. Não ignore

Ignorar o problema não resolverá e agravará a situação. Dar broncas no animal, até que ele pare de latir, também não resolverá, pois ele pode canalizar essa frustração para outras coisas, podendo transformar o latido em agressividade e destruição de objetos.

Independentemente da causa, procure a avaliação de um médico veterinário, para eliminar a probabilidade de ser algum problema de saúde.

Após, busque ajuda de um especialista em adestramento. Seu cão pode estar precisando de estímulos, enriquecimento ambiental, atenção etc.

Ajude seu peludo nessa missão!

Importância do filhote de cachorro ficar até os 60 dias na ninhada

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Por Katia de Martino, adestradora da equipe Cão Cidadão.

Você acabou de voltar de um criador e escolheu o seu filhote de estimação, que viverá por muitos anos, e não aguenta a ansiedade de querer levá-lo para casa. Mas, como ele está com apenas 45 dias, o criador não deixou que isso fosse feito. Disse que, antes dos 60 dias, ele não pode sair da ninhada. Ele está certíssimo e vamos saber o porquê.

Muitos criadores leigos ou irresponsáveis, devido à despesa com ração e trabalho de limpeza do canil, acabam liberando o filhote logo após o desmame, entre os 30 a 45 dias de vida. Essa liberação precoce acaba provocando problemas comportamentais, que o animal levará para o resto da vida dele.

Durante o contato com a matilha em que nasceu, o filhote começa a aprender aspectos sociais e psicológicos da sua espécie, isto é, ele aprende a ser cachorro – também chamado de imprinting canino, que começa entre o primeiro até o quarto mês de idade.

É nessa fase que o cão desenvolve sua personalidade, que começa a se comunicar com os irmãos e a se posicionar na hierarquia. Mostra as suas emoções, como medo, vontade de brincar etc. Sabe aquelas mordidas muito fortes? É nesse momento que tanto a mãe, como os irmãos não tolerarão.

A mãe tem um papel fundamental nessa fase também. Ela começa a estabelecer limites para os filhotes, como rejeitar o filho quando quer mamar e já está com os dentinhos bem pontiagudos; corrigir quando ele está latindo demais ou quando está muito longe da matilha, entre outras coisas.

Um filhote retirado precocemente da matilha, futuramente será um cão inseguro e ansioso, que não sabe se comunicar com outros cães. Por causa dessa falha de comunicação, ele não entenderá a linguagem corporal dos outros. Sabe aquele cão que rosna à toa para outros animais, crianças, idosos, ou seja, para tudo que é novo para ele? Pois é, com certeza esse é um cão que não foi sociabilizado na fase correta.

Portanto, se você quer ter um relacionamento saudável com o seu futuro cãozinho até o resto da vida dele, segure um pouco a sua ansiedade e procure visitá-lo a cada 15 dias no canil, até a hora certa de ele ir embora.

Fonte: Petz.

O que levar em consideração ao adotar um cão para fazer companhia a outro

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Com a correria do dia a dia, muitos donos se sentem em dívida com os seus bichinhos de estimação. O medo de que eles se sintam sozinhos impulsiona diversos tutores a considerar a adoção de outro animal.

O problema é que muitas pessoas não pensam antes de tomar essa decisão e acabam se frustrando quando o novo cãozinho chega em casa e a amizade entre os dois acaba não aflorando, por diversos motivos.

É importante que os tutores tenham conhecimento de que os cães são, sim, animais que precisam de companhia. “Sabemos que os cães vivem em matilhas, uma sociedade bem organizada, com companhia o tempo todo”, explica o adestrador da Cão Cidadão, Tiago Mesquita. “Um cão que faz companhia ao outro de forma amistosa é sempre bem-vindo. Poderão passar o seu tempo se organizando socialmente com brincadeiras, diversões, aprendendo e enriquecendo ainda mais o ambiente.”

Adotar ou comprar outro bichinho para fazer companhia ao seu peludo é uma boa ideia, mas que deve ser executada com cuidado e atenção.

Para tomar essa decisão, é necessário considerar se é possível dar atenção aos dois cães. Ambos precisarão de muito amor, carinho, cuidados com a saúde, ração, banho, tosa etc. “Temos que observar se ele é o indivíduo certo para o seu estilo de vida e também verificar se o cãozinho poderá acompanhar o ritmo do outro que já está sob a sua tutela”, complementa Mesquita.

Apresentação

Depois de encontrar o seu mais novo amigão, é preciso preparar o seu outro peludo para a novidade. O momento da apresentação entre os dois animais é crítico e deve ser feito com cuidado, para evitar problemas.

“Diversas situações podem acontecer, como o dono forçar a apresentação de um cão que está com medo a outro mais agitado. Isso pode causar repulsa entre eles”, explica o adestrador. “Geralmente, algumas pessoas acabam se frustrando e cometem mais erros do que acertos nesse momento”, acrescenta.

Para evitar problemas, existe um ingrediente infalível: paciência. Cães estão sempre aprendendo, porém, alguns precisam de mais tempo do que outros.

Como escrito em outros artigos, a apresentação entre cães deve ser feita em um local neutro. Mas, por quê? Essa atitude faz com que o cão antigo não se sinta ameaçado e associe o novo cãozinho a coisas boas, como passeios e brincadeiras divertidas.

Um dos maiores erros que os tutores cometem é levar o novo cãozinho direto para casa, deixando-o livre para se aproximar do que já está ali há mais tempo.

Procure apresentá-los em uma praça ou em um parque, durante um passeio que o seu cachorro já goste. Deixe que eles se aproximem no tempo deles, respeitando os limites de cada um. “Uma associação positiva pode ser bem legal para que essa amizade flua de maneira correta”, enfatiza o adestrador.

Adestramento

Quando o adestramento é para dois cães, alguns ajustes precisam ser feitos. “A técnica em si não muda. O que muda é o plano de aula. O treinamento básico será aplicado para os dois e os problemas de comportamento serão tratados individualmente, melhorando a harmonia entre cães e donos”, comenta Mesquita.

Assim, quando for adotar outro cão, procure a ajuda de um profissional de comportamento animal, para que ele possa analisar a situação e encontrar a melhor maneira de realizar essa transição, mantendo os dois peludos seguros e respeitando o limite de cada um.

E lembre-se: a nossa companhia é insubstituível para os nossos cãezinhos. Organize-se para ficar com os seus amigos em momentos do dia.

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