Você sabia que não é natural para o cão usar a guia?

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É fato que, para a segurança do próprio pet, é necessário que ele sempre utilize a coleira e a guia principalmente durante aquelas voltinhas no bairro. Esses acessórios são necessários, pois ajudam a manter o animal seguro e controlado.

Infelizmente, não são todos os pets que aceitam utilizar os utensílios de segurança facilmente, pois, para eles, não é natural ter algo acoplado ao seu corpo. “As pessoas percebem isso quando colocam pela primeira vez coleira e a guia em um cachorro e vão tentar levá-lo para passear. Por não compreender o que está acontecendo, o animal acaba fazendo força para o sentido oposto”, comenta o zootecnista e especialista em comportamento animal, Alexandre Rossi.

Se o tutor se deixar levar pelo sentido proposto pelo cão, é possível que ele passe a ter essa atitude ruim sempre, já que, na cabeça dele, você permite que ele te puxe. O resultado pode ser bastante prejudicial: o pet pode se tornar cada vez mais rebelde na hora dos passeios.

Para evitar esse problema, é necessário ensiná-lo que vocês podem, sim, sair para passear, desde que ele ande ao seu lado. “A melhor forma de educar um cachorro, é ter algo que ele goste e queira muito”, aconselha Alexandre. “Pode ser uma brincadeira, um carinho ou um petisco. Esse é o momento de mostrar a ele que não há problema nenhum com a guia”, finaliza.

O importante é sempre manter o animal seguro. Lembre-se de que a responsabilidade pela vida do bichinho é sua.

Gostou desta dica? Se quiser contratar os profissionais em comportamento animal para realizar o adestramento, fale com a Central de Atendimento da Cão Cidadão, pelos telefones: 11 3571-8138 (São Paulo) e 11 4003-1410 (demais localidades).

Filhote de gato: como torná-lo um adulto dócil e sociável

Photo credit: mathias-erhart / Foter / CC BY-SA
Photo credit: mathias-erhart / Foter / CC BY-SA

Por Alexandre Rossi, especialista em comportamento animal.

As primeiras semanas de vida são as que mais influenciam na definição do comportamento do gato. Desde como ele reagirá quando for acariciado até como se adaptará ao convívio com outros animais. Por isso, devemos aproveitar essa fase crítica do desenvolvimento para preparar bem o filhote para a vida adulta.

Sem controle total
Embora a fase da sociabilização tenha uma enorme influência no comportamento do filhote, não quer dizer que podemos controlar ou determinar o comportamento futuro do animal. Já vi proprietários de gatos anti-sociais se culparem por isso ou serem culpadas por amigos. Mesmo depois de uma boa sociabilização, alguns gatos tornam-se agressivos, medrosos ou desenvolvem ambos os comportamentos com outros animais e com pessoas.

Temperamento e personalidade
Numa mesma ninhada, alguns gatinhos são mais corajosos e extrovertidos que outros. As diferenças de temperamento são influenciados pela genética de cada exemplar. Por isso, quanto mais anti-social e medroso for o gatinho, mais importantes serão os procedimentos descritos a seguir. Esse raciocínio é válido também quando o filhote tem pais medrosos, agressivos ou anti-sociais.

Brincalhão quando filhote, medroso quando adulto
Muitos proprietários de um filhote sociável e desinibido deixam de sociabilizá-lo e de acostumá-lo a procedimentos e situações que enfrentará futuramente por causa do bom temperamento do gatinho. Mas muitos filhotes, principalmente quando não foram corretamente expostos a diversas situações, animais e pessoas, começam a ficar medrosos e cautelosos depois de saírem da infância.

Como sociabilizar
Apresente o seu gatinho de maneira agradável a diversas pessoas e animais. Evite qualquer desconforto ou susto durante essas interações. Por exemplo, procure brincar com o gato e alimentá-lo enquanto recebe visitas. Lembre-se que o filhote pode se assustar com pessoas, especialmente as crianças, e com animais que agem de maneira inesperada, o que pode resultar em trauma difícil de ser recuperado.

Importância das brincadeiras
Estudos demonstraram que brincadeiras aproximam o gato das pessoas. Brincar é, portanto, uma ferramenta importante para facilitar a interação. Mas brincadeiras feitas com o uso do próprio corpo podem estimular a agressividade do gato para com as pessoas. Por isso, ao brincar prefira fazê-lo com algum objeto. Em vez de estimular o felino a morder ou a caçar a sua mão ou pé, use um cordãozinho ou uma bolinha, por exemplo.

Procura por carinhos
Gatos acostumados a receber carinho nas primeiras semanas de vida tendem a procurar mais carinho quando adultos e a gostar de recebê-lo. É relativamente comum o gato ficar ansioso e atacar o proprietário depois de receber carinho por algum tempo. Uma maneira de evitar esse comportamento é acostumar o filhote a longas sessões de carinho. Se ele não for muito fã de afagos, procure acariciá-lo durante as refeições ou enquanto a estiver preparando. Outro momento propício é quando ele estiver acordando ou quase dormindo, pois a ansiedade estará bem baixa.

Pequenas restrições de movimento
Habituar o gato a ter uma parte do corpo imobilizada é importante para que ele venha a se comportar com naturalidade quando lhe dermos banho, cortarmos suas unhas e o escovarmos, por exemplo. Segure o gato firmemente, mas com muito cuidado para não provocar um trauma. Procure imobilizar gradativamente uma parte do corpo dele. Treine isso com freqüência, mas sem provocar grande desconforto. É importante fazer a restrição com firmeza e, se o gato tentar escapar, não soltá-lo enquanto esperneia, para evitar que aprenda a acabar com o desconforto dessa maneira.

Acostumar ao banho
Ensina-se o gato a tomar banho nas primeiras semanas de vida. Mas com muito cuidado para não transformar a experiência em trauma. Um erro clássico é tentar dar banho completo ao gato que nunca passou pelo processo antes. Se ele for contido por vários minutos contra a vontade, esfregado, enxaguado e secado, isso, além do pavor que a água é capaz de causar, pode fazê-lo associar o banho a algo odiável. O truque é acostumar o gato às fases do banho antes de dá-lo por completo, associando-as a coisas agradáveis, como brincadeiras e petiscos. Antes de molhar o felino, procure habituá-lo também com a toalha e o secador. Você não gostará de descobrir, no momento em que ele estiver encharcado, que entra em pânico quando o secador é ligado!

Gatos: como conseguem voltar para casa depois de desaparecer?

Photo credit: Henrique Vicente / Foter / CC BY
Photo credit: Henrique Vicente / Foter / CC BY

Por Alexandre Rossi, especialista em comportamento animal.

Alguns comportamentos dos gatos intrigam muita gente. Um deles é a capacidade de voltar para casa depois de desaparecer por algum tempo, mesmo quando o felino nunca tinha percorrido antes os caminhos que podem conduzi-lo até a habitação. Esses retornos ocorrem, por exemplo, com gatos que saem para dar uma volta e desaparecem por meses ou anos. Ou quando os donos, infelizmente, cometem o crime de abandonar o felino em algum lugar distante. Ou, ainda, quando os donos mudam de casa, o gato desaparece e é encontrado nas proximidades do antigo endereço.

Embora muitos acreditem que os gatos possuam capacidades extrassensoriais, existem pesquisas, observações e estudos que apresentam justificativas muito mais normais para esse fenômeno, as quais explicarei neste artigo.

Memória visual
A capacidade de observar o ambiente e de memorizá-lo é enorme nos gatos. São animais bastante visuais, capazes de reconhecer árvores, prédios, praças. Basta encontrarem algo que reconheçam para, a partir daí, conseguirem se orientar e voltar para casa.

Memória olfativa
Mesmo quando estão em um lugar onde não enxergam nada conhecido, muitos gatos conseguem voltar para casa, ajudados pela memória olfativa. Essa é a capacidade dos animais que mais nos impressiona, pois o olfato humano chega a ser ridículo quando comparado com o deles, inclusive do gato.

Casas, ruas, regiões, cidades, etc., possuem alguns cheiros específicos. Muitos desses odores podem ser reconhecidos pelos gatos e servir para orientá-los quando perdidos. São capazes de se guiar por cheiros conhecidos até chegarem a algum lugar que reconheçam visualmente, e, a partir daí, usarem a memória visual para completar o percurso.

Gatos que percorrem grandes distâncias durante o dia acabam conhecendo diversos cheiros da região e se familiarizando com eles. Mas mesmo os gatos que praticamente não saem de casa recebem uma enorme amostra dos odores existentes à volta deles, alguns trazidos de longe pela brisa e pelo vento. E, cada vez que o vento muda de direção, outros cheiros podem ser sentidos, dando a possibilidade de formar uma ampla memória olfativa.

Não basta reconhecer um cheiro para chegar ao lugar desejado. Depois de identificado o odor, é preciso saber para qual direção caminhar. Os gatos se deslocam de um lugar para outro e, assim, podem testar se a concentração do cheiro conhecido aumenta ou diminui, decifrando rapidamente de onde ele vem. Moléculas de determinados odores podem viajar por centenas de quilômetros e, se tiverem concentração suficiente para serem percebidas, poderão ser utilizadas para localizar o caminho procurado.

Influência do vento
Às vezes, o cheiro que o gato reconhece só chega até ele quando o vento sopra em um determinado sentido. Nesse caso, ele só conseguirá ir na direção de casa quando o vento colaborar – bastará uma pequena mudança na direção da brisa para ele se perder novamente.

Gato com múltiplos donos!
Muitos gatos demoram a voltar para casa por outros motivos, bem menos angustiantes para nós e para eles. Quando o felino não fica restrito ao ambiente interno da casa, costuma frequentar outros lares. Em vários casos, ele é alimentado e adotado também por diversas pessoas. Alguns gatos tomam café da manhã em uma casa, tiram uma soneca em outra e jantam em mais outra.

Imagine que o seu gato não esteja com coleira de identificação e que um dos outros donos resolva prendê-lo dentro de casa para, por exemplo, evitar que continue se machucando em brigas na rua. Você achará que ele foi embora, morreu, etc.. Normalmente nem imagina que ele possa estar na casa do vizinho da rua de cima! Depois de alguns meses, o gato escapa ou resolvem deixá-lo passear. Aí, para sua surpresa, ele surge novamente.

Um gato mais poderoso no bairro pode restringir o acesso do seu, inclusive à sua casa. Se isso acontecer, o seu gato poderá ficar frequentando outros locais até o mandachuva morrer, perder o poder ou mudar de área.

Como apresentar cães e gatos a outros animais?

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Já faz tempo que o mito de que cães e gatos não se dão bem foi desbancado, porém, ainda existem pessoas que acreditam que esses animais não se dão bem com outras espécies como, por exemplo, pássaros, hamsters, minipigs, entre outros.

De acordo com a adestradora e consultora comportamental da equipe Cão Cidadão, Malu Araújo, a história é outra. “É possível, sim, que animais de espécies diferentes convivam em harmonia”, afirma. “Quando o treino de apresentação é feito com os pets ainda filhotes, essa convivência se torna mais fácil. Caso algum deles já seja adulto, não tem problema. O mais importante para tornar essa convivência tranquila é contar com a ajuda de um profissional”, completa.

Para isso, a especialista dá algumas dicas. Segundo Malu, o dono que desejaa apresentar um cão ou gato a animais de outra espécie não podem ter pressa. O processo deve ser feito com calma, paciência e segurança, sempre pensando no bem-estar de todos os bichinhos envolvidos.

• Não force a relação!
Antes de mais nada, é importante ressaltar que não se deve forçar a relação entre os animais. Não tenha pressa para deixá-los juntos. O início do treinamento deve ser com os pets separados e, aos poucos, eles devem ser colocados juntos, para se conhecerem.

• Distância segura
Nos primeiros dias, introduza-os à presença do outro com certa distância, utilizando a caixa de transporte ou na guia. Gradualmente, faça a aproximação.

• Coisas boas
Sempre associe a presença do outro a coisas bem legais, como um petisquinho. Isso fará com que eles associem a presença do outro bichinho com algo que eles gostam e, assim, aos poucos, eles começarão a se sentir mais confortáveis com as interações.

Caso não se sinta à vontade em fazer essa apresentação, conte com o suporte de um adestrador. Além de orientar e supervisionar esse contato, o profissional indicará quais são os cuidados que devem ser tomados. “Ele tem o olhar mais treinado para analisar como os pets estão, através de expressão corporal, vocalização e outros sinais, garantindo que nenhum dos bichinhos fique estressado durante o processo de apresentação”, reforça Malu.

Gostou desta dica? Se quiser contratar os profissionais em comportamento animal para realizar o adestramento, fale com a Central de Atendimento da Cão Cidadão, pelos telefones: 11 3571-8138 (São Paulo) e 11 4003-1410 (demais localidades).

Aprenda a interpretar os sinais do seu pet

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Não é segredo para ninguém que, para manter um bom relacionamento com o pet, é preciso aprender a como se comunicar com ele de forma precisa.

Muitas vezes, o dono não sabe como mostrar para o animal de estimação as atitudes que espera dele ou mesmo indicar que aquela conduta que o bichinho teve é inadequada.

O adestramento pode ajudar, e muito, nesse quesito. Não se trata apenas de deixar o pet um robozinho, como muitos temem, mas sim de aprender com um profissional especializado a colocar limites e a mostrar o que ele pode ou não fazer.

Outra dica que ajuda bastante é aprender a identificar alguns sinais que os pets dão, que são indicativos de que algo na relação precisa ser revisto e aperfeiçoado.

Quer aprender?

No curso “Ensine seu cão a falar”, da Cão Cidadão, os participantes vão aprender com a adestradora e consultora comportamental da Cão Cidadão, Patricia Patatula, a como se comunicar de forma assertiva com o pet e a ensiná-lo a expressar as suas vontades, por meio de sinais arbitrários.

O encontro vai acontecer em 19 de novembro, das 8h às 18h, em São Paulo. Para mais informações e inscrições, clique aqui.

Dicas

1. Seu pet anda destruindo objetos e mordendo tudo o que vê pela frente? Veja se essa não é uma forma de ele te mostrar que está entendiado e que precisa de atividades e estímulos para gastar a energia acumulada. Passeie mais e ofereça brinquedos variados para ele.

2. Late sem parar. Será que algo na vizinhança não está chamando a atenção do melhor amigo? Avalie também se ele não age dessa forma quando é deixado sozinho – isso pode significar que o bichinho está sofrendo de ansiedade de separação.

3. Ele não aprende onde deve fazer as necessidades! Cheque se está claro para o bichinho o local do banheiro e se ele está limpo. Muitos animais deixam de fazer o xixi no local correto, por exemplo, porque os donos deixam o banheiro próximo do local onde ele come e dorme.

Estudo de Alexandre Rossi ajuda cães a expressarem as suas vontades

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Já pensou se fosse possível ensinar o seu cão a expressar os seus desejos? O especialista em comportamento animal, Alexandre Rossi, desenvolveu um estudo no qual ensinou as cadelinhas Sofia e Estopinha a se comunicarem por meio de sinais arbitrários.

Por meio de um teclado especial, elas associavam símbolos as suas vontades, como comer, beber água, passear, entre outros.

Trabalho

A pesquisa foi desenvolvida primeiramente com a Sofia (já falecida), e tinha como objetivo identificar até que ponto o aprendizado era influenciado pelos ensinamentos ou pelos instintos naturais dos pets.

Em apenas um ano, Sofia desenvolveu a capacidade de relacionar os símbolos das teclas de um teclado eletrônico as suas necessidades imediatas – “água”, “comida”, “casinha”, “passear”, “brinquedo”, “carinho” e “xixi”.

Durante os treinos, Alexandre Rossi percebeu que havia uma relação entre o olhar de Sofia e a tecla acionada: antes de apertar a tecla “brinquedo”, a cadelinha olhava para o objeto desejado, o que ajudou o especialista a concluir que as suas motivações a incentivavam a utilizar o teclado para pedir o que ela queria naquele momento.

Essa capacidade de se comunicar acabou sendo transferida para o dia a dia, pois, aos poucos, a cachorrinha começou a reconhecer os sinais utilizados no teclado em outros locais – a tecla do passeio era representada por linhas e, quando Sofia identificava essas formas em outros objetos e lugares, ela utilizava as patinhas para demonstrar a vontade sair para uma voltinha.

Sofia também aprendeu a demonstrar vontades mais complexas, utilizando mais de uma tecla quando ela queria, por exemplo, dormir em sua casinha ou ir para casa para comer.

Depois de ensinar Sofia, o especialista também mostrou para a Estopinha a como se comunicar por meio do teclado e de sinais arbitrários.

Ajude seu cão a “falar”

É importante manter uma comunicação eficiente com o melhor amigo. Quanto mais você souber expressar as suas vontades para ele e o bichinho compreendê-las, melhor será o relacionamento entre você e com toda a família.

No curso “Ensine seu cão a falar”, da Cão Cidadão, você aprenderá a realizar esse condicionamento com o seu pet para, assim, melhorar a comunicação com ele.

O evento será realizado no dia 19 de novembro, em São Paulo, das 9h às 18h. Ficou interessado? Então, inscreva-se aqui!

Cães que não gostam de usar coleira

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Que a coleira não é só um acessório estiloso para o pet todo mundo sabe. Esse objeto serve para garantir a segurança do seu cãozinho e, mais do que isso, quando contém uma placa de identificação, pode ser fundamental na hora de recuperar um cachorro perdido.

Em situações de emergência, a coleira é também uma boa aliada, pois, com ela, o tutor tem mais facilmente o controle do cão.

“A coleira não é somente uma ferramenta de controle do cão, mas também uma forma de comunicação entre o tutor e o seu animal”, explica o adestrador da equipe Cão Cidadão, Gustavo Porto. “Esse acessório permite que você mostre ao cão o que ele pode ou não fazer”, completa.

Mas, o que fazer quando o pet não gosta de usar coleira ou tem medo dela? Isso pode acontecer com animais que que associaram o acessório a algo desagradável para eles, em função de algum desconforto que enfrentaram com ele. Alguns podem até reagir de forma agressiva diante da coleira.

“Normalmente isso acontece por que alguns tutores não sabem apresentar as coleiras da maneira correta. Coloque-se na situação do seu cachorro:ele não está acostumado com aquele ‘acessório’, que não o deixa ir onde ele quer e quando quer”, diz Gustavo. “Também existem cães que foram abandonados e que nunca utilizaram a coleira, portanto, é algo novo e desconhecido”, acrescenta.

Como acostumar o pet

Tudo o que é novo na vida do pet deve ser inserido de maneira gradual e com associações positivas. Para isso, é necessário muita calma e paciência, além de treinos diários para ajudar o pet a superar esse medo.

Abaixo, você confere algumas dicas para realizar esse condicionamento:

• Para minimizar o impacto que a coleira causará ao pet, coloque-a no dia a dia do cão de maneira gradativa.

• Realize o treino em um ambiente onde não haverá distrações, pois isso diminuirá o incômodo do pet.

• Faça associações positivas: deixe o cachorro cheirar e conhecer o objeto, e o coloque tranquilamente no cão enquanto você o distrai com um petisco. Essa repetição fará com que ele entenda que sempre que vê a coleira, ele receberá um agrado.

• Evite forçar a situação. Um erro comum dos tutores é que, assim que compram a coleira, já querem colocar nos seus pets, sem apresentar o objeto corretamente e deixar que o pet se acostume com ele.

• Deixe que o animal aja naturalmente, arrastando a guia para que ele se acostume com o peso e com os barulhos que aquele acessório faz quando vocês estão em movimento. Simule pequenos passeios com o cachorro dentro de casa, sempre o recompensando quando se comportar da maneira que você espera.

Após esse treinamento, realize pequenos passeios na rua em horários que sejam mais tranquilos e que tenham menos distrações até, gradativamente, chegar ao passeio desejado.Lembre-se: respeite sempre os limites do pet e tenha paciência, pois essa é a chave para o sucesso! Caso precise de suporte nesse processo, a equipe de especialistas da Cão Cidadão está à disposição para ajudá-lo.

Gostou desta dica? Se quiser contratar os profissionais em comportamento animal para realizar o adestramento, fale com a Central de Atendimento da Cão Cidadão, pelos telefones: 11 3571-8138 (São Paulo) e 11 4003-1410 (demais localidades).

Como lidar com cachorros que sentem luto

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Seja humano ou animal, todos sentimos a ausência de alguém que já se foi. “Apesar de um ser um conceito humano, os cães sentem sim algo como se fosse o luto”, afirma o adestrador da Cão Cidadão, Adriano Mariscal.

Esse comportamento pode se manifestar de diversas maneiras, mas, de forma geral, é possível identificar mudanças de comportamento no seu cãozinho que podem indicar que o seu pet está sentindo a falta de um amiguinho (humano ou de pelos) que já se foi. “Os cães apresentam sinais como falta de apetite, apatia e até param de brincar ou ficam procurando a pessoa ou animal que se foi”, informa Adriano.

Mas, quando isso acontece, o que se pode fazer para ajudar o seu cachorro a superar essa perda?

A distração é uma forma muito eficaz de ajudar o seu cão a superar o ‘luto’. “A melhor forma de ajudá-lo é levá-lo para passear, fornecer brinquedos novos, comidas novas e até trazer um novo pet para casa, com a intenção de substituir a atenção que o outro dava”, aconselha o adestrador.

A decisão de adotar um novo bichinho nessas horas assusta muitas pessoas, simplesmente porque levanta diversos questionamentos, mas, principalmente, qual é a hora de certa de adotar um novo pet. “Não existe uma receita de bolo. Eu diria que não é a hora certa e sim, o jeito certo”, reforça Adriano.

A presença de um novo companheiro pode ser muito benéfica para o cãozinho de casa – cabe a você realizar essa adaptação da maneira correta. “Os novos companheiros devem ser apresentados, se possível, em um local neutro. O ideal é que se retire brinquedos e potes de comida que podem gerar disputas.”

Também deve-se atentar para a personalidade do pet mais velho de casa – se ele for muito agitado, deve-se buscar um novo cão mais ativo; se ele for mais calmo, o ideal é buscar um novo companheiro de personalidade mais tranquila, como, por exemplo, cães adultos em abrigos. “Realizar atividades em grupo e criar associações positivas são fundamentais para uma boa adaptação entre os cachorros. Sempre que um chegar, o outro ganha mais carinho e atenção, dessa forma cria-se uma relação positiva pela presença do outro”, finaliza.

Com muita paciência e dedicação, é possível ajudar seu pet a superar esse momento difícil e aprender a conviver com um novo parceiro, que poderá acompanhá-lo nas brincadeiras e bagunças do dia a dia. Além disso, dê muito amor e carinho para ambos, pois é o que precisam para superar a falta daqueles que já não se encontram aqui. Boa sorte!

Gostou desta dica? Se quiser contratar os profissionais em comportamento animal para realizar o adestramento, fale com a Central de Atendimento da Cão Cidadão, pelos telefones: 11 3571-8138 (São Paulo) e 11 4003-1410 (demais localidades).

Por que é importante se comunicar bem com o cão?

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Quem tem um cachorro em casa sabe muito bem que, às vezes, a comunicação seria muito mais fácil se eles falassem a nossa língua. Infelizmente, esse não é o caso, porém, existem maneiras de ensinar o pet a “falar”.

O novo curso da Cão Cidadão, “Ensine seu cão a falar”, é baseado no estudo desenvolvido pelo especialista em comportamento animal, Alexandre Rossi. Ele ensinou as cadelinhas Sofia e Estopinha a expressarem suas vontades, como comer, beber água e passear, por meio de um teclado especial.

A aula, que será conduzida por Patrícia Patatula, adestradora e consultora comportamental da equipe Cão Cidadão, ajudará a melhorar a comunicação entre tutor e pet, orientando os participantes a como ensinarem o cão a se comunicar por meio de sinais arbitrários.

Você sabia?

• Os comandos são importantes ferramentas para tornar a comunicação com o pet mais precisa. Por meio deles, o dono consegue expressar a sua vontade e, o animal, compreender o que se espera dele.

• Saber identificar o que está motivando um comportamento indesejado é um passo importante, que determina todo o treinamento que será seguido.

• Nos Estados Unidos, a eutanásia é aplicada mais em cães que apresentam problemas comportamentais do que naqueles que possuem quadros complicados de saúde. Manter uma boa comunicação com o pet, estabelecendo limites claros, favorece a boa convivência e miniminiza os problemas comportamentais.

Ficou interessado?

O curso “Ensine seu cão a falar” será realizado em 19 de novembro, das 9h às 18h, em São Paulo. Clique aqui e se inscreva!

O encontro é destinado tanto a donos que querem compreender melhor o comportamento do pet, como também para profissionais do meio que querem se atualizar.

Por que os cães perseguem carros e motos?

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Quem nunca viu um cachorro perseguindo carros e motos pela rua? Esta situação, que causa estranheza e curiosidade em muitas pessoas, pode gerar acidentes graves. Por que será que alguns animais têm esse comportamento.

“Isso é muito comum em cães que vieram de raças desenvolvidas para o pastoreio em fazendas, por exemplo”, explica a adestradora da equipe Cão Cidadão, Fernanda Araújo. “O que ocorre, muitas vezes, é que essas raças são levadas para o meio urbano e, mesmo em um ambiente diferente, o cachorro continua com a habilidade em pastorear aguçada”, completa.

A adestradora explica ainda que outros cachorros podem ter esse comportamento por medo. “Ao perseguir um carro ou uma moto, essas ‘ameaças’ acabam se afastando, o que dá ao cão a sensação de que foi ele quem afastou o estímulo causador do medo, o que reforça essa conduta”, diz Fernanda.

Mudança

É necessário que o cachorro tenha as tentativas de perseguir esses veículos sempre frustradas, para que ele perceba que esse comportamento é indesejado. Por exemplo, quando estiver passeando com ele na rua e ele tentar correr atrás do carro, frustre-o com a guia e diga “NÃO”.

Repita esse processo até que o cão compreenda que não deve sair correndo ou te puxando e, quando ele permanecer no local, recompense-o com muita festa, carinho e um petisco bem saboroso.

“É indispensável recompensar o cão nesses momentos, pois, assim é que ele vai entender o que você deseja dele”, orienta a adestradora. “Uma coisa muito importante é não deixar o seu cachorro sem guia na rua! A guia pode salvar a vida dele e evitar que essas perseguições causem acidentes para outros também”, reforça.

Se o que motivar esse comportamento no pet for o medo, é necessário que você incentive o cachorro a ter uma relação positiva com esse estímulo. Para isso, é preciso associar carros e motos com coisas muito legais para ele.

Faça isso de forma gradual, apresentando carros e motos paradas de forma positiva, depois com movimentações pequenas e mais previsíveis, aumentando aos poucos o estímulo do movimento, até que finalmente ele possa ir a rua sem que isso gere nele um medo muito grande.

Gostou desta dica? Se quiser contratar os profissionais em comportamento animal para realizar o adestramento, fale com a Central de Atendimento da Cão Cidadão, pelos telefones: 11 3571-8138 (São Paulo) e 11 4003-1410 (demais localidades).

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