Importância do enriquecimento ambiental

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Por Amanda Ornelas, adestradora e franqueada da Cão Cidadão

Enriquecer o ambiente para os pets significa deixá-lo mais lúdico, desafiador e divertido!

Coloque-se no lugar de seu pet, se imagine o dia inteiro em casa sem nenhuma atividade para fazer, sem livros, televisão, internet e até mesmo sem sono. Muito entediante, não?

Pois é, nossos bichinhos também se sentem entediados e isso pode resultar em problemas bem desagradáveis, como destruição de objetos e móveis, ansiedade de separação, estresse e até comportamentos compulsivos.

Ter uma rotina de atividades para o seu melhor amigo certamente deixará os dias dele mais alegres e ainda ajudará a diminuir a probabilidade de problemas como os citados acima acontecerem.

Há várias maneiras de enriquecer o ambiente! No mercado existe uma infinidade de brinquedos feitos com esse propósito, como bolinhas que servem como dispensador de comida, quebra-cabeças, brinquedos em forma de “joão bobo” que soltam petisco, enfim, além das opções que se encontra facilmente nos pet shops, você também pode criar brinquedos em casa, utilizando garrafas pet, meias, papelões e coco verde. Deixe a imaginação fluir, só não se esqueça de supervisionar a brincadeira nas primeiras vezes que oferece o novo brinquedo ao peludo!

É extremamente importante garantir que o cão irá interagir de forma saudável com os objetos disponíveis, sem comer pedaços de plástico, papelão ou outros materiais que podem prejudicar sua saúde!

A ideia é que o peludo gaste energia física e mental para chegar na comida que está dentro dos brinquedos, e para isso ele pode fazer uma pequena bagunça, como picotar o rolo de papelão para chegar no prêmio! Mas não se incomode, essa diversão para ele é fácil de organizar depois e o estimulará de forma saudável.

Use a imaginação e faça testes para encontrar as brincadeiras preferidas do seu peludo!

Fonte: Imprensa ABC

Adotar um cachorro: tudo que você precisa saber antes de fazer

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Por Cintia Suzuki, adestradora e franqueada da Cão Cidadão

Adotar um cachorro é um ato de amor àqueles que estão à espera de serem escolhidos e acolhidos por uma família que possam lhes dar amor e carinho. Milhares de filhotes e adultos estão em abrigos temporários aguardando uma oportunidade.

Imagine um coração puro e cheio de amor somente esperando alguém para amar. Estes são os cães que estão à mercê da sorte apenas esperando por uma família responsável que lhe dará carinho e suprirá as suas necessidades.

A adoção é um ato lindo, mas você está preparado para assumir este compromisso de amor? Não é raro adotantes voltarem para devolver o pequeno após alguns dias por se arrependerem. Infelizmente esta é a realidade de muitos.

Antes de decidir pela adoção, muitas coisas precisam ser pensadas e discutidas com toda a família. Adotar, necessariamente, modificará a dinâmica e a rotina da casa.

Devemos oferecer cuidados de primeira necessidade, bem-estar e conforto, isso inclui disponibilidade de espaço físico, de tempo e compromisso para suprir as necessidades físicas, mentais e comportamentais do pet.

A família toda deverá estar de acordo com a chegada do novo membro, já que o compromisso e a responsabilidade por esta vida serão de todos e por muitos anos, pois a vida deles depende totalmente de vocês.

Cães não são para todos, apenas para aqueles que tem amor no coração

Cães são cães. São fofos, companheiros e leais. Nos alegram todos os dias e nos amam incondicionalmente. Aqueles que os têm assinam em baixo e afirmam como a convivência com estes peludos alegram a nossa vida e nos melhoram como pessoa.

Porém, cães têm necessidades como qualquer outro ser vivo. Eles precisam se alimentar, se exercitar, ser vacinados e vermifugados, fazer xixi e cocô, soltam pelos e envelhecem. Você está preparado para selar este compromisso?

Tempo

Os cães demandam tempo e atenção. Esteja ciente que com a chegada do novo

amigo você deverá reservar um tempo diário para alimentá-lo, levá-lo para passear, limpar as suas necessidades e bagunça, dar banho, além de tempo para brincar e dar carinho.

 

Se você não tem tempo, se o trabalho ou a família preenchem as horas do seu dia, não adote. Não adote para deixá-lo sozinho o dia todo a sua espera e desejar que no fim do dia ele fique tranquilo e apenas faça companhia. Este é o maior egoísmo que pode existir nesta relação. O seu amigo de quatro patas passou o dia todo sozinho a sua espera e anseia por sua chegada para passear e brincar contigo. Este é o momento mais aguardado para os pets da nossa atualidade corrida.

Necessidades e características naturais

Se você não pretende limpar xixis, cocôs e possíveis vômitos, ou se você se incomodará com pelos pela casa e na sua roupa, com marcas de pegadas no seu piso ou com o cheiro característico do animal, não adote um cachorro.

Estas são necessidades e características naturais de um cão, e caso você decida por dividir a sua vida e a sua casa com um peludo esteja ciente destes cuidados.

Desembolso financeiro

A alimentação do cão deve ser de qualidade, oferecendo rações equilibradas e que supram as suas necessidades nutricionais. A escolha por produtos de melhor qualidade garante uma boa saúde e bem-estar.

Além de uma boa alimentação, os cães devem estar em dia com exames de rotina, vacinas e vermifugação. O acompanhamento do veterinário também garantirá que os pets estejam protegidos de doenças e tenham uma melhor qualidade de vida.

O nosso amigo também envelhecerá e, como os humanos, pode demandar cuidados especiais. Todo este cuidado exigirá um investimento financeiro. Por isso, estude com cautela e verifique se ter um companheiro está dentro do seu orçamento.

Todos os requisitos até aqui estão ok? Então, vamos prosseguir.

Porte e temperamento do cão

Antes de adotar, procure conhecer o cão. Adote um com tamanho e temperamento compatíveis com a sua realidade. Verifique se ele se encaixará nas características da família.

Um cão de porte grande demanda espaço físico maior e mais gasto de energia. Devido ao seu tamanho, talvez se adapte melhor a famílias as quais não existam crianças pequenas e que sejam adeptas de atividades físicas regulares.

Famílias com crianças pequenas podem optar por cães de médio ou pequeno porte e que apresentem um temperamento mais tranquilo e tolerante. Este último também é desejado para famílias que tenham idosos.

Já cães mais agitados, que demandam gastar energia, podem ser o perfil ideal para famílias que curtam uma brincadeira ou caminhada ao ar livre. Seja qual for o perfil da sua, com certeza existe um cão que se encaixa perfeitamente a ele.

Filhote ou adulto

A maioria das famílias tem o desejo de adotar um cachorro filhote. Porém, é preciso ter consciência de que filhotes exigem maior dedicação e paciência. Os filhotes têm um alto nível de energia e necessitam ser sociabilizados. É nossa responsabilidade promover uma boa sociabilização, apresentando a eles os mais diversos estímulos de forma gradativa e positiva. A sociabilização é bastante importante pois determinará o temperamento do nosso cão.

Adotar um cachorro adulto é interessante por ser possível conhecer o porte e o temperamento do animal. A sua personalidade já está formada, sendo importante observar o seu nível de energia, se é agitado ou mais tranquilo e se apresenta algum tipo de reatividade ou medo.

De raça ou vira-lata

Se existe o desejo de adotar um cachorro de raça, procure conhecer as peculiaridades e características da mesma, como o temperamento, o nível de energia e as doenças que estes estão mais pré-dispostos a apresentar.

Quanto aos vira-latas, é mais difícil prever porte e temperamento, mas o amor e a alegria que estes têm a oferecer são os mesmos.

Com o passar dos anos, o passeio diário e a limpeza das necessidades podem se tornar menos divertidos. Por este motivo, tenha consciência de que quando se adota um cão a responsabilidade pelo seu bem-estar e saúde são para a vida toda.

Se ao ler este artigo você ficou apavorado com tantas responsabilidades e estas ofuscaram a alegria que este pequeno pode trazer, repense com calma antes de selar este compromisso com um cão que dependerá apenas de você.

Adotar um cachorro é assumir uma responsabilidade por anos. Você será o responsável pela sua alimentação, boa saúde, bem-estar, exercícios físicos regulares e as dificuldades da velhice. Gastos com alimentação, consultas veterinárias, vacinas, castração, medicamentos, vermifugação, creche, banho e tosa são alguns dos investimentos que devemos nos programar.

Adoção é para sempre! O amor que ele terá por você é sincero e eterno, por isso, o justo é dar-lhe o mesmo.

Fonte: Folha Z

Brigas entre pets

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Por Camila Mello, adestradora e franqueada da Cão Cidadão

“Melissa é um Poodle muito dócil com a gente. Ela é carinhosa, doce e gosta de todo mundo. Veio para a casa com um mês e eu já tinha três Pinschers: uma fêmea e dois machos. A fêmea, Liliane, é muito mãe e, na época, adotou a Melissa. Cuidava como se fosse seu filhote. Elas viviam juntas o tempo todo brincando e até dormindo.

Mas um dia, de repente, a Melissa quase matou a Liliane: pegou-a pelo pescoço e fez um belo rasgo nela. Depois desse episódio acabou a nossa paz e elas passaram a ser inimigas. Na verdade, a Melissa passou a ter ódio total da Liliane.

Agora, eu separei as duas: a Liliane fica na sala e a Melissa no resto da casa, até mesmo porque a Liliane já está velinha (14 anos) e é bem pequena. A Melissa tem três anos e é de porte médio.

Não sei o que fazer, ainda mais porque adotei outro Pinscher (fêmea) que está com quatro meses. A Melissa também não aceita ela.

Me ajudem!”

Oi, Rosilene. Tudo bem?

A primeira questão importante sobre seu relato é tentar entender qual foi o gatilho, ou seja, o motivo que levou a Melissa a brigar com a Liliane. Nos habituamos tanto com os comportamentos dos nossos bichos, ainda mais em uma situação que até então era pacífica, que quando ocorrem eventos como esse acabamos esquecendo de observar demais acontecimentos.

Sendo assim, tente lembrar se algo de incomum aconteceu para que a Melissa reagisse desta forma. Situações que poderiam levá-la a ter esse comportamento: proteção excessiva com a comida ou com algo muito gostoso, diferente do que está acostumada, um brinquedo novo e até uma caminha ou um cobertorzinho. Cães podem se sentir ameaçados quando ganham algo novo e de que gostam muito, mesmo nunca tendo apresentado tal comportamento.

Será que ela não demonstrou um comportamento possessivo com o humano que estava presente na ocasião? Existem muitos casos de cães que desenvolvem um sentimento de posse com seu tutor.

É importante avaliar também se foi apenas um episódio ou se, a partir deste desentendimento, a Melissa passou a não tolerar a presença de mais nenhum animal.

Para que você possa fazer uma reaproximação segura dos cães, será importante realizar exercícios de limites com eles, para que entendam que há um líder na matilha e que esse líder é você. Além disso, aproveite a oportunidade para ensinar comandos básicos, assim você conseguirá atrair o foco deles para uma atividade divertida.

Assim que os cães estiverem condicionados a atender seus comandos, pode-se iniciar a aproximação supervisionada deles com a Melissa, mas lembrando que nesse primeiro momento ela deverá estar atrás de um portão ou na guia, para a segurança de todos.

É preciso mostrar à cadela que é vantajoso estar na presença dos outros cães, e que o fato de ela ter bons comportamentos na presença deles faz com que ganhe recompensas. É o que chamamos de aproximação positiva.

Com o passar do tempo, e com a repetição dos exercícios, a tendência é que a Melissa tenha mais vezes o bom comportamento, para poder receber a recompensa, que neste caso será, por exemplo, poder ficar na convivência de todos sem estar isolada em um cômodo.

Este mesmo exercício vale para o novo filhote. Mas, neste caso, você também deverá ensinar a ele quais são os limites de aproximação com a Melissa, e ela deverá entender que cada vez que o filhote se aproxima dela quem ganha carinho, atenção e petisco é ela, e só depois o filhote. Isso a fará entender que a presença da pequena é vantajosa.

Conte com a ajuda de nossos profissionais para orientá-la no desenvolvimento dos treinos.

Fonte: Portal do Dog

Estímulos positivos e enriquecimento ambiental

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Por Cintia Suzuki, adestradora e franqueada da Cão Cidadão

“Ela está comigo há algumas semanas. Eu a adotei em uma feirinha de animais e seu nome é Soneca, pois ela é dorminhoca e carinhosa. Eu também sou muito carinhosa com ela, mas tenho mais duas cachorras: uma de quatro anos (Jade) e outra de 17 anos (Yoko) que se dão muito bem com ela.

O problema é que quando eu saio de casa ela toca o terror. Da primeira vez que ficou sozinha ela comeu a palmilha do tênis de meu filho; depois peguei ela começando a roer o suporte de copos e o braço de sofá. Da penúltima vez que a vi fazendo isso, ela achou um pacote de confete, que eu havia guardado no móvel da sala, e quando cheguei tinha confete na casa toda. Como tenho alguns tacos soltos, ela foi tirando um por um para roer. Saí novamente, demorei uma hora e, quando cheguei, ela havia pegado os potes de água, arrastado pela casa e levando para o sofá, além de ter roído os potes. Da última vez que saí, ela fez um buraco no sofá e a casa estava cheia de espuma.

Tenho tido o cuidado de deixar as portas do banheiro e do quarto fechadas, então, ela tem acesso somente à sacada, sala e cozinha. Não coloco mais toalhas na mesa, pois ela puxa e o que vier para baixo ela destrói. A última vez que ela puxou a toalha destruiu um óculos e uma orquídea que ganhei de presente!

Hoje, que estou em casa, a única arte que ela fez foi arrancar umas plantas do vaso! Não sei o que fazer! Ela também se urina toda quando chamo a atenção dela pelas artes que faz.

Deixei ela de castigo na sacada por mais ou menos 30 minutos, depois fiquei sem nem olhar para ela em represaria pelo sofá! Não sei até onde ela vai com isso, não vou devolvê-la pois já a amo!

Esqueci de dizer: tenho dois gatos, um macho (Lancelote) e uma fêmea (Pandora). Todos são castrados, inclusive a Soneca!”

Olá, Anna. Tudo bem?

Primeiramente, gostaria de lhe parabenizar por adotar. Essa é uma atitude linda e que com certeza lhe trará muitos momentos de alegria.

Pelo seu relato, parece que a Soneca está sofrendo de ansiedade de separação. Os cães, assim como outras espécies, são muito sociais e necessitam estar em grupo. Para ela, estar sozinha não é natural, por isso muitos cachorros podem não conseguir lidar bem com a separação.

Costumamos dizer que todos os cães apresentam ansiedade de separação, ou seja, sentem a ausência do dono quando estão só. Porém, alguns peludos conseguem encarar esta ausência de forma mais tranquila. Outros, nem tanto, como parece ser o caso da Soneca (apesar da companhia da Jade e da Yoko).

Alguns comportamentos são indicativos de ansiedade de separação, como apatia, micção (urinar) e defecação em locais errados, além da salivação, latidos, choros excessivos e destruição.

Para diminuir o sofrimento da Soneca, devemos fazer treinos de pequenas separações, ou seja, devemos estimular atividades independentes para que ela entenda que ficar sozinha também pode ser divertido.

Podemos oferecer brinquedos interativos (os recheáveis com petiscos) com o objetivo de aumentar o interesse da Soneca no brinquedo e na brincadeira, em vez de brincar ou estar com você. Dessa maneira, diminuímos a dependência dela.

Outra brincadeira interessante é espalhar petiscos pela casa para estimulá-la a procurá-los. A atividade entreterá a nova amiga, além de ser muito divertida.

Quando for sair, procure proporcionar à Soneca um ambiente tranquilo e confortável. Disponibilize uma caminha e uma roupa com o seu cheiro. Ao sentir o seu cheirinho e ter uma caminha macia para descansar, ela terá mais conforto e segurança durante a sua ausência. Neste momento, também é válido oferecer os brinquedos interativos e preparar a brincadeira de caça ao petisco. Estas atividades ocuparão o tempo em que a Soneca ficará sozinha e tirará o foco dela da sua ausência.

Para evitar que a cadelinha destrua mais objetos podemos investir no controle ambiental. Procure recolher, como você já tem feito, objetos que ela possa destruir.

Tome cuidado com objetos que possam machucar ou intoxicar a Soneca, como produtos de limpeza, remédios ou plantas tóxicas.

O fato de ela urinar quando você chama a atenção é um sinal de submissão, ou seja, ela está fazendo de tudo para lhe mostrar que você é a líder. Este comportamento mostra que a Soneca é uma cachorrinha bastante submissa, mas talvez um pouco insegura.

O interessante é aumentar a confiança dela em você. Que tal deixar de lado as broncas e investir em estímulos mais positivos? Conte com a ajuda da nossa equipe caso tenha dificuldades com o treinamento.

Fonte: Portal do Dog

 

Sociabilização de filhotes: por que apresentá-los ao mundo desde cedo?

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Por Allexandre Coutto, adestrador e franqueado da Cão Cidadão

Quando idealizamos um bichinho de estimação, normalmente pensamos em um animal calmo, companheiro, valente, dócil.

Mas não existe fórmula mágica para isso. Para que ele não seja um pet reativo a barulhos, pessoas e animais, ou medroso para andar na rua, de carro ou ir ao pet shop é preciso sociabilizá-lo desde cedo.

Até os três meses de vida o animal está mais receptivo a adquirir novas experiências. Então, se começarmos a sociabilizar nosso cão ainda filhote, mais rápido ele irá interagir com pessoas, animais, objetos, barulhos e situações.

Sabemos que neste período o peludinho ainda está indefeso por não ter tomado todas as vacinas, mas é possível realizar essa atividade com o novo amigo de forma segura.

Com pessoas

Quanto mais pessoas de diversos tipos seu filhote conhecer, melhor. A sociabilização tem que abranger o máximo de características, como idades (bebes, crianças, adultos e idosos), etnias (brancos, afrodescendentes, ruivos e loiros), gênero (homem e mulher), comportamentos (pessoas que falam alto, calmas, que fazem movimentos bruscos), além de pessoas magras, obesas, cabeludas ou carecas, com barba e por aí vai.

Sei que existe um leque muito extenso de tipos de pessoas e não conseguiremos dar conta do recado, mas quanto maior for a quantidade e tipos mais seu cão estará familiarizado e sociabilizado.

A apresentação tem de ser de maneira agradável e segura. Uma das melhores formas é chamar amigos na sua casa para conhecer o filhote e deixá-lo interagir com brinquedos. Assim, a sociabilização será positiva para o cão.

Com animais

Temos que apresentar todos os tipos de cães para o novo amigo: macho, fêmea, pequeno, grande, peludo, pelo curto, branco, marrom, preto, calmo, agitado etc.

A apresentação do seu filhote tem de ser com cães conhecidos, que você sabe quenão oferecerão nenhum tipo de risco ao seu peludinho.

Preferencialmente animais de amigos, parentes e conhecidos. Esse encontro pode ser em sua casa ou em um local que seja limpo para evitar risco de doenças.

Uma outra boa sociabilização que pode ser feita é levar seu cão no colo ao parque deixando ele ver outros cãezinhos.

Com objetos, barulhos e situações

A apresentação de objetos é importantíssima para que o filhote não cresça com medo deles.

Exemplos: aspirador de pó, secador de cabelo, vassoura, carros, motos, ônibus, buzina, fogos.

Podemos aproximar esses objetos aos poucos, primeiro à distância, proporcionando uma situação de brincadeira, carinho e comidinhas gostosas, assim, ele entenderá que com a aproximação coisas boas acontecem.

O mesmo vale para acostumar o seu filhote a andar de carro. Quanto maior o número de situações apresentadas neste período, melhor o seu cão será quando adulto.

Lembre-se de que toda sociabilização de filhote tem de ser de uma maneira legal e positiva, pois, se o cão ficar assustado, pode se traumatizar e levar o trauma para o resto da vida.

Além disso, não se esqueça de consultar, antes de sociabilizar, o seu veterinário de confiança para que ele esteja ciente do que será feito com o pet.

Fonte:  Eu Amo Bicho (www.euamobicho.com)

Cuidados com os pets no verão

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Por Nathália Camillo, adestradora e franqueada da Cão Cidadão

Com a chegada do calor precisamos ficar atentos com nossos pets, principalmente com os mais peludos e os de focinho achatado (branquicefálicos).

Em relação aos pelos, podemos tosar ou diminuir seu volume. Vale consultar o seu veterinário sobre a melhor opção. Outra dica é fazer uma tosa higiênica mais alta, retirando os pelos da barriga até a altura das axilas, mas mantendo a pelagem das costas.

Já para os cães braquicefálicos, o cuidado deve ser maior e deve-se evitar muito exercício físico durante os dias mais quentes, além de sempre observar mudanças no comportamento do animalzinho, como arfar demais.

É importante também avaliar se o animal está fazendo repousos muito prolongados, pois este pode ser um sinal de alerta e o médico veterinário deve ser consultado neste caso.

Os passeios, em geral, devem ser evitados no período entre 10 e 17 horas. Uma dica é sentir, com seus próprios pés ou mãos, a temperatura do asfalto. Se você não conseguir ficar encostado nele por alguns segundos é melhor evitar o passeio e sair mais tarde.

Caso o seu cão precise usar focinheira, prefira as de metal ou as com bastante espaço de ventilação, para que ele possa arfar e trocar calor de forma adequada com o ambiente.

A hidratação também é um fator importante e por isso devemos oferecer mais opções de vasilhas com água ou até mesmo água de coco, caso seu peludo goste. Gelo na água ou cubinhos de gelo com ração e frutas, previamente liberadas pelo seu veterinário, podem ser uma ótima opção de diversão refrescante em um dia quente.

Para que esse verão seja bem aproveitado por você e pelo seu pet, fique de olho nos sinais que ele te dá, mantenha sempre água fresca e limpa, um local com piso frio e ventilado para que ele possa descansar e brinquedos divertidos e geladinhos para se distrair.

Passeios em rios, lagos e piscinas podem ser divertidos para os adeptos de um bom banho, mas nada de forçar o pet a nadar. Tente incentivá-lo com brinquedos e petiscos, ensine-o a sair do local e não o deixe sem supervisão. Segurança em primeiro lugar!

Boa diversão!

Fonte: O Vale

Treinamentos e associações positivas


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Por Amagoya Garcia, franqueada e adestradora da Cão Cidadão

“O meu pequeno nunca gostou de banho, mas mesmo assim eu tentava dar banho nele distraindo-o com brinquedos e com coisas que eu sei que ele gosta, porém, sem sucesso. Ele rosna e fica muito estressado nessas circunstâncias.

Em uma dessas tentativas, o pelo dele, por ser bastante arteiro, embolou e eu precisei leva-lo ao pet shop para tosar pela primeira vez. Quando fui buscá-lo ele estava tremendo. Já no dia seguinte levei ele ao veterinário, pois estava triste e vomitando. O médico alegou que isso era estresse (e ele tem gastrite). Ele voltou de lá totalmente agressivo.

Eu tenho também dois Borders Collie machos e eles todos se davam muito bem, mas quando Buddy voltou do pet shop eles nunca mais puderam conviver juntos, pois ele acaba brigando com os dois (há uns cinco meses já). O que posso fazer para melhorar a convivência deles?

Por ficar muito agressivo e estressado, Buddy brigou com um dos dois cães e o olhinho dele saltou para fora (Buddy é da raça Shih Tzu). Ele está bem, já fez a cirurgia, mas eu tenho medo de levar ele de novo no pet shop e ele passar mal. Até o veterinário que operou o olho dele quer dar sedativo para deixá-lo mais calmo no próximo banho e tosa. É seguro?

Eu amo muito eles e nunca vou me desfazer de nenhum, mas preciso melhorar a convivência entre eles.”

Oi, Bruna. Tudo bem?

São muitos os fatores que podem deixar um cãozinho desconfortável com o banho.  Para ter um resultado mais positivo, é indicado expor os cães desde pequenos às situações para acostumá-los com todo o tipo de toque, sons e ambientes. Porém, nem sempre isso ocorre e acabamos tendo que lidar com um cão completamente desconfortável e estressado, demonstrando até agressividade em alguns casos.

Mas existem formas de melhorar muito este desconforto ou tornar aquilo que era ruim para o cão em algo prazeroso e tranquilo: treinamentos.

Dependendo do grau de irritação e desconforto do pet, é necessário fazê-los de forma bastante gradual. Tanto para levá-lo ao banho quanto para o pet shop é necessário criar associações positivas. Inicie o treino em um local que o cão se sinta confortável. É importante avançar nestes treinamentos bem lentamente, mostrando a ele que situações legais acontecem a caminho do pet shop ou quando ele está indo para o banho.

Ofereça ao amigo recompensas que chamem a sua atenção, como petiscos, brinquedos, carinhos e passeios no momento em que pegar os objetos de banho. No caminho ao pet shop, use os mesmos recursos para mostrar ao cão que esses momentos sempre vêm acompanhados de algo positivo, divertido.

Quanto à convivência com os outros cães, provavelmente ocorreu algo no pet shop que acionou o gatilho do Buddy para a agressividade. Pode ter sido um toque, uma dor, outro cão que se aproximou de forma errada, um susto. Enfim, seria necessário avaliar melhor a situação. Procurar saber melhor o que houve no dia para que você consiga ajudar o pet da melhor forma.

De qualquer maneira, treinos de reaproximação são positivos para o Buddy voltar a entender que ele ganha mais quando todos estão juntos. Ensinar aos cães vários comandos básicos, tornando o momento divertido, e também comandos de limite para mostrar a eles liderança é fundamental para o bom relacionamento de toda a família.

Para reaproxima-los, faça o treino com calma e garantindo a segurança de todos. Mantenha os cães separados no primeiro momento (pela guia ou por uma porta de vidro). É importante mostrar, principalmente ao Buddy, que quando os outros cães estão presentes ele é recompensado de diversas formas, tornando a situação muito mais legal. Aos poucos, o animal perceberá a associação dos outros cães com petiscos, carinho e atenção e verá como é positiva a situação.

Com relação ao sedativo, é importante saber como está a saúde do Buddy. Talvez seja necessário fazer alguns exames. Busque ajuda de um veterinário sobre a dose correta e avalie se realmente há necessidade, pois qualquer anestesie tem seus riscos.

Como comportamentalista acredito que boas doses de treinos bem feitos, com paciência e muito amor, resultarão na mudança do comportamento do Buddy.

Nossos profissionais estão à disposição para te ajudar.

Fonte: Portal do Dog

 

Compulsões: como solucioná-las?

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Por Nathália Camillo, adestradora e franqueada da Cão Cidadão

Os comportamentos compulsivos podem ser muito nocivos, tanto para o animal como para o seu tutor, por isso é importante reconhecê-los para tratá-los. Esses comportamentos podem ser:

Motores: andar em círculos, perseguir a própria causa, pular incessantemente no mesmo lugar e perseguir luzes.

Orais: lamber as patas, o nariz ou outras partes do corpo até causar feridas, arranhar, roer ou lamber objetos, podendo chegar ao ponto de se machucar.

Agressivos: redirecionada ao próprio animal (rosnar e morder partes do próprio corpo).

Vocais: latir, miar ou uivar constantemente.

Alguns motivos recorrentes para esses tipos de comportamento são o tedio, o estresse e a frustação.

O estresse pode ocorrer com alguma mudança súbita no ambiente do animal, como a chegada de um bebê, o falecimento de algum membro da família ou uma mudança brusca na rotina da casa. Para resolver o problema devemos ajudar o animal a se adaptar às novas mudanças com atenção, exercícios físicos e mentais e disciplina com treinos de comandos.

O tédio também necessita de atenção parecida. Em ambos os casos o animal se beneficiará de brinquedos interativos (que colocamos ração ou petiscos dentro) para se distrair durante os períodos em que precisar ficar sozinho ou com menos atenção das pessoas da família.

Além dos brinquedos, da atenção e dos passeios, adestrar seu cão será uma ótima opção para vocês estabelecerem uma melhor comunicação e assim prezar pelo seu amigo, deixando-o menos frustrado ao tentar lhe dizer o que ele quer ou precisa para se sentir bem.

Alguns comportamentos podem ser mais complexos, como a lambedura excessiva devido à ansiedade de separação, então, nesses casos, a orientação de um profissional em comportamento poderá te ajudar a seguir o caminho certo.

Importância da massagem no pet!

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Por Nathalia Camillo, adestradora e franqueada da Cão Cidadão.

Fazer massagem no pet pode ser considerado algo sem importância, porém, como os animais não podem falar, esse simples gesto pode nos ajudar a descobrir doenças, dores ou parasitas antes que se tornem problemas mais graves.

É importante que o ambiente esteja calmo e o pet esteja relaxado e acostumado a ser tocado, para dar início às massagens. Caso ele não esteja acostumado a ser tocado, ou não permita o toque em determinadas regiões do corpo, pode-se iniciar a atividade pelos locais que ele permite e ir aumentando a área aos poucos e com muito reforço positivo.

Se o seu pet ficar confortável com o toque, apalpe cada pedacinho dele como a cabeça, orelhas, patas e rabinho. Aproveite e perceba se há alguma coisa fora do comum na pele, dentro dos ouvidos, perto dos olhos ou entre os dedos.
Se o animal se sentir desconfortável em alguma área que ele nunca reclamou antes, pode ser interessante consultar o veterinário. Caso seu pet permita, olhe também dentro da boca e perceba como estão seus dentes.

Além de poder detectar alguma anormalidade com antecedência, agindo assim você também acostumará ele aos toques que vão acontecer durante uma consulta no veterinário, deixando-o mais calmo na ocasião.

Qualquer animal pode se beneficiar com a massagem: os mais velhos podem relaxar músculos cansados e ajuda a manter o tônus muscular e os mais jovens podem se acalmar com o momento relaxante.

Com os gatinhos é preciso prestar atenção e notar quanto tempo eles relaxam com a massagem e, se for necessário, dividi-la em sessões mais curtas para podemos percorrer todo o corpo do animal.

O importante é nunca forçar o amigo a ficar parado ou deitado. Podemos fazer uma ótima massagem com eles em pé também. O ideal é que todos terminem a sessão relaxados e satisfeitos.

Fonte: O Vale

Convivência entre cães agressivos e crianças

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Por Camila Mello, adestradora e franqueada da Cão Cidadão.

“Olá! Tenho um cachorro da raça Poodle. Ele é um pouco agressivo e já atacou e mordeu a minha mãe, minha irmã, eu, a minha tia e primas.

Ele é bastante ciumento e ataca a pessoa de repente, principalmente quando são desconhecidas e chegam em casa. Ele late muito e logo quer atacar a pessoa. Temos que prendê-lo. Ele também não gosta muito de crianças, pelo fato de não ter convivido com elas (acredito eu).

Eu estou grávida e logo terei o bebê, e tenho muito medo de como será a reação dele com a criança. O que devo fazer?”

Oi, Andreyssa. Tudo bem?

Seu relato não foge muito do usual, quando tratamos de comportamento animal. Os pets são parte da nossa família e por isso os tratamos como filhos.

Sendo parte agora da matilha humana, seu cão pode estar tendo comportamentos de líder desta matilha e agindo dessa forma para proteger a sua família, e também o seu território.

O Pompom pode, de fato, não ter passado pela fase de sociabilização corretamente, e isso pode causar a ele alguma estranheza ou receio em determinadas situações.

Sendo seu pet ainda um cão jovem, é importante iniciar o quanto antes treinos para modificar esses comportamentos que, às vezes, podem ter sido reforçados pelos donos sem que vocês tivessem percebido, ainda mais agora com a chegada do bebê.

Esse treino se caracteriza em tornar a presença de visitas, crianças e parentes prazerosa e positiva para o Pompom. Ele deverá entender que em vez de ser privado da presença de todos por ter tido um mau comportamento, poderá permanecer no ambiente se ficar calmo.

Ademais, é preciso que ele entenda que os líderes da matilha são os humanos da casa, e não ele. Para isso, ele precisará aprender exercícios de limite e também alguns comandos básicos, como o “Senta” e o “Deita”.

Esses treinos vão mostrar ao cão que ele não precisa tomar a frente das situações desconfortáveis ou assustadoras, simplesmente por entender que você tomará conta desta situação.

Fonte: Portal do Dog.