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Cães apáticos

Photo credit: golbenge (골뱅이) / Foter / CC BY-SA
Photo credit: golbenge (골뱅이) / Foter / CC BY-SA

É verdade que a maioria dos cães gosta de brincar, correr, passear e interagir com seus donos e outros bichinhos. Mas e quando o animal é mais quieto e prefere a solidão ou quando o bichinho simplesmente não se interessa por nenhuma brincadeira, sempre preferindo ficar no cantinho dele, deitadinho, sem interagir com ninguém?

É preocupante para os donos quando o cachorro começa a apresentar sinais de apatia. Existem alguns motivos por trás disso, mas é importante que você investigue a causa. Primeiro, leve o pet ao veterinário, faça exames, pois a apatia pode ser alguma doença, algo que esteja afetando o físico dele.

Descartado qualquer problema com a saúde do animal, vamos analisar o aspecto comportamental. A falta de estímulo também pode ser o motivo pelo qual ele aparenta estar sem energia e tristonho.

“Eu já passei por uma situação na qual o aluno filhote não se interessava pelas brincadeiras e pedi para a proprietária que o levasse para avaliação médica. Descobrimos que seu estado de saúde estava perfeito e, a partir daí, passamos a estimulá-lo muito para descobrir quais brincadeiras e brinquedos ele mais curtia. Isso, associado aos passeios, fez com que ele aprendesse a interagir muito mais, ser mais ‘alegre’ e brincalhão como um filhote deve ser. Nesse caso, ele só precisava de estímulo!”, conta a adestradora da Cão Cidadão, Joilva Duarte.

A idade também é um dos fatores que podem influenciar o comportamento dos pets. Cães mais velhos tendem a não ter o mesmo nível de energia do que os filhotes, por isso, podem não parecer tão interessados em brincadeiras quanto os mais novinhos. Isso não significa que eles não precisem de estímulos ou que não gostem de brincadeiras, somente que não têm o mesmo pique de quando eram mais jovens.

O que fazer para estimular meu cachorro?

O dono pode criar um ambiente no qual o pet se sinta incentivado a brincar. Você pode estimular as brincadeiras elogiando o cão sempre que ele estiver com um brinquedo na boca ou manusear os brinquedos deles, pois, assim, os objetos ficarão com o seu cheiro e isso incentivará o cão a passar um tempo brincando.
“Outra forma de interação é usar o próprio brinquedo como recompensa, ou seja, jogue o brinquedo e, quando seu cãozinho o trouxer de volta, peça o comando ‘solta’. Se ele não soltar, pegue um pedacinho de petisco, coloque no focinho dele e diga ‘solta’. Ele soltará o brinquedo para pegar a comida, e aí você deve pegar o brinquedo e jogar de novo, iniciando assim um ciclo de brincadeira que, para o cão, será muito estimulante”, sugere Joilva.

Passeios

Na hora do passeio, é preciso sensibilidade. Se o cão for medroso, por exemplo, comece com passeios de curta duração e busque ir para locais mais tranquilos e menos barulhentos, até que o pet adquira um pouco mais de confiança. Vale também dar petiscos que o seu bichinho goste muito durante o passeio, para que ele faça a associação da atividade com algo de que ele goste.

“A sensibilidade do proprietário quanto à personalidade de seu pet é muito importante para transformar, tanto as brincadeiras quanto os passeios, em algo superlegal para o cão, de uma forma confortável e prazerosa para ambos”, finaliza a adestradora.

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