No dia 13 de abril, o SEBRAE realizará o Workshop de Gestão para Pet Shop e Clínica Veterinária, no escritório regional, em Santo Amaro/SP.
Destinado aos especialistas e empreendedores do ramo pet, o workshop tem como objetivo levar informações importantes para os empresários do segmento, ressaltando a importância do cuidado com o comportamento e boa nutrição dos animais.
O sócio-diretor da Cão Cidadão e veterinário, Daniel Svevo, foi convidado a palestrar durante o evento. O tema do encontro será “Como o profissional de adestramento e comportamento pode ajudar o veterinário?”. Daniel esclarecerá como a parceria entre adestradores e esses profissionais pode ser benéfica tanto para eles, quanto para os pets.
Além disso, o evento trará diversas atividades ao longo do dia. O workshop terá início às 9h e a palestra do Daniel será às 9h30.
Para mais informações ou para se inscrever, basta entrar em contato com o Sebrae nos telefones: 0800 570 0800 | (11) 5525-5270.
Por Katia de Martino, adestradora da equipe Cão Cidadão.
Você acabou de voltar de um criador e escolheu o seu filhote de estimação, que viverá por muitos anos, e não aguenta a ansiedade de querer levá-lo para casa. Mas, como ele está com apenas 45 dias, o criador não deixou que isso fosse feito. Disse que, antes dos 60 dias, ele não pode sair da ninhada. Ele está certíssimo e vamos saber o porquê.
Muitos criadores leigos ou irresponsáveis, devido à despesa com ração e trabalho de limpeza do canil, acabam liberando o filhote logo após o desmame, entre os 30 a 45 dias de vida. Essa liberação precoce acaba provocando problemas comportamentais, que o animal levará para o resto da vida dele.
Durante o contato com a matilha em que nasceu, o filhote começa a aprender aspectos sociais e psicológicos da sua espécie, isto é, ele aprende a ser cachorro – também chamado de imprinting canino, que começa entre o primeiro até o quarto mês de idade.
É nessa fase que o cão desenvolve sua personalidade, que começa a se comunicar com os irmãos e a se posicionar na hierarquia. Mostra as suas emoções, como medo, vontade de brincar etc. Sabe aquelas mordidas muito fortes? É nesse momento que tanto a mãe, como os irmãos não tolerarão.
A mãe tem um papel fundamental nessa fase também. Ela começa a estabelecer limites para os filhotes, como rejeitar o filho quando quer mamar e já está com os dentinhos bem pontiagudos; corrigir quando ele está latindo demais ou quando está muito longe da matilha, entre outras coisas.
Um filhote retirado precocemente da matilha, futuramente será um cão inseguro e ansioso, que não sabe se comunicar com outros cães. Por causa dessa falha de comunicação, ele não entenderá a linguagem corporal dos outros. Sabe aquele cão que rosna à toa para outros animais, crianças, idosos, ou seja, para tudo que é novo para ele? Pois é, com certeza esse é um cão que não foi sociabilizado na fase correta.
Portanto, se você quer ter um relacionamento saudável com o seu futuro cãozinho até o resto da vida dele, segure um pouco a sua ansiedade e procure visitá-lo a cada 15 dias no canil, até a hora certa de ele ir embora.
Com a correria do dia a dia, muitos donos se sentem em dívida com os seus bichinhos de estimação. O medo de que eles se sintam sozinhos impulsiona diversos tutores a considerar a adoção de outro animal.
O problema é que muitas pessoas não pensam antes de tomar essa decisão e acabam se frustrando quando o novo cãozinho chega em casa e a amizade entre os dois acaba não aflorando, por diversos motivos.
É importante que os tutores tenham conhecimento de que os cães são, sim, animais que precisam de companhia. “Sabemos que os cães vivem em matilhas, uma sociedade bem organizada, com companhia o tempo todo”, explica o adestrador da Cão Cidadão, Tiago Mesquita. “Um cão que faz companhia ao outro de forma amistosa é sempre bem-vindo. Poderão passar o seu tempo se organizando socialmente com brincadeiras, diversões, aprendendo e enriquecendo ainda mais o ambiente.”
Adotar ou comprar outro bichinho para fazer companhia ao seu peludo é uma boa ideia, mas que deve ser executada com cuidado e atenção.
Para tomar essa decisão, é necessário considerar se é possível dar atenção aos dois cães. Ambos precisarão de muito amor, carinho, cuidados com a saúde, ração, banho, tosa etc. “Temos que observar se ele é o indivíduo certo para o seu estilo de vida e também verificar se o cãozinho poderá acompanhar o ritmo do outro que já está sob a sua tutela”, complementa Mesquita.
Apresentação
Depois de encontrar o seu mais novo amigão, é preciso preparar o seu outro peludo para a novidade. O momento da apresentação entre os dois animais é crítico e deve ser feito com cuidado, para evitar problemas.
“Diversas situações podem acontecer, como o dono forçar a apresentação de um cão que está com medo a outro mais agitado. Isso pode causar repulsa entre eles”, explica o adestrador. “Geralmente, algumas pessoas acabam se frustrando e cometem mais erros do que acertos nesse momento”, acrescenta.
Para evitar problemas, existe um ingrediente infalível: paciência. Cães estão sempre aprendendo, porém, alguns precisam de mais tempo do que outros.
Como escrito em outros artigos, a apresentação entre cães deve ser feita em um local neutro. Mas, por quê? Essa atitude faz com que o cão antigo não se sinta ameaçado e associe o novo cãozinho a coisas boas, como passeios e brincadeiras divertidas.
Um dos maiores erros que os tutores cometem é levar o novo cãozinho direto para casa, deixando-o livre para se aproximar do que já está ali há mais tempo.
Procure apresentá-los em uma praça ou em um parque, durante um passeio que o seu cachorro já goste. Deixe que eles se aproximem no tempo deles, respeitando os limites de cada um. “Uma associação positiva pode ser bem legal para que essa amizade flua de maneira correta”, enfatiza o adestrador.
Adestramento
Quando o adestramento é para dois cães, alguns ajustes precisam ser feitos. “A técnica em si não muda. O que muda é o plano de aula. O treinamento básico será aplicado para os dois e os problemas de comportamento serão tratados individualmente, melhorando a harmonia entre cães e donos”, comenta Mesquita.
Assim, quando for adotar outro cão, procure a ajuda de um profissional de comportamento animal, para que ele possa analisar a situação e encontrar a melhor maneira de realizar essa transição, mantendo os dois peludos seguros e respeitando o limite de cada um.
E lembre-se: a nossa companhia é insubstituível para os nossos cãezinhos. Organize-se para ficar com os seus amigos em momentos do dia.
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