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Como cuidar do gato deficiente visual

Photo credit: CHRISPICS84 / Foter / CC BY
Photo credit: CHRISPICS84 / Foter / CC BY

Por Alexandre Rossi, especialista em comportamento animal.

Gatos são bastante dependentes da visão. Por isso, quando não enxergam bem, precisam de cuidados especiais

Tipos de deficiências
Assim como acontece com os humanos, existem gatos que nascem com problemas visuais, enquanto outros os adquirem por doença, acidente ou velhice. Os graus de deficiência da visão variam bastante – podem ir desde uma leve degradação da acuidade visual ou dificuldade para focar imagens até apenas conseguir diferenciar a luminosidade ou, então, atingir a cegueira total. Quando a cegueira é parcial, em um único olho, fica difícil calcular a que distância estão os objetos. Com isso, a locomoção é prejudicada, especialmente nos saltos, reduzindo a agilidade.

Adaptação
Muitos proprietários levam meses para descobrir que o gato está com problema de visão. Esses casos ocorrem principalmente quando há uma boa adaptação por parte do felino à deficiência, o que é mais provável de acontecer se o problema evoluir lentamente ou se for de nascença. Já quando a deficiência aumenta rapidamente, os sinais ficam logo evidentes, pois o comportamento do gato tende a mudar de maneira drástica.

Com a ausência ou a diminuição da visão, o cérebro se transforma para privilegiar outros sentidos. Ganham importância principalmente o olfato, a audição e o tato. Na nova condição, a memória também passa a ter maior destaque. Infelizmente, gatos idosos não podem contar tanto com essas adaptações – sua plasticidade comportamental e neurológica costuma ser limitada.

Olfato
Pela concentração do cheiro, o gato consegue identificar a direção que deve seguir para encontrar a caminha dele, por exemplo. Ele sabe que está se aproximando do que procura ao perceber que o odor do cômodo onde o objeto se encontra torna-se mais forte. Pelo olfato, também, o gato pode identificar os objetos que foram trocados de lugar. Isso o ajuda a se sentir menos ameaçado, já que qualquer coisa nova no território pode ser sinônimo de perigo.

Por isso, para evitar estressar o gato que tem deficiência visual, sempre que você trouxer um objeto para casa ou lavar um que estava em uso, procure apresentá-lo a ele. Faça-o de maneira cuidadosa, para não assustar. Também deixe o seu cheiro nos objetos antes de colocá-los ao alcance do gato, para evitar que ele os estranhe. Por exemplo, quando o tapete ou a almofada voltarem da lavanderia, passe a mão neles. Permita também que o gato se esfregue nos objetos, pois a identificação será ainda mais facilitada.

Audição
Além de possuírem ótima audição, os gatos são capazes de detectar o local de origem dos sons com muito mais precisão do que nós, humanos. As orelhas direcionáveis colaboram bastante para essa capacidade. Por meio dos sons, o felino pode identificar quem está se aproximando e em qual velocidade. A identificação será ainda mais tranquila se as pessoas falarem com ele enquanto se aproximam e antes de fazer carinho. Outra dica é, ao chamar o gato, ficar emitindo sons até ele identificar corretamente a posição e nos alcançar.

Tato
Os bigodes do gato são pelos tácteis, que funcionam como antenas e facilitam o deslocamento na escuridão total. Por meio desse pelos, ele percebe obstáculos antes de bater neles e de machucar o focinho ou os olhos, por exemplo. Jamais corte esses pelos, portanto. Ainda mais, se o gato não enxergar direito. Experimente encostar o dedo nos pelos de um olho do felino e veja como ele o fecha imediatamente, para se proteger.

Gatos cegos utilizam os bigodes dia e noite, com a mesma finalidade dos gatos com visão perfeita quando estão no escuro. Dessa forma, podem se deslocar com um pouco mais de velocidade e parar imediatamente assim que seus bigodes tocarem em algo, evitando bater e se machucar.

Outros cuidados
Procure não trocar de lugar os objetos da casa, sempre que possível. Detecte o que pode ferir o gato em caso de colisão e, para protegê-lo, cubra os pontos ameaçadores com uma camada de espuma. Quando você levar no colo um gato com problema de visão, tome cuidado: ele ficará desorientado ao ser posto no chão em local desconhecido. Mas não haverá problema se for deixado na caminha dele ou na cadeira preferida, pois poderá identificar rapidamente o objeto e saber onde está.

Lembre-se que gatos com dificuldade visual preferem escalar a saltar. Por isso, sempre que possível, providencie rampas – opte por fazê-las com materiais não escorregadios.

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