Coleira de citronela

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Por Claudia Terzian, adestradora e membro do Grupo de Estudos Científicos da Cão Cidadão.

Um estudo da Universidade Queens, na Irlanda do Norte, avaliou a eficácia do uso de coleiras de citronela na redução de latidos em 30 cães que usaram o dispositivo de forma contínua (todos os dias durante 30 minutos) ou de forma intermitente (a cada dois dias durante 30 minutos), por um período de 3 semanas. Os proprietários avaliaram seus cães quanto à intensidade dos latidos uma semana antes do início do estudo, durante o treinamento (semanalmente) e uma semana após o término do treinamento.

Resultados
Comparando os cães com sua condição inicial, observou-se que todos latiram com frequência significativamente menor durante e após o período de treinamento.

Durante o treinamento, a redução dos latidos foi mais eficaz nos cães que usaram a coleira de forma intermitente (dia sim, dia não), do que naqueles que a utilizaram todos os dias.

O comportamento voltou a se repetir após a retirada do dispositivo, principalmente nos cães que o utilizaram todos os dias, mas em níveis menores que os apresentados antes do treino.

Nessas duas formas de uso, a coleira perdeu sua eficácia principalmente por conta da habituação do cão ao dispositivo. Porém, foi constatado um período de eficácia com o uso intermitente.

Como aproveitar essa informação no nosso trabalho
As broncas não precisam ser utilizadas 100% das vezes em que o comportamento indesejado ocorre para garantir o sucesso de um treino. Temos muitas outras ferramentas e estratégias para lidar com essa situação, como por exemplo, descobrir e remover a causa dos latidos, aumentar as atividades do cão, promover o enriquecimento ambiental, mudar o comportamento da família, dentre muitas outras que podem alavancar ainda mais o resultado a nosso favor.

As broncas utilizadas de forma intermitente permitem-nos ganhar tempo no treino quando o aluno é medroso, ansioso ou se trata de um cão superestimulado pela situação em que ocorre o comportamento indesejado. Podemos, por exemplo, escolher primeiro trabalhar a ansiedade, criar associações positivas com a situação, tornando o estímulo menos estressante, e até mesmo utilizar medicação, para depois optar por um treino com punições positivas ou então utilizá-las pontualmente durante todo o processo e em situações específicas. Também é importante orientar o cliente a não usar a bronca continuamente até que o treino esteja mais consistente para o aluno.

Devemos considerar ainda que a bronca testada no estudo era despersonalizada, porém fácil de ser associada pelo cão ao uso da coleira. A punição pode ser mais eficaz, tanto com broncas despersonalizadas (em que o cão não associa a presença de pessoas), quanto com broncas presenciais e diretas, se o cão não souber quando o aversivo será de fato utilizado, já que, quando o cachorro está com a coleira, ele percebe que o desconforto sempre ocorrerá.

Portanto…
Quando o proprietário usa a bronca de forma intermitente (de vez em quando), é possível que demore mais tempo para que o cão se habitue, ou seja, se dessensibilize, à punição. Em contrapartida, o uso contínuo pode fazer com que a bronca perca sua eficácia mais rapidamente. Além disso, devemos sempre nos lembrar das outras medidas para modificação comportamental, que devem ser adotadas para o sucesso do treino.

Revisão realizada por Julianna Sant’Anna, adestradora e membro do Grupo de Estudos Científicos da Cão Cidadão.

Visite-nos na Pet South America!

noticias_interna_prepare-sePETSA Nessa semana terá início uma das maiores feiras pet da América Latina, a Pet South America, também conhecida como PETSA.

O evento, que terá duração de três dias (30 e 31/8 a 1/9), acontecerá no Expo Center Norte (Pavilhão Verde) e contará com a presença de profissionais renomados no mercado pet. Entre eles, a Cão Cidadão e o especialista de comportamento animal, Alexandre Rossi.

A PETSA apresentará diversos expositores nacionais e internacionais, além de uma programação recheada de novidades, palestras, brindes e muito mais.

Cão Cidadão

A Cão Cidadão estará no estande de número 215, onde a equipe realizará demonstrações de como educar o bicho de estimação e estará disponível para tirar dúvidas sobre adestramento e comportamento animal.

Além disso, Alexandre Rossi realizará palestras com foco nos profissionais do universo pet, buscando ressaltar a importância da parceria entre veterinários, donos de canis e petshops com adestradores, na busca pelo completo bem-estar dos animais.

Clique aqui e confira a nossa programação. Esperamos por você!

Cães medrosos: como agir?

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O medo é um sentimento comum de se sentir, inclusive para os animais. Os cães, quando medrosos, podem desenvolver diversos problemas de comportamento, que dificultam a sua integração com a família no dia a dia.

Esse receio pode se manifestar de muitas maneiras, desde formas mais amenas, como o animal se encolher em um canto com o rabo entre as pernas, até atitudes agressivas, como rosnados e mordidas.

Essa condição se desenvolve por inúmeros motivos. “Os cães podem ter levado um susto durante a fase de sociabilização ou até pela falta de estímulos”, explica a adestradora da equipe Cão Cidadão, Gabi Palmisciano.

É possível também que o pet tenha predisposição genética para ser medroso. “Alguns cães podem herdar esse comportamento por conta dos pais”, esclarece Gabi. Esteja atento também, pois, oferecer agrados e carinhos quando o animal apresenta sinais de medo, pode agravar a condição dele.

E como adestrar?

Com paciência e muito treino, é possível minimizar a situação. No caso dos filhotes, é necessário que eles sejam sociabilizados. Esse momento é crucial para evitar que o cão desenvolva medos de objetos, situações, barulhos e pessoas quando adultos, por isso, é importante apresentá-lo, de forma gradual e sempre respeitando os seus limites, a todos os estímulos possíveis.

No caso de cães adultos que já apresentam um comportamento medroso, o ideal é dessensibilizá-los aos poucos, usando a técnica do reforço positivo. “Quando o cãozinho já tem medo de determinada situação, o ideal é antecipar o acontecimento e mudar o foco dele com algo que ele goste”, orienta a adestradora.

O reforço positivo, se feito da maneira correta, ajuda o pet a se relacionar muito melhor com o ambiente ao seu redor. Essa técnica é um recondicionamento – uma forma de relacionar o que causa medo no cão com algo do qual goste, para que ele perca o medo aos poucos.

O ideal, nesses casos, é realizar o adestramento de forma consistente e cautelosa, para evitar estresse e traumas ainda maiores. “Por exemplo, para um cão que tem medo do barulho da campainha, a dica é estimulá-lo com outra atividade que ele goste muito, como jogar bolinha ou fazer uma chuva de petisco, associando a chegada da visita com algo agradável para ele.”

Buscar a ajuda de um profissional especializado em comportamento animal é importante. O adestrador poderá analisar o comportamento do seu cão e indicar o treinamento correto para que ele consiga superar esses medos.

Gostou desta dica? Se quiser contratar os profissionais em comportamento animal para realizar o adestramento, fale com a Central de Atendimento da Cão Cidadão, pelos telefones: 11 3571-8138 (São Paulo) e 11 4003-1410 (demais localidades).

Faltam poucos dias para a Pet South America 2016!

noticias_interna_prepare-sePETSAReferência no setor pet e veterinário, a Pet South America, uma das maiores feiras da América Latina, chega a sua 15ª edição nesta terça-feira, no Expo Center Norte, em São Paulo.

O evento estará recheado de novidades da área, tendências e discussões construtivas relacionadas ao universo dos bichos de estimação. Uma excelente oportunidade de se atualizar nos diferentes segmentos pet. O evento começa em 30/8 e vai até 1/9, sempre das 13h às 21h, no endereço Rua José Bernardo Pinto, 333 – Vila Guilherme (Expo Center Norte, Pavilhão Verde).

Cão Cidadão, Alexandre Rossi e a duplinha Estopinha e Barthô

É claro que a turma da Cão Cidadão, o zootecnista e especialista em comportamento animal, Alexandre Rossi, e a dupla Estopinha e Barthô estarão presentes nesse grandioso evento.

No estande da Cão Cidadão, empresa de adestramento com quase 20 anos de existência, os visitantes poderão tirar dúvidas sobre comportamento animal, além de saber um pouco mais sobre os benefícios do correto manejo de pets, por meio de um trabalho em conjunto com veterinários. Além disso, outros profissionais poderão usar as dicas da empresa em favor do bem-estar dos animais no mercado pet.

“Podemos ajudar o profissional a manipular animais medrosos, o que também se aplica aos banhistas, por exemplo. Para os donos de canis, orientações para os tutores lidarem melhor com o comportamento dos filhotes podem evitar dúvidas ou mesmo devoluções de animais”, explica Daniel Svevo, sócio-diretor da Cão Cidadão, sobre a importância desse trabalho.

Visibilidade

A Pet South America contará com mais de 300 marcas expositoras nacionais e internacionais e aguarda em torno de 20 mil visitantes ao longo dos três dias de feira.

Para mais informações sobre a participação da Cão Cidadão na Pet South America, fale pelos contatos: 11 3571.8138 (São Paulo) e 4003.1410 (demais localidades).

Até lá!

Quanto vale o seu cheiro?

https://www.flickr.com/photos/_tar0_/7100809169/
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Por Laraue Motta, adestradora e integrante do Grupo de Estudos da Cão Cidadão.

Quem trabalha com cães percebe que a comunicação olfativa é muito importante na vida deles. Sabemos que eles podem captar muitas informações farejando, vemos a felicidade dos peludos quando exploram os lugares com o focinho e notamos como aquelas narinas realmente podem ser potentes.

Gregory Berns, neurocientista americano que treinou cães a permanecer imóveis, sem sedação, dentro de uma máquina de ressonância magnética, publicou outro estudo em que avaliou a resposta cerebral de 12 cachorros, também via ressonância magnética, diante de 5 odores distintos: (1) de um humano conhecido; (2) de um humano desconhecido; (3) de um cão conhecido; (4) de um cão desconhecido; e (5) o próprio odor de cada cão.

O que ele descobriu com isso?

Analisando a área iluminada no exame de ressonância dos animais, Berns concluiu que, diante do cheiro de um humano conhecido, o cérebro acionava a mesma área que é ativada quando o cão recebe um petisco. Isso mesmo!! Os cães tiveram uma “sensação” de recompensa quando sentiram o odor de uma pessoa querida.

É importante falarmos que os cientistas tiveram o cuidado de usar o odor de um humano conhecido, mas que não fosse o cheiro da pessoa que fazia o manejo diário do cão. Isso talvez indique que a pessoa que fornece comida e água ao cachorro todos os dias não necessariamente seja “o humano referência” da casa, mas não podemos afirmar isso de fato!

Como isso pode nos ajudar

Considerando o quanto um odor específico pode significar ao cão, podemos planejar treinos que valorizem mais o olfato dos nossos alunos. Por exemplo, é comum pedirmos ao tutor que, ao sair, deixe uma peça de roupa usada próximo a um cão que tem ansiedade de separação, mas não seria mais eficaz se todas as pessoas da casa deixassem um pouco do seu cheirinho espalhado pelo ambiente, para que o cão se sinta “recompensado” pelo odor de todos que conhece? Além disso, por que não tentar nos aproximar de um cão medroso com algum objeto que tenha o “odor recompensador” de um humano conhecido? Ou então, que tal pedirmos ao tutor que manipule os petiscos que vamos usar no treino para valorizarmos ainda mais aquela recompensa e fazermos com que o cão tenha associações positivas com a nossa presença?

Nesse sentido, sabemos que os odores de algumas partes do nosso corpo são bem mais intensos, então poderíamos também usar cheiros específicos, como o suor das mãos e dos pés, manipulando o petisco depois de uma corrida ou guardando a meia “cheia de chulé” para os treinos. Tudo em prol do adestramento! Podemos ainda ir mais fundo e nos arriscarmos a pedir para que o cliente use a caminha do cachorro como assento por uns dias, por exemplo. Assim, o tutor vai deixar na caminha odores bem pessoais e podemos alegar que, dessa forma, vai ser mais fácil “convencer” o cão a não frequentar tanto o sofá!

Com tudo isso, concluímos que…

Saber o real valor de um determinado odor para o cachorro pode nos ajudar com a evolução de um treino e aumentar a sensação de bem-estar de um aluno inseguro ou ansioso. Aliás, é nosso papel explicar aos tutores o quanto o olfato é importante para os cães e o quanto esse sentido influencia a vida dos peludos. Assim, os clientes poderão entender melhor alguns comportamentos que talvez os incomodem e que muitas vezes são interpretados como travessuras sem sentido.

Revisão por Juliana Sant’Ana, adestradora e membro do Grupo de Estudos Científicos da Cão Cidadão.

Gravidez psicológica: o que é preciso saber

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Muito comum entre cadelinhas que ainda não foram castradas, a gravidez psicológica ou pseudociese pode ocorrer em qualquer momento da vida do animal. “Esse problema é causado por uma alteração do hormônio progesterona, que envia para o cérebro das fêmeas a informação de que estão prenhas, mesmo sem terem cruzado”, explica o adestrador da equipe Cão Cidadão, Paulo César.

Esse problema afeta a fêmea de maneira psicológica e física, causando nela mudanças comportamentais. “Ela chega a produzir leite e adotar um filhote, que pode ser um bicho de pelúcia ou qualquer outro objeto”, detalha o adestrador.

Apesar de comum, a maioria dos tutores não sabe o que fazer quando a gravidez psicológica ocorre. Por isso, o profissional Paulo César deu dicas de como lidar com esse comportamento.

1. A castração é a melhor maneira de evitar o problema, pois retira os órgãos produtores do hormônio que causa a gravidez psicológica.

2. Após essa fase, deve-se procurar um veterinário e verificar os níveis hormonais da cadelinha. Em caso de desequilíbrio, um tratamento pode ser indicado.

3. Durante a gravidez psicológica, que dura em média duas semanas, deve-se deixar o animal bastante confortável e evitar retirar o seu “filhote” imaginário.

4. Esses sintomas podem se manifestar em intensidades diferentes em cada animal.

5. Apesar de ser um problema comum, não é recomendado que a cadelinha passe por isso muitas vezes. Isso porque ela pode desenvolver estresse, além de mastite (inflamação das glândulas mamárias).

Evitar o convívio com cadelinhas que estejam de fato prenhas pode ajudar muito a controlar esses sintomas na sua cachorra. “Apesar de não haver comprovação científica definitiva, existem relatos de cadelas que entraram nesse estado ao conviver com outras prenhas”, informa o adestrador.

É indispensável não mudar a rotina da cadelinha durante esse período e respeitar o espaço dela. Com muito carinho, paciência e cuidados especiais, sua peluda voltará ao normal rapidamente. Vale sempre consultar um veterinário, principalmente nesses casos, ok?

Gostou desta dica? Se quiser contratar um de nossos profissionais de adestramento e comportamento animal, fale com a Central de Atendimento da Cão Cidadão, pelos telefones: 11 3571-8138 (São Paulo) e 11 4003-1410 (demais localidades).

Eventos de agosto da Cão Cidadão

noticias_interna_agenda Procurando planos para o fim de semana? A Cão Cidadão pode te ajudar!

Plantão de dúvidas

Sábado, dia 27/8, às 10h, o adestrador David Skowronek estará no Pet Center Mascote, em São Paulo, para um plantão de dúvidas.

O profissional estará disponível para responder diversas perguntas sobre comportamento animal, além de oferecer dicas e orientações para melhorar a convivência do pet com a família.

A entrada é gratuita e não é necessário inscrição prévia. Saiba mais aqui.

Palestra: problemas compulsivos

Ainda no sábado, dia 27/8, a equipe Cão Cidadão estará na PETZ Marginal Tietê, em São Paulo também, para uma palestra gratuita sobre “Problemas Compulsivos”. Os profissionais explicarão mais sobre as causas desses comportamentos nos pets e o que fazer para ajudá-los a superar esse problema.

O evento terá início às 17h, a entrada é gratuita e a presença dos bichos é bem-vinda. Para mais informações sobre o evento, acesse a agenda.

Esperamos por você!

Vem aí mais uma Pet South America!

noticias_interna-petsouthamerica Programe-se! A Cão Cidadão já está confirmada para a 15ª edição da maior feita pet da América Latina, a Pet South America, que começa em 30 de agosto (terça-feira) e vai até 1 de setembro (quinta-feira), das 13h às 20h.

O evento dedicado a profissionais da área contará com diversos especialistas de destaque no mercado pet e, claro, com a participação do zootecnista e especialista em comportamento animal, Alexandre Rossi.

Durante os três dias de feira, o especialista realizará palestras sobre adestramento e comportamento dos animais na Arena do Conhecimento, ao lado da Estopinha e do Barthô.

Sessão de fotos: os três estarão disponíveis para os “cliques” no estande da Cão Cidadão nos horários:

No dia 30/8:

1º turno de sessões – das 15h às 15h40
2º turno de sessões – das 18h às 18h40

No dia 31/8:

1º turno de sessões – das 14h às 14h40
2º turno de sessões – das 18h às 18h40

No dia 1/9:

1º turno de sessões – das 14h às 14h40
2º turno de sessões – das 16h30 às 17h10

Palestras na Arena do Conhecimento:

No dia 30/8 – 16h20

Palestrantes: Alexandre Rossi e Daniel Svevo
“Como o profissional de adestramento e comportamento pode ajudar o médico veterinário”

No dia 31/8 – às 15h10

Palestrantes: Alexandre Rossi e Fábio Antonio
“Como o profissional de adestramento e comportamento pode ajudar o criador”

No dia 1/9 – às 15h10

Palestrantes: Alexandre Rossi e Patrícia Tsapatsis (Patatula)
“Como o profissional de adestramento e comportamento pode ajudar o lojista”

Para mais informações sobre o evento, acesse o site oficial da Pet South America.

O Alexandre Rossi, a Estopinha e o Barthô esperam por você!

25 sinais de que um gato pode estar sentindo dor

https://www.flickr.com/photos/dnlrx/16583586477/
https://www.flickr.com/photos/dnlrx/16583586477/

Por Juliana Sant’Ana, adestradora e integrante do Grupo de Estudos Científicos da Cão Cidadão.

Animais territoriais, caçadores estrategistas, atletas natos e observadores silenciosos. Sem dúvida os gatos são criaturas que despertam o nosso interesse. Conviver com um bichano garante a qualquer ser humano momentos de descontração e curiosidade. Os hábitos naturais dos felinos selvagens se refletem no gato doméstico, e uma característica marcante nesses animais é a territorialidade, que determina muito o seu comportamento.

Gatos, por natureza, procuram defender o seu território para diminuir a necessidade de disputa por recursos. Para se mostrarem mais fortes, os bichanos tendem a disfarçar quando estão machucados ou sentindo dores, uma estratégia de sobrevivência que os permite esconder as suas doenças e fraquezas. Por isso, ao nos depararmos com um gato com problemas comportamentais, é recomendável eliminarmos a hipótese de que aquele animal esteja sentido dores, antes de iniciarmos qualquer tipo de treino que vise corrigir desvios de comportamento.

O estudo

Pensando nisso, a equipe de Daniel Mills recrutou 19 veterinários, especialistas em felinos, para compor uma lista de comportamentos que estariam relacionados à presença de dor. O estudo, publicado este ano na revista Plos One, avaliou a frequência com que os gatos com dor apresentavam cada um dos itens comportamentais e verificou se essas atitudes se manifestavam em quadros clínicos de baixo ou alto nível de dor.

Após cinco meses de estudo, a equipe formada por veterinários clínicos, anestesiologistas, oncologistas, odontologistas, comportamentalistas, dermatologistas, oftalmologistas e neurologistas (nenhum cardiologista concordou em participar da pesquisa) listou 91 sinais comportamentais que foram considerados para análise e observação. Ao final, os cientistas reuniram os itens da lista que apresentaram 80% de concordância entre os veterinários especialistas. Dessa forma, os itens menos citados foram excluídos.

Os resultados

Considerando que a dor é uma experiência multidimensional envolvendo muito mais do que uma mera sensação desagradável, os veterinários chegaram a um consenso e conseguiram catalogar 25 sinais comportamentais que podem significar que os gatos estejam sentindo dor. Esses sinais foram considerados suficientes para indicar dor quando ela ocorre, mas não necessariamente presentes em todas as condições dolorosas. São eles:

1. Mancar;
2. Sentir dificuldade para pular;
3. Andar de forma anormal, mais lentamente;
4. Apresentar relutância em se mexer;
5. Reagir à palpação;
6. Manter-se afastado/esconder-se;
7. Não se limpar/lamber;
8. Evitar brincadeiras;
9. Comer menos (diminuição do apetite);
10. Diminuir totalmente suas atividades rotineiras;
11. Esfregar-se menos nas pessoas;
12. Alterar estados de humor frente a estímulos agudos de dor;
13. Modificar totalmente seu comportamento habitual (indicativo de dor crônica);
14. Andar com as costas arqueadas para cima;
15. Apresentar mudança de peso;
16. Lamber uma determinada região do corpo;
17. Andar de cabeça baixa;
18. Contrair involuntariamente a(s) pálpebra(s) – Blefaroespasmo;
19. Alterar a maneira de se alimentar (sinal presente em nível alto de dor);
20. Evitar áreas luminosas (sinal presente em nível alto de dor);
21. Rosnar (sinal presente em nível alto de dor);
22. Gemer (sinal presente em nível alto de dor);
23. Manter os olhos fechados (sinal presente em nível alto de dor);
24. Urinar com dificuldade;
25. Sacudir a cauda.

Esses sinais são pequenos alertas para observarmos melhor os bichanos. A presença de um ou mais itens isolados não significa necessariamente que o animal está sentindo dor. Cuidado com os exageros! Todos os comportamentos devem ser analisados com relação à situação em que se apresentam e à frequência (repetição). Se o gato está estressado com a presença de uma visita, anda com a cabeça baixa e se esconde, por exemplo, isso não é indicativo de dor. Agora, se o animal repete incessantemente determinado comportamento, devemos ficar de olho.

O que fazer, então?

O intuito dos cientistas foi criar um conjunto básico de sinais para futuras pesquisas que auxiliem na detecção precoce de dor nos gatos, ou seja, esses sinais são diretrizes básicas para auxiliar veterinários e proprietários que precisam reconhecer os sinais de dor nos gatos, a fim de reduzir o sofrimento dos bichanos. Portanto, se o cliente reportar que seu gato está apresentando repetidamente alguns desses sinais comportamentais, é nosso papel, como adestradores, direcioná-lo de imediato para uma consulta veterinária, de preferência com um especialista em felinos, já que os gatos são animais tão peculiares.

Cão Cidadão e Alexandre Rossi marcam presença no aniversário de Pinheiros

noticias_interna-caominhada Pinheiros, em São Paulo, comemora 456 anos de existência no dia 21/8. E para celebrar em grande estilo, a equipe Cão Cidadão estará a frente de mais uma Cãominhada.

O evento será neste domingo, no dia 21 de agosto, na Rua dos Pinheiros, altura do número 423 – Palco Gazeta de Pinheiros, onde será a largada para a Cãominhada, às 10h.

O zootecnista e especialista em comportamento animal, Alexandre Rossi, também marcará presença no evento, acompanhado da duplinha Estopinha e Barthô. O especialista realizará uma pequena palestra às 13h30, e também conversará com o público antes de cortar o bolo de aniversário do bairro.

O evento conta ainda com lazer para crianças e adultos, gastronomia variada, exposições, leitura, atendimento médico e muito mais. Tudo ao ar livre e de graça!

Para checar os horários e o mapa do local, acesse a agenda.

Participe você também!

NÃO VÁ AINDA!!

Agende agora mesmo uma primeira avaliação gratuita com orientações (on-line ou presencial) com um dos nossos adestradores!!